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Autor Tópico: Reforma do Estado  (Lida 29622 vezes)

jeab

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Re:Reforma do Estado
« Responder #140 em: 2014-07-14 11:48:48 »
O caminho não é a descentralização pública mas sim a liberdade de escolha publico/privado.
Pouco importa que passem o centro de saúde para a câmara se eu continuo a ter de esperar 1 mês por uma consulta e não puder escolher qual o médico pelo qual pretendo ser consultado.
Tu tens muita fé de que uma câmara gere melhor do que uma direcção regional de saúde. Venha o diabo e escolha...  :)

Completamente de acordo. O Estado é mau gestor, além de servir para financiar os partidos.  O que será preciso é menos Estado. Eu trocaria a SS por um bom seguro de saúde e pagava menos do que desconto para a SS.
Há inúmeros exemplos em que o estado é melhor gestor que os privados. Até no caso em que referes, o SNS é dos melhores do mundo e apesar dos problemas financeiros actuais, continua a ter qualidade. Dizes que trocarias a SS por um bom seguro de saúde, mas deixa-me dizer-te que, pelos mesmos valores, apenas conseguirias um seguro que, quando realmente necessitasses, acabaria o plafon. E depois mandavam-te para o SNS sem apelo nem agravo. E caso tenhas uma situação de risco de vida, mandariam-te para as urgências de um hospital central ou regional.

Local, o SS está pervertido na sua essência . Quem não pode, está anos para ser operado ou arrancar um dente por um lado, por outro lado enches as urgências com situações que de facto não são urgentes.
Acredito que se a saúde fosse para as seguradoras e/ ou entidades particulares, tendo o Estado um papel regulador e fiscalizador (é esse o verdadeiro papel do Estado e não ser gestor) não aconteceria o que descreves e o serviço de saúde em Portugal melhoraria.
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

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Re:Reforma do Estado
« Responder #141 em: 2014-07-14 11:58:20 »
Posso-te dizer que a semana passada fui à urgência pediátrica de um hospital particular e demorei mais tempo a ser atendido e a ver resolvida a minha situação, do que se fosse ao hospital central.

A tua ideia é a seguida pelos EUA e posso-te garantir que, mesmo com seguros de saúde, podes ter que terminar tratamentos a meio por falta de plafon e nesse caso não tens outro tipo de serviço a que possas recorrer. Em Portugal tens sempre uma hipótese, não te deixam morrer à porta do hospital por falta de seguro de saúde. Claro que há maneiras de optimizar e melhorar o SNS, mas é claramente um melhor serviço que aquele prestado apenas por privados.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Incognitus

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Re:Reforma do Estado
« Responder #142 em: 2014-07-14 12:49:49 »
O serviço não tem que ser prestado necessariamente por privados ou pelo sector público. Poderia ser o Estado a pagar de forma (relativamente) simples, e o serviço acontecer onde a pessoa quisesse. Nem necessitava envolver seguros.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Zel

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Re:Reforma do Estado
« Responder #143 em: 2014-07-14 12:53:34 »
nao vale a pena tentar inventar a roda, ha varios paises europeus com sistemas mistos que funcionam bem e introduzem alguma disciplina de mercado em sistemas de acesso universal

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Re:Reforma do Estado
« Responder #144 em: 2014-07-14 13:15:15 »
Por isso digo, são as próprias populações a escolher o seu regime. Não há necessidade de ser a capital a ditar o que se passa nas outras regiões.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Automek

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Re:Reforma do Estado
« Responder #145 em: 2014-07-14 14:29:53 »
O fornecimento de bens públicos para pela descentralização. Esse é o caminho trilhado pelas economias mais desenvolvidas e o caminho trilhado pela UE. Ao existir descentralização até ser opção dos seus elementos passar pela liberdade de escolha publico/privado, cabe a eles escolherem o que mais lhes conviria.
Não adianta descentralizares se na essência os defeitos se mantêm: impossibilidade de contratar/despedir de acordo com o mérito, impedimento de escolha do melhor serviço, impedimento de falência dos ineficientes, etc.
Só muda a entidade gestora, tudo o resto é igual. Não há razões para acreditar que uma câmara pode fazer melhor do que uma direcção regional (com a diferença que deve haver uma dúzia de direcções regionais e passa a haver mais de 300 câmaras a gerir).

Auto, no centro de saúde não esperas 1 mês por uma consulta, tens a opção de ir às consultas abertas, que existem todos os dias.
Aí talvez, aqui garanto-te que não a não ser que vás para lá de madrugada. Pior que isso, o centro de saúde tinha urgências que fecharam quando abriram o hospital de Loures por isso se tiver alguma coisa simples tenho de ir ao hospital (e depois levar com o ministro a dizer que o pessoal recorre ao hospital com coisas da treta).

Automek

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Re:Reforma do Estado
« Responder #146 em: 2014-07-14 14:38:19 »
Há inúmeros exemplos em que o estado é melhor gestor que os privados. Até no caso em que referes, o SNS é dos melhores do mundo e apesar dos problemas financeiros actuais, continua a ter qualidade. Dizes que trocarias a SS por um bom seguro de saúde, mas deixa-me dizer-te que, pelos mesmos valores, apenas conseguirias um seguro que, quando realmente necessitasses, acabaria o plafon. E depois mandavam-te para o SNS sem apelo nem agravo. E caso tenhas uma situação de risco de vida, mandariam-te para as urgências de um hospital central ou regional.
Só é o melhor do mundo se o mundo começar em Marrocos, passar pela Ásia e terminar na america latina. Convinha situar o SNS no mundo desenvolvido, senão também somos dos países mais ricos do mundo quando comparados com os outro 190.

Quanto ao virem do privado para o público, o público não é gratuito.

Para ser comparável o estado tinha de considerar que a pessoa X precisa de 6 sessões de quimioterapia e custa-lhe Z e perguntar se algum privado tem interesse em fazer este tratamento por Z. Isso, sim, era igualdade. Agora dizer que os seguros de saúde não cobrem é evidente que não cobrem. Não recebem para cobrir, ao contrário do SNS que recebe para cobrir (o SNS é, na prática, um gigantesco seguro, que todos têm de comprar compulsivamente).

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Re:Reforma do Estado
« Responder #147 em: 2014-07-14 14:39:59 »
A gestão feita localmente é melhor que a feita centralmente. Serviços baseados em recursos humanos devem ser descentralizados, serviços baseados em capital devem ser centralizados. Essa é uma regra de boa gestão.

No meu centro de saúde o horário é o seguinte:  de 2ª a 6ª Feira   entre as 08:00 - 20:00

existem as urgências e as consultas abertas. Podem não existir vagas nas consultas abertas, mas nas urgências têm sempre atendimento (dentro dessas horas).

“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Reforma do Estado
« Responder #148 em: 2014-07-14 14:47:06 »
Sorte a tua  ;)
(eu já disse que em matéria de SNS a minha experiência é altamente negativa e o mesmo em relação à gestão camarária de Loures - possivelmente tenho um bias altamente negativo).

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Re:Reforma do Estado
« Responder #149 em: 2014-07-14 14:50:52 »
Há inúmeros exemplos em que o estado é melhor gestor que os privados. Até no caso em que referes, o SNS é dos melhores do mundo e apesar dos problemas financeiros actuais, continua a ter qualidade. Dizes que trocarias a SS por um bom seguro de saúde, mas deixa-me dizer-te que, pelos mesmos valores, apenas conseguirias um seguro que, quando realmente necessitasses, acabaria o plafon. E depois mandavam-te para o SNS sem apelo nem agravo. E caso tenhas uma situação de risco de vida, mandariam-te para as urgências de um hospital central ou regional.
Só é o melhor do mundo se o mundo começar em Marrocos, passar pela Ásia e terminar na america latina. Convinha situar o SNS no mundo desenvolvido, senão também somos dos países mais ricos do mundo quando comparados com os outro 190.

Quanto ao virem do privado para o público, o público não é gratuito.

Para ser comparável o estado tinha de considerar que a pessoa X precisa de 6 sessões de quimioterapia e custa-lhe Z e perguntar se algum privado tem interesse em fazer este tratamento por Z. Isso, sim, era igualdade. Agora dizer que os seguros de saúde não cobrem é evidente que não cobrem. Não recebem para cobrir, ao contrário do SNS que recebe para cobrir (o SNS é, na prática, um gigantesco seguro, que todos têm de comprar compulsivamente).
Comparando com o sistema dos EUA, que é o baseado nos seguros de saúde, temos um sistema melhor e mais eficiente. Não ficas sem tratamento se não tiveres seguro.
O sistema público é obrigado a ter o esquema montado, seja para tratar 1 pessoa, seja para tratar 1.000 pessoas. No sistema privado não é assim. E uma das estruturas mais pesadas e caras são as urgências, que os privados raramente têm condições de ter.
As obrigações são diferentes e por isso os custos também o são. Agora, era interessante comparar custos de funcionamento entre entidades públicas e privadas, para a mesma especialidade.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Reforma do Estado
« Responder #150 em: 2014-07-14 14:57:03 »
Sorte a tua  ;)
(eu já disse que em matéria de SNS a minha experiência é altamente negativa e o mesmo em relação à gestão camarária de Loures - possivelmente tenho um bias altamente negativo).
Eu tenho 2 experiências altamente negativas no SNS e duas altamente positivas no SNS. Tenho duas experiências altamente positivas no privado e uma francamente negativa.

Mas são muito poucas experiências para tirar uma conclusão geral. Por exemplo, comprei um Peugeot, que era uma maravilha. Por causa dele familiares compraram mais 3 peugeot's. Esses 3 foram entre ligeiramente maus a muito maus.

Sobre a gestão da câmara, até compreendo esse sentimento, mas se perguntar a um do Porto como sentiu a gestão do Rui Rio são capazes de dizer maravilhas. Em termos financeiros portou-se muito bem. Por isso é que deveriam ser as próprias populações a pagar os desvarios de quem votam. Por exemplo em Portimão as pessoas estão um bocado chateadas por terem que pagar o IMI à taxa máxima, porque o anterior executivo gastou à tripa forra.
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Re:Reforma do Estado
« Responder #151 em: 2014-07-14 15:01:14 »
Comparando com o sistema dos EUA, que é o baseado nos seguros de saúde, temos um sistema melhor e mais eficiente. Não ficas sem tratamento se não tiveres seguro.
Há um bias enorme nas discussões sobre saúde porque se vai logo buscar o caso dos EUA, como se este fosse remotamente comparável. Nos EUA (antes):
- Havia seguros privados limitados
- Não havia (basicamente) assistência pública

Em Portugal:
- Há seguros privados limitados
- Há assistência pública 'ilimitada'

Convém comparar minimamente comparáveis

O sistema público é obrigado a ter o esquema montado, seja para tratar 1 pessoa, seja para tratar 1.000 pessoas. No sistema privado não é assim. E uma das estruturas mais pesadas e caras são as urgências, que os privados raramente têm condições de ter.
Não têm condições para as ter mas nunca lhes foi perguntado se as queria ter mediante o custo de X, equivalente ao público. Como é que um hospital privado poderia concorrer com um hospital público se um tem recursos limitados e o outro tem os "clientes" e financiamento garantido ?

As obrigações são diferentes e por isso os custos também o são. Agora, era interessante comparar custos de funcionamento entre entidades públicas e privadas, para a mesma especialidade.
É irrelevante comparar. Basta financiar a pessoa e deixar o mercado decidir.

Zel

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Re:Reforma do Estado
« Responder #152 em: 2014-07-14 15:04:03 »
Há inúmeros exemplos em que o estado é melhor gestor que os privados. Até no caso em que referes, o SNS é dos melhores do mundo e apesar dos problemas financeiros actuais, continua a ter qualidade. Dizes que trocarias a SS por um bom seguro de saúde, mas deixa-me dizer-te que, pelos mesmos valores, apenas conseguirias um seguro que, quando realmente necessitasses, acabaria o plafon. E depois mandavam-te para o SNS sem apelo nem agravo. E caso tenhas uma situação de risco de vida, mandariam-te para as urgências de um hospital central ou regional.
Só é o melhor do mundo se o mundo começar em Marrocos, passar pela Ásia e terminar na america latina. Convinha situar o SNS no mundo desenvolvido, senão também somos dos países mais ricos do mundo quando comparados com os outro 190.

Quanto ao virem do privado para o público, o público não é gratuito.

Para ser comparável o estado tinha de considerar que a pessoa X precisa de 6 sessões de quimioterapia e custa-lhe Z e perguntar se algum privado tem interesse em fazer este tratamento por Z. Isso, sim, era igualdade. Agora dizer que os seguros de saúde não cobrem é evidente que não cobrem. Não recebem para cobrir, ao contrário do SNS que recebe para cobrir (o SNS é, na prática, um gigantesco seguro, que todos têm de comprar compulsivamente).
Comparando com o sistema dos EUA, que é o baseado nos seguros de saúde, temos um sistema melhor e mais eficiente. Não ficas sem tratamento se não tiveres seguro.
O sistema público é obrigado a ter o esquema montado, seja para tratar 1 pessoa, seja para tratar 1.000 pessoas. No sistema privado não é assim. E uma das estruturas mais pesadas e caras são as urgências, que os privados raramente têm condições de ter.
As obrigações são diferentes e por isso os custos também o são. Agora, era interessante comparar custos de funcionamento entre entidades públicas e privadas, para a mesma especialidade.

o sistema americano eh pouco eficiente mas ha outros sistemas, como o belga e o suico, que sao baseados em seguros de saude com caracteristicas hibridas e sao extremamente eficientes

Automek

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Re:Reforma do Estado
« Responder #153 em: 2014-07-14 15:04:28 »
Eu tenho 2 experiências altamente negativas no SNS e duas altamente positivas no SNS. Tenho duas experiências altamente positivas no privado e uma francamente negativa.

Mas há uma GRANDE diferença. Tens a opção de desistir e não pagar o privado mas não tens a opção de desistir e não pagar o público

Sobre a gestão da câmara, até compreendo esse sentimento, mas se perguntar a um do Porto como sentiu a gestão do Rui Rio são capazes de dizer maravilhas. Em termos financeiros portou-se muito bem. Por isso é que deveriam ser as próprias populações a pagar os desvarios de quem votam. Por exemplo em Portimão as pessoas estão um bocado chateadas por terem que pagar o IMI à taxa máxima, porque o anterior executivo gastou à tripa forra.
Admito que sim, que seja eu que tenha azar como SNS e com a câmara. A malta de Leiria não deve estar muito satisfeita por ter de abdicar de muita coisa devido às dividas do estádio.

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Re:Reforma do Estado
« Responder #154 em: 2014-07-14 15:17:29 »
O Jeab é que estava mais interessado num sistema baseado nos seguros e foi nesse sentido que foram os meus argumentos. Claro que há melhores sistemas que o português, mas o nosso até tem bons resultados.

Citar
Mas há uma GRANDE diferença. Tens a opção de desistir e não pagar o privado mas não tens a opção de desistir e não pagar o público
Essa opção é apenas teórica. Por acaso deixarias um tratamento de quimio a meio? pois... E não é por causa de um fdp que o resto do bom serviço fica em causa.
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Re:Reforma do Estado
« Responder #155 em: 2014-07-14 15:45:22 »
Essa opção é apenas teórica. Por acaso deixarias um tratamento de quimio a meio? pois... E não é por causa de um fdp que o resto do bom serviço fica em causa.
Claro que não mas tens a opção de mudar quando entenderes. Assumindo que no público te acontece o mesmo que ilustraste para o privado, não tens a possibilidade de mudar porque estás agarrado via impostos.

No fundo o SNS é uma espécie de EDP, com rendas garantidas, independentemente da qualidade do serviço.

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Re:Reforma do Estado
« Responder #156 em: 2014-07-14 15:47:40 »
sempre tens a possibilidade de pedir que o teu processo passe para outro hospital. Já tive um desses casos.
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Re:Reforma do Estado
« Responder #157 em: 2014-07-14 15:53:33 »
E também há a possibilidade de preferir ser sempre tratado no mesmo hospital,
naquele em que teve primeiro o processo (ou abcesso) aberto!

Automek

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Re:Reforma do Estado
« Responder #158 em: 2014-07-14 15:55:42 »
Outra coisa que toda a gente parece aceitar pacificamente é não poder escolher o médico. Imagine-se que eu ligava para o Hospital da Luz, pedia uma consulta com o Dr. X e de lá alguém dizia "Escolher ? Ahahahah, o senhor vem, paga e quem lhe escolhe o médico somos nós. E se não quiser problema seu". É basicamente isto que o SNS faz.

A questão do ser gratuito é outra falácia. Se o Local me levar a almoçar e pagar a conta  :D eu não vou dizer que aquela refeição foi gratuita. Na prática se eu for ao médico e não pagar (ou pagar apenas o custo parcial) é porque há alguém que, embora não esteja ali comigo, pagou a minha conta. A diferença é que o Local pode levar-me a almoçar onde achar que somos bem atendidos enquanto que eu, mesmo tendo alguém que me vai pagar a conta do hospital, não posso escolher onde vou.

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Re:Reforma do Estado
« Responder #159 em: 2014-07-14 16:02:04 »
Mas eu ressalvo que pode um cidadão ter sido tratado, e bem tratado, num hospital primeiro, que não escolheu, e a partir daí, com o seu processo médico lá aberto, é-lhe preferível continuar a ser por lá seguido e, julgo, pode solicita-lo e, creio, é atendido.