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Autor Tópico: Espanha - Tópico principal  (Lida 28127 vezes)

jeab

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Espanha - Tópico principal
« em: 2012-07-19 13:56:32 »
Como a "bola" está do lado deles, a caminho do estoiro final Europeu, abri este Tópico porque as noticias irão aparecerem mais amiudadamente .


Se outros começarem a seguir as pisadas dos Filandeses, como vai ser ?




Resgate da banca espanhola: Finlândia consegue garantias

Tal como já exigira no caso dos resgates à Grécia, o governo de Helsínquia chegou a acordo com Madrid para um mecanismo de garantia em relação ao montante com que a Finlândia vai participar no resgate a Espanha.

 http://expresso.sapo.pt/resgate-da-banca-espanhola-finlandia-consegue-garantias=f740325#ixzz214ZQd8sv


A Finlândia e Espanha chegaram a um acordo sobre as garantias que o governo de Helsínquia exige para dar luz verde ao plano de resgate à banca espanhola, afirmou hoje a ministra das Finanças finlandesa Jutta Urpilainen.

Essas garantias serão prestadas pelo Fundo de Garantias de Depósitos espanhol e somarão 769,82 milhões de euros, o equivalente a 40% da verba com que o país nórdico vai entrar no resgate que será decidido na próxima sexta-feira pelo Eurogrupo (reunião dos 17 ministros de Finanças da zona euro).

O posição é similar à assumida em relação à Grécia. No entanto, o mecanismo é diferente. A garantia em numerário irá sendo depositada numa conta finlandesa à medida que forem desembolsadas as tranches do resgate à banca espanhola. No caso grego, os colaterais foram titulos da dívida soberana. Os finlandeses, agora, preferem numerário.

O patamar de 40% para o resgate significa, lido de outro modo, que, aos olhos dos finlandeses, há o risco da dívida espanhola levar um "corte de cabelo" no seu valor de 40%...

O Parlamento finlandês discutirá e votará o acordo na próxima sexta-feira, a tempo do Eurogrupo.

Os finlandeses foram os únicos a colocar esta exigência. A posição de princípio deste país nórdico é que prefere sair do euro a ter de pagar as dívidas dos outros países membros da zona euro, como já referiu a ministra das Finanças. A contribuir para o resgate delas, só com garantias.

http://expresso.sapo.pt/resgate-da-banca-espanhola-finlandia-consegue-garantias=f740325#ixzz214Xyg9lv
« Última modificação: 2012-07-26 11:50:26 por Incognitus »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
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Incognitus

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Re:Espanha
« Responder #1 em: 2012-07-19 13:58:16 »
Não percebo como é que é possível alguns pedirem garantias, como é que os restantes aceitam uma coisa destas. É esquisito.
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jeab

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Re:Espanha
« Responder #2 em: 2012-07-19 14:01:03 »
Não percebo como é que é possível alguns pedirem garantias, como é que os restantes aceitam uma coisa destas. É esquisito.

Exactamente, uns "são mais iguais que outros" no seio da CE. E mais espantado fico de não terem pedido a nós ... se calhar o tal vídio deu resultado eheh :D
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Kin2010

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Re:Espanha
« Responder #3 em: 2012-07-22 02:44:30 »
Não percebo como é que é possível alguns pedirem garantias, como é que os restantes aceitam uma coisa destas. É esquisito.

A Alemanha não se mostra tão agressiva nestas coisas porque tem uma neurose interna chamada "war guilt".
 

jeab

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Espanha
« Responder #4 em: 2012-07-26 10:10:51 »
Como vai ser o próximo ( ou já é c/ os 100 MM para a banca...) a pedir o resgate penso que já merece um tópico próprio para seguir a evolução dos acontecimentos.

El Eurogrupo sopesa que el fondo de rescate compre deuda de España, según Süddeutsche Zeitung

BERLIN, 26 (EUROPA PRESS)

Los países de la eurozona están considerando una nueva asistencia financiera para España ante el agravamiento de la crisis. En concreto, sopesan que el fondo de rescate compre deuda, con el Banco Central Europeo (BCE) actuando como agente en el mercado, con el fin de relajar la prima de riesgo, según publica este jueves el periódico alemán Süddeutsche Zeitung.

Para activar este mecanismo es necesario que el Gobierno de Mariano Rajoy presente una petición oficial al Eurogrupo. Además, se requeriría una opinión del BCE y de la Comisión sobre si la asistencia está justificada. La intervención en el mercado sería "la mejor solución para reducir los costes de financiación de España", según una fuente comunitaria citada por el diario.

"Si Madrid presenta una solicitud, estamos dispuestos a actuar", señala otro diplomático de la UE no identificado.

España y el Eurogrupo ya han pactado el memorándum de entendimiento que recoge las condiciones del rescate de hasta 100.000 millones de euros para la banca. El periódico señala que esto es un requisito imprescindible para activar la compra de bonos, porque este instrumento sólo puede ponerse en marcha para países que no tienen problemas de solvencia en el sector financiero.

El artículo recuerda que el ministro de Finanzas, Luis de Guindos, se ha reunido en los últimos días con su homólogo alemán, Wolfgang Schäuble, y con el francés Pierre Moscovici.

El Gobierno alemán, señala el periódico, no se opondría a la compra de bonos pero prefiere avanzar primero en la reestructuración de la banca española. La nueva ayuda tendría que ser autorizada por un comité especial del Bundestag con representantes de los 5 partidos políticos. Las reuniones serían secretas para no dar pistas a los mercados sobre el momento y la cuantía de la compra de deuda.

Frente a las dudas alemanas, Süddeutsche Zeitung asegura que el Gobierno francés apoya totalmente el plan.

http://www.finanzas.com/noticias/economia/20120726/eurogrupo-sopesa-fondo-rescate-1475181.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #5 em: 2012-07-27 19:00:10 »
Se ela segue a cartilha, então é porque o resgate está eminente ...


Madrid: «não vai haver» resgate nem isso «é uma opção»
2012-07-27 15:00:00

A vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaria, negou hoje que Espanha tenha solicitado ou esteja condenada a solicitar um resgate financeiro.

«Não vai haver resgate nem o resgate é uma opção. A opção do resgate está descartada», afirmou a governante, citada pela EFE, numa reação a informações hoje veiculadas de que Espanha poderia ter já negociado um resgate com os seus parceiros europeus.

Vários órgãos de comunicação social avançaram hoje uma informação segundo a qual o ministro espanhol da Economía, Luis de Guindos, terá esta semana reconhecido perante o seu homólogo alemão, Wolfgang Schäuble, que Espanha precisaria de um resgate na ordem dos 300 mil milhões de euros se os custos da dívida espanhola se mantiverem em níveis insustentáveis.

Diário Digital / Lusa

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #7 em: 2013-03-01 21:28:39 »
Pescanova em maus lençois!

Citar
O grupo Pescanova, que hoje emitiu um alerta ao mercado espanhol a afirmar que se colocou ao abrigo dos credores até reestruturar a sua dívida com a banca, não inclui a Acuinova Mira, unidade de cultura de pregado que detém em Portugal, na lista de activos a alienar

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/projecto_da_pescanova_em__mira_nao_esta_para_venda.html
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #8 em: 2013-03-03 02:29:03 »
É, e eu tinha 6% de Pescanova em carteira. Digo tinha porque agora se valer 1/2 disso já me sinto feliz :o

Bem, são só 6%, agora transformados em 4% ou 2% ou menos, não é o fim do mundo! Mas nunca me tinha metido numa alhada destas :P

Não é que eu não soubesse a dívida enorme (800M€ longo prazo + 700M€ tesouraria) que a empresa tem, os cash-flows negativos (mas a melhorar) e o facto de alguns acionistas grandes estarem a reduzir posições (mas precisavam, para fazer frente às suas próprias dívidas). Também fizeram um aumento de capital o ano passado por causa da dívida. Mas eles têm renovado a frota e feito grandes investimentos em aqualcultura (que são rentáveis) pelo que a dívida não era propriamente injustificada nem parecia impagável.

As margens têm melhorado ligeiramente e a faturação também +12% (1750M€), ademais a empresa gera lucros cerca de 50M€, EBITDA por volta dos 190M€, e esperava-se uma redução da dívida em cerca de 80M€ já este ano pelos últimos dados de Setembro.

Enfim, a pintura não é famosa, mas há pior, e o preço de desconto, com um P/E de 7 e receitas crescentes ao longo dos últimos 6 anos a uma média de 6% ao ano, fez-me entrar. Até porque hoje em dia é difícil encontrar empresas baratas, rentáveis, e com pouca dívida.

Achei que o risco era alto, e por isso não me enterrei nela, mas achei que o potencial de valorização era alto face ao risco. Enfim... vou passar a dar mais importância à dívida! Só tenho uma dificuldade: o endividamento enorme de grande parte da praça Madrilena e Lisboeta! Fica difícil investir se eliminamos empresas com dívidas altas... um sinal do estado destes países, sem dúvida.

Não sei bem que lições hei de tirar, para além de que a dívida das empresas interessa mesmo, não é uma coisa virtual, e se deve limitar a exposição a este tipo de ativos "explosivos". Eu limitei a exposição, mas se calhar devia ter limitado mais ainda! Vou reduzir a minha exposição a alguns activos portugueses igualmente alavancados (apalancados, dicen nuestros hermanos jeje), não vá o cobrador aparecer por lá também e mandar a loja abaixo :D

PS: A minha suspeita neste momento é que alguns destes números possam ter sido forjados, ao estilo Enron, porque se não foram então a empresa tem todas as condições para reestruturar a dívida e safar-se. Só que nesse caso não se entende porquê tanto alarido: tinham falado com os bancos em privado e pronto. Se os dados foram forjados não é um problema de análise, é um problema de fraude.

Incognitus

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #9 em: 2013-03-03 10:34:09 »
Nesse caso o EV/EBITDA provavelmente não te teria deixado entrar, pois a empresa estaria cara segundo essa perspectiva, não?
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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #10 em: 2013-03-03 15:03:35 »
Bem, anda à volta de 12, também não é assim tão mau visto que o negócio tem crescido ano após ano. A parte pior é a dívida e os cash-flows, mas este ano a dívida ia supostamente reduzir-se, segundo os últimos dados.

O facto de que a empresa era uma "compra" segundo uma série de análises por aí espalhadas também favoreceu o engano. Deixou-me mais descansado que não estava a sonhar ao achá-la barata. Acho que neste momento conseguia mesmo fazer o pleno de "compra" nas análises... vê-se :D

Vou ter de rever o meu cálculo de risco. Suspeito que uma das primeiras coisas que vou fazer é cancelar a subscrição de obrigações da Mota Engil, porque o prémio pago pelo risco não é suficiente à luz dos meus novos critérios.

Há um conselho a retirar disto: diversificar sempre! Por melhor que um investimento pareça ele deve ser sempre só uma pequena parte da carteira!

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #11 em: 2013-03-03 15:18:00 »
12 é brutal para algo que cresce pouco ... aliás, com aquela dívida deveria cair nos casos em que não ficam baratas a nível nenhum, tipo Inapa ou Teixeira Duarte há uns tempos.
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Zenith

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #12 em: 2013-03-03 15:35:47 »
Bem, anda à volta de 12, também não é assim tão mau visto que o negócio tem crescido ano após ano. A parte pior é a dívida e os cash-flows, mas este ano a dívida ia supostamente reduzir-se, segundo os últimos dados.

O facto de que a empresa era uma "compra" segundo uma série de análises por aí espalhadas também favoreceu o engano. Deixou-me mais descansado que não estava a sonhar ao achá-la barata. Acho que neste momento conseguia mesmo fazer o pleno de "compra" nas análises... vê-se :D

Vou ter de rever o meu cálculo de risco. Suspeito que uma das primeiras coisas que vou fazer é cancelar a subscrição de obrigações da Mota Engil, porque o prémio pago pelo risco não é suficiente à luz dos meus novos critérios.

Há um conselho a retirar disto: diversificar sempre! Por melhor que um investimento pareça ele deve ser sempre só uma pequena parte da carteira!

Não é o caso especifico da PescaNova. Investes na bolsa de Madrid através de bancos ou corretoras portuguesas? Como é o tratamento de dividendos?

rnbc

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #13 em: 2013-03-03 16:32:00 »
Zel, via Best e BPI. A questão dos dividendos depende de haver acordo de não-dupla-tributação entre o teu país de origem e Espanha. No caso espanhol na pratica acabas a pagar os 28% do imposto português.

Se olhares para as dívidas no mercado português e espanhol à luz de critérios que chumbem a pescanova sem margem para incertezas então metade das empresas estão falidas ou a caminho disso. Enfim, é complicado :P

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #14 em: 2013-03-03 16:36:21 »
Zel, via Best e BPI. A questão dos dividendos depende de haver acordo de não-dupla-tributação entre o teu país de origem e Espanha. No caso espanhol na pratica acabas a pagar os 28% do imposto português.

Se olhares para as dívidas no mercado português e espanhol à luz de critérios que chumbem a pescanova sem margem para incertezas então metade das empresas estão falidas ou a caminho disso. Enfim, é complicado :P


Não me ofendo mas não sou o Zel  ;D

Mas em espanha quanto pagas? Os 21% ou % mais baixa?


rnbc

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #15 em: 2013-03-03 20:55:29 »
Sim, em espanha os 21% são sempre retidos. Depois cá quando declarares o rendimento pagas 28% sobre o que recebeste (não sobre o total). Pelo menos no meu caso os 28% não ficam retidos na fonte. No final ficas com 56.88%. É um roubo :-\

Dependendo das tuas comissões e do comportamento do título pode sair mais barato vender na véspera e comprar no dia seguinte. Ou deixar uns dias de intervalo.
« Última modificação: 2013-03-03 20:58:45 por rnbc »

rnbc

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #16 em: 2013-03-03 21:57:57 »
12 é brutal para algo que cresce pouco ... aliás, com aquela dívida deveria cair nos casos em que não ficam baratas a nível nenhum, tipo Inapa ou Teixeira Duarte há uns tempos.

Ainda hoje estava um cromo no Rankia a escrever que 70% das empresas cotadas estavam em situação financeira semelhante ou pior, alavancadas até às orelhas, ou seja, uma bomba à espera de rebentar. Quando estamos mergulhados num mar de lama começamos a achá-la normal ;)

Isso não pode servir como desculpa ao erro de análise, claro. Vou passar a dar muito mais atenção à dívida! E se calhar a excluir grande parte das cotadas logo à cabeça por terem alavancagem excessiva. Isso tem duas vantagens: impede os estoiros e impede a entrada em empresas que geram dinheiro em primeiro lugar para os credores e só depois para os acionistas. A desvantagem é que impede a entrada em algumas empresas perfeitamente viáveis e baratas, mas pronto, azar!

E já agora, aqui fica uma lista de empresas sem dívida:

Almirall
Barón de Ley
BME
Duro Felguera
Mediaset España
Miquel y Costas
Novabase
Rovy
Tecnicas Reunidas

E outra lista de empresas com perspetivas de ficarem sem dívida proximamente:

Natraceutical
Vidrala
Viscofan
Vueling
Zardoya Otis

Incognitus

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #17 em: 2013-03-03 21:59:43 »
Não precisas de eliminar totalmente as com dívida, basta levares em conta o EV/EBITDA para evitares as piores.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #18 em: 2013-03-04 21:49:55 »
Mais sinais de que pode dar asneira:

1 - Uma empresa onde a dívida cresce sistematicamente nos últimos 5 anos.
2 - Contas opacas e pouca informação.
3 - Vendas de insiders.
4 - Aumentos de capital ou emissões de obrigações convertíveis.
5 - Uma empresa que tem de vender ativos sistematicamente para gerar cash, a menos que o negócio seja criar ativos e vendê-los (há quem faça isso, mas é muito pouco usual).

Os sinais estavam lá (1;3;4;5), eu é que não quis ver. Vi, mas assobiei para o lado ::)

À pala disso hoje despachei a ESFG porque aquilo é gerido de forma opaca. É a única coisa que tenho contra, de resto não parece má, é quase uma forma barata de comprar BES com mais umas seguradoras e umas tretas agarradas, mas temos pena!

Outra que despachei: Telefonica. A dívida é enorme e andam a vender ativos a preço de saldo para não terem problemas de tesouraria. Também tem um ar barato, e pela dimensão parece daquelas empresas que nunca irá dar o berro, mas azar! Tem outro problema, o custo médio da dívida é baixo (obrigações antigas com baixa taxa de juro), mas é provável que aumente se houver necessidade de rollover, o que pode depois dar asneira.

Estou aqui a fazer uma limpeza de trastes, que até estão com lucro (exceto ESFG), antes que corra mal :P

PS: A Pescanova hoje nem cotou propriamente, havia tantas ordens e tão desencontradas que não houve mercado contínuo :D Agora é esperar que o mercado normalize, haja cotação, e se calhar até só tenho perdas de 3% na carteira (50% na posição) :D
« Última modificação: 2013-03-04 21:51:15 por rnbc »

jeab

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Re:Espanha - Tópico principal
« Responder #19 em: 2013-03-06 18:07:51 »
 rnbc também convinha ao fazer a AF verificar se os gestores estão a meter a "mão na massa", pois ...

Pescanova aumenta salários da direcção em 15% antes do pré-concurso

Ainda sem os resultados referentes ao exercício de 2012, sabe-se que no primeiro semestre do mesmo ano a remuneração total recebida pela direcção da Pescanova teve um aumento de 15%.

No total foram 1,37 milhões de euros face aos 1,19 milhões do último semestre de 2011. Este foi o aumento nos salários da direcção da Pescanova. Já em 2011 o aumento tinha sido de 9%. O aumento ocorreu apenas uns meses antes da empresa se ter colocado ao abrigo dos credores, incapaz de saldar as suas dívidas, segundo noticia o “El Economista”.

 A empresa não quis prestar esclarecimentos a respeito deste assunto, assegurando que todas as informações seriam dadas apenas à CNMV (regulador de mercados de capital espanhol). Em qualquer dos casos, não consta das contas qualquer variação significativa que justifique um aumento das remunerações.

 A única explicação possível parece ser o aumento do número de directores ou o aumento da remuneração dos que já estavam na posição. O maior problema da empresa é ter agora três anos para pagar 500 milhões de euros à banca, uma dívida que as entidades financeiras não parecem, por agora, estar dispostas a reestruturar.

 A instabilidade sobre o futuro da empresa continuou ontem a reflectir-se na bolsa, com os títulos a depreciarem 9,48% para 6,30 euros, situando a cotação das acções nos níveis registados em 2001.

 Os pequenos investidores não parecem ser os únicos a sofrer com a queda das acções da Pescanova, visto que existem cerca de 170 produtos financeiros que dispõem de acções da empresa na sua carteira.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/pescanova_aumenta_salarios_da_direccao_em_15_antes_do_pre_concurso.html
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