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Autor Tópico: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal  (Lida 141709 vezes)

Jsebastião

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #900 em: 2017-04-24 23:48:10 »
Acerca da mudança de espectro político ao longo da vida adulta e da qual partilho alguns pontos de vista. E, apesar de não ser conservador de costumes, compreendo a necessidade de estabilidade moral na educação dos pequenos. 

E não obstante do Jsebastião achar que isso não acontece, só facto de continuar a passar por aí já é um indicativo que está a mudar  :)
Citação de: Steve Sawyer in Quora

My three phase transition:

1.Liberal as a young adult because society seemed unfair and discriminatory. Why should people try to force upon others their idea of what is wrong? Compassion ruled.

2.Conservative as a working family man because society seemed to be at odds with my financial needs and moral values. Why should people try to force upon others their idea of what is right? Morality ruled.

3.Libertarian now. Why should people try to force upon others … anything but the protection of the basic rights to life, liberty, and property? Wisdom rules.

Ahahaha---sinto-me tocado pela preocupação demonstrada pelo meu bem-estar espiritual (que é como quem diz: quadrante político e ideologia que todos parecem saber ser melhor para o meu bem).

Estou é ainda por convencer das conclusões a que chegas com aparente facilidade, e não sem uma boa dose se assunção---assunção, naquele sentido: "When you assume, you make an ASS of U and ME!  :D

Começando pela parte em que concordo mais ou menos contigo: Wisdom comes with age (embora às vezes a "age comes alone"...). Até aqui, tudo lógico: a vida, a vivência e a experiência fornecem-nos os ensinementos, por vezes de forma amarga, que nos ajudam a tornar mais sensatos.

Agora a parte em que já não concordo muito. Não digo que a mudança de convicções políticas não possa ocorrar em determinadas alturas da vida. Mas contesto fortemente que:

1 -  isso seja a normalidade estatística. Considero muito mais normal o enraizamento das convicções, ou seja, um aprofundar da teimosia que liga uma pessoa às opiniões que traz do passado. Sem saber de valores para estas questões, diria que os percentis andarão na volta dos 90% para 10%.

2 - tal mudança dependa de uma determinda idade ou intervalo espectável. aos 20, aos 30, aos 40, quando se estiver a morrer de velhice (que é sempre uma boa altura para arrepedimentos  :D)? Nah... há outros factores contextuais que terão muito mais peso no caso de se operar uma mudança.

3 - o nascimento de filhos tenha um peso determinante nessa mudança.

4 - a mudança ocorra mais no sentido sugerido, ou seja, do socialismo para o liberalismo. Pelo menos hoje em dia, quando o URSS já caiu e todos so que sentiram necessidade de saltar fora já o fizeram há uns anitos. Também não digo que seja mais ao contrário, apenas contesto essa noção.

5 - seja feita uma associação enviesada entre a "sensatez trazida pela idade" e a lógica natural de virar liberalista. Aqui é como referi mais atrás---parece uma daquelas piadas clubistas que serve conforme o adepto que a usa. Se é um portista, as vítimas serão o Benfas e o Sbording, se é um lagarto, as vítimas serão os tripeiros ou as águias, etc.  A frase que atribuiste ao Churchill a propósito disto de certeza que tinha um contexto situacional muito bem definido, decorrente dos factores históricos do momento em que foi proferida.

E é também por estas coisas que considero que o teu caso é uma grande improbabilidade estatística.  ;)

----

Sobre o facto de eu continuar a passar por cá ser um indicativo de que estou a mudar, também contesto, pelo menos parcialmente. O facto de todas as leituras, debates e trocas de opinião significarem um aprendizagem é algo que implica necessariamente que ocorra uma mudança. Não significa é que seja "essa" mudança que tens em mente.  :D

Eu continuo a passar por cá porque aprecio a companhia. É sobretudo por isso. É a mais pura das verdades. De outro modo não sucederia.



« Última modificação: 2017-04-25 00:06:06 por Jsebastião »
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Reg

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #901 em: 2017-04-25 00:13:52 »
mudaram sim...  ate socialismo portugues  ja defende o que e meu e meu....

ou seja uns anos atras isto era impensavel defender propriadades privadas..no socialismo.... hoje ate comunas defendem pequena propriadade e pequenas empresas  no manual vermelho do pcp...

ate povo socialista portugues defende sua propriadade privada...tem noçao capitalismo, cujo sistema se baseia na propriedade privada dos meios de produção funciona melhor mercado livre..


daqui uns anos fazem como franceses e deixam escolher..na saude e mais duas decadas educaçao  livre escolha como sueçia...

isto demora mas vao la..

so e chato e ter esperar decadas....

a propria idiologia vai mudando...demora e muito tempo  mas com os fracassos/sucessos  aprendem o que funciona

depois e so inventar um nome para coisa tipo socialismo de mercado chines  e ta feito... mudam..
« Última modificação: 2017-04-25 01:45:09 por Reg »
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Jsebastião

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #902 em: 2017-04-25 10:03:48 »
mudaram sim...  ate socialismo portugues  ja defende o que e meu e meu....

ou seja uns anos atras isto era impensavel defender propriadades privadas..no socialismo.... hoje ate comunas defendem pequena propriadade e pequenas empresas  no manual vermelho do pcp...

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É por isso também que eu menciono a devida contextualização de certos e determinados termos. Socialismo para o Churchill significava Stalinistmo.

Socialismo em Portugal está neste momento associado ao PS. E não, não é nada a mesma coisa, apesar da Geringonça.
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Tridion

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #903 em: 2017-04-25 11:50:00 »
mudaram sim...  ate socialismo portugues  ja defende o que e meu e meu....

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É por isso também que eu menciono a devida contextualização de certos e determinados termos. Socialismo para o Churchill significava Stalinistmo.

Socialismo em Portugal está neste momento associado ao PS. E não, não é nada a mesma coisa, apesar da Geringonça.

Pessoalmente, nem considero o PS como verdadeiro socialismo. Apesar de haver lá uma franja de jovens e menos jovens com vontade de serem verdadeiramente esquerda radical. Espero que isso nunca aconteça.

Aliás basta ver a acção governativa do PS, muito contida a nível do investimento público. Que eu até concordo, desde que isso não signifique falta de dinheiro para manutenção e normal funcionamento das instituições.

Até porque julgo que a ideia do PS foi fazer uma reposição rápida de rendimentos, para calar a esquerda radical e ganhar tempo para começar a aplicar algumas reformas que serão sempre necessárias para não voltar a falir. Se não conseguirem caminhar nessa linha de equilíbrio frágil, entre as reformas e o apoio da esquerda radical, poderão cair. Mas até nisso é bom manter o Passos na oposição, a esquerda radical prefere muito mais em manter o PS no governo, e ir ficando com algumas migalhas de poder nos sindicatos e empresas públicas, que ver o Passos voltar e perder definitivamente isso tudo.

Está a entrar muito dinheiro em Portugal, se não houver crise internacional, vamos passar bem nos próximos anos. Depois, logo se vê, mas aí o António Costa já nem lá estará.

Outra coisa que poderá acontecer, que eu duvido, é o nosso tecido empresarial começar realmente a mudar, a tornar-se mais competitivo e mais exposto ao exterior, o que juntamente com a possibilidade de nos tornar-mos a Florida de Europa, para velhotes do norte europeu e ricos, poderá atenuar uma nova crise. Mas somos um país de vícios, com graves problemas demográficos e onde a dívida vai recair sobre aqueles que ainda não nasceram, por isso...não sei.  :-\

O PS tem que fazer tudo muito bem feito, por um caminho muito estreito e frágil, para não ficar como o PS francês e outros na Europa. Essa ideia de sobrevivência, de quem precisa de continuar nas próximas gerações, faz com que tenham mesmo que fazer um bom trabalho. Isso, tendencialmente, será bom para o País.
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #904 em: 2017-04-25 11:57:47 »
PS  com geringonça so vai navegar vista.

A oposiçao e nao bate muito....no costa...

porque bastava o novo banco ir parlamento e  geringonça acabava.

o problema e depois se aconteçe o mesmo ao PS que na frança e na grecia  ou hollanda....  tinham que se virar para bloquistas!!!!!
« Última modificação: 2017-04-25 12:17:16 por Reg »
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Incognitus

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #905 em: 2017-04-25 12:17:20 »
mudaram sim...  ate socialismo portugues  ja defende o que e meu e meu....

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É por isso também que eu menciono a devida contextualização de certos e determinados termos. Socialismo para o Churchill significava Stalinistmo.

Socialismo em Portugal está neste momento associado ao PS. E não, não é nada a mesma coisa, apesar da Geringonça.

Pessoalmente, nem considero o PS como verdadeiro socialismo. Apesar de haver lá uma franja de jovens e menos jovens com vontade de serem verdadeiramente esquerda radical. Espero que isso nunca aconteça.

Aliás basta ver a acção governativa do PS, muito contida a nível do investimento público. Que eu até concordo, desde que isso não signifique falta de dinheiro para manutenção e normal funcionamento das instituições.

Até porque julgo que a ideia do PS foi fazer uma reposição rápida de rendimentos, para calar a esquerda radical e ganhar tempo para começar a aplicar algumas reformas que serão sempre necessárias para não voltar a falir. Se não conseguirem caminhar nessa linha de equilíbrio frágil, entre as reformas e o apoio da esquerda radical, poderão cair. Mas até nisso é bom manter o Passos na oposição, a esquerda radical prefere muito mais em manter o PS no governo, e ir ficando com algumas migalhas de poder nos sindicatos e empresas públicas, que ver o Passos voltar e perder definitivamente isso tudo.

Está a entrar muito dinheiro em Portugal, se não houver crise internacional, vamos passar bem nos próximos anos. Depois, logo se vê, mas aí o António Costa já nem lá estará.

Outra coisa que poderá acontecer, que eu duvido, é o nosso tecido empresarial começar realmente a mudar, a tornar-se mais competitivo e mais exposto ao exterior, o que juntamente com a possibilidade de nos tornar-mos a Florida de Europa, para velhotes do norte europeu e ricos, poderá atenuar uma nova crise. Mas somos um país de vícios, com graves problemas demográficos e onde a dívida vai recair sobre aqueles que ainda não nasceram, por isso...não sei.  :-\

O PS tem que fazer tudo muito bem feito, por um caminho muito estreito e frágil, para não ficar como o PS francês e outros na Europa. Essa ideia de sobrevivência, de quem precisa de continuar nas próximas gerações, faz com que tenham mesmo que fazer um bom trabalho. Isso, tendencialmente, será bom para o País.

Uma coisa que não se compreende, é porque é que a "esquerda radical" insiste tão fortemente em repor os rendimentos daqueles que já estavam entre os que mais ganhavam (os funcionários públicos).
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Reg

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #906 em: 2017-04-25 12:23:58 »
e o eleiturado deles...
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #907 em: 2017-04-25 12:34:17 »
e o eleiturado deles...

Exacto.

Quanto da "verdadeira" mensagem comunista passa cá para fora na comunicação do Bloco e o PCP? (zero, ou perto disso)

A força eleitoral que têm é na defesa dos "direitos dos trabalhadores". Não sei quantos anos na oposição a criticar os cortes liberalistas, e agora têm de permanecer fieis à  ideia de reposição e ao eleitorado alvo. E o poder do PCP está basicamente concentrado no sindicato.
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #908 em: 2017-04-27 11:27:45 »
Tenho que reconhecer que fazer as mesmas coisas inúmeras vezes e esperar resultados diferentes requer um espírito jovial.  :)

De qualquer forma, continuo uma pessoa cheia de compaixão pelo meu semelhante, a diferença é que agora não sei o que é melhor para ele.  :-\

Depois do Socrates (o ateniense e não o nosso produto nacional) dizer que só sabia que nada sabia fica aqui outra réplica.
Falta agora o arranjo musical para o lamento do Tridion :-)
! No longer available


Não é lamento, é auto-consciência das nossas limitações quando estamos perante decisões que poderão influenciar a vida de outros. E a dificuldade aumenta à medida que aumenta o grupo e a sua diversidade. A tentação será decidir pouco e bem, acrescido de um nível de complexidade maior que é o de fazer chegar as boas intenções a quem delas realmente necessitam.  Não é fácil...  ::)
« Última modificação: 2017-04-27 11:29:05 por Tridion »
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #909 em: 2017-04-27 12:22:12 »
Só li este último cruzamento de opiniões entre o zenith e o tridion...
Interessante, ambos.

O zenith por, desassombrado, entender que quem não  sabe o que convém fazer, colectivamente, que compre uma viola e lamente a sua perplexidade -:) Não é uma má sugestão, não senhor, e pode compor  uma balada bem bonita!

O tridion, porque fixo na indeterminação de qual seja o melhor curso de acção política,  atém-se a uma opção de democrática pluralidade de debate de ideias, a maioria experimentando a ideia de bem comum que defenda, e as minorias, observando, vigiando os resultados, e continuando, ou não, a defender os seus próprios ideais ou modificando-os para melhor servir a conveniência de todos.

A solução do plural debate, porém, não tem lógica numa sociedade corrompida pela desinformação massificada da comunicação social, adversária da meritocracia, sabiofóbica de todos os que aprofundam o conhecimento da realidade  e o respeito pela vida, a maturidade e a liberdade.

Ou seja, não há que hesitar em destituir a mediocridade onde quer ela pontifique.
« Última modificação: 2017-04-27 12:24:55 por vbm »

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #910 em: 2017-04-28 13:46:31 »
Bem, o Sócrates foi morto por se opor a uma democracia e querer uma tecnocracia. O "só sei que nada sei" deveria vir acompanhado de um "mas os outros sabem ainda menos", tendo em conta a opinião (não aceitar a decisão democrática de pessoal inculto, querer decisões de especialistas).

E sobre a questão se saber o que é melhor para os outros, existe uma solução fácil. Um grupo de pertença voluntária que inclui aqueles que estão dispostos a contribuir e a aceitarem imposições de terceiros onde desnecessário (pela ausência de imposição não produzir vítimas inocentes). Fora disso, não existiriam nem contribuições nem imposições desnecessárias.
« Última modificação: 2017-04-28 13:48:04 por Incognitus »
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #911 em: 2017-04-28 16:52:20 »
Pois sim, é o teu argumento.

Derrotá-lo, pressupõe perceber a sua insuficiência;
a maior das quais é, o critério da maioria ser impróprio
para cursar uma via de melhoramento efectivo, porquanto
ele vingar apenas assegura a permanência na mediocridade.

Ora, a mediocridade é justamente o que deve destituir-se.
E não aprecio particularmente, igrejinhas sectárias, restritas
e complacentes na sua insignificância existencial,
sem contudo, por essa razão, sentir qualquer
compulsão de proselitismo!

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #912 em: 2017-05-01 18:04:11 »
"Derrotá-lo, pressupõe perceber a sua insuficiência;
a maior das quais é, o critério da maioria ser impróprio
para cursar uma via de melhoramento efectivo, porquanto
ele vingar apenas assegura a permanência na mediocridade."

Mas à maioria não está vedada essa suposta melhoria. A única coisa que lhe estaria vedada seria forçar toda a gente a seguir essa suposta melhoria. Da mesma forma que lhe está vedada, sem problema nenhum, a hipótese de impor tais medidas a um país vizinho.
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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #913 em: 2017-05-01 18:16:22 »
Boa contra-observação! E concordo com ela.

Porém, a tese o que enuncia é a maioria
não ter tendência de melhoria
e sim de estagnação
e deterioração.

Como tal, não é suficiente que a democracia
consinta na coexistência de minorias dissidentes,
- embora esse seja um dos maiores valores
da democracia: respeitar as minorias -;
é necessário que tais minorias
não mirrem em igrejas
sectárias, antes
se vanguardizem
na persuasão da maioria
dos que pensam e lideram os demais.

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #914 em: 2017-05-01 21:55:15 »
A solução do plural debate, porém, não tem lógica numa sociedade corrompida pela desinformação massificada da comunicação social, adversária da meritocracia, sabiofóbica de todos os que aprofundam o conhecimento da realidade  e o respeito pela vida, a maturidade e a liberdade.

Por acaso em alguns caso particulares que vou tendo conhecimento, mesmo dentro das camadas mais desfavorecidas da população existe assimetria de informação. As pessoas que mais benefícios têm, são aquelas que vivem em centros urbanos, que se encontram regularmente no seu dia-a-dia para a troca de informação e estão perto dos poderes autárquicos locais, quer seja na distância ou por conhecimento pessoal de alguém com poder decisório.

Curiosamente, estas pessoas dentro destas franjas são as que estão mais capacitadas para prestarem serviços a outros e, assim, não precisarem dos benefícios sociais. Em contrapartida, pessoas idosas ou doentes, info-excluídas, isoladas geograficamente e de poucos recursos, será que utilizam a totalidade da rede de suporte que vai existindo em Portugal? Tenho dúvidas...

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #916 em: 2017-05-10 09:52:48 »
Gostei deste artigo e da proposta do LA-C no Observador, por isso partilho aqui:

Citar
E se pagar 50% de IVA fosse uma boa ideia?

Com a globalização, a esquerda tem de entender que a competitividade não é uma questão fútil e a direita tem de compreender que políticas de redistribuição são uma necessidade e não uma escolha.

Se há gráficos que têm o potencial de nos ajudar a perceber o que se passa no mundo, o que reproduzo em baixo, retirado de um estudo de Christoph Lakner e Branko Milanovic, publicado na World Bank Economic Review, em 2016, é um deles.

Este gráfico descreve como diferentes segmentos da população mundial beneficiaram com o crescimento económico entre 1988 e 2008 (ou seja, entre a queda do Muro de Berlim e a Grande Recessão). Vemos que a população que se encontra no percentil 55 do rendimento foi a que mais beneficiou com essas duas décadas de crescimento (e também quem está acima do percentil 99, ou seja o top 1%). Entre os percentis 80 e 95 está quem menos beneficiou.



E quem são uns e outros? 90% dos que mais ganharam estão nas economias asiáticas. Aqueles que pouco ou nada ganharam, mas que até estão relativamente bem na distribuição global do rendimento, correspondem à classe média-baixa da Europa e dos Estados Unidos. A uma escala mundial, quem mais beneficiou com a globalização foram os habitantes dos países menos desenvolvidos. Dentro dos países mais ricos, as desigualdades aumentaram, com a classe média/média-baixa a estagnar e as classes mais altas a ver o seu rendimento crescer bastante.

Mas será que podemos atribuir esta evolução à globalização? É possível que a informatização, automatização e robotização da economia dêem o seu importante contributo, mas muito provavelmente a globalização também. No ano passado, a revista The Economist dedicou um dossier a “seis grandes ideias económicas”. A terceira da série é o teorema de Stolper-Samuelson, inicialmente formulado em 1941. Para formular esse teorema, Wolfgang Stolper e Paul Samuelson recorreram a um modelo matemático de comércio internacional que apenas tinha dois factores produtivos, capital e trabalho. De forma simplificada, poderemos enunciar o resultado a que chegaram da seguinte forma: os trabalhadores dos países com relativamente mais capital verão os seus salários reais descer à medida que o comércio internacional aumenta. Tendo o mundo ocidental mais capital que o restante, eram os seus trabalhadores que poderiam ter mais a perder. Este modelo era demasiado simples, mas, mais tarde, foram introduzidos novos ingredientes, como a co-existência de trabalhadores qualificados e pouco qualificados, para se concluir que, nos países com relativamente mais trabalhadores qualificados, os menos qualificados ficarão a perder com o incremento do comércio livre. Passando do modelo para a realidade, rapidamente percebemos que estes trabalhadores pouco qualificados que ficam a perder com a globalização são as classes menos favorecidas dos países desenvolvidos.

Podemos ver o teorema em acção no gráfico abaixo, retirado do Economic Policy Institute, onde está representada a evolução da produtividade e do salário de um operário (blue-collar worker) nos Estados Unidos entre 1948 e 2015. Como se pode ver, desde 1980, o salário deixou de acompanhar os aumentos de produtividade. Os aumentos de produtividade foram para algum lado, mas não para o trabalhador médio.



Olhando para o mundo como um todo, tudo isto pode parecer injustificado. Porque nos haveremos de preocupar especialmente com estas pessoas que, de um ponto de vista global, até estão muito bem (entre o percentil 80 e 90)? Independentemente de concordarmos com a formulação do problema nestes termos (e eu não concordo), a verdade é que há uma resposta incontornável a esta pergunta. Porque o mundo ocidental vive em democracia e estas pessoas votam. As consequências políticas do Teorema de Stolper Samuelson tornam-se mais claras se o enunciarmos ao contrário. Em vez de se dizer que abrir fronteiras prejudica os trabalhadores menos qualificados, poder-se-ia dizer que fechá-las vai beneficiá-los. Não são os asiáticos, que mais beneficiaram com a globalização, que votam em Inglaterra, nos Estados Unidos ou em França. Nada mais natural do que quem perde com a globalização ir votar em quem lhes promete proteccionismo. Este é um terreno fértil para candidatos como Donald Trump ou Bernie Sanders, Marine Le Pen ou Jean-Luc Mélenchon, ou para movimentos como o do Brexit.

Indo ainda mais atrás na História do Pensamento Económico, pelo menos desde David Ricardo e do seu Teorema das Vantagens Comparativas que sabemos que o comércio internacional beneficia todos os países envolvidos. Em economês, isto significa que os benefícios do comércio livre excedem os custos pelo que, em princípio, através de políticas redistributivas é possível compensar os perdedores para que todos sejamos ganhadores. Estas últimas eleições e referendos mostram- nos que se queremos usufruir das vantagens de um mundo cada vez mais globalizado e ao mesmo tempo preservar as nossas democracias temos mesmo de passar do “em princípio” para a prática.

Discutir uma política redistributiva que garanta que não há perdedores ou que, pelo menos, seja satisfatória para os perdedores da globalização não é fácil. É necessário encontrar as melhores formas de os apoiar. Pode passar por transferências monetárias directas, por apoios à reconversão profissional, investimento na educação de adultos, investimento na educação dos filhos (as pessoas poderão aceitar alguns custos, desde que vejam uma esperança para os seus descendentes), etc. Simultaneamente, tem de se discutir a melhor forma de financiar essas políticas.

Aumentar impostos sobre os factores produtivos é má política. Impostos e taxas que incidam sobre rendimentos do trabalho (por exemplo, IRS e TSU) agravam os custos laborais. Impostos sobre o capital (por exemplo o IRC) afugentam as empresas e são uma excelente forma de garantir que ninguém cá quer investir. Aumentar impostos sem ter em conta o impacto na competitividade externa é a receita para o disparate.

Na verdade, impostos sobre o rendimento são bastante ineficientes de um ponto de vista económico, pois geram todo o tipo de distorções. Por exemplo, é para evitar pagar tanto IRS e TSU que muitas empresas dão carros a alguns dos seus quadros. Por outro lado, o Estado, percebendo isto, já tem impostos específicos sobre os carros, sendo que neste caso a tributação é cega. Independentemente do carro fazer parte da remuneração de algum colaborador, desde que reunidas as condições de tributação autónoma, a taxa é aplicada. Para além disso há que fazer contas porque com taxas de tributação de 35% há casos em que a opção mais rentável é mesmo a de tributar em IRS. E, naturalmente, se o rendimento paga imposto, também os dividendos devem pagar impostos. Por isso, os donos das empresas evitam distribuir dividendos, tornando-se assim necessário cobrar IRC, mesmo que os lucros não sejam distribuídos (e, quando o são, há dupla tributação).

Para se ter uma ideia de como estas regras se tornaram absurdamente complicadas considere o caso da tributação de dividendos em sede de IRS. Simplificando, se o titular do rendimento não optar pelo englobamento é tributado a uma taxa de 28%. Caso opte pelo englobamento volta a ter que fazer contas. Pelo suposto mecanismo de eliminação de dupla tributação em IRS o rendimento só será considerado em 50%; no entanto, há que acrescentar a sobretaxa extraordinária variável (entre 0,88% e 3,21%) e ainda a taxa adicional de solidariedade de 2,5% para rendimentos globais entre 80.000 e 250.000€ e de 5% para rendimentos globais acima de 250.000. Muitos mais exemplos poderiam ser dados, mas é fácil de perceber que o resultado de décadas de tributação de rendimento, com este jogo do gato e do rato, é um labirinto fiscal que torna os códigos incompreensíveis ao cidadão comum.

Tudo isto leva as empresas a gastar muitos recursos a fazer optimização fiscal, entupindo os tribunais com litígios com as autoridades tributárias. Basta ver as despesas que as empresas têm em tarefas não produtivas – com advogados, fiscalistas, contabilistas e consultoras – para ter uma ideia dos custos que toda esta encruzilhada causa.

Sobram, então, dois tipos de impostos. Os impostos pigouvianos e os impostos sobre o consumo, o famoso IVA. Os impostos pigouvianos são aqueles que se aplicam quando uma transacção tem efeitos negativos que não são tidos devidamente em conta pelas partes. O exemplo típico é o da poluição. Ao se impor um imposto sobre emissões de carbono, obriga-se as pessoas a terem em conta o dano que causa ao ambiente andar de automóvel. Este tipo de impostos aumenta a eficiência, pelo que devem ser a primeira escolha de um economista. Mesmo que não gerassem receitas, deveriam ser aplicados. O facto de gerarem receitas fiscais é um bónus a aproveitar. Mas, infelizmente, estes impostos não só não são suficientes para gerar todas as receitas necessárias, como têm também efeitos negativos na competitividade externa, pelo que exigem forte coordenação internacional, o que se tornou mais difícil com a eleição de Trump.

Ficam os impostos sobre o consumo. Uma taxa de imposto única sobre o consumo é, provavelmente, o imposto com menos efeitos distorcivos que se possa imaginar. Neste momento, o IVA já representa mais de 35% das receitas fiscais do Estado português, gerando mais receitas do que o IRS. O ideal seria ir substituindo os diversos impostos, incluindo IRS e IRC, por IVA. Com um sistema destes, em que se taxa o consumo e não o rendimento, deixaria de haver necessidade de esconder rendimentos, pelo que os paraísos fiscais tenderiam a desaparecer (ou, pelo menos, a perder a sua importância) e empresas portuguesas teriam menos interesse em mudar domicílios fiscais para o estrangeiro. As estratégias, tantas vezes promovidas pelas consultoras, de criação de empresas fictícias em offshores para se pagar menos impostos deixariam de ter tracção. Por outro lado, aumentava-se a base fiscal, dado que rendimentos não declarados, como os gerados por actividades ilegais – o tráfico de drogas ou a prostituição, por exemplo – uma vez gastos, pagariam impostos sobre o consumo.

Muitas pessoas, principalmente de esquerda, acham esta hipótese horrenda. Consideram o IVA um imposto socialmente injusto, porque ricos e pobres pagam a mesma taxa. É ainda possível argumentar que, como a taxa de poupança dos mais ricos é mais alta, os pobres acabam por pagar mais impostos relativamente ao seu rendimento.

É certamente verdade que pessoas com rendimentos mais altos têm, em média, taxas de poupança maiores. Mas também é verdade que a poupança de hoje mais não é do que consumo no futuro. Claro que se pode argumentar que há poupança que nunca é consumida, mas isso resolve-se facilmente com um imposto sobre heranças. E mesmo sem impostos sobre heranças, na verdade, os herdeiros gostam de espatifar as riquezas recebidas. Há alguns estudos que nos dizem que grande parte das heranças já não chega à terceira geração. Ou seja, na prática, todo o rendimento acaba por ser consumido, pelo que o argumento não é muito sólido.

O argumento da progressividade fiscal é mais relevante e, em Portugal, é mesmo um requisito constitucional. Este assunto é ainda mais grave se se tiver em consideração que a taxa de IVA deve ser igual para todos os bens, para evitar distorções económicas. John Cochrane, professor na Universidade de Chicago, fez uma sugestão que poderá responder a esta crítica. Imaginem que, em vez de se taxar o rendimento, apenas se cobram impostos sobre o consumo a uma taxa única de, por exemplo, 50%. Em contrapartida, para os primeiros 10.000€ gastos, o governo reembolsa todos os impostos pagos pelo contribuinte, pelo que, na verdade, a taxa de imposto efectiva é zero. Nos 20.000€ seguintes, o governo devolve quatro quintos dos impostos pagos, pelo que, na realidade, a taxa de imposto é de 10%. De seguida, devolve três quintos do imposto pago (a que corresponde uma taxa de 20%) e assim sucessivamente. Naturalmente para despesas acima de um determinado nível, por exemplo 100.000€, já não há lugar a qualquer devolução de imposto, pelo que a taxa efectivamente paga seria de 50%.

Como se pode perceber no exemplo anterior, a progressividade fiscal é assegurada, garantindo que quem mais gasta paga taxas de impostos mais altas. Na era dos pagamentos electrónicos, uma solução destas é tecnicamente viável, podendo mesmo considerar-se a hipótese de a devolução do IVA ao contribuinte ser automática e instantânea.

Com a globalização e a revolução tecnológica, a desigualdade é uma inevitabilidade. Com ela, gostemos ou não, ressurgem movimentos populistas que gostaríamos que se mantivessem no caixote de lixo da história. Está na altura de percebermos que a nova globalização exige tanto uma nova direita como uma nova esquerda. A esquerda tem de entender que a competitividade não é uma questão fútil e a direita tem de compreender que políticas de redistribuição não são uma escolha, mas sim uma necessidade.


http://observador.pt/opiniao/e-se-pagar-50-de-iva-fosse-uma-boa-ideia/

D. Antunes

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #917 em: 2017-05-10 11:03:11 »
"O argumento da progressividade fiscal é mais relevante e, em Portugal, é mesmo um requisito constitucional. Este assunto é ainda mais grave se se tiver em consideração que a taxa de IVA deve ser igual para todos os bens, para evitar distorções económicas. John Cochrane, professor na Universidade de Chicago, fez uma sugestão que poderá responder a esta crítica. Imaginem que, em vez de se taxar o rendimento, apenas se cobram impostos sobre o consumo a uma taxa única de, por exemplo, 50%. Em contrapartida, para os primeiros 10.000€ gastos, o governo reembolsa todos os impostos pagos pelo contribuinte, pelo que, na verdade, a taxa de imposto efectiva é zero. Nos 20.000€ seguintes, o governo devolve quatro quintos dos impostos pagos, pelo que, na realidade, a taxa de imposto é de 10%. De seguida, devolve três quintos do imposto pago (a que corresponde uma taxa de 20%) e assim sucessivamente. Naturalmente para despesas acima de um determinado nível, por exemplo 100.000€, já não há lugar a qualquer devolução de imposto, pelo que a taxa efectivamente paga seria de 50%.


O pessoal que consumisse mais iria comprar em Espanha. Ou daria uns trocos a um indigente para lhe comprar coisas.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

kitano

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #918 em: 2017-05-10 11:34:11 »
Sim, a medida só funcionaria se aplicada a todos os países.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

vbm

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Re: Colectivismo e Individualismo - Tópico principal
« Responder #919 em: 2017-05-10 17:43:05 »
O artigo  acima do IVA em vez do IRS e do IRC é interessante,
e leva-me a esta pergunta: - Quando uma empresa investe
numa máquina ou outro activo fixo, paga IVA, mas
não o subtrai ao Iva que cobra dos seus clientes,
suponho. Ou subtrai!? E se não o faz,
o activo é valorizado no património
pelo valor com o IVA? Este é
amortizado como o preço
ou como é?

É que, se entendo bem,
no limite deveria ser
IVA = IRC+IRS.