Um artigo da economist calcula que reforma levaria para casa um trabalhador que poupasse 5% do seu salário, durante 40 anos e aplicasse 60% em ações e 40% em obrigações.
Com um investimento tão persistente é fácil prever que o resultado seria bom...Nada mais errado! É ainda necessária sorte. Pelo menos, não ter azar.
Exemplos:
EUA: um trabalhador que se reformasse em finais de 99 poderia contar com uma reforma de >50% do ordenado mas em 2009 apenas 20%. O mínimo seria por volta de 1946: 17%
UK: finais dos anos 80: quase 70%; 2009 =32%. Mínimo = 13% por volta de 1950
Japão: final dos anos 80: 70%; agora: 9% (mínimo 2%, após a 2ª guerra mundial)
E ainda: The calculation probably exaggerates the share of final salary, as it does not allow for charges or the effect of post-retirement inflation, but what matters here is the variation.
Conclusão: mesmo a longo prazo, este tipo de investimento é extremamente arriscado. As coisas podem correr mesmo muito mal. Mas mesmo que corram normalmente, isso não é tão bom como se possa pensar:
"Suppose a worker invests $1 in an asset with an average return of 5% a year, subject to an average annual variation of 14%. The mean pension pot after 40 years would be $11. But that number is skewed by a few outcomes in which returns are exceptionally high. The median pot would be $7 and the most likely outcome, the mode, just $3.40."
O que fazer então para ter mais hipóteses de obter uma reforma decente?
Talvez diversificar mais investindo em mais países (embora exista uma correlação importante entre os mercados) e, parece o mais importante, variar a % que se investe em ações ao longo da vida, não só de acordo com a idade do investidor mas, principalmente, tendo em atenção o "preço" do mercado (por exemplo, tendo em conta os "cyclically adjusted price-earnings ratio").
Para quem quiser consultar o artigo referido:
http://www.economist.com/news/finance-and-economics/21602704-average-returns-investments-retirement-conceal-huge-variation-pensions-la