Sem querer ser sexista....

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Quadros superiores: elas ganham menos 30% do que eles

  Publico, 08/03/2015 - 07:38

Diferenças salariais acentuam-se no topo da hierarquia. Dados compilados pela Pordata, a propósito do Dia da Mulher, sobre a vida e a morte, a educação e o trabalho, mostram avanços e retrocessos.

São precisos 70 anos para alcançar igualdade salarial entre homens e mulheres

Mulheres recebem menos 18% de salário médio mensal de base do que os homens

Portuguesas trabalham mais 65 dias para ganhar o mesmo que os homens

Portugal melhora no ranking da igualdade de género, mas desigualdade salarial mantém-se elevada

Elas 1723,6 euros, eles 2376,5. “Sabia que as mulheres pertencentes aos quadros superiores têm uma remuneração média mensal quase 30% abaixo da remuneração dos quadros superiores do sexo masculino?” A Pordata preparou um conjunto de indicadores, a propósito do Dia Internacional da Mulher que se assinala neste domingo. Os dados fornecidos ao PÚBLICO respondem a 13 questões, todas começam por um “sabia que...” Perguntas que revelam, nalguns casos, respostas surpreendentes sobre o que se passa em Portugal.

Desde logo, fica a saber-se que para qualquer nível de qualificação, a remuneração base média das portuguesas que trabalham por conta de outrem é sempre inferior à dos homens. Mas que é no topo da hierarquia, nos quadros superiores, que encontramos a maior diferença, 27,5%. Na categoria dos profissionais não qualificados, por exemplo, o hiato não vai além dos 12%. Na categoria de "praticantes e aprendizes", 4,9%.

“Estas diferenças não se têm esbatido com o tempo”, diz Maria João Valente Rosa, directora da Pordata, em declarações ao PÚBLICO. Pelo contrário: em alguns grupos de qualificação, a desigualdade salarial é mesmo mais acentuada agora do que era em 1985.

Veja-se, uma vez mais, o que se passa nos quadros superiores. A diferença salarial entre homens e mulheres agravou-se, em Portugal, comparativamente com 1985, em quase oito pontos percentuais. Entre os profissionais não qualificados, perto de quatro pontos.

A tendência já tinha sido referida pelo Eurostat na quinta-feira, quando fez saber que Portugal foi o país onde a disparidade salarial mais aumentou entre 2008 e 2013 — de 9,2% para 13% (na UE a diferença é maior, passou de 17,3% para 16,4%, mas o sinal é de descida). Contudo, a Pordata faz a análise por grupos de qualificações em Portugal e mostra que nalguns o hiato é bem maior do que isso.

“Sempre houve discrepâncias”, diz Valente Rosa. “Mas quando olhamos para os níveis de qualificação onde essa discrepância mais se nota, verificamos que ela existe essencialmente nas qualificações mais elevadas, quadros superiores, profissionais altamente qualificados, quadros médios, ou seja, mulheres que apostam na educação, no avanço das suas qualificações, esbarram com um problema de mentalidades. São dados muito preocupantes, do meu ponto de vista.”

Mais educação

Em Portugal, as raparigas dos 18 aos 24 anos abandonam menos a escola do que os rapazes. Desde 1986, o número de mulheres matriculadas no ensino superior ultrapassou o dos homens. E “sabia que a larga maioria dos diplomas no ensino superior é, todos os anos, atribuído às mulheres?” — lê-se no especial “Sabia que...” da Pordata para o Dia da Mulher.

“Houve um investimento fortíssimo das mulheres, que tem a ver com aquilo que eu poderia chamar como uma emancipação das mulheres pelos estudos”, continua a professora. Isso tem-lhes permitido, de resto, chegar a áreas profissionais tradicionalmente mais masculinas. Por exemplo, a maioria dos magistrados judiciais são mulheres (1054, contra 762, em 2013, seis vezes mais do que no início dos anos 1990). E o número de empregadoras “aumentou quase seis vezes em relação a meados dos anos 1970”.

“As sociedades modernas estão muito dependentes do conhecimento. Portanto, esta aposta das mulheres no conhecimento através da escolaridade e da qualificação está completamente em linha com aquilo que são os grandes desafios da modernidade", diz a directora da Pordata. "O reverso da medalha, o que não está nada bem resolvido na sociedade portuguesa, e é a questão das remunerações. Quando olhamos para a rapidez da mudança na área da educação, percebemos que mesmo havendo alguma evolução na parte do trabalho ela é tão lenta que está a haver uma resistência muito grande.”

[Zel]

"quadro superiores"? isso eh profissao? nao da para comparar assim pois eh provavel que elas ocupem cargos menores e q em geral sejam menos dedicadas por quererem ter vida

[karnuss]

O que consideras "ter vida"? Os homens não querem?

[Zel]

O que consideras "ter vida"? Os homens não querem?

os homens querem menos ter vida, sao mais competitivos e obcecados pelo sucesso...
ha muitos mais workaholics homens do que mulheres, os homens dedicam muito mais de si e sao mais desequilibrados e malucos nestas coisas
pensam em ganhar, querem um carro grande e serem o cristiano ronaldo do emprego
 
as mulheres estao sempre apensar em coisas tipo work life balance, yoga, saude, nutricao, blabla.
isto ja para nao falar dos filhos e do tempo que as mulheres perdem com isso

[Local]

Considerando que na função pública os ordenados são iguais e considerando também um peso de 50% do estado na economia, o privado tem o dobro das diferenças apresentadas no estudo.

[Zel]

Considerando que na função pública os ordenados são iguais e considerando também um peso de 50% do estado na economia, o privado tem o dobro das diferenças apresentadas no estudo.

nao, porque "quadros superiores" eh muita coisa e com valores de ordenado diferentes

[Local]

quadros superiores tem a ver com a qualificação.

[Zel]

quadros superiores tem a ver com a qualificação.

nao ganham todos o mesmo, se as mulheres da FP ocuparem a maioria dos lugares de quadro superior mais abaixo e os homens os de cima ja tens diferencas

[Local]

está bem... É uma forma de ver mais refinada, cuja conclusão não pode ser tirada apenas pela notícia.

Também poderia referir que a maioria dos professores são mulheres e que têm ordenados, em final de carreira, bem superiores à grande maioria dos quadros superiores.

Na notícia também refere que a diferença está a aumentar, relativamente a 1986 e mesmo desde 2008. Pelo menos desde 2008, a estrutura dos trabalhadores não mudou significativamente.

[Counter Retail Trader]

O que consideras "ter vida"? Os homens não querem?

os homens querem menos ter vida, sao mais competitivos e obcecados pelo sucesso...
ha muitos mais workaholics homens do que mulheres, os homens dedicam muito mais de si e sao mais desequilibrados e malucos nestas coisas
pensam em ganhar, querem um carro grande e serem o cristiano ronaldo do emprego
 
as mulheres estao sempre apensar em coisas tipo work life balance, yoga, saude, nutricao, blabla.
isto ja para nao falar dos filhos e do tempo que as mulheres perdem com isso

Não concordo nada , o que vejo nao corresponde a tua visao , pelo menos em Portugal.
Cada vez vejo mais mulheres em cargos  de chefia , algumas casadas e com filhos , algumas solteiras , e muitas divorciadas (o que pode ter influenciado ou nao ) . Como a taxa de divorcios ou de separação/quebra de relação é elevada , pode nao ser um "requisito" ou motivo.

Talvez ate veja mais vontade , agressividade etc por parte da mulher em querer ser melhor que o outro , super competitiva.
O que tambem vejo é que nao ha diferença de vencimento entre sexo . Mas claro é o que eu vejo , e nao estou a par de tudo .

Claro que falo no privado pois é a realidade que conheço.

[Incognitus]

Ainda assim o Neo-Liberal tem razão ... aquela conclusão não pode ser retirada sem se levar em conta o mix do que se está a considerar. A análise teria forçosamente que ser feita a um nível muito mais baixo (para exactamente as mesmas funções).

Não quer dizer que o problema não exista. Simplesmente a forma como ali é abordado não chega para concluir que existe.

[deMelo]

Não tem nada a ver com sexo.
Tem que ver apenas com mérito.

Mas alguém recruta com base no sexo?
Para isso recrutava só mulheres.... 

[Zel]

Não tem nada a ver com sexo.
Tem que ver apenas com mérito.

Mas alguém recruta com base no sexo?
Para isso recrutava só mulheres.... 

da mesma forma que os homens mais baixos sao descriminados tb podes ter casos entre os sexos

afinal de conta o merito tem sempre algo de subjectivo e de psicologico, mesmo contra vontade

[D. Antunes]

O que consideras "ter vida"? Os homens não querem?

os homens querem menos ter vida, sao mais competitivos e obcecados pelo sucesso...
ha muitos mais workaholics homens do que mulheres, os homens dedicam muito mais de si e sao mais desequilibrados e malucos nestas coisas
pensam em ganhar, querem um carro grande e serem o cristiano ronaldo do emprego
 
as mulheres estao sempre apensar em coisas tipo work life balance, yoga, saude, nutricao, blabla.
isto ja para nao falar dos filhos e do tempo que as mulheres perdem com isso

Diria antes investem nos filhos (ou depois não queiras mais natalidade e menos consumismo)   

[Counter Retail Trader]

Não tem nada a ver com sexo.
Tem que ver apenas com mérito.

Mas alguém recruta com base no sexo?
Para isso recrutava só mulheres.... 

da mesma forma que os homens mais baixos sao descriminados tb podes ter casos entre os sexos

afinal de conta o merito tem sempre algo de subjectivo e de psicologico, mesmo contra vontade

Baixos e carecas ainda é pior 

[Local]

é do careca que elas gostam mais!

[vbm]

Na escala quântica reinam os inobserváveis.

No caso da mulher compõem
o que não deixa de se
prever e até ver
mesmo sem
ver!