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Autor Tópico: Brasil / Bovespa - Tópico principal  (Lida 143278 vezes)

Zel

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #140 em: 2015-04-19 16:13:36 »
o brasil teve uma bolha de investimento e durante esse periodo nao fizeram nenhumas reformas estruturais, apenas abriram o champagne
agora tem uma bolha imobiliaria e  uma de divida de consumo e vao ressacar com a queda das commodities

rs_trader

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #141 em: 2015-05-08 21:46:55 »
Parece que o Bovespa está a querer recuperar.

Ohh fAKIR isto sim é um bitaite sem justificação como deve ser.
Em memória do grande DeMelo: "PQP... gajo chato fdx."

vbm

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #142 em: 2015-05-08 22:17:36 »
O Brasil não interessa nem ao menino Jesus!

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #143 em: 2015-05-21 12:36:43 »
Citar
China comprou 80% do capital de um banco brasileiro

Lusa21 de Maio de 2015, às 12:00

Um grande banco estatal chinês, o Bank of Communications, comprou uma participação de 80 por cento no capital do banco brasileiro BBM por 525 milhões de reais (156 milhões de euros), anunciou hoje a agência noticiosa oficial chinesa.

A aquisição, ainda sujeita a aprovação por parte dos reguladores dos dois países, foi anunciada em Brasília durante a visita ao Brasil do primeiro-ministro chines, Li Keqiang.

É a primeira operação internacional do género realizada pelo Bank of Communications e "o primeiro passo dos planos de expansão do banco na América Latina", disse o presidente da instituição, Niu Ximing, citado pela Xinhua.

"A aquisição estreitará a cooperação económica e financeira entre o Brasil e a China e impulsionará o investimento e o comércio bilaterais", acrescentou Niu Ximing.

Com sede em Xangai, o Bank of Communications é um dos cinco grandes bancos comerciais tutelados pelo governo chinês, juntamente com o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), China Construction Bank, Agricultural Bank of China e Bank of China.

O banco brasileiro BBM faz parte do mais antigo grupo financeiro privado do país, fundado em 1858.

Li Keqiang, o primeiro-ministro chinês, é esperado hoje na Colômbia, segunda etapa de uma viagem de uma semana pela América Latina iniciada na segunda-feira no Brasil e que incluirá ainda o Peru e o Chile.

Nos últimos 14 anos, o comércio China-América Latina cresceu vinte vezes, somando 263.600 milhões de dólares (236 mil milhões de euros) em 2014, e segunda a imprensa oficial chinesa, dentro de uma década deverá atingir 500.000 milhões de dólares (447 mil milhões de euros).

O investimento chinês naquela região está também a crescer em ritmo acelerando, tendo já ultrapassado os 80.000 milhões de dólares (71 mil milhões de euros).

pedferre

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #144 em: 2015-08-03 11:18:56 »
A moeda Brasileira flutua livremente e não a estão a imprimir. O problema no Brasil é diferente (para já).


não sabia, então como se está a dar este pico de inflação?

Citar
O Banco Central admitiu nesta quarta-feira (24) que a inflação deve atingir 9% em 2015 e, com isso, estourar o teto do sistema de metas de inflação. Além disso, o BC também admitiu que a economia brasileira deve "encolher" 1,1% neste ano – a maior contração em 25 anos. Os dados fazem parte do relatório de inflação do segundo trimestre deste ano. No relatório do primeiro trimestre, o BC estimava uma contração de 0,5% na economia de 2015.
Segundo o diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, a principal mensagem do relatório é que a política monetária esteja e se mantenha “vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5% ao final do ano de 2016”. O documento reconhece inflação elevada em 2015 e reitera a “necessidade de determinação e perseverança no combate à inflação no curto, médio e longo prazos”.


Nos três primeiros meses de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) teve retração de 0,2% e dados do próprio BC indicam que o nível de atividade iniciou o segundo trimestre de 2015 em queda. Com isso, não pode ser descartada uma possível recessão técnica na economia brasileira – que se caracteriza por dois trimestres seguidos de recuo do nível da atividade econômica.
A previsão do Banco Central para o PIB de 2015, porém, ainda está melhor que a dos economistas do mercado financeiro, que esperam uma contração de 1,45% no PIB. Se confirmado, será o maior recuo desde 1990. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e serve para medir a evolução da economia.
"O processo de ajuste macroeconômico em curso na economia brasileira – necessário e essencial para a consolidação de fundamentos que favoreçam a convergência da inflação para a meta no final de 2016 – associado a efeitos de eventos não econômicos têm impactado negativamente o dinamismo da atividade no curto prazo", avaliou o Banco Central.
De acordo com o BC, no médio prazo, os impactos das mudanças no ambiente macroeconômico advindas com os ajustes em curso contribuem para a recuperação da confiança de empresas e famílias, com reflexos na evolução do consumo e do investimento. "Esse fator, associado ao maior crescimento global – perspectiva que gradualmente se consolida – tende a conferir maior dinamismo à atividade doméstica", acrescentou.
saiba mais
Energia elétrica deve subir 43,4% em 2015, estima BC
Inflação em 2015
A previsão do Banco Central para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 7,9%, em março, para cerca de 9% no relatório de inflação divulgado nesta quarta-feira. A estimativa do BC está um pouco acima dos 8,97% previstos pelo mercado financeiro para 2015.
No cenário de referência (juros e câmbio estáveis), cuja previsão era de 7,9% em março, a estimativa avançou para 9% em 2015. No cenário de mercado (que considera as previsões dos analistas dos bancos para câmbio e juros nos próximos meses), a estimativa do BC, que estava em 7,9% em março, passou para 9,1% neste mês.
Segundo o Banco Central, a probabilidade de a inflação ficar acima do teto do sistema de metas, em 2015, é de cerca de 99% tanto no cenário de referência quanto no de mercado.
Em maio, a inflação oficial, calculada pelo IPCA, ficou em 0,74%, a maior taxa para o mês desde 2008, quando ficou em 0,79%. Nos últimos 12 meses, o índice atingiu 8,47% – maior taxa para 12 meses desde dezembro de 2003, quando foi de 9,3%.
Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, ainda tem sido registrada.

"O Comitê [de Política Monetária do Banco Central] reitera os efeitos da ocorrência de um processo de realinhamento entre preços administrados e preços livres. Em outra perspectiva,
o Comitê nota que o real se depreciou nos últimos três anos em relação às moedas de importantes parceiros comerciais do Brasil e, dessa forma, também reitera os efeitos da ocorrência de um processo de realinhamento entre preços domésticos e preços internacionais", informou a autoridade monetária.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/06/banco-central-preve-inflacao-de-9-em-2015-e-possivel-recessao.html


Relativamente à impressão de reais podem consultar o site abaixo de um instituto de estudos brasileiro
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2155

2) Expansão do crédito dos bancos estatais

Esse segundo fator decorre diretamente do primeiro.  Com a eclosão da crise financeira ao final de 2008, que começou com a quebra do Lehman Brothers, houve um congelamento no mercado de crédito global.  Ato contínuo, os bancos privados brasileiros, por causa desse cenário de grande incerteza, se tornaram mais cautelosos.

Consequentemente, com o intuito de manter o consumo a todo custo, o governo fez com que os bancos estatais — que estão sob o comando da Fazenda — assumissem uma postura acentuadamente contracíclica.  O Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES abriram as torneiras e mantiveram o crédito.  Resultado: o crédito no Brasil passou a ser concedido majoritariamente via bancos estatais, e quase sempre a juros abaixo da própria taxa SELIC.

O gráfico abaixo mostra a expansão do crédito ocorrida no Brasil desde a criação do real. A linha azul mostra o total de crédito concedido pelos bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citibank e outros pequenos).  A linha vermelha mostra o total de crédito concedido pelos bancos estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e outros bancos públicos estaduais, como Banrisul, BRB, Banco da Amazônia, Banestes).

É nítida a forte inclinação adquirida pela linha vermelha a partir de meados de 2008, assumindo um formato de crescimento exponencial.  Entre 2009 e 2015, o crédito concedido pelos bancos estatais praticamente quadruplicou.

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #145 em: 2015-08-03 11:28:39 »
isto ficava bem do tópico do brasil

Incognitus

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #146 em: 2015-08-03 12:08:13 »
Existem duas formas de criar dinheiro novo. A concessão de crédito por parte de bancos comerciais normais -- é a forma mais normal. E a "impressão" pelo banco central, que é mais rara. No Brasil ainda se andará pela primeira forma.

Eventualmente o facto de serem bancos públicos a expandirem o crédito agora poderá ser uma forma encapotada de criar moeda, claro.

-------------------

7:10:04 AM DJN - DJ FORMER CHIEF OF STAFF OF EX-BRAZILIAN PRESIDENT LULA ARRESTED AMID PETROBRAS PROBE
« Última modificação: 2015-08-03 12:15:14 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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tommy

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #147 em: 2015-08-03 12:16:25 »
2) Expansão do crédito dos bancos estatais

Esse segundo fator decorre diretamente do primeiro.  Com a eclosão da crise financeira ao final de 2008, que começou com a quebra do Lehman Brothers, houve um congelamento no mercado de crédito global.  Ato contínuo, os bancos privados brasileiros, por causa desse cenário de grande incerteza, se tornaram mais cautelosos.

Consequentemente, com o intuito de manter o consumo a todo custo, o governo fez com que os bancos estatais — que estão sob o comando da Fazenda — assumissem uma postura acentuadamente contracíclica.  O Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES abriram as torneiras e mantiveram o crédito.  Resultado: o crédito no Brasil passou a ser concedido majoritariamente via bancos estatais, e quase sempre a juros abaixo da própria taxa SELIC.

O gráfico abaixo mostra a expansão do crédito ocorrida no Brasil desde a criação do real. A linha azul mostra o total de crédito concedido pelos bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citibank e outros pequenos).  A linha vermelha mostra o total de crédito concedido pelos bancos estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e outros bancos públicos estaduais, como Banrisul, BRB, Banco da Amazônia, Banestes).

É nítida a forte inclinação adquirida pela linha vermelha a partir de meados de 2008, assumindo um formato de crescimento exponencial.  Entre 2009 e 2015, o crédito concedido pelos bancos estatais praticamente quadruplicou.

Não estou a perceber; como é que os bancos aumentaram a actividade de crédito?

a) já tinham o dinheiro mas estava "parado"; se sim parado onde? dívida pública? acções grandes empresas?;
b) não tinham o dinheiro e aumentaram capital? Quem é que foi ao aumento? Privados só?
c) não tinham o dinheiro e contraíram dívida emitindo eles próprios obrigações aos nacionais e estrangeiros? Quem comprou a dívida? Privados só?
d) algo que não previ em cima?

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #148 em: 2015-08-03 12:20:37 »

Incognitus

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #149 em: 2015-08-03 12:38:07 »
2) Expansão do crédito dos bancos estatais

Esse segundo fator decorre diretamente do primeiro.  Com a eclosão da crise financeira ao final de 2008, que começou com a quebra do Lehman Brothers, houve um congelamento no mercado de crédito global.  Ato contínuo, os bancos privados brasileiros, por causa desse cenário de grande incerteza, se tornaram mais cautelosos.

Consequentemente, com o intuito de manter o consumo a todo custo, o governo fez com que os bancos estatais — que estão sob o comando da Fazenda — assumissem uma postura acentuadamente contracíclica.  O Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES abriram as torneiras e mantiveram o crédito.  Resultado: o crédito no Brasil passou a ser concedido majoritariamente via bancos estatais, e quase sempre a juros abaixo da própria taxa SELIC.

O gráfico abaixo mostra a expansão do crédito ocorrida no Brasil desde a criação do real. A linha azul mostra o total de crédito concedido pelos bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citibank e outros pequenos).  A linha vermelha mostra o total de crédito concedido pelos bancos estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e outros bancos públicos estaduais, como Banrisul, BRB, Banco da Amazônia, Banestes).

É nítida a forte inclinação adquirida pela linha vermelha a partir de meados de 2008, assumindo um formato de crescimento exponencial.  Entre 2009 e 2015, o crédito concedido pelos bancos estatais praticamente quadruplicou.

Não estou a perceber; como é que os bancos aumentaram a actividade de crédito?

a) já tinham o dinheiro mas estava "parado"; se sim parado onde? dívida pública? acções grandes empresas?;
b) não tinham o dinheiro e aumentaram capital? Quem é que foi ao aumento? Privados só?
c) não tinham o dinheiro e contraíram dívida emitindo eles próprios obrigações aos nacionais e estrangeiros? Quem comprou a dívida? Privados só?
d) algo que não previ em cima?

No sistema fraccional não têm propriamente que ter o dinheiro. Instantaneamente criam um crédito (activo) e depósito (passivo). É assim que se cria moeda na banca comercial. Existem limites impostos pelo capital disponível, mas seria fácil estarem longe desses limites.
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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #150 em: 2015-08-03 14:15:52 »
2) Expansão do crédito dos bancos estatais

Esse segundo fator decorre diretamente do primeiro.  Com a eclosão da crise financeira ao final de 2008, que começou com a quebra do Lehman Brothers, houve um congelamento no mercado de crédito global.  Ato contínuo, os bancos privados brasileiros, por causa desse cenário de grande incerteza, se tornaram mais cautelosos.

Consequentemente, com o intuito de manter o consumo a todo custo, o governo fez com que os bancos estatais — que estão sob o comando da Fazenda — assumissem uma postura acentuadamente contracíclica.  O Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES abriram as torneiras e mantiveram o crédito.  Resultado: o crédito no Brasil passou a ser concedido majoritariamente via bancos estatais, e quase sempre a juros abaixo da própria taxa SELIC.

O gráfico abaixo mostra a expansão do crédito ocorrida no Brasil desde a criação do real. A linha azul mostra o total de crédito concedido pelos bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citibank e outros pequenos).  A linha vermelha mostra o total de crédito concedido pelos bancos estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e outros bancos públicos estaduais, como Banrisul, BRB, Banco da Amazônia, Banestes).

É nítida a forte inclinação adquirida pela linha vermelha a partir de meados de 2008, assumindo um formato de crescimento exponencial.  Entre 2009 e 2015, o crédito concedido pelos bancos estatais praticamente quadruplicou.

Não estou a perceber; como é que os bancos aumentaram a actividade de crédito?

a) já tinham o dinheiro mas estava "parado"; se sim parado onde? dívida pública? acções grandes empresas?;
b) não tinham o dinheiro e aumentaram capital? Quem é que foi ao aumento? Privados só?
c) não tinham o dinheiro e contraíram dívida emitindo eles próprios obrigações aos nacionais e estrangeiros? Quem comprou a dívida? Privados só?
d) algo que não previ em cima?

No sistema fraccional não têm propriamente que ter o dinheiro. Instantaneamente criam um crédito (activo) e depósito (passivo). É assim que se cria moeda na banca comercial. Existem limites impostos pelo capital disponível, mas seria fácil estarem longe desses limites.

A mim parece-me o mesmo que imprimir moeda.. se crias um crédito sem o depósito corresponder a poupança, na prática acabaste de aumentar a quantidade de moeda em circulação. Logo inflação. Qual a diferença? Só porque não é o banco central a controlar directamente?

pedferre

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #151 em: 2015-08-03 14:29:03 »
2) Expansão do crédito dos bancos estatais

Esse segundo fator decorre diretamente do primeiro.  Com a eclosão da crise financeira ao final de 2008, que começou com a quebra do Lehman Brothers, houve um congelamento no mercado de crédito global.  Ato contínuo, os bancos privados brasileiros, por causa desse cenário de grande incerteza, se tornaram mais cautelosos.

Consequentemente, com o intuito de manter o consumo a todo custo, o governo fez com que os bancos estatais — que estão sob o comando da Fazenda — assumissem uma postura acentuadamente contracíclica.  O Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES abriram as torneiras e mantiveram o crédito.  Resultado: o crédito no Brasil passou a ser concedido majoritariamente via bancos estatais, e quase sempre a juros abaixo da própria taxa SELIC.

O gráfico abaixo mostra a expansão do crédito ocorrida no Brasil desde a criação do real. A linha azul mostra o total de crédito concedido pelos bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citibank e outros pequenos).  A linha vermelha mostra o total de crédito concedido pelos bancos estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e outros bancos públicos estaduais, como Banrisul, BRB, Banco da Amazônia, Banestes).

É nítida a forte inclinação adquirida pela linha vermelha a partir de meados de 2008, assumindo um formato de crescimento exponencial.  Entre 2009 e 2015, o crédito concedido pelos bancos estatais praticamente quadruplicou.

Não estou a perceber; como é que os bancos aumentaram a actividade de crédito?

a) já tinham o dinheiro mas estava "parado"; se sim parado onde? dívida pública? acções grandes empresas?;
b) não tinham o dinheiro e aumentaram capital? Quem é que foi ao aumento? Privados só?
c) não tinham o dinheiro e contraíram dívida emitindo eles próprios obrigações aos nacionais e estrangeiros? Quem comprou a dívida? Privados só?
d) algo que não previ em cima?

No sistema fraccional não têm propriamente que ter o dinheiro. Instantaneamente criam um crédito (activo) e depósito (passivo). É assim que se cria moeda na banca comercial. Existem limites impostos pelo capital disponível, mas seria fácil estarem longe desses limites.

A mim parece-me o mesmo que imprimir moeda.. se crias um crédito sem o depósito corresponder a poupança, na prática acabaste de aumentar a quantidade de moeda em circulação. Logo inflação. Qual a diferença? Só porque não é o banco central a controlar directamente?
Sim, no meu parecer trata-se d eimpressão de moeda é aumentada a massa monetária em circulação no Brasil através de criação de dinheiro por meio dos bancos estatais, o que provocou aumentos inflacionários e perda do poder de compra da população.

Elder

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #152 em: 2015-08-03 14:34:37 »
O default já está a acontecer, será só uma questão de tempo até pedirem ajuda ao FMI... Muito cuidado com a exposição às Petrobráses, Oi's, bancos brasileiros, etc.

Pip-Boy

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #153 em: 2015-08-03 14:41:08 »
2) Expansão do crédito dos bancos estatais

Esse segundo fator decorre diretamente do primeiro.  Com a eclosão da crise financeira ao final de 2008, que começou com a quebra do Lehman Brothers, houve um congelamento no mercado de crédito global.  Ato contínuo, os bancos privados brasileiros, por causa desse cenário de grande incerteza, se tornaram mais cautelosos.

Consequentemente, com o intuito de manter o consumo a todo custo, o governo fez com que os bancos estatais — que estão sob o comando da Fazenda — assumissem uma postura acentuadamente contracíclica.  O Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES abriram as torneiras e mantiveram o crédito.  Resultado: o crédito no Brasil passou a ser concedido majoritariamente via bancos estatais, e quase sempre a juros abaixo da própria taxa SELIC.

O gráfico abaixo mostra a expansão do crédito ocorrida no Brasil desde a criação do real. A linha azul mostra o total de crédito concedido pelos bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citibank e outros pequenos).  A linha vermelha mostra o total de crédito concedido pelos bancos estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e outros bancos públicos estaduais, como Banrisul, BRB, Banco da Amazônia, Banestes).

É nítida a forte inclinação adquirida pela linha vermelha a partir de meados de 2008, assumindo um formato de crescimento exponencial.  Entre 2009 e 2015, o crédito concedido pelos bancos estatais praticamente quadruplicou.

Não estou a perceber; como é que os bancos aumentaram a actividade de crédito?

a) já tinham o dinheiro mas estava "parado"; se sim parado onde? dívida pública? acções grandes empresas?;
b) não tinham o dinheiro e aumentaram capital? Quem é que foi ao aumento? Privados só?
c) não tinham o dinheiro e contraíram dívida emitindo eles próprios obrigações aos nacionais e estrangeiros? Quem comprou a dívida? Privados só?
d) algo que não previ em cima?

No sistema fraccional não têm propriamente que ter o dinheiro. Instantaneamente criam um crédito (activo) e depósito (passivo). É assim que se cria moeda na banca comercial. Existem limites impostos pelo capital disponível, mas seria fácil estarem longe desses limites.

A mim parece-me o mesmo que imprimir moeda.. se crias um crédito sem o depósito corresponder a poupança, na prática acabaste de aumentar a quantidade de moeda em circulação. Logo inflação. Qual a diferença? Só porque não é o banco central a controlar directamente?
Sim, no meu parecer trata-se d eimpressão de moeda é aumentada a massa monetária em circulação no Brasil através de criação de dinheiro por meio dos bancos estatais, o que provocou aumentos inflacionários e perda do poder de compra da população.

A relação entre aumento de massa monetária e inflação não é directa, normalmente é considerado que isso só se verifica no longo prazo.
No curto/médio prazo a inflação depende mais da procura/oferta e elasticidade de preços.
The ultimate result of shielding men from the effects of folly, is to fill the world with fools.

Incognitus

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #154 em: 2015-08-03 14:43:25 »
2) Expansão do crédito dos bancos estatais

Esse segundo fator decorre diretamente do primeiro.  Com a eclosão da crise financeira ao final de 2008, que começou com a quebra do Lehman Brothers, houve um congelamento no mercado de crédito global.  Ato contínuo, os bancos privados brasileiros, por causa desse cenário de grande incerteza, se tornaram mais cautelosos.

Consequentemente, com o intuito de manter o consumo a todo custo, o governo fez com que os bancos estatais — que estão sob o comando da Fazenda — assumissem uma postura acentuadamente contracíclica.  O Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES abriram as torneiras e mantiveram o crédito.  Resultado: o crédito no Brasil passou a ser concedido majoritariamente via bancos estatais, e quase sempre a juros abaixo da própria taxa SELIC.

O gráfico abaixo mostra a expansão do crédito ocorrida no Brasil desde a criação do real. A linha azul mostra o total de crédito concedido pelos bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citibank e outros pequenos).  A linha vermelha mostra o total de crédito concedido pelos bancos estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e outros bancos públicos estaduais, como Banrisul, BRB, Banco da Amazônia, Banestes).

É nítida a forte inclinação adquirida pela linha vermelha a partir de meados de 2008, assumindo um formato de crescimento exponencial.  Entre 2009 e 2015, o crédito concedido pelos bancos estatais praticamente quadruplicou.

Não estou a perceber; como é que os bancos aumentaram a actividade de crédito?

a) já tinham o dinheiro mas estava "parado"; se sim parado onde? dívida pública? acções grandes empresas?;
b) não tinham o dinheiro e aumentaram capital? Quem é que foi ao aumento? Privados só?
c) não tinham o dinheiro e contraíram dívida emitindo eles próprios obrigações aos nacionais e estrangeiros? Quem comprou a dívida? Privados só?
d) algo que não previ em cima?

No sistema fraccional não têm propriamente que ter o dinheiro. Instantaneamente criam um crédito (activo) e depósito (passivo). É assim que se cria moeda na banca comercial. Existem limites impostos pelo capital disponível, mas seria fácil estarem longe desses limites.

A mim parece-me o mesmo que imprimir moeda.. se crias um crédito sem o depósito corresponder a poupança, na prática acabaste de aumentar a quantidade de moeda em circulação. Logo inflação. Qual a diferença? Só porque não é o banco central a controlar directamente?

Bem, criar moeda é. Não é bem imprimir, porque na criação por parte de um banco comercial também se cria uma dívida correspondente.
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tommy

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #155 em: 2015-08-03 14:48:41 »
2) Expansão do crédito dos bancos estatais

Esse segundo fator decorre diretamente do primeiro.  Com a eclosão da crise financeira ao final de 2008, que começou com a quebra do Lehman Brothers, houve um congelamento no mercado de crédito global.  Ato contínuo, os bancos privados brasileiros, por causa desse cenário de grande incerteza, se tornaram mais cautelosos.

Consequentemente, com o intuito de manter o consumo a todo custo, o governo fez com que os bancos estatais — que estão sob o comando da Fazenda — assumissem uma postura acentuadamente contracíclica.  O Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES abriram as torneiras e mantiveram o crédito.  Resultado: o crédito no Brasil passou a ser concedido majoritariamente via bancos estatais, e quase sempre a juros abaixo da própria taxa SELIC.

O gráfico abaixo mostra a expansão do crédito ocorrida no Brasil desde a criação do real. A linha azul mostra o total de crédito concedido pelos bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Citibank e outros pequenos).  A linha vermelha mostra o total de crédito concedido pelos bancos estatais (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e outros bancos públicos estaduais, como Banrisul, BRB, Banco da Amazônia, Banestes).

É nítida a forte inclinação adquirida pela linha vermelha a partir de meados de 2008, assumindo um formato de crescimento exponencial.  Entre 2009 e 2015, o crédito concedido pelos bancos estatais praticamente quadruplicou.

Não estou a perceber; como é que os bancos aumentaram a actividade de crédito?

a) já tinham o dinheiro mas estava "parado"; se sim parado onde? dívida pública? acções grandes empresas?;
b) não tinham o dinheiro e aumentaram capital? Quem é que foi ao aumento? Privados só?
c) não tinham o dinheiro e contraíram dívida emitindo eles próprios obrigações aos nacionais e estrangeiros? Quem comprou a dívida? Privados só?
d) algo que não previ em cima?

No sistema fraccional não têm propriamente que ter o dinheiro. Instantaneamente criam um crédito (activo) e depósito (passivo). É assim que se cria moeda na banca comercial. Existem limites impostos pelo capital disponível, mas seria fácil estarem longe desses limites.

A mim parece-me o mesmo que imprimir moeda.. se crias um crédito sem o depósito corresponder a poupança, na prática acabaste de aumentar a quantidade de moeda em circulação. Logo inflação. Qual a diferença? Só porque não é o banco central a controlar directamente?

Bem, criar moeda é. Não é bem imprimir, porque na criação por parte de um banco comercial também se cria uma dívida correspondente.

Sim o mecanismo é diferente, mas o banco central pode subir as taxas de juro mais à frente. A banca comercial no máximo poderá pedir que se pague a dívida e não voltar a emprestar recorrendo a esse mecanismo - na teoria reduz a quantidade de moeda.

Mas na prática e para um ignorante como eu, trata-se de imprimir moeda. Ou se preferirem algo mais polido: "criar" moeda.  :D

Thunder

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #156 em: 2015-09-01 15:56:02 »
https://twitter.com/medWSJ/status/637234551052443649

Brutal. #Brazil's Q2 GDP plummets 1.9% from Q1, worse than expected. Down 2.6% y-o-y in Q2. #emergingmarkets
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Elder

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #157 em: 2015-09-10 11:15:41 »
E hoje mais um downgrade de rating da S&P que está a levar as bonds brasileiras a rebentar (da republica, Petrobrás, Oi, etc).

Petrobras e Oi já com YTM acima de 10%!!  E ainda nem chegámos à ressaca dos jogos olímpicos! :D

Elder

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #158 em: 2015-09-10 11:21:43 »
https://twitter.com/medWSJ/status/637234551052443649

Brutal. #Brazil's Q2 GDP plummets 1.9% from Q1, worse than expected. Down 2.6% y-o-y in Q2. #emergingmarkets

Tenho um amigo meu que trabalha numa empresa exportadora de bens, entre os quais para o Brasil. Ele disse-me que o número de contentores com carga que mandam para o brasil caiu 90% este ano!! Mandavam 20x/mês, agora mandam 2x/mês!!  ???

Robusto

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #159 em: 2015-09-10 17:55:43 »
É, a coisa por aqui está feia.