Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Demissão do Governador do Banco de Portugal  (Lida 28271 vezes)

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #100 em: 2014-08-13 16:15:02 »
Tote, podes estar tranquilo.

Os 3500 já foram devolvidos.

Ainda não sei em que data foi devolvido... estou curisoo para saber a data, e tb a justificação deste empréstimo e até que ponto houve risco de perder o dinheiro do empréstimo (dinheiro dos contribuintes em última instância)
E ainda, acho fantástico que se brinque com o dinheiro dos contribuintes desta forma - ninguém tinha falado sobre esta PEQUENINA operação de 3,5 mil milhões .... andamos a brincar?? E se acontecesse o pior? Como era?
E claro QUE GARANTIAS foram dadas em troca desse empréstimo?

Para bem do governador, espero que as garantias sejam suficientes, senão, rua!

Foram-se, é mesmo assim que o sistema funciona, procura lá outra coisa qualquer que estar a criticar com esta é um bocado estúpido.

Sou eu e vários jornalistas económicos (devidamente aconselhados por peritos técnicos) todos estúpidos e TU és o esperto cá do sítio.
Estúpido é alguém aceitar justificações imprecisas acerca deste empréstimo. Estúpido é aceitar que nem uma palavra tenha sido dada aos portugueses acerca deste empréstimo "secreto".
Estúpido mesmo, é aceitar que o erário público possa ter estado em risco e nem querer saber o que o justificaria.



tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #101 em: 2014-08-13 16:17:58 »
No prazo de seis meses, o Novo Banco terá de amortizar três títulos de dívida no valor de 3500 milhões de euros que emitiu com o apoio de uma garantia da República Portuguesa. Esta é mais uma parte da exposição directa e indirecta que o Estado tem ao banco que substituiu o BES e que terá chegado a superar os 10.000 milhões de euros no auge da crise.

Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque têm afirmado repetidamente que o Estado não está a assumir riscos com o BES e com a solução encontrada pelo Banco de Portugal para evitar a sua falência. No entanto, o sector público já assumiu uma exposição ao banco por três vias diferentes.

No decorrer de 2011 e 2012, quando os mercados internacionais estavam fechados para o sector financeiro português, o BES (à semelhança de outros bancos portugueses) realizou emissões de dívida pública recorrendo a uma garantia então oferecida pelo Estado. As emissões ascenderam a 4250 milhões de euros, de acordo com os dados da Conta Geral do Estado. Ainda por amortizar estão, neste momento, três títulos no valor de 3500 milhões de euros e que estão na lista dos créditos transferidos para o Novo Banco. As datas de amortização são em Dezembro deste ano e em Janeiro e Fevereiro de 2015.

Na eventualidade de o Novo Banco não conseguir pagar estes créditos, será o Estado português a ter de assumir essa responsabilidade.

Outra exposição foi assumida na semana passada, quando o Governo aceitou emprestar ao Fundo de Resolução 3900 milhões de euros para que este possa assumir na sua totalidade o capital do Novo Banco. De acordo com o que foi anunciado pelas autoridades, o dinheiro proveniente de uma futura venda do Novo Banco a privados será usado pelo Fundo de Resolução para abater a dívida.

Se o valor dessa venda não chegar aos 3900 milhões de euros, Banco de Portugal e Governo garantem que serão as restantes instituições financeiras portuguesas a assumir a responsabilidade de devolver o dinheiro ao Estado, usando para esse efeito o valor das suas contribuições anuais para o Fundo de Resolução (que não ultrapassaram no ano passado os 200 milhões de euros, incluindo a contribuição especial sobre o sector bancário).

Por fim, outro tipo de exposição do Estado português ao BES passou a ser conhecido este fim de semana, quando se ficou a saber, pelo conteúdo da acta da reunião do Banco de Portugal em que se decidiu a criação do Novo Banco, que o banco central tinha realizado um empréstimo de emergência ao BES no valor de 3500 milhões de euros.

O recurso a esta linha de assistência financeira de emergência está prevista na arquitectura do sistema europeu de bancos centrais. Acontece em casos em que os bancos estão com problemas de liquidez e não os conseguem resolver com o acesso ao financiamento normal do BCE. O banco central nacional, neste caso o Banco de Portugal, decide apoiar directamente um banco e assume a responsabilidade de um eventual não pagamento do empréstimo. Os respectivos Estados dão habitualmente a sua garantia, embora em qualquer dos casos acabariam por sofrer impactos financeiros (perdas de dividendos e necessidade de capitalização) se o banco central registasse perdas volumosas.

Questionado pelo PÚBLICO sobre esta matéria, o Ministério das Finanças não deu qualquer informação sobre a garantia eventualmente prestada pelo Estado a esta operação. O Banco de Portugal e o Banco Central Europeu não confirmam o empréstimo nem dão conta da forma como se terá processado uma eventual transferência do BES para o Novo Banco. Durante o dia de ontem, o Expresso noticiou que o empréstimo de emergência do banco central já tinha sido devolvido.

http://www.publico.pt/economia/noticia/exposicao-do-estado-a-crise-no-bes-chegou-a-superar-os-10000-milhoes-de-euros-1666269

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #102 em: 2014-08-13 16:18:44 »
É mesmo assim, são mesmo estúpidos. É uma coisa infeliz, acredita. Mas é mesmo verdade.

Tote, é perda de tempo e estúpido usar este mecanismo em concreto para fazer uma crítica. Seria como fazeres uma crítica igual devido aos 10 biliões emprestados pelo BCE, e seria igualmente estúpido. É uma facilidade similar, ainda que um pouco mais extrema no risco.
« Última modificação: 2014-08-13 16:18:57 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #103 em: 2014-08-13 16:35:45 »
É mesmo assim, são mesmo estúpidos. É uma coisa infeliz, acredita. Mas é mesmo verdade.

Tote, é perda de tempo e estúpido usar este mecanismo em concreto para fazer uma crítica. Seria como fazeres uma crítica igual devido aos 10 biliões emprestados pelo BCE, e seria igualmente estúpido. É uma facilidade similar, ainda que um pouco mais extrema no risco.

1- Um pouco mais extremo? NÂO SABES, pois ainda ninguém sabe que garantias foram dadas. E é isso que quero saber, e não o que tu pressupões (és tão exigente para determinados casos, e noutros tão brando - ainda me lembro do SWAPS...vcs aqui foram extremamente minuciosos a analisar a informação, e agora, minuciosidade para qué? Vamos todos fazer figura de parvos.) que é normal fazer-se neste tipo de empréstimos - eu quero saber o CONCRETO.
2- Não é o mecanismo que critico, é a forma como foi MANIPULADO. Estes empréstimos não são para bancos INSOLVENTES - e alguém dizer que o BES não estava insolvente devia ter um bocadinho mais de respeito por si próprio e com a sua consciência.
3- O fato deste empréstimo gigantesco de 3,5 mil milhões não ter sido público é mau sinal do BdP (e claro do Governo que está a fugir das responsabilidades) - Não o digo no dia 1 de Agosto, mas podia-o ter sido uns dias depois - pois falamos de dinheiros PÚBLICOS. Fica-se com a ideia que o objetivo era no dia 1 de Agosto o BdP emprestar 3.5 MM ao BES, o BES paga não sei quantos dias depois, e a nação não sabe que esta operação foi realizada? Era apra ficar tudo em segredo? E se corresse mal??? 

As minha criíticas não são contra o sistema, mas sim contra esta opacidade toda do processo - culpa do Governador - mas veremos que papel o Governo teve neste processo.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #104 em: 2014-08-13 16:40:19 »
1. É um pouco mais extremo por definição. O uso desta facilidade ocorre quando o banco não possui colaterais para ir ao BCE. Portanto os colaterais são necessariamente mais fracos.

2. A facilidade é mesmo para estas alturas, para bancos em dificuldades que não conseguem obter liquidez adicional junto do BCE.

3. Ser gigantesco é normal neste tipo de facilidades, como viste no BCE era ainda muito mais.

« Última modificação: 2014-08-13 16:40:31 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #105 em: 2014-08-13 16:59:12 »
1. É um pouco mais extremo por definição. O uso desta facilidade ocorre quando o banco não possui colaterais para ir ao BCE. Portanto os colaterais são necessariamente mais fracos.

2. A facilidade é mesmo para estas alturas, para bancos em dificuldades que não conseguem obter liquidez adicional junto do BCE.

3. Ser gigantesco é normal neste tipo de facilidades, como viste no BCE era ainda muito mais.


1- como podes dizer que os colaterias são mais fracos se não sabes quais são os colaterais? Deves ser o Luís de Matos cá do sítio  :D
2- facilidade é uma coisa, manipular é outra. Estes empréstimos NÃO SÃO para bancos insolventes - tu mesmo disseste isso na tua citação (dar liguidez a uma empresa insolvente pode muito bem significar dar dinheiro para os credores - e tb por isso, e porque está relacionado, importa saber quais foram as garantias).
3- É gigantesco e é normal, mas o problema principal não é esse, é que não foi PÚBLICO. O BdP não é o banco privado do sr. Carlos Costa e do Governo - não é toma lá um cheque de 3,5 mil milhões e não se diz nada a ninguém.  Será assim tão difícil  perceber isto??


Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #106 em: 2014-08-13 17:39:25 »
1. Porque os colaterais que vão ao BCE são os de maior qualidade e menor risco, pelo que naturalmente os que não são aceites no BCE são piores. O que até é óbvio.

2. São para bancos em dificuldades. As garantias sabes que existem e que em qualidade estão imediatamente abaixo das dadas ao BCE e em montante cobrirão todo o empréstimo e ainda possuirão uma margem adicional.

3. São facilidades normais, deve estar tipificado se são ou não divulgadas e é possível que nunca o sejam. Só vendo. Mas se disse que são divulgadas são-no e se disser que não são, não são. Em todo o caso não terá existido tratamento diferenciado.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13805
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #107 em: 2014-08-13 17:41:37 »
A missão de um banco central é a de assegurar que a moeda e o crédito funcionem com estabilidade no fluir das transacções económicas. Suprimir uma corrida aos depósitos é uma óbvia e imperiosa obrigatoriedade, mesmo que implique emprestar de imediato 3.5 MM € a um banco  sem liquidez. Exigir que esse apoio de tesouraria deveria ser divulgado primeiramente ao público é  absurdo. Claramente, esse  dinheiro, levantado no sector X é canalizado para o sector Y. Logo, está no sistema monetário, como aliás, anteriormente, estava. It is not a big deal!

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #108 em: 2014-08-13 17:56:10 »
A missão de um banco central é a de assegurar que a moeda e o crédito funcionem com estabilidade no fluir das transacções económicas. Suprimir uma corrida aos depósitos é uma óbvia e imperiosa obrigatoriedade, mesmo que implique emprestar de imediato 3.5 MM € a um banco  sem liquidez. Exigir que esse apoio de tesouraria deveria ser divulgado primeiramente ao público é  absurdo. Claramente, esse  dinheiro, levantado no sector X é canalizado para o sector Y. Logo, está no sistema monetário, como aliás, anteriormente, estava. It is not a big deal!

"Primeiramente ao público" é uma coisa, NUNCA é outra. Afinal como ficamos? Primeiramente não faria sentido e eu até já disse isso, mas depois, e com a criação do Banco Novo já concluída, já faria sentido? Ou o que faria sentido é NUNCA ser público?

vcs são muito pouco precisos nas vossas análises quando convém.

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #109 em: 2014-08-13 18:08:42 »
1. Porque os colaterais que vão ao BCE são os de maior qualidade e menor risco, pelo que naturalmente os que não são aceites no BCE são piores. O que até é óbvio.

2. São para bancos em dificuldades. As garantias sabes que existem e que em qualidade estão imediatamente abaixo das dadas ao BCE e em montante cobrirão todo o empréstimo e ainda possuirão uma margem adicional.

3. São facilidades normais, deve estar tipificado se são ou não divulgadas e é possível que nunca o sejam. Só vendo. Mas se disse que são divulgadas são-no e se disser que não são, não são. Em todo o caso não terá existido tratamento diferenciado.

1- que são piores já toda a gente sabe, pois o BCE nem se quis meter nesta história. Agora QUAIS é que ninguém sabe, e obviamente as tuas presunções não passam disso mesmo, presunção. Até podem ter dado como garantia ativos que já serviam de garantia para outros credores. e depois? E se houvesse imcumprimento como era???

2- Bancos com dificuldades de liquidez devem ter acesso a este mecanismo, não bancos falidos. Até admito que se abra uma excepção, mas nunca de forma secreta, como aparentemente se tentou fazer.

3- "Em todo o caso não terá existido tratamento diferenciado." mais uma presunção tua. Não sabes se existe alguma regra que diga que deve ser público, não sabes se mesmo que estivesse tipificado o governador a cumpriu, e tb não sabes obviamente, se houve tratamento diferenciado - É uma completa viagem na maionaise este raciocício.

E encerro por aqui, estás a presumir mta coisa, e assim é impossível haver diálogo.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #110 em: 2014-08-13 18:14:19 »
1. Se quiseres saber quais, deve existir uma lista dos mesmos (tipos aceites) no BdP. Naturalmente serão unencumbered pelo que não terão servido de garantia para outros.

2. Não creio que tenha existido excepção, já no passado penso que o BCP tb usou desta facilidade, mas isto não é o meu campo (não se ganha nada a saber estas coisas) e não vou andar a escavar mais.

3. Podes ir procurar as regras ao BdP. Eu digo que não existiu tratamento diferenciado porque sei que estas entidades não o praticam e seguem as regras. Se tu fazes o claim extraordinário de que existiu tratamento diferenciado, então deverias ir escavar no website do BdP e prová-lo, mostrando as regras e o que ocorreu.

É normal presumir que as coisas funcionam como devem funcionar, e não tenho razões para acreditar noutra coisa. Se tu acreditas, deveria ser-te fácil de fazer o trabalho de mostrar as regras que efectivamente se aplicam, e como foram violadas. Tu estás a fazer o claim extraordinário de que essas regras de alguma forma foram quebradas, és tu que o tens que provar. Até ver, temos que presumir que as regras foram seguidas.
« Última modificação: 2014-08-13 18:14:58 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #111 em: 2014-08-13 18:30:42 »
Se o Min. Finanças é questionado pelos jornalistas para dizer quais foram as garantias, mas não diz nada, das três uma: ou algo estranho se passou que querem esconder, OU tem prazer em lançar a confusão sobre o destino dos dinheiros públicos - e neste caso é grave, pois não estão a ajudar à transparência das contas públicas OU são tão desorganizados que nem sabem bem o que se passou e ainda estão a tentar perceber.

Nenhuma é irrelevante.

"Questionado pelo PÚBLICO sobre esta matéria, o Ministério das Finanças não deu qualquer informação sobre a garantia eventualmente prestada pelo Estado a esta operação. O Banco de Portugal e o Banco Central Europeu não confirmam o empréstimo nem dão conta da forma como se terá processado uma eventual transferência do BES para o Novo Banco. Durante o dia de ontem, o Expresso noticiou que o empréstimo de emergência do banco central já tinha sido devolvido."
« Última modificação: 2014-08-13 18:31:50 por tote »

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #112 em: 2014-08-13 18:35:45 »
Podes ver as regras que foram aplicadas aqui:

https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/other/elaprocedures.en.pdf?e0e0688fa82a174563d3cc838d7f5de1

O BdP teve que pedir autorização prévia ao BCE, dado o montante.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #113 em: 2014-08-13 18:38:27 »
1. Se quiseres saber quais, deve existir uma lista dos mesmos (tipos aceites) no BdP. Naturalmente serão unencumbered pelo que não terão servido de garantia para outros.

2. Não creio que tenha existido excepção, já no passado penso que o BCP tb usou desta facilidade, mas isto não é o meu campo (não se ganha nada a saber estas coisas) e não vou andar a escavar mais.

3. Podes ir procurar as regras ao BdP. Eu digo que não existiu tratamento diferenciado porque sei que estas entidades não o praticam e seguem as regras. Se tu fazes o claim extraordinário de que existiu tratamento diferenciado, então deverias ir escavar no website do BdP e prová-lo, mostrando as regras e o que ocorreu.

É normal presumir que as coisas funcionam como devem funcionar, e não tenho razões para acreditar noutra coisa. Se tu acreditas, deveria ser-te fácil de fazer o trabalho de mostrar as regras que efectivamente se aplicam, e como foram violadas. Tu estás a fazer o claim extraordinário de que essas regras de alguma forma foram quebradas, és tu que o tens que provar. Até ver, temos que presumir que as regras foram seguidas.

Este teu pensamento aplicado ao Sócrates ficava giro  :D
Se disserem que foges ao fisco, tu mostras a declaração de IRS e provas. Acabou. Aqui, n aconteceu nada parecido. As pessoas querem saber que garantias foram dadas, e NINGUÉM explica quais foram. Simples. Com a agravante de estarmos a falar de dinheiro dos contribuintes. Quem não deve não teme!

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #114 em: 2014-08-13 18:39:47 »
Repara, se não fizer parte das regras tornar isso público, não se torna isso público. Ainda não vi em lugar nenhum que exista a exigência de se o publicitar. Aliás, parece ir contra os objectivos de estabilidade do sistema, publicitar que um banco está a fazer uso de facilidades de emergência, pelo que entende-se que não exista essa exigência.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #115 em: 2014-08-13 18:45:25 »
Podes ver as regras que foram aplicadas aqui:

https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/other/elaprocedures.en.pdf?e0e0688fa82a174563d3cc838d7f5de1

O BdP teve que pedir autorização prévia ao BCE, dado o montante.

Mas tu estás a brincar ? :D isso são as regras em geral.
Continuas sem fazer a MÍNIMA IDEIA de quais foram as garantias em concreto dadas pelo banco FALIDO - é isso que toda a gente quer saber - que garantias foram dadas por um banco insolvente e cheio de credores.
Mas deixa, em breve saberemos.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #116 em: 2014-08-13 18:47:25 »
Podemos não poder saber, e até já te expliquei porquê. É mesmo assim.

Resta o conforto de que sabes que foram exigidas garantias, e que estas tendem a exceder o montante financiado (pois sofrem haircuts consoante a qualidade).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tote

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1281
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #117 em: 2014-08-13 19:00:42 »
Podemos não poder saber, e até já te expliquei porquê. É mesmo assim.

Resta o conforto de que sabes que foram exigidas garantias, e que estas tendem a exceder o montante financiado (pois sofrem haircuts consoante a qualidade).

Resta o conforto de que saber que foram exigidas garantias,  ;D ;D ;D ;D ;D ;D

Que piadão!!! Tens jeito para o humor  :D

Definitivamente não percebeste a complexidade jurídica que podem ter essas garantias. O empréstimo até já foi devolvido, mas exijo saber que garantias foram essas.


Mystery

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1562
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #118 em: 2014-08-13 19:04:57 »
Podes ver as regras que foram aplicadas aqui:

https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/other/elaprocedures.en.pdf?e0e0688fa82a174563d3cc838d7f5de1

O BdP teve que pedir autorização prévia ao BCE, dado o montante.

Mas tu estás a brincar ? :D isso são as regras em geral.
Continuas sem fazer a MÍNIMA IDEIA de quais foram as garantias em concreto dadas pelo banco FALIDO - é isso que toda a gente quer saber - que garantias foram dadas por um banco insolvente e cheio de credores.
Mas deixa, em breve saberemos.

Assumindo que um banco insolvente e cheio de credores não tem garantias para dar, qual deveria ter sido então a solução mágina que o BdP deveria ter imposto?
A fool with a tool is still a fool.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #119 em: 2014-08-13 19:12:03 »
Podes ver as regras que foram aplicadas aqui:

https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/other/elaprocedures.en.pdf?e0e0688fa82a174563d3cc838d7f5de1

O BdP teve que pedir autorização prévia ao BCE, dado o montante.

Mas tu estás a brincar ? :D isso são as regras em geral.
Continuas sem fazer a MÍNIMA IDEIA de quais foram as garantias em concreto dadas pelo banco FALIDO - é isso que toda a gente quer saber - que garantias foram dadas por um banco insolvente e cheio de credores.
Mas deixa, em breve saberemos.

Assumindo que um banco insolvente e cheio de credores não tem garantias para dar, qual deveria ter sido então a solução mágina que o BdP deveria ter imposto?

Neste caso tinha garantias para dar, daí a solução ter sido aquela.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com