Colateral são activos, mas activos de qualidade que o BCE não aceitaria. Por exemplo, empréstimos habitacionais ou sobre empresas.
Não fui ver exactamente o que o BdP exigiria, mas é certo que exigiria algo (e até com alguma qualidade, ou seja, empréstimos à GES não seriam elegíveis).
O cenário é um banco falido com milhares de credores, pequenos e gigantes.
Quem me garante que esses "ativos bons" não eram já a garantia de outras entidades? Não sei se tens consciência, mas o mesmo bem pode ser dado como garantia várias vezes, mas quem se trama é sempre o 2,3, etc. da lista. Se os mesmos ativos já tinham sido dado como garantias o BdP corre sérios riscos de nunca ver o dinheiro (duvido que tenha preferência aqui).
O mais provável é que o credores institucionais já tivessem avançado há algumas semanas com ações de execução de TODOS os ativos bons do BES. Portanto, até podiam já estar penhorados - não se sabe. Mas iremos saber um dia.
mas imaginemos que que esses ativos são eficazes e servem como garantia para o BdP. Caso o BES (Banco Novo? - Se foi para o BES nem se entende que garantias decentes podem estar lá) n consiga pagar de volta o BdP vai ativar as garantias. Imaginemos que o incumprimento é total - 3,5 mil milhões. Significa que o valor que está atribuido ao banco vai descer teoricamente em 3,5 mil milhões - ou seja, abre-se um novo buraco de 3,5 mil milhões - quem o vai pagar? E depois como vão vender o banco por 4 mil milhões para reaver o dinheiro injetado lá? (já vamos em 4 mil + 3,5 = 7,5 mil milhões)