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Autor Tópico: A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto  (Lida 4961 vezes)

Automek

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A propósito desta barbearia na baixa de Lisboa que já deu muito que falar:

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Homens e cães entram, mulheres não
16 outubro 2014

A Figaro's, na rua do Alecrim, com o seu aspeto de barbearia dos anos 50, desperta a curiosidade de qualquer um. Mas nem todos podem entrar: a Figaro's não permite a entrada de mulheres.

Quem passa na rua do Alecrim em Lisboa já terá visto a barbearia. Das portas altas e decoração vintage, aos barbeiros no interior vestidos de bata branca, passando pelas cabeças de animais montadas na parede, a barbearia chama a atenção. Aberta há mais ou menos meio ano, desde então que, à porta, um sinal anuncia que é permitida a entrada a homens e a cães, mas não a mulheres.

Fábio Marques, barbeiro e fundador da Figaro's, explica a situação com naturalidade. A Figaro's presta serviços exclusivamente a homens: cortam cabelo e fazem a barba com toalha quente, à moda antiga. "Derivado do tipo de serviços que prestamos," disse Fábio Marques ao DN, "os homens, entendemos nós, gostam de estar à vontade e de ter uma privacidade masculina enquanto recebem esses serviços."
"Se entrar uma mulher, o ambiente imediatamente muda," continua o barbeiro. Para Fábio Marques, a presença de mulheres deixa os homens menos confortáveis para falar "de certos temas," e cria um ambiente de competição. Também distrai os barbeiros, para quem é mais descontraído trabalhar só com homens.

Segundo o advogado António Pragal Colaço, a Figaro's não tem enquadramento legal para justificar a proibição da entrada de mulheres. "Obviamente se o serviço não é para senhoras, não são obrigados a fazê-lo," esclareceu o advogado ao DN. "Agora, dos princípios de funcionamento de um estabelecimento comercial faz parte o princípio da igualdade."

Acrescenta que um espaço comercial não é um espaço privado, como uma residência, e que também não se trata de uma espécie de serviço que mereça o direito à reserva da intimidade da vida privada, como seria o caso, por exemplo, num serviço que fizesse ecografias. Nem o direito de admissão pode ser usado como justificação, porque "isso já não existe."
"Não há direito nenhum das mulheres que seja lesado"

Para Fábio Marques, o contrário é que não faria sentido. "Não podemos tratar como iguais os dois sexos que não são iguais," afirma. O conceito da Figaro's é único na cidade, onde não existem, segundo o barbeiro, mais espaços exclusivamente masculinos.
"Somos uma espécie de clube privado que presta serviços de corte e de barba para homens, o que tem que ser entendido pelas pessoas porque não é ilegal," explica o barbeiro, para quem a política da Figaro's não se trata de discriminação porque "não há direito nenhum das mulheres que seja lesado." E faz uma comparação: "É como se fosse, no fundo, um balneário."

Manuela Tavares, da direcção da União de Mulheres Alternativa e Resposta, tem uma perspetiva diferente. "O balneário é um sítio mais intimista, onde as pessoas se vestem e despem," diz. "Mas as pessoas não têm piscinas separadas."

A membro da UMAR, que é também investigadora de estudos sobre as mulheres no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, acha a medida "lamentável e preocupante." Destacou ao DN que a ideia de que as mulheres sejam um elemento perturbador da conversa não é de todo nova, e que existem ainda clubes masculinos em Inglaterra, por exemplo, onde a presença feminina é interdita.

"Esta questão tem a ver com os estereótipos que foram criados em torno do que é ser mulher e do que é ser homem. Estereótipos muito separados," continua Manuela Tavares. "Digamos que é um atentado àquilo que se pretende, que é uma sociedade mais partilhada em todos os aspetos. Mas é um facto que nos tempos atuais há tendência para que a austeridade que vivemos também traga atrás de si um neo-conservadorismo que começa a despontar em muitos aspetos, e que as pessoas veem com naturalidade."

Para mostrar a especificidade do estabelecimento relativamente à sua clientela, Fábio Marques sublinha ainda que a Figaro's está a "promover e divulgar causas que são afetas a homens," sendo que vão apoiar a iniciativa Movember no mês que vem, um projeto internacional para angariar fundos para a investigação no âmbito do cancro da próstata.

Mas nem todos os homens estão de acordo com a medida, como é o caso de Nuno Miranda, que descreve no seu blogue, "Dirigível", uma experiência que teve na barbearia, quando tentou entrar para cortar o cabelo com a sua mulher e filha bebé, quando um barbeiro veio ter com ele. "Diz que as mulheres não podem entrar. Fiquei estarrecido, disse-lhe que já tinha ouvido dizer, mas pensei que era uma piada (de graça dúbia, mas uma piada). Não era." E sublinha, para deixar tudo bem claro: "Convidaram a Vera a sair não porque não lhe pudessem/quisessem cortar o cabelo, mas porque não podia estar lá dentro."

Entretanto, as mulheres que estejam curiosas para ver a Figaro's podem entrar, quando não houver clientes. "Deixamos entrar mulheres ao fim do dia quando estamos a fazer limpezas," diz Fábio, consciente de que o aspeto vintage e diferente da barbearia atrai turistas e curiosos.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4182197&page=-1

Automek

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #1 em: 2015-02-23 23:04:07 »
No Sábado houve lá um protesto de mulheres

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Barbearia onde mulher não entra invadida em protesto feminista
por DN.ptHoje97 comentários

Barbearia onde mulher não entra invadida em protesto feminista

A Figaro's Barbershop, em Lisboa, decidiu assumir-se como espaço para homens, proibindo entrada a mulheres. Um grupo de manifestantes invadiu o espaço em protesto contra a política da casa.
Foi no passado sábado, pelas 18.00: um grupo de cerca de 15 pessoas, na sua maioria mulheres, com as faces cobertas por máscaras e capuzes, irrompeu pela Figaro's Barbershop, na baixa lisboeta, num protesto contra a política da barbearia que veda a entrada a mulheres.

O letreiro, à entrada do estabelecimento, deixa visível a proibição: homens podem entrar, cães também, mas as mulheres são obrigadas a parar à porta. Por discordar da decisão, o grupo de pessoas que se autointitulou 'Ninguém nasce cão" - e que foi criado apenas para este efeito, entrou na barbearia com máscaras e a imitar o ladrar de cães. Os funcionários da Figaro's reagiram tentando fechar a porta e procurando expulsar as manifestantes, que decidiram circular livremente dentro do espaço da barbearia, ignorando as proibições.

O vídeo da invasão, feito pelos próprios manifestantes, está agora a circular nas redes sociais e há fotografias da "invasão" em várias páginas de Facebook.

A Figaro's Barbarshop garante, em resposta enviada ao DN, através de Paulo Espírito Santo, que "os invasores não deixarão de ser responsabilizados em sede própria, tanto a nível penal como civil", e que a política da casa é para manter.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4416197


Cães que Ladram - Ninguém Nasce Cão

Incognitus

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #2 em: 2015-02-23 23:08:32 »
Era meterem dois porteiros nús um pouco para dentro da coisa, antes de se entrar efectivamente. Já só entravam taradas ... eheh.
« Última modificação: 2015-02-23 23:08:41 por Incognitus »
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Mystery

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #3 em: 2015-02-23 23:11:11 »
há vários ginásios por esse país fora que admitem exclusivamente mulheres...
A fool with a tool is still a fool.

Automek

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #4 em: 2015-02-23 23:12:44 »
 :D

Mas isto, realmente, há zonas onde a legalidade se pode atravessar na segmentação que as pessoas possam querer dar ao seu negócio, sem que seja uma coisa 100% clara. O melhor exemplo talvez seja a dos hotéis que proíbem crianças com idade inferior a X anos.

Automek

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #5 em: 2015-02-23 23:20:23 »
há vários ginásios por esse país fora que admitem exclusivamente mulheres...
Exacto. E dizem-no declaradamente. Vivafit, maxwoman, mstudio, por exemplo.

Incognitus

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #6 em: 2015-02-23 23:22:47 »
É um monte de tipos em gabardines com ar de rebarbados irem fazer manifestações para a porta desses ginásios a dizerem que querem entrar ...  :D
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tatanka

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #7 em: 2015-02-24 01:00:17 »
Belo golpe publicitario.
O dono daquilo deve ter pago uma grade de cervejas, e 50g de haxe para aquele bando de malucas fazer aquele estardalhaço.
“I hate reality but it's still the best place to get a good steak.”
― Woody Allen

Thorn Gilts

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #8 em: 2015-02-24 08:05:34 »
As vezes fico parvo com as pessoas, não pelo video, mas por acreditarem que este video é verdadeiro quando é notoriamente uma tentativa de publicidade. Aliás, sempre queria ver apresentarem queixa na policia e depois serem acusados de denuncia caluniosa e uso abusivo dos meios do estado e da justiça. Eu já conhecia a barbearia e achava um conceito giro, embora nada original - apenas uma copia do que já existe já fora: tipo Wahl, The Straight Razor, Razor Tales - mas agora lixaram tudo... é mesmo estúpido este tipo de iniciativas publicitarias. Só faltava os gajos dos ginásios femininos fazerem a mesma tanga e contratarem uns gandulos para irem lá manifestarem-se com diz o Inc.


https://www.youtube.com/watch?v=m77iybSH2FU

https://www.youtube.com/watch?v=59W_zEAAIQM

https://www.youtube.com/watch?v=UGyxjIsUwtc

https://www.youtube.com/watch?v=G0RbgK1r21Y






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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #9 em: 2015-02-24 08:09:27 »
Alias, os gajos quiseram passar a imagem de "machos duros", com taco de basebol na mão para bater nas gajas e Jack Daniel's na tromba em vez de after shave, pois é a imagem de marca que querem vingar. Mas qualquer gajo normal, naquela situação, partia-se a rir, tentava falar com as alegadas manifestantes e ainda se divertia com a coisa. Ou seja, numa situação real nada se passava como mostra o video - que claro foi publicado pelas manifestantes muito convenientemente.

Isto é publicidade desonesta.
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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #11 em: 2015-02-24 08:38:36 »
Estes gajos ainda se arriscam a ser acusados de simulação de crime (de invasão de propriedade privada e ameaças), sendo que a simulação de um crime é p.e p. pelo artigo 366.º do Codigo Penal.
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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #12 em: 2015-02-24 11:16:36 »
http://entrefraldaselivros.blogs.sapo.pt/figaros-barbershop-r-do-alecrim-33029

Bom, parece que afinal aquilo é um bocado de frustração com as mulheres... LOL.
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Automek

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #13 em: 2015-02-24 11:42:21 »
Nem sei o que é mais estúpido, se uma radicalização anti-mulher, eventualmente até ilegal, por parte da barbearia ou a insistência das mulheres em serem atendidas num local onde sabem ser mal vindas e hostilizadas.

E esta parte do texto também não parece ter lógica:
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Cortes de cabelo não têm género. Cabelo não tem género. É cabelo.

Zel

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #14 em: 2015-02-24 11:47:55 »
mas afinal a logica de ginasios so para mulheres e diferente da da barbearia?

parece-me um daqueles duplos criterios, se forem mulheres a fazer eh emancipacao, se forem homens eh descriminacao

muitas das feministas sao lesbicas radicais e odeiam homens, vendo neles a representacao de tudo o q esta errado na terra
« Última modificação: 2015-02-24 11:49:47 por Neo-Liberal »

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #15 em: 2015-02-24 11:58:29 »
Possivelmente a lógica é que os ginásios são para mulheres mas os homens podem entrar, enquanto que a barbearia tem o sinal de proibição de entrada a mulheres (se dissesse que não corta cabelo a mulheres provavelmente já seria legal - também há alfaiates que não fazem fatos para senhoras e vice versa).

Zel

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #16 em: 2015-02-24 12:00:20 »
Possivelmente a lógica é que os ginásios são para mulheres mas os homens podem entrar, enquanto que a barbearia tem o sinal de proibição de entrada a mulheres (se dissesse que não corta cabelo a mulheres provavelmente já seria legal - também há alfaiates que não fazem fatos para senhoras e vice versa).

os homens nao podem entrar, toda a logica desses ginasios eh q as mulheres sao inseguras em relacao ao seu corpo e nao querem por la homens a ver o seu rabo gordo ou mamas descaidas

« Última modificação: 2015-02-24 12:00:49 por Neo-Liberal »

Thorn Gilts

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #17 em: 2015-02-24 21:04:43 »
Possivelmente a lógica é que os ginásios são para mulheres mas os homens podem entrar, enquanto que a barbearia tem o sinal de proibição de entrada a mulheres (se dissesse que não corta cabelo a mulheres provavelmente já seria legal - também há alfaiates que não fazem fatos para senhoras e vice versa).

1) julgo que aquilo foi armado pelos proprios gajos da barbearia.

2) quanto ao negocio em si, com posicionamento so para mulheres, não vejo mal... é como se fosse um gentleman club, um ailfaite/designer so para homens, etc...

3) o criticave é a hostilização da mulher a um ponto que vai mais longe do que uma estrategia empresarial e de posicionamento... o sinal na porta, onde rebaixam a mulher abaixo do homem e do cão, é pelo menos de mau gosto... e as atitudes (descritas) essas são mesmo erradas.

Quanto ao livro de reclamações ter sido so entregue com a presença das autoridades, da uma multa de 15 mil euros. No entanto tal multa foi a pouco tempo considerada incostitucional por violar o principio da proporcionalidade... mas sempre da para os gajos serem chateados caso mantenham esse tipo de atitudes.
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Automek

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #18 em: 2015-02-24 22:27:38 »
2) quanto ao negocio em si, com posicionamento so para mulheres, não vejo mal... é como se fosse um gentleman club, um ailfaite/designer so para homens, etc...
Isso é normalíssimo, mas impedir a entrada de mulheres presumo que seja ilegal. E um hotel que impede a entrada de crianças, por exemplo ?

Thorn Gilts

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Re:A fronteira ténue entre a legalidade e o politicamente correcto
« Responder #19 em: 2015-02-24 23:03:42 »
2) quanto ao negocio em si, com posicionamento so para mulheres, não vejo mal... é como se fosse um gentleman club, um ailfaite/designer so para homens, etc...
Isso é normalíssimo, mas impedir a entrada de mulheres presumo que seja ilegal. E um hotel que impede a entrada de crianças, por exemplo ?

apesar de nao poder haver descriminação por sexo (em termos de direitos) penso que tal não se aplica aqui... é como um WC para mulheres e outro para homens.
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