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Autor Tópico: Brasil / Bovespa - Tópico principal  (Lida 143590 vezes)

Vanilla-Swap

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #60 em: 2014-10-22 16:56:36 »
http://alguemaifora.wordpress.com/2014/10/07/por-que-votar-na-dilma-ou-por-que-nao-votar-no-aecio/




De qualquer forma: Crescimento pra quem? A que custo?

O salário mínimo cresceu, desde 2003, acima da inflação, como nunca cresceu antes [1], a taxa de desemprego é a menor da história [2] e uma das menores do mundo (5%)

Não duvido que se o salário mínimo não tivesse “subido tanto”, ou que o desemprego fosse maior, (ambos foram sugeridos por Armínio Fraga, o “guru” do Aécio, que chama isso de “medidas impopulares”) teríamos crescido mais, afinal, empresas que gastam menos com funcionário e tem mais desempregados competindo pelas vagas crescem mais.

Mas será mesmo que o trabalhador de base aguenta esse salário mínimo por mais tempo? Será mesmo que o trabalhador de base aguenta mais anos de desemprego? Será que não é melhor ir mais devagar mas dividindo mais? O Brasil ainda é um dos países mais desiguais do mundo mesmo depois de melhorar 27% [3]. Lembrem-se: o salário mínimo é a realidade de 40% da população, e 70% do país ganha até dois salários mínimos.

Sim, a inflação subiu, e a gente, classe média pra cima, sente. Mas é óbvio: Não da pra fazer milagres, não da pro governo ser excelente em todos os aspectos. Desemprego, crescimento, pobreza, inflação, segurança: está tudo relacionado. Se o salário sobe, o patrão tem que pagar, então é óbvio que os produtos e serviços ficam mais caros. (Leiam com carinho a fonte [1], é o aumento do salário mínimo EM RELAÇÃO à inflação. Por isso que a gente fala do aumento “real” do salário mínimo)

Na minha opinião de pessoa de classe média ou mais, aceitar a inflação em troca da real valorização do salário mínimo e do desemprego baixíssimo é um ato de solidariedade. É o ato de perceber que não somos um EUA e que a maioria das pessoas no nosso país se fode muito mais do que a gente. O problema deles tem sim prioridade.

Claro, o argumento “se o bolo não crescer não tem como dividir” é válido, mas não é como se o bolo não estivesse crescendo. Ao invés de 2% teríamos crescido quanto? 5%? Valeria mesmo a pena? O aumento na arrecadação de impostos resolveria o problema?

Não acho. Acho que faço das palavras da Dilma as minhas: “Pela primeira vez na história desse país enfrentamos a crise sem aumentar o desemprego e arrochar salários”, ou seja: Sem botar a conta no bolso do trabalhador.

Minha vida poderia ter melhorado mais com o PSDB? Talvez. Mas repito: Não é a minha vida que tem que melhorar mais nesse país.






PROGRAMAS SOCIAIS

Eu não nego a possibilidade de existir “muito vagabundo” chupinhando o bolsa família, mas tem muita gente que morreria de fome caso contrário. Você realmente deixaria quem está passando fome continuar passando fome pra tirar a folga de “eventuais vagabundos”? Eu não. Folgado existe em todo lugar, e o bolsa família não passa de trocados para o Governo Federal. O Brasil deixou de ser um país no mapa da fome. [4]. Saímos SIM da posição de “país miserável”. E essa é uma capa que nunca veremos na Veja [7]

E o Bolsa Família não é exclusividade do Brasil não, vários (todos?) os países da Europa fazem igual ou melhor, até os EUA tem sua versão (que diga-se de passagem, atropela a versão do Brasil) [5]

“A, tem que dar emprego”. Oras, mas o desemprego não é o menor da história?

Quais as outras opções? Aumentar o salário mínimo mais ainda? Gera desemprego. Dar comida ao invés de dinheiro? Estagna a economia. Reforma tributária? Sim! E é uma boa crítica ao PT sim. ( E é proposta do PSOL  )

Existe muita mentira acerca dessas medidas sociais, pesquisem por favor. Exemplo: [15]

Outro ponto do bolsa família, é o econômico. Oras, o sujeito quer trabalhar, mas não tem emprego. Como não tem emprego, ninguém tem renda, então ninguém vai lá vender nada. Se ninguém vai lá vender nada, não tem emprego.

A Dilma não é a fada do emprego e pode criar um emprego ali: *plim* mas algo tem que ser feito. O que? Uma renda artificial: O bolsa família.

Alguém tem que vender pra quem ganha bolsa família, e eles vão empregar quem? A população local. Bolsa família tem seu papel em acabar com a estagnação econômica onde a coisa é brava.
 Não é a toa que o nordeste é o que mais cresce percentualmente: [19]

E, por favor né, se o seu problema é com o bolsa família, vote nulo, que o Aécio falou em todos os debates que só pretende expandi-lo!

CORRUPÇÃO

Eu não nego que o PT seja corrupto. Corrupção existe em todos os partidos de grande porte em nosso país.

Mas tenho três fatos aqui:

1. O PT deixa a polícia federal e o ministério público procurar e prender os corruptos. [6]. Foram em torno de 80 ações da PF no governo FHC contra 1400 no governo PT. O termo “engavetador geral da república” não surgiu a toa).

2. O PT não tem blindagem da mídia. [7]

3. O PT não é o partido que mais tem candidaturas barradas por corrupção até 2007. [8]

4. Em 2014 o PT teve 20 candidaturas barradas pelo ficha limpa e o PSDB 8. Ok, ponto pro PSDB. [20]

E os escândalos do PSDB que nunca saem e para os quais a mídia faz silêncio? Procure na internet. O “mensalão tucano”, por exemplo, está simplesmente parado há 10 anos. Por que não investigam o do PSDB mas fizeram tanta força pra investigar o do PT? [17]
« Última modificação: 2014-10-22 17:10:03 por Vanilla-Swap »

Kin2010

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #61 em: 2014-10-22 22:00:34 »
Bem, comprei hoje de novo Itaú e Bradesco no fim da sessão. Estão em mínimos de meses. Depois da eleição do próximo domingo toda a gente verá que a eleição é irrelevante. Além disso há esta profusão de artigos catastrofistas esta semana, downgrade à Petrobrás, etc.


Robusto

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #62 em: 2014-10-23 02:20:43 »
Este é que é um bom motivo para fugir do Brasil (mais precisamente São Paulo)...

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/10/nivel-do-cantareira-cai-mesmo-com-melhor-serie-de-chuvas-desde-julho.html


Vanilla-Swap

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #63 em: 2014-10-23 10:57:15 »
http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/eleicoes-por-que-e-preciso-falar-de-reforma-agraria/




Por Gustavo Souto de Noronha, no Brasil Debate

Desenvolvimento e democracia não são compatíveis com a miséria. O Brasil, de acordo com dados do Banco Mundial, é a sétima economia do mundo pelo PIB total calculado segundo a paridade de poder de compra. Entretanto essa riqueza é mal distribuída.

É comum associar o combate à pobreza extrema unicamente às políticas de transferência de renda. Entretanto, faz-se necessário contrapor esta visão com políticas que gerem um fluxo de renda, como a reforma agrária.

Tanto que uma das dimensões do Plano Brasil Sem Miséria do Governo Federal contempla a inclusão produtiva. A reforma agrária é uma das melhores alternativas de geração de emprego e renda, incluindo-se aí as políticas – de crédito e assistência técnica – necessárias à efetiva estruturação econômica e social das famílias assentadas.

Alguns teóricos do desenvolvimento econômico, inclusive no campo político da direita, como Rostow, advogam sobre a necessidade de ruptura com as elites tradicionais. Observando a sobre-representação da chamada bancada ruralista no Congresso Nacional, percebemos a atrasada atualidade desta agenda no Brasil.

Outro ponto importante,  é o viés anti-inflacionário da reforma agrária. As causas de um processo inflacionário podem ser diversas: aquecimento da economia; choques de oferta; conflito distributivo entre capital e trabalho; ou resultado das projeções dos agentes. Raramente os processos inflacionários têm causa única e o mais ordinário é que, pelo menos, três destes quatro fatores estejam associados nos surtos de aumento de preços.

Impactos da oferta

Em uma análise simplificada, os processos inflacionários decorrentes de excesso de demanda ou de choques de oferta, em realidade traduzem desequilíbrios entre oferta e procura em diversos setores da economia.

Nos desajustes de oferta não podemos falar de um choque homogêneo que afete todos os mercados, isto seria uma recessão e não um choque de oferta a provocar alguma inflação. Os impactos da oferta em processos inflacionários normalmente estão associados a fatores exógenos aos modelos econômicos usuais e que afetam mercados importantes: quebras de safras agrícolas, guerras, movimentação conjunta dos produtores de determinado bem.

Olhando o mercado de alimentos, recorrente vilão da inflação. A demanda por alimentos é relativamente inelástica, pode variar entre a natureza do bem, mas pouco provável que alguém deixe de comer para consumir qualquer outro bem, mais crível é o movimento contrário.

A variação nos preços deste mercado explica-se, em parte, por um problema de oferta insuficiente para atender à demanda, mas também pela vinculação de determinados produtos aos mercados internacionais de commodities. Logo, um primeiro passo é buscar desvincular os preços dos alimentos dos mercados externo e interno.
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A grande propriedade produz principalmente para o mercado externo, não afeta de sobremaneira a curva de oferta interna de alimentos. O consumo interno destes itens também não afeta seu preço, mas sim as variações no mercado internacional. Devemos, portanto, preliminarmente verificar se a inflação observada decorre do aumento de preços nestes produtos, o que não parece ser o caso.

Fica patente, como no caso alegórico do tomate, que um choque de oferta em um produto cuja demanda é bastante inelástica, se observa um aumento extraordinário de preço. É preciso, portanto, construir uma alternativa que garanta um aumento da oferta de comida. O Censo Agropecuário do IBGE mostra que a agricultura familiar é responsável pela maior parte do alimento na mesa do brasileiro.

Ineficiente

Ademais, diversos estudos econômicos, inclusive por teóricos neoclássicos, demonstram que a grande propriedade é ineficiente em razão de custos crescentes de escala. Os custos de gerenciamento, logística e mão de obra, a imprevisibilidade meteorológica e a volatilidade dos preços internacionais são alguns fatores que fazem alguns analistas afirmar que o setor agrícola sequer seria uma atividade capitalista em senso estrito.

Desta forma, ousamos afirmar que é preciso mudar o paradigma da produção agropecuária brasileira. Deve-se entender que entre todas as funções clássicas da agricultura na economia, a mais primordial é prover a economia de uma oferta crescente de alimentos.

Isto não ocorrerá numa economia cuja produção agrícola está voltada para o mercado externo. O preço do tomate só cai quando há mais agricultores produzindo tomate, isto só é possível com a democratização do acesso à terra. Para reduzir a inflação, particularmente quando sua causa primordial é um choque de oferta de alimentos, é preciso ampliar o número de agricultores familiares, é preciso fazer reforma agrária.

Não se pode ainda esquecer que diversas análises históricas apontam que os países considerados desenvolvidos todos passaram, em algum momento por um processo de democratização do ativo terra. Ou seja, é preciso, no mínimo, destravar o debate da questão agrária para avançarmos no processo de desenvolvimento brasileiro.

Perspectiva geopolítica

Avançando para uma perspectiva geopolítica, a reforma agrária ganha importância. Qualquer nação que se pretenda soberana deve ter mecanismos de assegurar à sua população a soberania alimentar. Num raciocínio trivial, um país cuja alimentação venha do setor externo, num caso extremo de guerra, pode com um simples cerco naval ver sua população condenada à fome.

A combinação entre o crescimento contínuo da população mundial e os processos de erosão do solo, a escassez hídrica cada vez maior e o aquecimento global, produzem um quadro em que a demanda se amplia sem ser acompanhada pela oferta. Não se pode minimizar o risco de que guerras venham a ser travadas por alimentos e água.

A distribuição do ativo terra busca responder a estes dois pontos. Se por um lado a produção da agricultura familiar e reforma agrária garante a maioria dos alimentos que a população brasileira consome, por outro promove uma efetiva ocupação dos interiores assegurando que estes recursos permaneçam em poder da população do país e não em grandes grupos sujeitos a controle internacional.

De uma forma ou de outra, a reforma agrária precisa ser colocada em evidência neste processo eleitoral. Diante da força e avanço da bancada ruralista, cuja postura e aliança com a bancada evangélica não permite um maior avanço das pautas progressistas, a política deve ser debatida sob a perspectiva do poeta alemão Bertolt Brecht: Pergunta sempre a cada ideia: serves a quem?

 
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Tags: alimento, campo, eleição, emprego, familia, PIB, reforma graria, renda
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2 Comments




   Augusto Mascarenhas

Publicado setembro 10, 2014 em 7:58 PM   


Para que a reforma agrária possa ser retomada é necessário alterar o art.185 da Constituição Federal, a fim de que possa ser possível a desapropriação das médias propriedades. Mas o atual governo federal e parlamentares não parecem interessados nisto.

A reforma agrária, juntamente com o incentivo à produção agroecológica e a criação de infra-estrutura para o escoamento desta produção, seria um ótimo instrumento de controle da inflação. Mas os economistas oficiais priorizam a ação monetarista (aumento de juros) porque esta é a forma preferida pelos bancos (já que bancos vivem de juros altos).

A retomada da reforma agrária e o estímulo à agroecologia também fortaleceria o mercado interno, tornando o Brasil mais imune a crises internacionais.

Mas tudo isso não é do interesse dos latifundiários do agronegócio nem dos bancos, que são os que mandam no Congresso e em amplos setores do Poder Executivo. Por isso a reforma agrária parou.

 



   pedro

Publicado setembro 29, 2014 em 2:36 PM   


despropriaçao de médias propriedades?li direito essa barbaridade?os agricultores que lutam a vida inteira para comprar suas terras serão então expulsos delas para dar a REFORMA AGRÁRIA,É ISSO CAMARADA?? tb há os sem casa ;quem trabalhou e comprou uma ou várias casas,de ,então,para quem nao tem.quem tem carro idem;bora lá dar.reforma no campo e na cidade tb:todos entregando sua casa carro,empresa para quem não tem.pq em vez de DAR milhoes de dolares para cuba construir pontes etc e outros milhões para paises com ditadores africanoso governo nao compra terras de quem quer vender e então,dão para os sem terra?filhos de agricultores que não tem terra financiam as terras por 20 anos pagam juros ,e nao TIRAM,ROUBAM de ninguém.e a propriedade privada está inserida no ambito dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo;lei constitucional.

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Kin2010

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #64 em: 2014-10-25 01:31:40 »
Bem, comprei hoje de novo Itaú e Bradesco no fim da sessão. Estão em mínimos de meses. Depois da eleição do próximo domingo toda a gente verá que a eleição é irrelevante. Além disso há esta profusão de artigos catastrofistas esta semana, downgrade à Petrobrás, etc.

Comprei no dia errado, devia ter sido no dia seguinte... Desceram muito na quinta, felizmente subiram na sexta. Vamos lá ver se sobem depois das eleições, espero que o mercado realize que a Dilma não é má para os bancos.


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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #65 em: 2014-10-25 12:20:09 »
http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/



O último debate televisivo, na Rede Globo, acabou em um anticlímax. Nada de novo, mais do mesmo, com o velho show de troca de farpas e a eterna guerra de estatísticas entre os candidatos a presidente. O passado dos dois partidos em disputa, objeto da velha polarização PT e PSDB, acabou dominando os questionamentos, de parte a parte. Os tais eleitores indecisos podem ter ficado mais indecisos ainda.

Como está na frente, Dilma precisava apenas de um empate no último confronto para chegar bem no domingo. Torcia para não haver uma bala de prata que pudesse mudar os rumos da eleição. Como sinal dos tempos, a tal bala de prata, a denúncia da Veja sobre a suposta participação da presidente e Lula nos desvios da Petrobras, foi apenas citada para criar algum constrangimento na adversária. Mas a guerra da verdade será feita mesmo é nas redes sociais, no corpo a corpo das últimas horas da campanha. Se dará resultado ou não para os tucanos, somente no domingo saberemos.

Dilma mais uma vez foi sofrível na TV, não conseguindo concluir seus raciocínios, atropelando as frases, abusando da prolixidade. Com mais experiência de parlamento, Aécio Neves consegue ser mais assertivo, na maioria das vezes.

Do ponto de vista político, dois momentos foram os mais representativos do embate.

No primeiro deles, Aécio Neves usou a denúncia da Veja logo na primeira pergunta contra Dilma, tentando enreda-la. Dilma saiu-se bem ao aparentar indignação, protestando contra o endosso do presidenciável ao que ela chamou de golpe eleitoral da revista, sem provas. Mais tarde, o senador mineiro voltou ao mensalão, tentando jogar José Dirceu no colo da petista. Ao fim e ao cabo, apesar do espaço do tema para o debate, nada de prático sobre como enfrentar o flagelo da corrupção endêmica, cujo ápice atual é a Petrobras. Só vai servir, como nos outros debates, para a troca de insultos pelas claques virtuais. Ótimo para a turma que é remunerada para jogar gasolina na fogueira do ódio, jogando ricos contra pobres, nordestinos contra sudestinos.

No segundo deles, Dilma usou a falta de água em São Paulo para atacar Aécio Neves. O objetivo é tirar votos do tucano em seu maior reduto, maior colégio eleitoral do Brasil. Dilma esgrimiu como argumento a falta de planejamento dos tucanos. O problema é que, bem preparado, o mineiro contragolpeou muito bem, citando as obras federais que não foram concluídas, como a transposição do São Francisco, Transnordestina e Refinaria Abreu e Lima, entre outras. Não deixaria de ser uma ironia que a eleição fosse decidida pelas vicissitudes do clima, justamente em São Paulo.

A introdução dos indecisos, com suas perguntas à mão, serviu apenas para mostrar o quanto os candidatos têm dificuldade para lidar com os problemas do dia a dia das pessoas e repetem os chavões, as teses elaboradas previamente pelos marqueteiros. No entanto, acredito que Aécio Neves, ao improvisar, conseguiu um tento no segundo bloco, ao falar das medidas para acabar com a corrupção. “Vamos tirar o PT do poder”, cravou, enquanto a petista continuava sendo prolixa.

Dilma leva uma desvantagem natural, uma vez que, sendo governo, depois de 12 anos, fica mais difícil dizer que daqui para a frente tudo vai ser diferente, pois mais que tente chamar FHC de volta.

Já Aécio Neves, por apresentar-se como candidato que busca encarnar a mudança, desperdiçou mais energia na luta por definições do que já foi e menos na discussão do que pode ser diferente. É como se pedisse um cheque em branco. Nestas horas, a falta da verve de Eduardo Campos é mais gritante, ao enfatizar a necessidade de aprofundar a política redistributiva no Brasil, ao denunciar que o bolsa família não poderia nem deveria congelar a política. Não foi o que se viu. Corremos o risco de encarar esse mesmo filme velho, por quatro anos ou mais, com quem quer seja vitorioso nas urnas.


   

« Última modificação: 2014-10-25 12:21:24 por Vanilla-Swap »

vbm

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #66 em: 2014-10-25 13:48:04 »
«... e repetem os chavões, as teses elaboradas previamente pelos marqueteiros.»,

lá como cá.
robots mais perfeitos não há.

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #67 em: 2014-10-25 15:59:50 »
Vamos lá ver se sobem depois das eleições, espero que o mercado realize que a Dilma não é má para os bancos.

O governo Dilma não foi favorável aos ADRs da banca. A desvalorização do real pesou bastante.

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #68 em: 2014-10-25 16:10:01 »

Eu tenho o cuidado de colocar blogs brasileiros penso que são mais radicais.

http://informacaoincorrecta.blogspot.pt/2014/10/a-america-do-sul-e-o-capital.html

Kin2010

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #69 em: 2014-10-25 21:28:49 »
Vamos lá ver se sobem depois das eleições, espero que o mercado realize que a Dilma não é má para os bancos.

O governo Dilma não foi favorável aos ADRs da banca. A desvalorização do real pesou bastante.

Foi o governo dela, ou foi a situação do Brasil a deteriorar-se rapidamente? E em que é que outro governante poderia ser melhor?

Tudo indica que, nos países democráticos, entre os dois maiores partidos que alternam, não há diferenças. São uma União Nacional disfarçada de dois partidos.


Vanilla-Swap

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #70 em: 2014-10-26 13:21:29 »

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #71 em: 2014-10-26 22:53:56 »
Dilma reeleita presidente do Brasil.

Robusto

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #72 em: 2014-10-27 00:06:00 »
Dilma reeleita presidente do Brasil.
Com uma margem super apertada...
Aconteceu o que se esperava. A turma do bolsa familia votou toda na dilma, e aecio falhou ao nao conseguir ganhar em casa.

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #73 em: 2014-10-27 00:46:59 »
Dilma reeleita presidente do Brasil.
Com uma margem super apertada...
Aconteceu o que se esperava. A turma do bolsa familia votou toda na dilma, e aecio falhou ao nao conseguir ganhar em casa.

Curioso, porque Minas Gerais era um reduto do PSDB e Aécio fez um bom trabalho quando foi governador lá. Mas o PT conseguiu eleger o governador logo na 1ª volta, pondo fim a 12 anos de governos do PSDB em MG. A Cemig vai ter de prescindir de alguns lucros para distribuir pela populaça.

 

Incognitus

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #74 em: 2014-10-27 00:57:25 »
Dilma reeleita presidente do Brasil.
Com uma margem super apertada...
Aconteceu o que se esperava. A turma do bolsa familia votou toda na dilma, e aecio falhou ao nao conseguir ganhar em casa.

A Democracia está a ser capturada por essa lógica de votar em quem dá. Em Detroit, o Obama teve 98% de votos.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zel

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #75 em: 2014-10-27 01:13:36 »
a venezuelizacao da democracia  :D

ja agora
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/exclusivo-dilma-e-lula-sabiam-de-tudo-diz-alberto-youssef-a-pf/

Em depoimento prestado na última terça-feira, o doleiro que atuava como banco clandestino do petrolão implica a presidente e seu antecessor no esquema de corrupção

Por Robson Bonin, para VEJA

Na última terça-feira, o doleiro Alberto Youssef entrou na sala de interrogatórios da Polícia Federal em Curitiba para prestar mais um depoimento em seu processo de delação premiada.

Como faz desde o dia 29 de setembro, sentou-se ao lado de seu advogado, pôs os braços sobre a mesa, olhou para a câmera posicionada à sua frente e se colocou à disposição das autoridades para contar tudo o que fez, viu e ouviu enquanto comandou um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar 10 bilhões de reais.

A temporada na cadeia produziu mudanças profundas em Youssef. Encarcerado desde março, o doleiro está bem mais magro, tem o rosto pálido, o cabelo raspado e não cultiva mais a barba. O estado de espírito também é outro. Antes afeito às sombras e ao silêncio, Youssef mostra desassombro para denunciar, apontar e distribuir responsabilidades na camarilha que assaltou durante quase uma década os cofres da Petrobras.

Com a autoridade de quem atuava como o banco clandestino do esquema, ele adicionou novos personagens à trama criminosa, que agora atinge o topo da República. Perguntado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro foi taxativo:

— O Planalto sabia de tudo!

— Mas quem no Planalto?, perguntou o delegado.

— Lula e Dilma, respondeu o doleiro.

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #76 em: 2014-10-27 10:23:14 »
A Petrobras está a levar um tombo.

strutch

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #77 em: 2014-10-27 11:01:59 »
.

Depois do que foi a contestação ao regime na "copa do mundo" este resultado é realmente estranho. Nunca pensei!

Mais uma prova que aquilo que a caixa colorida nos mostra nem sempre corresponde à realidade pura..


PS --> O titulo do tópico não deveria ser "enquanto é tempo" ?  ;)

.
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Incognitus

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #78 em: 2014-10-27 12:37:36 »
Não é só a PBR ... a CIG também cai 15%.

Imagino que a queda do Bovespa hoje vai ser qq coisa histórica, pelo menos na abertura.
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strutch

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Re: Brasil / Bovespa - Tópico principal
« Responder #79 em: 2014-10-27 12:40:58 »
The print will continue until the morale improves!