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Autor Tópico: Reforma do Estado  (Lida 29608 vezes)

Local

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Re:Reforma do Estado
« Responder #160 em: 2014-07-14 16:02:29 »
Uma coisa é garantida, o almoço está marcado. ;D
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

vbm

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Re:Reforma do Estado
« Responder #161 em: 2014-07-14 16:03:38 »
«Não há almoços grátis!» lol
« Última modificação: 2014-07-14 22:13:53 por vbm »

Tridion

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Re:Reforma do Estado
« Responder #162 em: 2014-07-14 21:57:05 »
Mek tens que mudar de Concelho...contudo pode ser que Bernardino melhore Loures  ;D
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Automek

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Re:Reforma do Estado
« Responder #163 em: 2014-07-14 22:51:06 »
Mek tens que mudar de Concelho...contudo pode ser que Bernardino melhore Loures  ;D
Tu já viste a ironia ? Logo eu a morar num concelho comunista  :D

Não acredito nestes tipos. Tenho uma série de ocorrências reportadas há meses no portal "A minha rua", coisas simples tipo buracos no pavimento, pedras soltas do passeio, sinais de trânsito derrubados, etc. e não acontece nada. Ou melhor, até acontece. Passadas várias semanas fecham a ocorrência e dizem que mandaram um oficio para a Junta de Freguesia no ambito do protocolo não-sei-quê. E, depois, claro que nada acontece

Ou então, como na semana passada, mandaram-me um email por causa dum buraco que reportei em Novembro de 2013 a dizer que se deslocaram lá e não encontraram nada (pudera, já alguém o reparou).  ::)

Também já experimentei reportar directamente para a Junta. Na primeira vez usei o email que está na página oficial da Junta.
Resposta automática: esse email foi desactivado. queira p.f. utilizar um dos novos emails (e depois uma lista).
Pelos vistos não ocorreu a ninguém que talvez fosse melhor alterar o email na página (eu próprio chamei-lhes a atenção mas há 2 meses que o email antigo continua lá).
Ah, e claro que mesmo reportando para a Junta também não acontece nada (para mim não acontecer nada é só passados 2 meses - antes disso nem considero que esteja em overdue  ;D).

É. por isso, que quando eu ouço o Local a falar na descentralização para as câmaras tenho de encolher os ombros.

vbm

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Re:Reforma do Estado
« Responder #164 em: 2014-07-14 23:03:43 »
É uma intolerável falta de civismo. Porque, realmente, proceder com tal desleixo só pode significar que a população não merece outro tratamento; e tomar consciência cívica de tal significado é, ou deveria ser, motivo suficiente para uma sublevação de desobediência  civil.

Automek

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Re:Reforma do Estado
« Responder #165 em: 2014-07-14 23:07:42 »
Eu preferia poder fazer uma desobediência fiscal. Isso sim...

Tridion

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Re:Reforma do Estado
« Responder #166 em: 2014-07-14 23:16:05 »
O mínimo que uma autárquica deve fazer é garantir que o básico seja assegurado.

 ‘A minha rua‘ é uma boa idea, é uma pena que os políticos não a entendam. Com a vigilância dos munícipes, muitas situações poderiam rapidamente ser corrigidas e deixar uma boa impressão juntos dos eleitores.

Olha mas nem tudo é mau, houve à pouco tempo a Festa do Caracol   ;D

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Mystery

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Re:Reforma do Estado
« Responder #167 em: 2014-07-15 09:17:45 »
Políticos, sindicalistas etc estão se a cagar para as pessoas, querem é saber da sua "carreira" e contas bancárias

Por exemplo soube a semana passada que a CML cedeu (com contrapartidas $$$$) uns terrenos baldios à REN para construir uma estação de muito alta tensão em lisboa, junto a uns bairros de populações menos favorecidas

Inclusivé os cabos subterrâneos (que emitem radiações a centenas de metros) vão passar por baixo de um dos bairros mais finos de lisboa e nem sequer precisam de dar cavaco aos residentes.

As juntas de freguesia não sabiam de nada até que um dos vereadores, com problemas de consciência por ter votado a favor, começou agora timidamente a colocar a boca no trombone.

Mas também não querem que se faça grande alarido porque alguns vereadores são socialistas :D
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Thunder

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Re:Reforma do Estado
« Responder #168 em: 2014-08-01 12:59:55 »
Uma das situações mais difíceis de acontecer (do meu ponto de vista) sem que seja a população a pressionar fortemente, mas que é essencial é limitar este tipo de circulação e conflito de interesses:

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=754906&tm=8&layout=121&visual=49

Retirado da notícia da RTP:

A autarquia iniciou há quatro anos a revisão do plano de pormenor daquela zona, que contemplava a viabilização e alargamento do Hospital da Luz, projetado pelo arquiteto Manuel Salgado, atual vereador da área do urbanismo, na Câmara Municipal de Lisboa. "Já em 2010 se falava na hipótese de encerrar o quartel dos bombeiros do Colombo", adiantou o presidente da associação nacional de bombeiros profissionais.
« Última modificação: 2014-08-01 13:00:34 por Thunder »
Nullius in Verba
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Luisa Fernandes

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Re:Reforma do Estado
« Responder #169 em: 2014-09-04 21:20:00 »
O debate em torno das funções do Estado na sociedade está há algum tempo inquinado e enviesado, pois uma facção aguerridamente militante optou de forma consciente por não querer ter em atenção qualquer argumentação contrária e por levar a sua agenda adiante, sejam quais forem as consequências, mesmo que se lhe sejam apontados erros de concepção, de metodologia ou se apresentem exemplos concretos do falhanço de experiências semelhantes. Foi assim que se passou a submeter uma lógica relacionada com a defesa do interesse público (noção que até pode ser menos fluida e relativa do que algum pretendem), que funcionava como referencial para o avanço do progresso em aspectos decisivos da vida social, económica e política, da maioria da população, a uma outra lógica, construída a partir de interesses de facção, destinada a servir esses mesmos interesses, alegadamente por obedecer a princípios mais eficazes de gestão financeira e defender uma alegada “liberdade” dos cidadãos para escolherem o que acham melhor para si.

Esta retórica demagógica baseia-se em pressupostos falsos, defende práticas de governação que desvirtuam qualquer noção de interesse público e, mais grave, limitam dramaticamente a liberdade de todos aqueles cidadãos que, num modelo competição e vitória dos mais fortes, se encontram numa situação de maior vulnerabilidade.
O que antes era um ideal que polarizava a acção dos poderes públicos – do Estado, se preferirmos essa formulação – tornou-se, no discurso de uma facção que equivocamente se afirma como “liberal”, um alegado obstáculo ao progresso da sociedade. O principal argumento adiantado é que um papel interventivo do Estado na sociedade, no sentido de fazer progredir os direitos laborais e sociais dos cidadãos e de facultar serviços públicos, numa lógica de universalidade e livre acesso, é algo que não tem racionalidade económica. O princípio usado para dar legitimidade teórica a esta posição, é que essa intervenção do Estado limita a “liberdade de escolha” dos cidadãos.

As áreas da intervenção pública em que a investida se fez sentir com maior intensidade na última década foram a Saúde e a Educação, com ataques sucessivos à existência de um sistema de saúde e uma rede pública de ensino, de acesso gratuito e universal. Esses ataques visaram aqueles que ao longo dos últimos séculos foram os maiores pilares da acção do Estado em defesa dos direitos de cidadania das populações, assegurando-lhes o acesso a serviços (públicos) que de outra forma a lógica privada do lucro nunca lhes garantiria.

No caso da Educação, esta facção decidiu identificar a defesa de uma rede de ensino pública universal, alargada a todo o território, com a defesa de interesses “corporativos” dos professores como se esse sistema não tivesse surgido, desde o século XIX, exactamente como uma das formas mais eficazes do Estado “liberal” (e burguês) assegurar a inclusão das populações, na sua pluralidade regional, cultural ou social, numa lógica “nacional” de integração, coesão e solidariedade.

Nas sociedades liberais ocidentais, um sistema universal de ensino surgiu como imperativo necessário para a coesão social e nacional, tanto quando foi criado a partir das comunidades locais, como quando se disseminou a partir de iniciativa do poder político central. Em qualquer dos casos, a lógica foi sempre a da universalidade do acesso e da gratuitidade do serviço. As escolas “públicas” não nasceram por pressão “corporativa” dos professores mas como condição necessária para o progresso da sociedade no seu todo. Assim como os hospitais e centros de saúde públicos não são uma criação “corporativa” de enfermeiros e médicos.

Mas mais grave do que ignorar a origem e lógica da existência de um serviço público de qualidade na Educação é considerar que ele limita a “liberdade” dos cidadãos. Muito pelo contrário, só a sua existência permite essa mesma “liberdade”. Sem uma rede pública de escolas com uma lógica nacional e de coesão e coerência territorial, sem cedências a particularismos locais ou a interesses de grupos de pressão, com acesso gratuito e universal, não existe “liberdade” para todos aqueles que não têm meios para ir em busca, algures, de serviços privados que praticam a selectividade no acesso, seja através de mecanismos exclusivos do ponto de vista religioso ou cultural, seja através de patamares de exigência financeira.

Fechar escolas do 1º ciclo aos milhares pelo interior do país ou concentrar a gestão das escolas de todos os ciclos de escolaridade em cada vez menos unidade com projectos distintos, é um ataque objectivo à pluralidade de respostas da rede pública de ensino e uma limitação do acesso dos cidadãos a um serviço público de qualidade e proximidade.

Se este modelo é caro?

Tudo depende do que entendamos ser o interesse de todos nós, enquanto sociedade, por oposição aos interesses particulares de grupos que defendem a “liberdade” numa lógica de a perverter por completo, pois a torna acessível apenas a uma minoria de privilegiados. E depende ainda das prioridades estabelecidas para a aplicação dos dinheiros públicos.

Que “liberdade” existe para quem deixa de ter uma escola do 1º ciclo na sua freguesia e que, em muitos casos, precisa de deslocar os seus filhos dezenas de quilómetros para frequentar uma escola integrada numa “unidade orgânica” de gestão que apaga qualquer possibilidade de diferenciação pedagógica? Que “liberdade” existe num país que, em nome do combate ao centralismo, promove centralidades locais e regionais que potenciam o total despovoamento do seu interior rural?

É “livre” a família que é obrigada a mudar de residência para conseguir ter um médico ou uma escola para os seus filhos? É “livre” quem não tem alternativas e sabe que a lógica da “racionalidade financeira” leva ao agravamento das clivagens sociais e económicas?

Ser “livre” é ter condições para escolher, com informação adequada e alternativas para colocar em prática a liberdade.

Não é isso que se pretende ao eliminarem-se serviços públicos universais e gratuitos ou ao limitar-se dramaticamente a sua capacidade de responder às necessidades da maioria dos cidadãos.

Paulo Guinote
« Última modificação: 2014-09-04 21:20:38 por Luisa Fernandes »
Quem não Offshora não mama...

Incognitus

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Re:Reforma do Estado
« Responder #170 em: 2014-09-05 18:36:52 »
Mistura vários assuntos de forma atabalhoada e sem qualquer tipo de argumentação lógica...
 
A liberdade de escolha poderia ser entre escolas privadas e públicas sem selectividade no acesso. E esse modelo até seria mais caro, por ser mais inclusivo que o presente.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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