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Autor Tópico: António Costa, novo líder do PS  (Lida 106776 vezes)

Moppie85

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #260 em: 2015-05-27 13:59:29 »
O SNS é óptimo. Bastaria autonomizar as suas entidades, estabelecer um custo por acto médico praticado nestas, e de seguida dar liberdade aos utentes para ir a uma unidade pública ou privada com comparticipação em qualquer uma delas por esse mesmo custo por cada acto médico. O número de actos médicos em todo o país estabeleceria a esmagadora maioria do orçamento de saúde do Estado, e seria algo previsivelmente estável (excepto inicialmente, onde duas coisas impulsionariam o custo -- uma fatia maior da população aceder a cuidados de saúde gratuitos e mais actos médicos que agora não são prestados passariam a sê-lo). Para compensar um pouco este facto, seria de estabelecer um custo por acto médico ligeiramente inferior ao apurado -- contando com alguma melhoria da produtividade. Tb se ganharia algo com a extinção da ADSE neste cenário (deixaria de fazer sentido).

O custo para o Estado seria o mesmo (por acto médico), as entidades públicas teriam que viver dentro de um orçamento ditado pelos actos médicos praticados e não por qualquer outra coisa. Poderiam falir (não deixariam de operar mas teriam que ser reestruturadas). A concorrência entre elas melhoraria tanto entidades públcias como privadas. As remunerações, promoções, contratações, despedimentos nas entidades públicas podiam ser liberalizadas para estas gerirem os recursos necessários de forma autónoma.

A existência ou não de compadrio seria razoavelmente irrelevante pois qualquer entidade teria que ter o mesmo custo com compadrios ou não. Se os compadrios fossem negativos essas entidades não conseguiriam ou estar dentro do orçamento (faliriam) ou prestar um serviço de qualidade que atraísse os utentes. O compadrio que não resulta numa performance pior ou mais cara é irrelevante para a política pública, da mesma forma que o compadrio numa entidade privada é irrelevante se não afecta os seus clientes. O compadrio de resto é uma forma vulgar de uma entidade funcionar -- sendo possível, as empresas contratam pessoas cuja performance conhecem ou é recomendada.

Seria uma solução simples e usaria o melhor do sistema Francês e Americano (Medicare).

para cobrares por "acto médico" primeiro tens de legislar sobre o mesmo. Em Portugal não existe legislação a definir o que é um acto médico ou não.

Ledo

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #261 em: 2015-05-27 14:58:44 »
Mas no estado no GDH existe a codificação dos cuidados prestados por patologia que servem para faturação hospitalar (posso ter percebido errado), julgo que era isto a que o Incognitus se referia.

Moppie85

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #262 em: 2015-05-27 15:19:10 »
Mas no estado no GDH existe a codificação dos cuidados prestados por patologia que servem para faturação hospitalar (posso ter percebido errado), julgo que era isto a que o Incognitus se referia.

se for por patologia ou por MCDT, a conversa é outra.

Aqui na Escócia, relativamente a dentistas, o pagamento é feito de acordo com os actos de medicina dentária prestados - pensei que seria algo deste género que o Inc quisesse - ou seja, uma restauração pode custar ao estado £25 por exemplo ou £50 ou mais, de acordo com a quantidade de trabalho associada ao dente. Por exemplo se é apenas um acto médico (restaurar uma face do dente) 2 actos médicos (restaurar 2 faces) ou três actos médicos (restaurar 3 faces). Outro exemplo, extracção de um dente, aparentemente tb tem vários códigos (exame - £10; extracção simples - £15; remoção de osso £ 20; remoção de gengiva (dentes semi erupcionados) - £ 20, Xray £7, sutura £10.

Logo, um dente tanto pode sair a £32 (10 + 15 + 7 do raio X) como a £82 , se for um dente por exemplo do siso, conforme o número de actos médicos e MCDT aplicados.

Em Portugal tem-se os cheque dentista, que são uma forma "estupidamente" barata de fazer o mesmo, com a incoveniencia que a fraude nos mesmos é elevada.

Incognitus

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #263 em: 2015-05-27 18:15:25 »
O SNS é óptimo. Bastaria autonomizar as suas entidades, estabelecer um custo por acto médico praticado nestas, e de seguida dar liberdade aos utentes para ir a uma unidade pública ou privada com comparticipação em qualquer uma delas por esse mesmo custo por cada acto médico. O número de actos médicos em todo o país estabeleceria a esmagadora maioria do orçamento de saúde do Estado, e seria algo previsivelmente estável (excepto inicialmente, onde duas coisas impulsionariam o custo -- uma fatia maior da população aceder a cuidados de saúde gratuitos e mais actos médicos que agora não são prestados passariam a sê-lo). Para compensar um pouco este facto, seria de estabelecer um custo por acto médico ligeiramente inferior ao apurado -- contando com alguma melhoria da produtividade. Tb se ganharia algo com a extinção da ADSE neste cenário (deixaria de fazer sentido).

O custo para o Estado seria o mesmo (por acto médico), as entidades públicas teriam que viver dentro de um orçamento ditado pelos actos médicos praticados e não por qualquer outra coisa. Poderiam falir (não deixariam de operar mas teriam que ser reestruturadas). A concorrência entre elas melhoraria tanto entidades públcias como privadas. As remunerações, promoções, contratações, despedimentos nas entidades públicas podiam ser liberalizadas para estas gerirem os recursos necessários de forma autónoma.

A existência ou não de compadrio seria razoavelmente irrelevante pois qualquer entidade teria que ter o mesmo custo com compadrios ou não. Se os compadrios fossem negativos essas entidades não conseguiriam ou estar dentro do orçamento (faliriam) ou prestar um serviço de qualidade que atraísse os utentes. O compadrio que não resulta numa performance pior ou mais cara é irrelevante para a política pública, da mesma forma que o compadrio numa entidade privada é irrelevante se não afecta os seus clientes. O compadrio de resto é uma forma vulgar de uma entidade funcionar -- sendo possível, as empresas contratam pessoas cuja performance conhecem ou é recomendada.

Seria uma solução simples e usaria o melhor do sistema Francês e Americano (Medicare).

para cobrares por "acto médico" primeiro tens de legislar sobre o mesmo. Em Portugal não existe legislação a definir o que é um acto médico ou não.

A forma mais fácil seria copiar a prática e lista da Medicare, dos EUA.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #264 em: 2015-05-28 12:47:04 »
Um dos principais problemas dessa ideia é que os hospitais públicos teriam de estar preparados para prestar todo o tipo de serviços de saúde enquanto que os privados conseguem focar-se apenas nos mais rentáveis deixando os deficitários para o estado (que acabaria por perder duplamente pois tinha concorrência nos serviços rentáveis e tinha a obrigatoriedade de fazer os serviços muito pouco ou nada rentáveis). No fundo o que está a acontecer hoje em dia...
podes não chegar à lua, mas tiraste os pés do chão

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #265 em: 2015-05-28 12:51:55 »
Um dos principais problemas dessa ideia é que os hospitais públicos teriam de estar preparados para prestar todo o tipo de serviços de saúde enquanto que os privados conseguem focar-se apenas nos mais rentáveis deixando os deficitários para o estado (que acabaria por perder duplamente pois tinha concorrência nos serviços rentáveis e tinha a obrigatoriedade de fazer os serviços muito pouco ou nada rentáveis). No fundo o que está a acontecer hoje em dia...


Uma tabela de preços por acto médico é suposto obviar exactamente aquilo que descreves. Nada é intrinsecamente rentável ou deixa de o ser -- depende do preço, o que neste caso dependeria da tabela.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #266 em: 2015-05-28 13:21:32 »

A Saúde é cara, o SNS é sub-orçamentado ano após ano.

Apesar da má gestão , até se faz um trabalho de qualidade, imagino se o SNS
fosse bem gerido: seria o melhor do Mundo , não tenho qualquer tipo de dúvida.

Não temos ainda um sistema misto porque existe uma fatia tabu, porque extremamente
pouco rentável: a Oncologia.

E aí só pode ser com financiamento Público, o Privado não quer.

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #267 em: 2015-05-28 13:36:01 »
Um dos principais problemas dessa ideia é que os hospitais públicos teriam de estar preparados para prestar todo o tipo de serviços de saúde enquanto que os privados conseguem focar-se apenas nos mais rentáveis deixando os deficitários para o estado (que acabaria por perder duplamente pois tinha concorrência nos serviços rentáveis e tinha a obrigatoriedade de fazer os serviços muito pouco ou nada rentáveis). No fundo o que está a acontecer hoje em dia...

Não é um bom ponto de vista.

Não há aqui rentável ou não. Há o que se paga e o que não se paga.

Se alguém pagar, tudo se faz em todo o lado.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #268 em: 2015-05-28 13:57:15 »
Nem mais. Mas é uma falácia habitual que se ouve muito. Ah e tal, cancro os privados não tratam porque não lhes interessa porque não dá lucro.

Não lhes interessa, uma porra. Fala-se como se no público o tratamento do cancro não tivesse custo no público. Alguém já perguntou a um privado se por X (custo idêntico ao que tem o público) estão interessados em fazer esse tratamento ?

Incognitus

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #269 em: 2015-05-28 14:02:58 »

A Saúde é cara, o SNS é sub-orçamentado ano após ano.

Apesar da má gestão , até se faz um trabalho de qualidade, imagino se o SNS
fosse bem gerido: seria o melhor do Mundo , não tenho qualquer tipo de dúvida.

Não temos ainda um sistema misto porque existe uma fatia tabu, porque extremamente
pouco rentável: a Oncologia.

E aí só pode ser com financiamento Público, o Privado não quer.


Nada é intrinsecamente pouco rentável - depende dos preços estabelecidos.
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Automek

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #270 em: 2015-05-28 14:06:55 »
Eu concordo com uma opinião que li ou ouvi em tempos. O SNS é bom a tratar coisas complexas e péssimo a tratar coisas simples.

Deus Menor

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #271 em: 2015-05-28 20:56:14 »

Nada é intrinsecamente pouco rentável - depende dos preços estabelecidos.

Se quiseres fazer como o Ministro, uma coisa que custa 10 ele obriga a vender por 2 por decreto.

O Amadora Sintra enquanto tinha gestão privada nunca faltou material, passou para o Estado e começou a faltar material
para continuar a pagar , a horas, salários inflacionados.

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #272 em: 2015-05-28 21:11:04 »

Nada é intrinsecamente pouco rentável - depende dos preços estabelecidos.

Se quiseres fazer como o Ministro, uma coisa que custa 10 ele obriga a vender por 2 por decreto.

O Amadora Sintra enquanto tinha gestão privada nunca faltou material, passou para o Estado e começou a faltar material
para continuar a pagar , a horas, salários inflacionados.


Nesse caso aconteceria o que dizem, mas repara, isso não é um problema do sistema e sim de quem estabelece os valores. No entanto num sistema de hospitais autónomos isso não poderia acontecer sem falir quem prestasse esses serviços, obrigando a reestruturações.
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #273 em: 2015-05-29 10:35:36 »
No entanto num sistema de hospitais autónomos isso não poderia acontecer sem falir quem prestasse esses serviços, obrigando a reestruturações.

Isso és tu a ver o mercado a funcionar, mas em Portugal o Público deficitário é subsidiado,
o Privado é sub-pago e obrigado e ir à falência.

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #274 em: 2015-05-29 10:45:57 »
No entanto num sistema de hospitais autónomos isso não poderia acontecer sem falir quem prestasse esses serviços, obrigando a reestruturações.

Isso és tu a ver o mercado a funcionar, mas em Portugal o Público deficitário é subsidiado,
o Privado é sub-pago e obrigado e ir à falência.


Obviamente os preços teriam que ser estabelecidos para tendencialmente todos actos médicos serem lucrativos, fossem prestados no sector público ou privado.


Dito isto, o sector da saúda até é intrinsecamente daqueles que tende a melhorar nas suas práticas de forma automática. Isto porque continuamente importa práticas e medicamentos novos do estrangeiro (e até experimenta práticas novas cá). Faz parte intrínseca da saúde e da ciência.

« Última modificação: 2015-05-29 10:46:15 por Incognitus »
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #275 em: 2015-05-29 11:12:39 »
No entanto num sistema de hospitais autónomos isso não poderia acontecer sem falir quem prestasse esses serviços, obrigando a reestruturações.

Isso és tu a ver o mercado a funcionar, mas em Portugal o Público deficitário é subsidiado,
o Privado é sub-pago e obrigado e ir à falência.

isso não é verdade - aliás se o fosse não existia tanto hospital privado a multiplicarem-se mais rapidamente que baratas, logo a afirmação de que "o privado vai à falência" é mais que falsa.

o privado vive bem, porque fica com o que o público não consegue fornecer em tempo útil por falta de meios / fundos e escolhe o que lhe dá mais lucro.

Para dar um exemplo simples: consultas de dermatologia. Até pelo menos o ano passado existia apenas um dermatologista no público para 400000 habitantes no Algarve. Não existe previsão de tempo para uma consulta pura e simplesmente pq a lista de espera é tão longa que previsões, só no fim do jogo.

Porque só existe um dermatologista? Porque os outros passaram todos para o privado - trabalham menos e recebem MUITO mais. Porque é que o outro se mantém lá? Porque está em fim de carreira e gosta de trabalhar num hospital público. Ah.. donde vem o dinheiro? Vem ou do doente by himself, ou vem da ADSE / SAMS /Sã Vida e cia limitada.

E isto soma-se milhentos outros serviços onde o Estado não quer pagar por eles e que portanto quem os pode providenciar, arranja.

Deus Menor

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #276 em: 2015-05-29 11:36:36 »

isso não é verdade - aliás se o fosse não existia tanto hospital privado a multiplicarem-se mais rapidamente que baratas, logo a afirmação de que "o privado vai à falência" é mais que falsa.


Ao dizeres isso demonstras que não tens conhecimento de causa e te baseias numa percepção.

Os únicos atos que dão lucro são os serviços de consultas sem material, tudo o que inclua material tem uma margem menor no Privado via comparticipação .
 

Incognitus

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #277 em: 2015-05-29 11:50:46 »
A minha experiência com consultas de dermatologia no privado foi excelente, porque se fez a consulta (que é só falatório) e fez-se imediatamente a intervenção necessária (retirar um sinal que estava a transformar-se ...) com uma micro-cirurgia. Claro, foi o seguro de saúde que ficou com a conta, mas a conta em si não parecia grande coisa.


Mas isto no Hospital da Luz, porque antes tinha ido a um privado manhoso que funcionava praticamente numa vivenda, e além da consulta do falatório ser cara, depois ainda queriam para outro dia qualquer a intervenção caríssima. Eu perdi a vontade ali mesmo. Esse era um verdadeiro explorador, mas também é a vantagem de se poder escolher -- a esse nunca mais voltaria.



« Última modificação: 2015-05-29 11:52:10 por Incognitus »
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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #278 em: 2015-05-29 12:12:02 »
O moppie está certo.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Moppie85

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #279 em: 2015-05-29 15:30:05 »

isso não é verdade - aliás se o fosse não existia tanto hospital privado a multiplicarem-se mais rapidamente que baratas, logo a afirmação de que "o privado vai à falência" é mais que falsa.



Ao dizeres isso demonstras que não tens conhecimento de causa e te baseias numa percepção.

Os únicos atos que dão lucro são os serviços de consultas sem material, tudo o que inclua material tem uma margem menor no Privado via comparticipação .


Começando pelo facto de as consultas serem o mais importante em termos de rendimentos dos hospitais privados (obviamente, pois o gasto é só a instalação e um médico)... Os restantes têm uma margem menor (mas não todos), tais como por exemplo, todos os serviços de imagiologia.

Quanto a "tudo o que inclua material tem uma margem menor" - obviamente que o tem , o que não impede que seja lucrativo e que ao contrário do que afirmas, os hospitais "privados" não estão à beira de falência. Se tal fosse a realidade, não tinhamos hospitais privados a nascerem como cogumelos - a realidade mostra exactamente o contrário do que queres fazer passar.

Citar
Ao dizeres isso demonstras que não tens conhecimento de causa e te baseias numa percepção.


como médico, creio ter mais conhecimento de causa que tu de como funciona o público vs privado.

Sei bem que os valores comparticipados pelo SNS para cirurgias ou outros actos médicos no privado são baixos para os gastos (passa-se o mesmo no público, com a diferença que de tempos a tempos vão lá "limpar" o déficit dos hospitais através de recapitalizações dos EPE).

No entanto, tudo o que dá real prejuizo (por exemplo as Urgências a sério (e não aquelas que pede-se tudo e mais alguma coisa no privado pra fazer render o doente/o seguro/ADSE) e as complicações de cirurgias do privado) "magicamente" são transferidas para os hospitais públicos (sem esquecer de limpar o saldo primeiro ao seguro / ADSE / utente), mesmo que pouco se tenha feito.

Já agora, quanto a números:

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/lucros_da_luz_saude_aumentam_29_em_2014.html
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/com_embargo_ate_as_22h_lucro_da_jose_de_mello_saude_sobe_30_para_164_milhoes_de_euros.html
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/grupo_amil_ja_conseguiu_por_ex_hospitais_da_cgd_com_resultados_positivos.html

Pega lá a "percepção" dos três maiores grupos Portugueses de hospitais privados... falta-me o do Trofa Saúde, mas não deve ser muito diferente dos outros.
Como se vê... dá prejuizo e estão todos à beira da falência... enfim...