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Autor Tópico: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.  (Lida 17079 vezes)

Incognitus

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #40 em: 2015-05-20 12:20:00 »
Ri-te e goza, mas trabalhar
sem prazer nenhum
não interessa
sequer

ao menino Jesus!

E o que importa se interessa ou não?

Achas que esses não o deveriam fazer, mas depois deveriam obter os bens e serviços de outros, igualmente desinteressados, que são forçados a trabalhar para obter o seu sustento?
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Pip-Boy

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #41 em: 2015-05-20 13:46:36 »
Ri-te e goza, mas trabalhar
sem prazer nenhum
não interessa
sequer

ao menino Jesus!

Interessa a quem queira o prazer de pagar a casa, a comida, etc.
Que os mestres de obra e agricultores tem muito prazer no que fazem mas querem ser pagos em dinheiro também.
Ja o menino Jesus tinha outros prazeres, como dormir ao relento nas palhas deitado :)
The ultimate result of shielding men from the effects of folly, is to fill the world with fools.

vbm

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #42 em: 2015-05-20 19:05:44 »
O supra-sumo  do saber social!

Os prazeres do menino jesus;
os desprazeres que não
interessam nada;

o dinheirinho
que recebe,
quem vende
o que interesse
ou não interesse,
- pouco importa -,

desde que 'escorregue'
e vá escorrendo: LOL.


Grande ciência.
Profunda sabedoria!


Incognitus

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #43 em: 2015-05-20 19:22:59 »
O supra-sumo  do saber social!

Os prazeres do menino jesus;
os desprazeres que não
interessam nada;

o dinheirinho
que recebe,
quem vende
o que interesse
ou não interesse,
- pouco importa -,

desde que 'escorregue'
e vá escorrendo: LOL.


Grande ciência.
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Qual a dificuldade de criar um grupo qualquer onde se apliquem as regras que gostarias de ver aplicadas e a cuja pertença seja voluntária?
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D. Antunes

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #44 em: 2015-05-20 20:21:28 »
Isto é que interessa, melhor do que dinheiro à borla:

http://www.publico.pt/economia/noticia/portugal-emite-divida-a-seis-meses-com-juros-negativos-1696224

Com juros negativos, se pedirmos a quantidade suficiente pagamos a dívida.
Foram 300 milhões a 6 meses, com juro de -0,002%. Se tivessem sido uns 25 mil biliões (2,5 x 10^16), daqui a seis meses pagaríamos tudo e o estado ficaria sem dívidas.  ;)
Mas sempre é um começo.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

vbm

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #45 em: 2015-05-20 21:19:23 »
Qual a dificuldade de criar um grupo qualquer onde se apliquem as regras que gostarias de ver aplicadas e a cuja pertença seja voluntária?

Não é preciso criar grupo nenhum.

Muitos vão saindo do círculo enfadonho
montado por uma sociedade sem interesse.

Um belo dia os próceres deste estado de coisas
descobrem que estão sozinhos e nada valem!

vbm

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #46 em: 2015-05-20 21:27:38 »
Com juros negativos, se pedirmos a quantidade suficiente pagamos a dívida.
Foram 300 milhões a 6 meses, com juro de -0,002%. Se tivessem sido uns 25 mil biliões (2,5 x 10^16), daqui a seis meses pagaríamos tudo e o estado ficaria sem dívidas.  ;)
Mas sempre é um começo.

:)

Mas o significado deste juro negativo
é mesmo o de crer na valorização
cambial do euro face ao dólar
e à libra. Com população
a decrescer nada
animará o consumo.

O dinheiro acumular-se-á inactivo;
a circulação monetária abrandar-se-á
irreversível; o nível geral de preços
cairá igualmente; os reformados
continuarão a financiar
os desempregados.

Vanilla-Swap

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #48 em: 2015-06-16 18:35:37 »
Esta informação é para guardar.

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #49 em: 2015-10-21 11:52:09 »
Vamos ver se o novo governo se esquece.

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #50 em: 2015-10-21 16:28:21 »
O fator de sustentabilidade veio para ficar.

Aqui fica o caso de Espanha.

http://www.voxeu.org/article/sustainability-factor-spanish-pensions



The new sustainability factor of the public pension system in Spain

Rafael Doménech, Víctor Pérez-Díaz 11 December 2013


Based on the report issued by a Committee of Experts, the Spanish Parliament will pass a new law that implements an innovative sustainability factor in the public pension system. This column argues that the proposal solves the problem of financial sustainability in the long run while opening a wider debate on the welfare system and growth under conditions of increased global competition


« Última modificação: 2015-10-21 16:29:31 por Vanilla-Swap »

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #51 em: 2015-10-21 16:50:31 »
O fator de sustentabilidade veio da Alemanha.

http://www.palgrave-journals.com/pm/journal/v15/n3/full/pm201020a.html


Agora com a invasão de migrantes toda a austeridade foi por água a baixo.

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #52 em: 2015-10-21 17:10:27 »
Uncertainty in Long-Term U.S. Social Security Estimates

While there is little doubt that Social Security faces a large financial imbalance in the decades ahead, there is some uncertainty regarding the size of the problem.

The Social Security Administration's Office of the Actuary (OACT) has recently begun providing useful estimates of the probability range for the so-called actuarial deficit. This measure is the difference between the present value of projected Social Security revenue and spending over a 75-year period, divided by the present value of total wages upon which the payroll tax could be applied during the same period. As presented in the 2005 Trustees' Report, the actuarial deficit over the next 75 years is estimated at 1.92 percent of taxable payroll, under intermediate assumptions. This deficit can be interpreted to mean that the 75-year financing gap could be closed by immediately raising the payroll tax by about 1.9 percentage points (above the 12.4 percent tax rate in current law).

However, producing this point estimate for Social Security's 75-year actuarial deficit required a large number of input assumptions, including point estimates for fertility, mortality rates, and productivity growth. Each of these variables is highly uncertain within a range. The total fertility rate, for instance, has fallen precipitously, from 3.61 in 1960 to 2.06 in 2000. OACT assumes that the total fertility rate, in the intermediate case, will stay at about 1.95 children per woman in the long run. Even a small deviation from this intermediate assumption would significantly alter the long-term financial outlook. OACT estimates that every 0.10 increase in the long-term total fertility rate decreases the 75-year actuarial deficit by 0.11 percent of taxable payroll, and vice versa.

To help quantify the uncertainty in long-run projections, the 2005 Trustees' Report includes a section that summarizes an alternative, probability-based projection approach. The "stochastic modeling" technique tabulates results from a large number of combinations of random input variables. From these tabulations, it is possible to build confidence intervals around a median output path and thus give a range, rather than a point estimate, of Social Security's financial status.

OACT reports that that there is an 80 percent probability that the 75-year actuarial deficit for the Social Security trust funds will be between 0.99 percent of taxable payroll and 3.15 percent. Similarly, there is an 80 percent probability that the current, present value 75-year funding shortfall (using the open group method) is between $1.9 trillion and $7 trillion.

More reliance on automatic adjustments in entitlement programs can help address the problems raised by uncertainty in projections. Instead of hitting a point estimate for solvency, policymakers could build automatic adjustment provisions into Social Security that gradually alter key program parameters based on firmer data in the years ahead. Under this system, politicians can correctly claim to satisfy both the optimists who assume the input assumptions are too dire and the pessimists who worry that the projections will be worse than anticipated. Either way, if the policy adopted has the ability to adjust flexibly to whatever key demographic and economic trends actually occur, the program can remain perpetually solvent.

Uncertainty in Long-Term U.S. Social Security Estimates

While there is little doubt that Social Security faces a large financial imbalance in the decades ahead, there is some uncertainty regarding the size of the problem.

The Social Security Administration's Office of the Actuary (OACT) has recently begun providing useful estimates of the probability range for the so-called actuarial deficit. This measure is the difference between the present value of projected Social Security revenue and spending over a 75-year period, divided by the present value of total wages upon which the payroll tax could be applied during the same period. As presented in the 2005 Trustees' Report, the actuarial deficit over the next 75 years is estimated at 1.92 percent of taxable payroll, under intermediate assumptions. This deficit can be interpreted to mean that the 75-year financing gap could be closed by immediately raising the payroll tax by about 1.9 percentage points (above the 12.4 percent tax rate in current law).

However, producing this point estimate for Social Security's 75-year actuarial deficit required a large number of input assumptions, including point estimates for fertility, mortality rates, and productivity growth. Each of these variables is highly uncertain within a range. The total fertility rate, for instance, has fallen precipitously, from 3.61 in 1960 to 2.06 in 2000. OACT assumes that the total fertility rate, in the intermediate case, will stay at about 1.95 children per woman in the long run. Even a small deviation from this intermediate assumption would significantly alter the long-term financial outlook. OACT estimates that every 0.10 increase in the long-term total fertility rate decreases the 75-year actuarial deficit by 0.11 percent of taxable payroll, and vice versa.

To help quantify the uncertainty in long-run projections, the 2005 Trustees' Report includes a section that summarizes an alternative, probability-based projection approach. The "stochastic modeling" technique tabulates results from a large number of combinations of random input variables. From these tabulations, it is possible to build confidence intervals around a median output path and thus give a range, rather than a point estimate, of Social Security's financial status.

OACT reports that that there is an 80 percent probability that the 75-year actuarial deficit for the Social Security trust funds will be between 0.99 percent of taxable payroll and 3.15 percent. Similarly, there is an 80 percent probability that the current, present value 75-year funding shortfall (using the open group method) is between $1.9 trillion and $7 trillion.

More reliance on automatic adjustments in entitlement programs can help address the problems raised by uncertainty in projections. Instead of hitting a point estimate for solvency, policymakers could build automatic adjustment provisions into Social Security that gradually alter key program parameters based on firmer data in the years ahead. Under this system, politicians can correctly claim to satisfy both the optimists who assume the input assumptions are too dire and the pessimists who worry that the projections will be worse than anticipated. Either way, if the policy adopted has the ability to adjust flexibly to whatever key demographic and economic trends actually occur, the program can remain perpetually solvent.

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #54 em: 2015-10-23 12:17:27 »
A verdadeira obsessão do (ex) ministro Mota Soares em atacar os mais fracos atingiu o impensável com o decreto-lei nº 246/2015, de 20 de outubro, que vem dificultar em muito o acesso a uma pensão de invalidez, no regime especial, aos pacientes de doenças como a sida, o cancro, as doenças de Alzheimer e Parkinson ou a esclerose múltipla.

Reparem bem na data: o decreto-lei foi publicado esta terça-feira, no momento em que o governo PSD/CDS já não existe politicamente, e em que o país se prepara para o próximo governo onde, tudo indica, Mota Soares não terá lugar.

Aprovação à socapa

Aliás, a cronologia da aprovação do decreto é bastante significativa. Em junho, Mota Soares anunciou que o governo estava a preparar alterações ao regime especial de pensões por invalidez, argumentando que havia doenças crónicas que não eram contempladas, injustamente, pela lei em vigor. Citou a Fibromialgia, para dizer que a lei iria mudar de critérios: em vez da doença, verificar-se-ia o estado do paciente.

Depois, o decreto-lei foi aprovado em Conselho de Ministros a 13 de agosto de 2015, no meio do tradicional mês de férias. E foi publicado agora, no apagar das luzes do governo.

“Situação de dependência ou morte num período de três anos”

Só com a publicação os portugueses puderam conhecer os novos critérios de atribuição de pensões por invalidez no regime especial. Ei-las: é preciso que o candidato à pensão:

– Tenha incapacidade permanente para o trabalho que não possa ser resolvida por “produtos de apoio e adaptação” (?);

– Tem de padecer de uma doença “de causa não profissional ou de responsabilidade de terceiros”;

– E essa doença tem de ter uma previsão clínica de que vai evoluir “para uma situação de dependência ou morte num período de três anos”.

Este último item é de tal forma macabro que se torna difícil comentá-lo. Que médico irá assumir que um paciente vai evoluir clinicamente para uma situação de morte num período de três anos? E por que três anos e não dois ou quatro? Quais os fundamentos para este prazo? Não há.

O objetivo é gastar menos

E não há porque o verdadeiro objetivo do ministro Mota Soares não é corrigir “injustiças”, mas sim gastar menos com as pensões de invalidez.

Se aplicadas rigorosamente, estas supostas “condições objetivas” retiram do acesso à pensão especial quase todos os pacientes de Doença de Parkinson, exceto os que já estiverem num grau avançadíssimo da enfermidade.

Vejamos: salvo exceções muito especiais, não se morre de Parkinson – logo, uma condição já não se aplica. Trata-se de uma enfermidade que tem sobretudo um diagnóstico clínico, e cada caso é um caso, que evolui de forma específica. Nenhum médico faz previsões para três anos – não porque não queira, mas porque não tem os instrumentos para o fazer. Assim, se for estritamente aplicada a nova lei, só irá abranger os pacientes de Parkinson que já estejam em situação de dependência, isto é, que não podem fazer sem ajuda os mais simples movimentos quotidianos – levantarem-se, virarem-se na cama, ir à casa de banho, vestir-se, falar. Os outros, ora, são uns privilegiados, de que se queixam?

Falei sobre a Doença de Parkinson porque é a que conheço melhor, mas os exemplos poderiam multiplicar-se em moléstias que têm em comum serem crónicas e incuráveis, e que pendem sobre os pacientes, muitos deles ainda jovens, como uma Espada de Dâmocles sempre presente e que um dia pode cair.

Derrubar o decreto iníquo e cobarde

E é por isso que, sim, estas doenças faziam parte de uma lista que justificava o regime especial de invalidez. Se Mota Soares achava que a Fibromialgia devia fazer parte dessa lista, podia fazer um decreto-lei para incluí-la. As Doenças de Parkinson e Alzheimer foram apenas incluídas em 2009, por uma iniciativa do Bloco de Esquerda aprovada pela Assembleia da República. Sublinhe-se: aprovada pelo Parlamento e não através de um decreto-lei publicado à socapa.

Espero que o Parlamento que toma posse sexta-feira derrube este decreto iníquo, cruel e cobarde o mais cedo possível.



http://desenvolturasedesacatos.blogspot.pt/2015/10/pensoes-por-invalidez-nao-ha-limites.html

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #55 em: 2015-12-11 14:39:13 »
Supremo obriga Defesa a devolver milhões de euros a militares que tiveram complementos de pensão mal calculados

O Ministério da Defesa vai pagar entre dois milhões a dois milhões e meio de euros a quatro dezenas de militares reformados. Havendo muitos outros militares na mesma situação, que também recorreram a tribunal, a fatura total para o Estado deverá ser bem superior.

Esses montantes decorrem dos cálculos estimados pelos queixosos, segundo uma das fontes ouvidas pelo DN: "O valor do complemento de pensão que tem a receber cada um dos militares pode variar entre os 40 000 e os 50 000 euros", a que acrescerão "os juros devidos de cerca de 12 000 por cada um."

O acórdão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) data de 4 de novembro e diz respeito à fórmula como foi calculado o valor dos complementos de pensão a que os queixosos teriam direito se passassem à reforma aos 70 anos e, por o terem feito antes dessa idade, tivessem visto a respetiva pensão de reforma diminuir face ao valor da remuneração de reserva a auferir até àquela data.

Os queixosos - o primeiro dos quais já faleceu - são militares da Marinha, Exército e Força Aérea. No total, o número dos militares afetados pode variar entre "mais de uma centena" (segundo o Ministério da Defesa) e "um universo de milhares", conforme argumenta a acusação e consta do acórdão do STA a que o DN teve acesso.

Os militares em causa tinham direito a reformar-se aos 70 anos, mas o Estatuto aprovado em 1990 diminuiu esse limite para os 65 anos - a aplicar de forma calendarizada, entre 1990 e 1994. O diploma obrigava igualmente os militares com nove ou mais anos na situação de reserva, fora da efetividade de serviço, a passar obrigatoriamente à reforma.

Esse Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), elaborado pelo então ministro da Defesa Eurico de Melo, deixava uma garantia: "Importa salientar que da sua adopção não resultará para os militares atingidos qualquer prejuízo de natureza pecuniária, comparativamente com a remuneração na reserva e pensão de reforma que aufeririam caso não se tivessem operado tais modificações."

Na origem da queixa contra o Ministério da Defesa está o facto de os referidos complementos de pensão, entre os meses de agosto de 2000 e julho de 2008, não terem sido calculados por referência aos valores ilíquidos das respetivas pensões de reforma e remunerações de reserva - como determinava a lei e agora foi reconhecido pelo STA - mas por referência aos seus valores líquidos, depois de descontados os 10% da quota para a Caixa Geral de Aposentações (CGA).

A decisão do STA reverteu as decisões dos tribunais inferiores que se pronunciaram sobre a matéria: o Tribunal Central Administrativo (TCA) de Lisboa, que julgou improcedente a ação interposta; e o Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS), que negou provimento ao recurso interposto face àquela decisão.

Segundo a posição do Ministério da Defesa, constante do acórdão do STA, os queixosos faziam uma "interpretação meramente literal da lei" que "viola frontalmente o espírito da norma e a própria natureza deste complemento de pensão". Porquê? Porque a medida visou "evitar que os militares ficassem prejudicados nos seus rendimentos pelo facto de a idade de reforma ter sido antecipada, mas nunca atribuir-lhes um benefício" (leia-se ficarem a receber mais do que auferiam no momento em que se reformaram).

Além das dúvidas interpretativas suscitadas pela redação dada em 2000 ao artigo 9º do EMFAR, onde se referia a forma de calcular o valor do complemento de pensão, o Ministério da Defesa invocou também as alterações feitas em 2004 ao Estatuto da Aposentação - que passou a calcular o valor da pensão de reforma depois de deduzida "a percentagem da quota para efeitos de aposentação e de pensão de sobrevivência", ao contrário do que "até então vinha sendo feito".

Note-se que esta decisão, com um impacto financeiro de milhões de euros, surge na sequência de outra com efeitos similares e que diz respeito aos militares colocados no estrangeiro, nos anos 1990 e 2000, que não foram equiparados aos diplomatas em termos remuneratórios

destaque--estado-vai-pagar-mais-de-dois-milhoes-a-40-militares-reformados-4924370
« Última modificação: 2015-12-11 14:50:08 por Vanilla-Swap »

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #56 em: 2016-04-02 11:30:37 »
nada de novo.

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #58 em: 2016-05-06 13:42:55 »
Vi isto

https://www.chileatiende.gob.cl/fichas/ver/5178


Alguém sabe converter 89 mil 764 pesos Chilenos em Euros?
« Última modificação: 2016-05-06 13:44:06 por Vanilla-Swap »

D. Antunes

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Re: Vem ai a chuva de dinheiro - reformados e inválidos vão perder.
« Responder #59 em: 2016-05-07 00:02:34 »
Vais ao google e escreves:
89764 pesos chilenos em euros
E tens a resposta  ;)
(117,6 euros)
“Price is what you pay. Value is what you get.”
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