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Autor Tópico: Demissão do Governador do Banco de Portugal  (Lida 28235 vezes)

Incognitus

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #80 em: 2014-08-12 17:56:56 »
Vá lá, tote. Eu SEI a lógica subjacente a estes sistemas pelo que posso fazer afirmações com probabilidades muito elevadas de estarem correctas mesmo sem ver o source material. Portanto eu SABIA que era necessário colateral, embora ele possa ter menor qualidade do que o que é sujeito ao BCE.

http://dareconomics.wordpress.com/tag/emergency-liquidity-assistance/

http://uk.reuters.com/article/2013/03/21/uk-factbox-ecbs-emergency-idUKBRE92K0DT20130321

Citar
"ELA is an abbreviation of Emergency Liquidity Assistance, a Eurozone program that allows banks without eligible collateral for ECB loans to obtain loans from their own national central bank (NCB). Collateral deemed ineligible by the ECB may be pledged to the NCB in exchange for a loan instead."


Citar
The ECB defines ELA as support given by central banks in "exceptional circumstances and on a case-by-case basis to temporarily illiquid institutions and markets".It adds that the national central banks may provide ELA "against adequate collateral" and only to "illiquid but solvent" credit institutions.
« Última modificação: 2014-08-12 17:57:25 por Incognitus »
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tote

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #81 em: 2014-08-12 18:05:40 »
Vá lá, tote. Eu SEI a lógica subjacente a estes sistemas pelo que posso fazer afirmações com probabilidades muito elevadas de estarem correctas mesmo sem ver o source material. Portanto eu SABIA que era necessário colateral, embora ele possa ter menor qualidade do que o que é sujeito ao BCE.

http://dareconomics.wordpress.com/tag/emergency-liquidity-assistance/

http://uk.reuters.com/article/2013/03/21/uk-factbox-ecbs-emergency-idUKBRE92K0DT20130321

Citar
"ELA is an abbreviation of Emergency Liquidity Assistance, a Eurozone program that allows banks without eligible collateral for ECB loans to obtain loans from their own national central bank (NCB). Collateral deemed ineligible by the ECB may be pledged to the NCB in exchange for a loan instead."


Citar
The ECB defines ELA as support given by central banks in "exceptional circumstances and on a case-by-case basis to temporarily illiquid institutions and markets".It adds that the national central banks may provide ELA "against adequate collateral" and only to "illiquid but solvent" credit institutions.



Novamente falas apenas na TEORIA. Isso é tudo no papel.  As notícias até agora dão-nos outros dados.
Aliás, tem piada que na última citação mencionas "only to "illiquid but solvent" credit institutions." - Algo que me parece que o BES estava longe de o ser.

Então vamos lá ver, afinal que COLATERAL é? consegues dar um exemplo? É que estou curioso.

Incognitus

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #82 em: 2014-08-12 18:07:46 »
Colateral são activos, mas activos de qualidade que o BCE não aceitaria. Por exemplo, empréstimos habitacionais ou sobre empresas.

Não fui ver exactamente o que o BdP exigiria, mas é certo que exigiria algo (e até com alguma qualidade, ou seja, empréstimos à GES não seriam elegíveis).
« Última modificação: 2014-08-12 18:08:25 por Incognitus »
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #83 em: 2014-08-12 18:28:32 »
Colateral são activos, mas activos de qualidade que o BCE não aceitaria. Por exemplo, empréstimos habitacionais ou sobre empresas.

Não fui ver exactamente o que o BdP exigiria, mas é certo que exigiria algo (e até com alguma qualidade, ou seja, empréstimos à GES não seriam elegíveis).

O cenário é um banco falido com milhares de credores, pequenos e gigantes.

Quem me garante que esses "ativos bons" não eram já a garantia de outras entidades? Não sei se tens consciência, mas o mesmo bem pode ser dado como garantia várias vezes, mas quem se trama é sempre o 2,3, etc. da lista. Se os mesmos ativos já tinham sido dado como garantias o BdP corre sérios riscos de nunca ver o dinheiro (duvido que tenha preferência aqui).
O mais provável é que o credores institucionais já tivessem avançado há algumas semanas com ações de execução de TODOS os ativos bons do BES. Portanto, até podiam já estar penhorados - não se sabe. Mas iremos saber um dia.

mas imaginemos que que esses ativos são eficazes e servem como garantia para o BdP. Caso o BES (Banco Novo? - Se foi para o BES nem se entende que garantias decentes podem estar lá) n consiga pagar de volta o BdP vai ativar as garantias. Imaginemos que o incumprimento é total - 3,5 mil milhões. Significa que o valor que está atribuido ao banco vai descer teoricamente em 3,5 mil milhões - ou seja, abre-se um novo buraco de 3,5 mil milhões - quem o vai pagar? E depois como vão vender o banco por 4 mil milhões para reaver o dinheiro injetado lá? (já vamos em 4 mil + 3,5 = 7,5 mil milhões)




« Última modificação: 2014-08-12 18:30:59 por tote »

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #84 em: 2014-08-12 18:34:08 »
Colateral são activos, mas activos de qualidade que o BCE não aceitaria. Por exemplo, empréstimos habitacionais ou sobre empresas.

Não fui ver exactamente o que o BdP exigiria, mas é certo que exigiria algo (e até com alguma qualidade, ou seja, empréstimos à GES não seriam elegíveis).

O cenário é um banco falido com milhares de credores, pequenos e gigantes.

Quem me garante que esses "ativos bons" não eram já a garantia de outras entidades? Não sei se tens consciência, mas o mesmo bem pode ser dado como garantia várias vezes, mas quem se trama é sempre o 2,3, etc. da lista. Se os mesmos ativos já tinham sido dado como garantias o BdP corre sérios riscos de nunca ver o dinheiro (duvido que tenha preferência aqui).
O mais provável é que o credores institucionais já tivessem avançado há algumas semanas com ações de execução de TODOS os ativos bons do BES. Portanto, até podiam já estar penhorados - não se sabe. Mas iremos saber um dia.

mas imaginemos que que esses ativos são eficazes e servem como garantia para o BdP. Caso o BES (Banco Novo? - Se foi para o BES nem se entende que garantias decentes podem estar lá) n consiga pagar de volta o BdP vai ativar as garantias. Imaginemos que o incumprimento é total - 3,5 mil milhões. Significa que o valor que está atribuido ao banco vai descer teoricamente em 3,5 mil milhões - ou seja, abre-se um novo buraco de 3,5 mil milhões - quem o vai pagar? E depois como vão vender o banco por 4 mil milhões para reaver o dinheiro injetado lá? (já vamos em 4 mil + 3,5 = 7,5 mil milhões)

Se as garantias perderem valor funciona como uma conta margem e são exigidas mais garantias. Este tipo de garantias não foi prestado a outras entidades, são empréstimos que o BES fez e que assim se constituem como activos.

A haver alguma coisa que dê preocupações, este empréstimo não é uma delas. É um empréstimo normal numa situação destas, estranho seria se não o fizessem. É boa gestão, não má, ainda que necessariamente e mesmo com garantias possa existir algum risco.
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #85 em: 2014-08-12 18:38:34 »
Colateral são activos, mas activos de qualidade que o BCE não aceitaria. Por exemplo, empréstimos habitacionais ou sobre empresas.

Não fui ver exactamente o que o BdP exigiria, mas é certo que exigiria algo (e até com alguma qualidade, ou seja, empréstimos à GES não seriam elegíveis).

O cenário é um banco falido com milhares de credores, pequenos e gigantes.

Quem me garante que esses "ativos bons" não eram já a garantia de outras entidades? Não sei se tens consciência, mas o mesmo bem pode ser dado como garantia várias vezes, mas quem se trama é sempre o 2,3, etc. da lista. Se os mesmos ativos já tinham sido dado como garantias o BdP corre sérios riscos de nunca ver o dinheiro (duvido que tenha preferência aqui).
O mais provável é que o credores institucionais já tivessem avançado há algumas semanas com ações de execução de TODOS os ativos bons do BES. Portanto, até podiam já estar penhorados - não se sabe. Mas iremos saber um dia.

mas imaginemos que que esses ativos são eficazes e servem como garantia para o BdP. Caso o BES (Banco Novo? - Se foi para o BES nem se entende que garantias decentes podem estar lá) n consiga pagar de volta o BdP vai ativar as garantias. Imaginemos que o incumprimento é total - 3,5 mil milhões. Significa que o valor que está atribuido ao banco vai descer teoricamente em 3,5 mil milhões - ou seja, abre-se um novo buraco de 3,5 mil milhões - quem o vai pagar? E depois como vão vender o banco por 4 mil milhões para reaver o dinheiro injetado lá? (já vamos em 4 mil + 3,5 = 7,5 mil milhões)

Se as garantias perderem valor funciona como uma conta margem e são exigidas mais garantias. Este tipo de garantias não foi prestado a outras entidades, são empréstimos que o BES fez e que assim se constituem como activos.

A haver alguma coisa que dê preocupações, este empréstimo não é uma delas. É um empréstimo normal numa situação destas, estranho seria se não o fizessem. É boa gestão, não má, ainda que necessariamente e mesmo com garantias possa existir algum risco.

Este tipo de empréstimo é para bancos SOLVENTES, não insolventes - está na tua "definição".
E a confusão é tanta, que nem se percebe se foi ao BES ou ao Novo Banco - embora temporalmente, ainda nem existisse o Novo Banco. Se o empréstimo foi ao BES, então é que nem há qualquer dúvida sobre a INSOLVÊNCIA do banco, ou há? 

Eu vou esperar, pois acho que ainda vamos ter muitas surpresas  :D
« Última modificação: 2014-08-12 18:39:10 por tote »

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #86 em: 2014-08-12 18:44:01 »
...Ou então digam logo que estes 3,5 mil milhões é uma forma encapotada de pagar à malta que tem obrigações, etc. no Banco Novo - E quem vai pagar são os outros contribuintes que nada têm a ver com o BES/Banco Novo.

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #87 em: 2014-08-12 18:47:34 »
...Ou então digam logo que estes 3,5 mil milhões é uma forma encapotada de pagar à malta que tem obrigações, etc. no Banco Novo - E quem vai pagar são os outros contribuintes que nada têm a ver com o BES/Banco Novo.

tote, arranja outra coisa qualquer, este tipo de empréstimo é normal no funcionamento do sistema, ainda que para situações extremas. E é apoiado em garantias, e provavelmente mais sénior até do que as obrigações séniores (tendo em conta que tem garantias, acaba sempre por ser).
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #88 em: 2014-08-12 18:51:22 »
...Ou então digam logo que estes 3,5 mil milhões é uma forma encapotada de pagar à malta que tem obrigações, etc. no Banco Novo - E quem vai pagar são os outros contribuintes que nada têm a ver com o BES/Banco Novo.

tote, arranja outra coisa qualquer, este tipo de empréstimo é normal no funcionamento do sistema, ainda que para situações extremas. E é apoiado em garantias, e provavelmente mais sénior até do que as obrigações séniores (tendo em conta que tem garantias, acaba sempre por ser).

Este tipo de empréstimos de liquidez não é dado a banco insolventes - porque não comentas isto?

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #89 em: 2014-08-12 18:58:48 »
Insolvência is in the eye of the beholder.
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #90 em: 2014-08-12 19:12:23 »
Insolvência is in the eye of the beholder.

Estás a sugerir que o BES não é um banco insolvente? É tão pouco que o BCE nem quis nada com o empréstimo  :D

Este tipo de empréstimos de liquidez não é dado a banco insolventes - porque não comentas isto?

Sem rodeios, e sem macacadas.

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #91 em: 2014-08-12 19:18:25 »
Insolvência is in the eye of the beholder.

Estás a sugerir que o BES não é um banco insolvente? É tão pouco que o BCE nem quis nada com o empréstimo  :D

Este tipo de empréstimos de liquidez não é dado a banco insolventes - porque não comentas isto?

Sem rodeios, e sem macacadas.

Já estou cansado com este assunto onde claramente tu só procuras coisas para falar mal do BdP, ainda por cima por o homem que está à frente da coisa ser do PSD.

És muito pouco independente, tote, Nem se percebe como deixas que uma porcaria como a política guie assim tanto as tuas opiniões.

Eu já expliquei que o empréstimo é normal para a situação e possui garantias. Insolvente tecnicamente o BES não estava e na presença de liquidez como a desse empréstimo também não ficava. Se todas as imparidades fossem tomadas, porém, se calhar estava insolvente. Mas existe uma medida de arbitrariedade em atribuir este tipo de empréstimos, e se a sua atribuição evitar um estoiro imediato é normal o banco central utilizar deles. Mas como se viu, em vez de extenderem mais desse tipo de empréstimos procuraram uma solução mais duradoura, não tendo pejo em queimarem accionistas e obr subordinados.

O BdP esteve bem. Fez o que devia fazer. Cumpriu a sua função que é proteger depositantes e garantir a confiança no sistema, aceitando mesmo queimar os accionistas para isso e conseguindo assim que a situação não chegasse ao ponto de o Estado ter que assumir perdas para proteger depositantes (algo que aconteceu no BPN).
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #92 em: 2014-08-12 19:33:00 »
Insolvência is in the eye of the beholder.

Estás a sugerir que o BES não é um banco insolvente? É tão pouco que o BCE nem quis nada com o empréstimo  :D

Este tipo de empréstimos de liquidez não é dado a banco insolventes - porque não comentas isto?

Sem rodeios, e sem macacadas.

Já estou cansado com este assunto onde claramente tu só procuras coisas para falar mal do BdP, ainda por cima por o homem que está à frente da coisa ser do PSD.

És muito pouco independente, tote, Nem se percebe como deixas que uma porcaria como a política guie assim tanto as tuas opiniões.

Eu já expliquei que o empréstimo é normal para a situação e possui garantias. Insolvente tecnicamente o BES não estava e na presença de liquidez como a desse empréstimo também não ficava. Se todas as imparidades fossem tomadas, porém, se calhar estava insolvente. Mas existe uma medida de arbitrariedade em atribuir este tipo de empréstimos, e se a sua atribuição evitar um estoiro imediato é normal o banco central utilizar deles. Mas como se viu, em vez de extenderem mais desse tipo de empréstimos procuraram uma solução mais duradoura, não tendo pejo em queimarem accionistas e obr subordinados.

O BdP esteve bem. Fez o que devia fazer. Cumpriu a sua função que é proteger depositantes e garantir a confiança no sistema, aceitando mesmo queimar os accionistas para isso e conseguindo assim que a situação não chegasse ao ponto de o Estado ter que assumir perdas para proteger depositantes (algo que aconteceu no BPN).

O BES na prática estava insolvente. Não há volta a dar. O BCE não quis participar no empréstimo ao BES e percebe-se porquê - Elevado risco de nunca mais ver o dinheiro.

Quanto às garantias de que falas, aqui estaremos para ver como vão ser - Dos 3,5 mil e dos 4 mil milhões - LEMBRA-TE DESTA CONVERSA. 





vbm

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #93 em: 2014-08-12 19:34:34 »
[  ]
Este tipo de empréstimos de liquidez não é dado a banco insolventes - porque não comentas isto?
[  ]


Tecnicamente insolvente não estava. O activo excedia o passivo. E vai ser essa a linha de defesa do ex-banqueiro. Ficou foi com a liquidez cortada e sem acesso ao BCE por  a agência denotação de crédito canadiana ter baixado a graduação do BES para lixo, ferindo a possibilidade de o BCE continuar a apoiar o banco. No  entanto, esse dinheiro, cash, líquido, emprestado  pelo BdP, não desapareceu em nenhum sorvedouro de contas eclipsadas, está no circuito económico, quando muito noutros bancos da concorrência, e nem percebo como os bancos-da-resolução-da-falência andaram para aí a  berrar quando o certo é que deviam pagar um belo fee pela fatia de  mercado acrescida que lhes cai no regaço!
« Última modificação: 2014-08-12 19:38:18 por vbm »

tote

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #94 em: 2014-08-12 20:28:05 »
[  ]
Este tipo de empréstimos de liquidez não é dado a banco insolventes - porque não comentas isto?
[  ]


Tecnicamente insolvente não estava. O activo excedia o passivo. E vai ser essa a linha de defesa do ex-banqueiro. Ficou foi com a liquidez cortada e sem acesso ao BCE por  a agência denotação de crédito canadiana ter baixado a graduação do BES para lixo, ferindo a possibilidade de o BCE continuar a apoiar o banco. No  entanto, esse dinheiro, cash, líquido, emprestado  pelo BdP, não desapareceu em nenhum sorvedouro de contas eclipsadas, está no circuito económico, quando muito noutros bancos da concorrência, e nem percebo como os bancos-da-resolução-da-falência andaram para aí a  berrar quando o certo é que deviam pagar um belo fee pela fatia de  mercado acrescida que lhes cai no regaço!

A questão é que este tipo de empréstimos é para bancos com problemas temporários de liquidez e não para casos como o BES.  O Governador esteve mal, e pode ter colocado o dinheiro dos contribuintes em risco. veremos.

kitano

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #95 em: 2014-08-13 08:21:36 »
Tote, podes estar tranquilo.

Os 3500 já foram devolvidos.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

tote

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #96 em: 2014-08-13 12:07:36 »
Tote, podes estar tranquilo.

Os 3500 já foram devolvidos.

Ainda não sei em que data foi devolvido... estou curisoo para saber a data, e tb a justificação deste empréstimo e até que ponto houve risco de perder o dinheiro do empréstimo (dinheiro dos contribuintes em última instância)
E ainda, acho fantástico que se brinque com o dinheiro dos contribuintes desta forma - ninguém tinha falado sobre esta PEQUENINA operação de 3,5 mil milhões .... andamos a brincar?? E se acontecesse o pior? Como era?
E claro QUE GARANTIAS foram dadas em troca desse empréstimo?

Para bem do governador, espero que as garantias sejam suficientes, senão, rua!

Luisa Fernandes

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #97 em: 2014-08-13 12:21:02 »
Não há problema, foram apenas uns biliões de euros para os bancos & Companhia, Lda.
Se fosse apenas alguns milhões de euros para o "estado social", aí sim era um problema, era a falência do contribuinte.  :D

Ai risco sistémico ,,,risco sistémico...uma desgraça.
Quem não Offshora não mama...

Incognitus

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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #98 em: 2014-08-13 14:41:55 »
Não há problema, foram apenas uns biliões de euros para os bancos & Companhia, Lda.
Se fosse apenas alguns milhões de euros para o "estado social", aí sim era um problema, era a falência do contribuinte.  :D

Ai risco sistémico ,,,risco sistémico...uma desgraça.

Não pareces saber a diferença entre um empréstimo com garantias e um gasto.
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Re:Demissão do Governador do Banco de Portugal
« Responder #99 em: 2014-08-13 14:42:34 »
Tote, podes estar tranquilo.

Os 3500 já foram devolvidos.

Ainda não sei em que data foi devolvido... estou curisoo para saber a data, e tb a justificação deste empréstimo e até que ponto houve risco de perder o dinheiro do empréstimo (dinheiro dos contribuintes em última instância)
E ainda, acho fantástico que se brinque com o dinheiro dos contribuintes desta forma - ninguém tinha falado sobre esta PEQUENINA operação de 3,5 mil milhões .... andamos a brincar?? E se acontecesse o pior? Como era?
E claro QUE GARANTIAS foram dadas em troca desse empréstimo?

Para bem do governador, espero que as garantias sejam suficientes, senão, rua!

Foram-se, é mesmo assim que o sistema funciona, procura lá outra coisa qualquer que estar a criticar com esta é um bocado estúpido.
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