Gama, prata, só se me a derem para eu ir vendê-la a seguir. Não contem comigo para lutar guerras passadas.
Repara:
- Abundante (i.e. tem um flanco mesmo a jeito para levar alfinetadas da agulha fura-bolhas nº 1).
- Milhentas aplicações industriais (i.e. tem o outro flanco mesmo a jeito para levar alfinetadas da agulha fura-bolhas nº 2).
Além disso os gigantes [bancos centrais] não a têm, pois pelas razões anteriores a prata perdeu a guerra contra o ouro. No século XIX ainda havia a prata só por uma razão: --era mais soft [i.e. mais fácil de obter que o ouro]. O devedores querem sempre ter dívidas numa moeda soft, nunca numa moeda hard, que valoriza ao longo do tempo e torna por isso a dívida cada vez mais onerosa. Por outro lado os aforradores querem uma moeda hard, que valorise ao longo do tempo e que os devedores não lha possam gastar por eles.
Ora a prata não só perdeu a guerra contra a moeda hard suprema [o ouro], como tb perdeu a guerra das moedas soft, pois o papel moeda é ainda mais flexível, i.e. é a moeda soft suprema.
There can be only one to rule them all Todavia, os aforradores não são obrigados a pouparem na mesma moeda dos devedores... por essa razão podem ambos viver em paz e harmonia, basta para isso aos primeiros apoiarem-se sobre os ombros dos gigantes e aos segundos endividarem-se nas divisas imprimidas pelos gigantes a mando dos governos!
Para finalizar, não são só os aforradores que querem uma reserva de valor que valorise com o tempo. Estes estão na boa companhia dos gigantes, nomeadamente o Eurogrupo, que mostra
urbi et orbi a sua forma de refinanciamento [GELOC], enquanto o campo do dólar continua a valorizar o seu ouro a 42 dólares a onça troy. Tadinhos, precisam de lutar activamente para mostrar que o seu privilégio estorcionário é mais valioso que o ouro... só se for para eles.... eheheh