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Autor Tópico: "Tactical Asset Allocation" (antigo Tópico "Carteira VALUE")  (Lida 15850 vezes)

D. Antunes

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Re: Carteira VALUE
« Responder #20 em: 2015-12-28 00:13:21 »
E pode-se saber qual é?
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

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D. Antunes

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Re: Carteira VALUE
« Responder #22 em: 2015-12-28 22:58:51 »
Assim rapidamente vejo 3 problemas:
-o mercado Indonésio está muito valorizado;
-esse ETF é americano e não europeu (UCITS). Vais ter dupla tributação;
-é um ETF de distribuição e não de acumulação (todos os fundos nos EUA o são). Fiscalmente tb é desvantajoso.
Já postei no forum um texto detalhado sobre a fiscalidade dos ETFs. E tb já meti links para ETFs europeus de várias casas.
Por exemplo, da BlackRock (iShares) podes ver aqui os europeus:
https://www.ishares.com/uk/individual/en/literature/brochure/ishares-uk-product-range-guide-en-gb-rc-brochure.pdf?siteEntryPassthrough=true

Como estás a olhar para a Ásia, olha para este:
iShares MSCI Korea UCITS ETF (Acc)

ou para este do Deutsch Bank:
MSCI Singapore IM Index UCITS ETF (DR)

Tb gosto da China.


“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
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Re: Carteira VALUE
« Responder #23 em: 2015-12-29 00:57:09 »
Eu nao me vou meter nisso , para ja ... singapura ja estive la com lucro antes do verao ou no inicio..

Porque dizes que o mercado indonesio esta muito valorizado?

D. Antunes

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Re: Carteira VALUE
« Responder #24 em: 2015-12-29 12:37:27 »
Vê por exemplo o link que está na segunda mensagem deste tópico.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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Re: Carteira VALUE
« Responder #25 em: 2015-12-29 13:03:19 »
ja vi , bem é a opiniao-analise deles ... que por acaso nao concordo de uma forma geral , vai depender do instrumento e estrategia..

Mas a tua opiniao qual é? igual a deles?

D. Antunes

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Re: Carteira VALUE
« Responder #26 em: 2015-12-29 19:55:00 »
Eu não chamaria opinião.
Para cada país tens seis indicadores objectivos de valorização e ainda a valorização nos últimos meses. Com base nisso fazem um score.

Esses indicadores historicamente correlacionam-se com os ganho futuros. Isso foi estudado durante muitas décadas e em dezenas de países.
Se os tiveres em atenção tens boas hipóteses de teres boas valorizações a médio/longo prazo. Certezas não há.

Claro que o passado não garante o futuro. Se muitos investidores passarem a dar atenção a isto, os mercados mais baratos vão-se valorizar e os mais caros desvalorizam, originando uma menor diferença de múltiplos entre países (haverá sempre alguma diferença pois as perspectivas são diferentes de país para país), o que parece é que as diferenças de perpectivas têm sido sobre-reflectidas no preço).  Actualmente as diferenças continuam enormes (até se agravaram nos dois últimos anos) o que parece significar que esta estratégia deverá continuar a premiar quem a seguir. E se muitos seguirem esta estratégia, antes de se tornar desinteressante, haverá até um período inicial em que a estratégia dará resultados ainda maiores, durante a correcção das excessivas diferenças de valorização entre mercados.


já agora, em vez de questionares sistematicamente, poderias compartilhar as tuas ideias.
Porque motivos não concordas que o mercado Indonésia está sobrevalorizado?
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Re: Carteira VALUE
« Responder #27 em: 2015-12-29 23:59:44 »
Eu não chamaria opinião.
Para cada país tens seis indicadores objectivos de valorização e ainda a valorização nos últimos meses. Com base nisso fazem um score.

Esses indicadores historicamente correlacionam-se com os ganho futuros. Isso foi estudado durante muitas décadas e em dezenas de países.
Se os tiveres em atenção tens boas hipóteses de teres boas valorizações a médio/longo prazo. Certezas não há.

Claro que o passado não garante o futuro. Se muitos investidores passarem a dar atenção a isto, os mercados mais baratos vão-se valorizar e os mais caros desvalorizam, originando uma menor diferença de múltiplos entre países (haverá sempre alguma diferença pois as perspectivas são diferentes de país para país), o que parece é que as diferenças de perpectivas têm sido sobre-reflectidas no preço).  Actualmente as diferenças continuam enormes (até se agravaram nos dois últimos anos) o que parece significar que esta estratégia deverá continuar a premiar quem a seguir. E se muitos seguirem esta estratégia, antes de se tornar desinteressante, haverá até um período inicial em que a estratégia dará resultados ainda maiores, durante a correcção das excessivas diferenças de valorização entre mercados.


já agora, em vez de questionares sistematicamente, poderias compartilhar as tuas ideias.
Porque motivos não concordas que o mercado Indonésia está sobrevalorizado?

bem , eu nao questiono sistematicamente (nem percebi esse reparo), so estava a tentar perceber a tua ideia e a deles.

Eu posso ter visto mal , posso nao ter percebido os indicadores , mas o que vejo no Trading Economics é diferente , parece contraditorio ao score desse site.

D. Antunes

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Re: Carteira VALUE
« Responder #28 em: 2015-12-30 14:40:53 »
Concretamente o que achas contraditório? Podes citar ou deixar o link?

(sistematicamente foi uma palavra que escolhi mal, foi um exagero meu)
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Re: Carteira VALUE
« Responder #29 em: 2016-12-28 23:12:24 »
2016 foi um ano bom. A minha carteira valorizou-se 16%:

         jan   fev   mar   abr   mai   jun   jul   ago   set   out   nov   dez   1 ano
2016    -8,2   1,3   8,2   1,2   -2,2   2,0   4,5   2,2   1,4   2,4   0,6   2,6*   16,2

O Brasil correu muito bem (+34%). A Rússia também (+26%).
A Ásia foi mais neutro (melhor a Tailândia, pior a China, Coreia e Singapura mais neutros).

Para 2017, vou investir quase só em ETFs europeus (UCITS), de replicação directa e de acumulação (quase todos iShares ou do DB).

Vou investir em principalmente em ações:
-China: será a primeira aposta. É um dos países com valorizações mais atractivas e um dos que tem maior potencial de crescimento. Claro que existem nuvens no horizonte, mas se não existissem não estaria barato, estaria como a Índia. Os níveis de endividamento privado são elevados (o público é baixo), pelo que tentarei fugir das financeiras. E investirei, em empresas chinesas, via bolsa de HK que tem valorizações mais baixas. A aposta na China será para manter vários anos. A não ser que exista um crash mundial, será difícil obter valorizações menores do que as atuais. Se, em poucos anos, não obtiverem valorizações excelentes na China é porque a economia mundial ficou péssima e quase tudo correu mal.
-Outros países asiáticos: Coreia do Sul está muito interessante. Singapura, HK e Taiwan também são aceitáveis. A longo prazo, a ìndia é um dos meus países preferidos, mas continua caro, pelo que ainda não será em 2017 que investirei.
-Brasil: mantenho a aposta.
-Rùssia: mantenho a aposta.
-Europa: os países mais ricos estão quase todos para o carote (a Noruega poderá ser a excepção para quem acredite na força do petróleo). A Europa de leste está aceitável (existem ETFs que a associam à Rússia ou então pode-se investir na Polónia. Rep. Checa e Hungria estão baratas, mas é difícil investir). A Áustria pode ser interessante, está barata embora exista algum risco do sector financeiro). Itália: Idem. Espanha parece-me um pouco mais interessante que a Itália, mas os ETFs existentes penso que são um pouco mais manhosos.
-Duma maneira geral, os mercados emergentes estão bem.
Sugiro dividir o investimento em acções em:
-China 20%
-Outros países asiáticos: 15% (Coreia 5-10%; Taiwan 5%; Singapura 0-5%)
-Brasil 10-15%
-Rússia 10-15%
-Sul Europa 10-15% (só Espanha ou Espanha+Itália)
-Áustria e leste Europa 10-15%
-Zona euro 10-15% (por exemplo, small caps)
-Emergentes 0-10% (opcional, já existem muitos emergentes acima).
Outros investimentos:
-Ouro: boa defesa se as coisas correrem para o torto. As empresas mineiras parecem-me um investimento melhor do que o ouro físico a longo prazo, apesar de estarem com valorizações puxadas. Investir menos do que se investiria em ouro físico pois as variações (para cima ou para baixo) poderão ser mais amplas. Sugestão: iShares Gold Producers UCITS ETF USD (Acc) .
-Reits: adoraria investir num país com elevado crescimento (pe: Índia). Ainda não encontrei nada, mas também ainda não gastei muito tempo nisso. Se alguém me poder ajudar agradeço.
-Obrigações: continuo negativo.
-Cash: parece-me uma boa solução para reduzir o risco. Tenham só cuidado onde o colocam.

Saúde e prosperidade em 2017!
 



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Re: Carteira VALUE
« Responder #30 em: 2016-12-28 23:22:03 »
Como prenda natalícia, deixo aqui um ficheiro para se orientarem com os ETFs que investem na China.
As valorizações são desta semana.

Bons negócios, mas não arrisquem mais do que possam perder pois está a chegar o ano do galo.
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JoseM

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Re: Carteira VALUE
« Responder #31 em: 2016-12-29 05:45:37 »
D. Antunes,

Obrigado pela partilha. Gostaria de colocar uma questão......

Porque tens uma carteira tão dividida por etf's de países individualmente? Não te seria mais fácil apenas um global?
Fazes dessa forma pk tens conhecimento/tempo/prazer? É que parece-me uma carteira complicada de gerir.
Parabéns pelos resultados ;)

tatanka

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Re: Carteira VALUE
« Responder #32 em: 2016-12-29 09:50:43 »
Antunes, podes pf recordar o significado de UCITS?
E já agora, em que brokers tens a carteira?

Thanks
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― Woody Allen

D. Antunes

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Re: Carteira VALUE
« Responder #33 em: 2016-12-29 12:47:55 »
UCITS são os ETFs que seguem as norma regulamentares da UE.

Têm vantagens fiscais.
Já revi em detalhe, no passado, as complexas implicações fiscais dos fundos, mas resumidamente não tens dupla tributação e, se escolheres fundos de acumulação podes diferir o pagamento de impostos (e jogar com as datas de venda de fundos com mais e com menos-valias, para pagar ainda menos ou mais tarde).
Os fundos domiciliados nos EUA, além do problema da dupla tributação, são obrigatoriamente de distribuição.

Tenho uma conta no Saxo Bank, fora de Portugal. Tem uma oferta boa de ETFs europeus. As comissões não são fantásticas.
Em Portugal tenho no BIG. Eles têm pouca oferta, mas quando peço algum fundo geralmente disponibilizam em poucos dias.
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lee

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Re: Carteira VALUE
« Responder #34 em: 2016-12-29 22:40:11 »
Obrigado pela partilha e pelo presento de natal, estou a pensar apostar em alguns países à tua semelhança com base no site que colocaste.

Nunca consideraste abrir conta na DeGiro?

Bom ano novo

D. Antunes

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Re: Carteira VALUE
« Responder #35 em: 2016-12-30 00:05:53 »
Já. Como não ando todos os dias a comprar e a vender, não se tornou muito premente. Pago em comissões uns 0,2%/ano.
Estou a ver também como param as coisas fiscalmente. Se passar a existir troca completa de informações extra-UE e extra-FATCA (EUA), então é ir para as mais baratas, como a IB ou a que sugeres. Mas o mundo está-se a tornar mais imprevisível...
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Re: Carteira VALUE
« Responder #36 em: 2016-12-31 01:49:46 »
D. Antunes,

Obrigado pela partilha. Gostaria de colocar uma questão......

Porque tens uma carteira tão dividida por etf's de países individualmente? Não te seria mais fácil apenas um global?
Fazes dessa forma pk tens conhecimento/tempo/prazer? É que parece-me uma carteira complicada de gerir.
Parabéns pelos resultados ;)


Eu não faço investimento passivo, faço algo que se poderá enquadrar no "Tactical Asset Allocation". Basicamente, uso regras que tiveram a longo prazo (no passado) bons resultados. Existem muitas possíveis. Tens agora aqui no forum um excelente tópico com regras quantitativas. Atualmente uso mais para seleccionar países do que para seleccionar acções individuais (reduzindo os custos da rotatividade da carteira e do recebimento dos dividendos). E uso principalmente indicadores de valorização (PER, CAPE, P/B, P/sales, P/CF, DY). Também uso um pouco o momentum.
Não quero investir globalmente porque alguns mercados estão muito caros (p.e. os EUA).

Em termos de tempo não dá muito trabalho. Podes olhar para isto uma ou duas vezes por ano e vender 3 ou 4 posições. Este ano, sem ser esta semana final, só vendi Tailândia (comprei porque era um dos países que mais beneficiava do petróleo barato, mas o mercado já não estava nada barato).
Se não quiseres perder muito tempo, podes olhar apenas para sites como este. A ordenação acaba por ser parecida com a minha:
http://www.starcapital.de/research/stockmarketvaluation

Onde perco mais tempo é nalgumas brincadeiras, que representam um investimento ($) menor:
-acções individuais (este ano muito pouco, quase só vendi);
-forex (ganhei algum, principalmente no pós-Brexit e no pós-Trump, neste último ajudado pela surpreza do Inc perante a inexplicável subida do iene);
-fundos inversos da volatilidade (este ano foi quase só ganhar, pena ter estado fora nas últimas semanas, ainda poderia ter ganho mais. Tenho uma estratégia quantitativa para investir na volatilidade, mas segui o meu "feeling" e fiz asneira como habitualmente quando o faço. O investimento em fundos tipo XIV é dos melhores negócios possíveis mas tb extremamente arriscado. Não é impossível perder 80 ou 90%, geralmente ao mesmo tempo que tens perdas em acções, tornando-se mais difícil ficar imune aos sentimentos).
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Re: Carteira VALUE
« Responder #37 em: 2017-10-12 14:24:37 »
um bump aqui neste tópico, só para dizer que portugal está em 2ºlugar no Score apresentado aqui http://www.starcapital.de/research/stockmarketvaluation mencionado pelo D.Antunes

D. Antunes

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Re: Carteira VALUE
« Responder #38 em: 2017-10-12 23:23:16 »
um bump aqui neste tópico, só para dizer que portugal está em 2ºlugar no Score apresentado aqui http://www.starcapital.de/research/stockmarketvaluation mencionado pelo D.Antunes


Já tinha visto também. Pode ser uma boa oportunidade. Mas não invistam demasiado, não se esqueçam que já estamos muito investidos em Portugal (emprego, imóveis). É conveniente diversificar.
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Re: Carteira VALUE
« Responder #39 em: 2017-12-22 22:30:49 »
Como correram os meus investimentos em 2017?

2017 foi também um ano bom. Deixo aqui as rentabilidades da minha conta no Saxo:

             jan   fev   mar   abr   mai   jun   jul   ago   set   out   nov   dez   1 ano
2016    -8,2   1,3   8,2   1,2   -2,2   2,0   4,5   2,2   1,4   2,4   0,6   3,5    17,3
2017     3,7   3,0   0,9   0,5   -0,4  -0,2   2,9   3,3   1,7   3,1   1,1   1,3*  18,8*
Nota: rentabilidade global da conta Saxo, já descontados os encargos e as comissões e incluindo alguma liquidez (habitualmente <5%).

Rentabilidade total desde início de 2016: 39,4%


Grande parte investi em ETFs específicos de países:

Os melhores: Polónia e Áustria, com valorizações na casa dos 35%
Os países asiáticos, o Brasil e os ETFs de emergentes tiveram desempenhos muito bons, mas foram um pouco prejudicados pela valorização do euro. Mesmo assim, os ganhos em euros foram de aproximadamente 20%.
O pior: a Rússia, com evolução negativa.

Como comparação, o SP500 subiu 19,5% este ano, mas apenas 6% em euros se tivermos em conta a depreciação do USD/EUR.
Os ETFs de ações globais (que investem quase só em mercados desenvolvidos) tiveram valorizações em euros semelhantes (por exemplo, o db x-trackers MSCI World Index UCITS ETF (DR) 1CXDWD:GER:EUR valorizou 7,3% desde o final de 2016).



E em 2018?

Vou continuar a investir principalmente em ETFs europeus (UCITS), de replicação directa e de acumulação (quase todos iShares ou do DB), por motivos de redução de custos e de impostos.

Vou investir nos seguintes países:

ÁSIA
-China (15%): vou manter. As valorizações ainda são atractivas e o país mantem bom potencial de crescimento. Mantêm-se algumas nuvens no horizonte, mas se não existissem não estaria barato, estaria como a Índia (que penso ter um excelente potencial, mas que continua caríssima).
Os níveis de endividamento privado são elevados (o público é baixo), pelo que investirei em ETFs que investam menos em financeiras (ver documento com ETFs da China que postei o ano passado).

-Coreia do Sul (de 20 para 15%): vou reduzir. Tem corrido bem e as valorizações estão atractivas, mas o risco de guerra não está totalmente afastado.

-Singapura (7%): país bem gerido, valorizações bastante razoáveis.

Notas: Outras alternativas na Ásia: HK, Japão e Taiwan estão com valorizações aceitáveis. Índia, Indonésia e Filipinas estão muito caras.

-Brasil (de 15 para 10%): vou reduzir. Valorizações ainda razoáveis, mas muito arriscado em caso de crise arrefecimento da economia mundial (finanças públicas em mau estado e muito dependente do preço das matérias-primas).

-Rússia (5%): mantenho a aposta. Tenho investido num ETF e na Lukoil.
Valorizações russas mantêm-se muito atractivas. Economia tarda a arrancar. Se a Síria estabilizar, reduzir-se-ão encargos militares.

-Polónia (10%): mantenho. Europa de leste a crescer, valorizações atractivas.

Notas: A Europa de leste está atractiva. ETFs de Europa de Leste investem principalmente na Rússia. É difícil investir na R. Checa ou Hungria.

-Áustria (47%): aumento um pouco aproveitando o bom momentum. Algum risco do sector financeiro. A Grécia está a recuperar (tenho ainda uma pequena posição no GREK), a Europa do leste está bem, isso é bom para a Áustria.

-Espanha (NOVO: 7%): valorizações razoáveis, economia a crescer. Para diversificar o risco. Usei o ETF do DB.

Nota: Uma alternativa seria a Itália, usando o ETF da iShares (ou mesmo o ETF de small caps). Itália tem valorização um pouco mais atractiva, mas a economia espanhola parece-me ter mais potencial (país menos envelhecido, o Rajoy é melhor a gerir a economia do que a Catalunha).

-Portugal (NOVO: 5%): este ano, é um dos países com valorizações mais atractivas. Muitas empresas não me inspiram confiança. Investi em BPI e Ibersol.

Notas sobre Europa: os países mais ricos estão quase todos para o carote (a Noruega poderá ser a exceção para quem acredite na força do petróleo, a França também está aceitável se o Macron melhorar um pouco a rigidez).

-Países emergentes (20%): reforço nos países emergentes. Estão menos valorizados do que os desenvolvidos e, se a economia mundial continuar a crescer, deverão valorizar-se. Tendo em conta o investimento na ásia e na Europa de Leste, mais de ¾ do investimento será em emergentes.
--------------------------------------------
Tenho cerca de 2/3 das aplicações financeiras em acções e o resto principalmente em cash/dívida pública. Gostaria de ter menos em acções e menos em cash.

Outros investimentos:

-Ouro: boa defesa se as coisas correrem para o torto. As empresas mineiras pareciam-me um investimento melhor do que o ouro físico a longo prazo (mas o Automek mostrou-me um gráfico de longo prazo que regista o contrário…), apesar de estarem com valorizações puxadas. Se investir em mineiras, investir menos do que se investiria em ouro físico pois as variações (para cima ou para baixo) poderão ser mais amplas. Sugestão: iShares Gold Producers UCITS ETF USD (Acc).

-REITS: adoraria investir num país com elevado crescimento (económico e demográfico). Ainda não encontrei nada (se tiverem sugestões digam), mas comecem a surgir REITS na Índia. De qualquer modo, se existir turbulência, os REITS podem cair mais rápido do que o investimento imobiliário.

-Obrigações: continuo negativo (risco de aumento de taxas de juro, principalmente nos EUA).

-Cash: parece-me uma boa solução para reduzir o risco.

Shorts:
Tendo em conta as elevadas valorizações dos mercados americanos, penso apostar na sua queda durante o ano de 2018. A ciclo económico americano está bem avançado, o dólar desceu este ano, a desemprego já vai nos 4% criando pressão sobre os salários e sobre a inflação, com potencial de subida dos juros e a reforma fiscal já está reflectida nas cotações.
O que aconselham: comprar opções de venda de longo prazo sobre o SP 500? Um ETF curto? Outra alternativa?

Um 2018 com Saúde e Prosperidade !
« Última modificação: 2017-12-23 12:16:09 por D. Antunes »
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