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Autor Tópico: Collapso eminente?  (Lida 1839 vezes)

Castelbranco

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Collapso eminente?
« em: 2015-01-01 10:40:12 »
The global derivatives bubble is now 20 percent bigger than it was just before the last great financial crisis struck in 2008.  It is a financial bubble far larger than anything the world has ever seen, and when it finally bursts it is going to be a complete and utter nightmare for the financial system of the planet.  According to the Bank for International Settlements, the total notional value of derivatives contracts around the world has ballooned to an astounding 710 trillion dollars ($710,000,000,000,000).  Other estimates put the grand total well over a quadrillion dollars.  If that sounds like a lot of money, that is because it is.  For example, U.S. GDP is projected to be in the neighborhood of around 17 trillion dollars for 2014.  So 710 trillion dollars is an amount of money that is almost incomprehensible.  Instead of actually doing something about the insanely reckless behavior of the big banks, our leaders have allowed the derivatives bubble and these banks to get larger than ever.  In fact, as I have written about previously, the big Wall Street banks are collectively 37 percent larger than they were just prior to the last recession.  “Too big to fail” is a far more massive problem than it was the last time around, and at some point this derivatives bubble is going to burst and start taking those banks down.  When that day arrives, we are going to be facing a crisis that is going to make 2008 look like a Sunday picnic.

John_Law

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Re:Collapso eminente?
« Responder #1 em: 2015-01-01 12:17:33 »
O notional value quer dizer muito pouco: i) porque não sabes o que está subjacente ao contrato e ii) porque não sabes qual é a exposição líquida do combinado das posições.

Exemplo de i):

Faço um swap para fixar os juros do meu crédito a habitação sobre o qual estou a pagar um juro de 2%. O banco estrutura então um contrato que define que eu pago 2% e recebo a taxa de juro variável do banco. O valor nominal desse contrato é o valor do meu empréstimo, vamos supor 200k. Portanto embora o contrato ande na ordem dos 200 000 o que é pago por uma e outra parte na ordem dos 1/100 desse valor... E também se pode fazer um contrato cujo valor anda na ordem dos milhões e em que o valor trocado entre partes anda na ordem dos 1/biliões.

Exemplo de ii):

Abro uma posição longa num CFD do SP500 de 3 triliiões dólares, depois abro outra curta de 3 triliões e 1 milhão. A minha exposição é 1 milhão e não 6 triliões e 1 milhão de dólares.

Pode haver um banco com 100B em contratos no balanço com menos risco do que um com 25B por exemplo. O que é importante para nós (cidadãos), reguladores e bancos é perceber o que acontece a esses derivados em termos de ganhos e perdas em determinadas condições de mercado isso é o conceito de value at risk.

Incognitus

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Re:Collapso eminente?
« Responder #2 em: 2015-01-01 14:36:54 »
E pior ainda do que o John Law diz, os números acerca dos derivados são inflacionados sistematicamente pelo seu método de apuramento. Se alguém compra 100 milhões de CDS de uma entidade e de seguida venda 100 milhões de CDS dessa mesma entidade, para além da sua exposição líquida ser 0 como o John Law disse, a contabilização dessas 2 operações levará a um total de exposição de 200 milhões, depois reportado com grande fanfarra.

Isso dos derivados é um problema menor (existe mais devido à exposição a contrapartes, mas mesmo isso é mitigado pelo uso de margens), e não vale muito a pena perder tempo com esse problema ou esperar dele alguma catástrofe.

Sobre este tema:

The Derivatives Myth
http://seekingalpha.com/article/314682-the-derivatives-myth
« Última modificação: 2015-01-01 14:37:36 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re:Collapso eminente?
« Responder #3 em: 2015-01-01 15:21:53 »
E pior ainda do que o John Law diz, os números acerca dos derivados são inflacionados sistematicamente pelo seu método de apuramento. Se alguém compra 100 milhões de CDS de uma entidade e de seguida venda 100 milhões de CDS dessa mesma entidade, para além da sua exposição líquida ser 0 como o John Law disse, a contabilização dessas 2 operações levará a um total de exposição de 200 milhões, depois reportado com grande fanfarra.

Isso dos derivados é um problema menor (existe mais devido à exposição a contrapartes, mas mesmo isso é mitigado pelo uso de margens), e não vale muito a pena perder tempo com esse problema ou esperar dele alguma catástrofe.

Sobre este tema:

The Derivatives Myth
http://seekingalpha.com/article/314682-the-derivatives-myth


os derivados otc que eu sabia nao usam margens

hermes

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Re:Collapso eminente?
« Responder #4 em: 2015-01-01 17:17:27 »
E pior ainda do que o John Law diz, os números acerca dos derivados são inflacionados sistematicamente pelo seu método de apuramento. Se alguém compra 100 milhões de CDS de uma entidade e de seguida venda 100 milhões de CDS dessa mesma entidade, para além da sua exposição líquida ser 0 como o John Law disse, a contabilização dessas 2 operações levará a um total de exposição de 200 milhões, depois reportado com grande fanfarra.

Isso dos derivados é um problema menor (existe mais devido à exposição a contrapartes, mas mesmo isso é mitigado pelo uso de margens), e não vale muito a pena perder tempo com esse problema ou esperar dele alguma catástrofe.

Sobre este tema:

The Derivatives Myth
http://seekingalpha.com/article/314682-the-derivatives-myth


No papel tudo isso parece funcionar muito bem, na prática concebo dois sítios onde a teoria poderá falhar:

* O risco da contraparte (uma cadeia é tão forte quanto o elo mais fraco).
* O aumento da fragilidade do sistema com a alavancagem (ambas correlacionadas com os valores nocionais).

Quanto ao colapso iminente, isso é mais difícil de avaliar, pois tal como nos terramotos a tensão vai-se acumulando até que chega uma altura em que ambos os sistemas não conseguem acumular mais tensão.
« Última modificação: 2015-01-01 17:31:15 por hermes »
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

vbm

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Re:Collapso eminente?
« Responder #5 em: 2015-01-01 20:20:19 »
Os contratos swap não implicam a formação de reservas como sucede nos seguros?

Incognitus

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Re:Collapso eminente?
« Responder #6 em: 2015-01-01 21:34:29 »
E pior ainda do que o John Law diz, os números acerca dos derivados são inflacionados sistematicamente pelo seu método de apuramento. Se alguém compra 100 milhões de CDS de uma entidade e de seguida venda 100 milhões de CDS dessa mesma entidade, para além da sua exposição líquida ser 0 como o John Law disse, a contabilização dessas 2 operações levará a um total de exposição de 200 milhões, depois reportado com grande fanfarra.

Isso dos derivados é um problema menor (existe mais devido à exposição a contrapartes, mas mesmo isso é mitigado pelo uso de margens), e não vale muito a pena perder tempo com esse problema ou esperar dele alguma catástrofe.

Sobre este tema:

The Derivatives Myth
http://seekingalpha.com/article/314682-the-derivatives-myth


os derivados otc que eu sabia nao usam margens


Muitos usam, mesmo sem passarem por um clearing central. Neste momento aliás e depois do que se passou quase todos devem usar. Até a Berkshire Hathaway desistiu já de negócios por lhes exigirem a compensação via margens (o que anulava parte da atractividade do negócio para a Berkshire, pois o seu negócio era favorecido pela produção de float na venda de opções (que o uso de margens constrange significativamente).
« Última modificação: 2015-01-01 21:34:44 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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