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Autor Tópico: Livros  (Lida 71190 vezes)

Counter Retail Trader

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Re: Livros
« Responder #100 em: 2016-06-24 19:29:01 »
Experimenta Ballester. É espanhol.

Acho que li a cronica do rei pasmado ha muito tempo, ha tanto que nem tenho a certeza.

Aconselhas algum ?  gosto de coisas relativamente dinamicas..

Smog

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Re: Livros
« Responder #101 em: 2016-06-24 19:36:53 »
Aconselho a trilogia " O prazer e as Sombras"
Depois, tens Clarice Lispector, outro género, brasileira. Também gosto de Virgílio Ferreira dentro do género das Reflexões. Depois tens os poemas de Alberto Caeiro, o meu predileto.
Se queres fantasia, tens Isabel Allende.
wild and free

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Re: Livros
« Responder #102 em: 2016-06-24 20:33:15 »
Aconselho a trilogia " O prazer e as Sombras"
Depois, tens Clarice Lispector, outro género, brasileira. Também gosto de Virgílio Ferreira dentro do género das Reflexões. Depois tens os poemas de Alberto Caeiro, o meu predileto.
Se queres fantasia, tens Isabel Allende.

Nao encontro essa triologia .

O restante nao é bem o meu gosto...  tirando policiais , tramas , thrillers  , historicos ,  poemas e reflexoes tem que ser coisas assim mais fortes e grotescas. Tipo Heiner Muller...

Nao sou muito de coisas fofinhas e sentimentais .

Atenção , nao sou uma besta , ate ja li o "contos de amor " do Herman hesse e ate gostei , isto ha muitos anos.... nao sei se voltaria a ler... ou a gostar.
« Última modificação: 2016-06-24 20:36:16 por Michael Burry »

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Re: Livros
« Responder #103 em: 2016-06-24 20:45:34 »
Dentes podres em Paris
Alguma coisa me consome
Fumo demais
Bebo demais
Morro de menos


A FELICIDADE DO MEDO


Às vezes entre a noite e a manhã
Vejo os cães rodearem-te
Cães com os dentes à mostra
E tu deitas as mãos às suas patas
E ris nos seus dentes
E eu acordo a transpirar de medo
E sei que te amo.





EU SOU O ANJO DO DESESPERO

Eu sou o anjo do desespero. Com as minhas mãos distribuo a embriaguez,
o atordoamento, o esquecimento, o prazer e o sofrimento dos corpos.
O meu discurso é o silêncio, o meu cântico o grito. Na sombra das minhas
asas habita o medo. A minha esperança é o último fôlego . A minha esperança
é a primeira batalha. Eu sou a faca com que o morto abre o seu caixão. Eu sou
o que há-de ser. O meu voo é a revolta, o meu céu o abismo de amanhã.
« Última modificação: 2016-06-24 20:50:02 por Michael Burry »

Smog

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wild and free

Smog

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Re: Livros
« Responder #105 em: 2016-06-24 21:04:37 »
Aconselho a trilogia " O prazer e as Sombras"
Depois, tens Clarice Lispector, outro género, brasileira. Também gosto de Virgílio Ferreira dentro do género das Reflexões. Depois tens os poemas de Alberto Caeiro, o meu predileto.
Se queres fantasia, tens Isabel Allende.

Nao encontro essa triologia .

O restante nao é bem o meu gosto...  tirando policiais , tramas , thrillers  , historicos ,  poemas e reflexoes tem que ser coisas assim mais fortes e grotescas. Tipo Heiner Muller...

Nao sou muito de coisas fofinhas e sentimentais .

Atenção , nao sou uma besta , ate ja li o "contos de amor " do Herman hesse e ate gostei , isto ha muitos anos.... nao sei se voltaria a ler... ou a gostar.

Os autores que citei não são fofinhos e sentimentais. nem sequer a Allende : Experimenta "os contos de Eva Luna" e logo vês...
wild and free

Counter Retail Trader

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Re: Livros
« Responder #106 em: 2016-06-24 21:23:27 »
Amanha nao consigo , mas domingo ou segunda passo pela fnac para desfolhar e ver se gosto.

O Sangue, o Vento, a Guerra e Outras Histórias
de Gonzalo Torrente Ballester

 "os contos de Eva Luna"  ----» acho que a minha mae leu esse , capaz de ter por casa. Posso desfolhar e ver se gosto.



Thunder

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Re: Livros
« Responder #107 em: 2016-06-27 10:34:42 »
Tenho reparado no seguinte: os últimos 4 ou 5 livros que li estão cheios de gralhas.
E ao nível da sintaxe há coisas estranhas, mas nisso não teimo porque sou um bocado "cepo" nessa área.

Acham que com o menor protagonismo (menor receita para as editoras??) que os livros têm actualmente, conjugado com um elevado número de obras a serem publicadas, que os processos de revisão estejam a ser mais "brandos"?
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Automek

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Re: Livros
« Responder #108 em: 2016-06-27 10:41:47 »
gralhas é uma coisa inaceitável com os correctores ortográficos. acabei de ler um livro publicado este ano em que as duas mais frequentes (portanto, mais do que uma vez) eram o "á" e o "inflacção". dessas lembro-me porque foram várias vezes.
eu compreendo que a parte gramatical seja difícil de corrigir, mas erros ortográficos não se admite.

Thunder

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Re: Livros
« Responder #109 em: 2016-08-17 11:47:26 »
Mas mesmo o uso do corrector não garante tudo. Há palavras que não estão mal escritas, mas que não fazem sentido nenhum naquele contexto.

Acabei um livro cheio de erros ... para meu espanto, outro da mesma editora em que já avancei umas 400 páginas, está impecável.
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vbm

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Re: Livros
« Responder #110 em: 2016-11-19 18:45:29 »
«Olhares sobre a desigualdade

Assim como o mandamento “não matar” põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer não a uma economia da exclusão e da desigualdade social. Não é possível que a morte por enregelamento de um idoso sem-abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa.  Isto é exclusão. Não  se pode tolerar mais o facto de se deitar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome.  Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência desta situação,  grandes massas da população vêem-se excluídas e marginalizadas:  sem trabalho,  sem perspectivas num beco sem saída.

Como todos  se recordam,  o texto com que abrimos este capítulo foi retirado da exortação apostólica Evangelii Gaudium, através da qual o Papa Francisco trouxe para o  centro do debate a questão da desigualdade, com rara felicidade e poder de síntese.»

Eduardo Paz Ferreira, Por uma sociedade decente,
Marcador  Editora, Lisboa, 2016, p.173

D. Antunes

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Re: Livros
« Responder #111 em: 2016-11-20 01:14:04 »
Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência desta situação,  grandes massas da população vêem-se excluídas e marginalizadas:  sem trabalho,  sem perspectivas num beco sem saída.

Falas da actualidade romantizando o passado. Nunca o nível de vida mundial, a esperança de vida e a educação foram tão elevados.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

vbm

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Re: Livros
« Responder #112 em: 2016-11-20 17:19:48 »
Falas da actualidade romantizando o passado. Nunca o nível de vida mundial,
a esperança de vida e a educação foram tão elevados.

No passado, grandes massas da população não se viam excluídas e marginalizadas,
nem estavam sem trabalho, ou num beco sem saída: simplesmente, não existiam;
ou não tinham nascido sequer, ou morriam pouco depois de nascer, raro morriam tarde.

Porém, todos que viviam incluíam-se na vida da sociedade,
não eram marginalizados, tinham trabalho,
perspectivavam o dia de amanhã
semelhante ao dia d'ontem.

D. Antunes

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Re: Livros
« Responder #113 em: 2016-11-20 21:39:17 »
Falas da actualidade romantizando o passado. Nunca o nível de vida mundial,
a esperança de vida e a educação foram tão elevados.

No passado, grandes massas da população não se viam excluídas e marginalizadas,
nem estavam sem trabalho, ou num beco sem saída: simplesmente, não existiam;
ou não tinham nascido sequer, ou morriam pouco depois de nascer, raro morriam tarde.

Porém, todos que viviam incluíam-se na vida da sociedade,
não eram marginalizados, tinham trabalho,
perspectivavam o dia de amanhã

semelhante ao dia d'ontem.

Estás a falar de antes do Adão comer a maçã. Ok.
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“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

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kitano

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Re: Livros
« Responder #114 em: 2016-11-20 21:43:53 »
hehe, nem sei de que país fala...

a falta de acessos que havia, a falta de redes mínimas de apoio social, falta de saneamento, fome, enfim...
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Automek

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Re: Livros
« Responder #115 em: 2016-11-20 21:58:09 »
Há um conjunto de escritores que vivem da pobreza, precisam que ela exista e, mesmo que não exista como eles a imaginam, romantizam-na e a comunicação social trata de propagar essas ideias. Este Eduardo Paz Ferreira é um deles, a quem se junta a Filomena Mónica, o Boaventura Sousa Santos, a Raquel Varela e outros tais.

São tipos habilidosos porque escolheram uma área que dará sempre para produzir trabalho literário. Os indicadores de pobreza das organizações mundiais são actualizados constantemente, pelo que a pobreza é um conceito dinâmico que nunca irá desaparecer. Hoje incluem máquina de lavar e telemóvel, amanhã incluirão outras coisas que hoje não existem ou são supérfluas.

A verdade é que a pobreza extrema no mundo, em termos absolutos, em número de pessoas e não em médias, está nos níveis mais baixos de sempre. Isto é factual, não obstante os romances desta rapaziada.

Além disso como em portugal não se pode falar de pobreza como no resto do mundo, fala-se em risco de pobreza. É outra habilidade dos artistas para manter a bola a rolar e os fundos para estes estudos a fluir.

Surpreende-me ser o vbm a falar assim porque certamente conheceu o que foi a vida em ditadura e no pós 25 de Abril.

D. Antunes

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Re: Livros
« Responder #116 em: 2016-11-20 22:02:21 »
Basta ler os clássicos do século XIX e início do século XX, dos países mais ricos do mundo (Inglaterra, França, Alemanha) para perceber que até pessoas com pequenos patrimónios próprios que tinham algum azar podiam cair na indigência a literalmente morrer de fome.
Lê (de acordo com o tópico em que estamos), por exemplo, Servidão humana, de Somerset Maugham e vê como o protagonista esteve à beira do precipício.



O pessoal tinha muitos filhos. A fome é que verdadeiramente limitava a população. A guerra matava, em média, menos. A doença apanhava mais os mal nutridos.
« Última modificação: 2016-11-20 22:03:29 por D. Antunes »
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
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“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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Jsebastião

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Re: Livros
« Responder #117 em: 2016-11-21 00:14:29 »
Alguém leu «O Livro Negro do Comunismo»?

Vou a aí a 1/4, e aquilo é um catálogo indiscritível e infinito de horrores, que supera largamente o pior que possamos imaginar. Ainda por cima quantifica tudo, como se estivesse (e está) a somar parcelas (neste caso vidas humanas perdidas) para chegar um "grand total murder sum".

Ainda estou na URSS estalinista, mas sei que a seguir vêm a China, o Camboja, o Vietname...
«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

«Name one thing that can't be negotiated...» - Walter "Heisenberg" White---Breaking Bad

vbm

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Re: Livros
« Responder #118 em: 2016-11-21 09:01:26 »
Estás a falar de antes do Adão comer a maçã. Ok.

Antes e depois da maçã! Lol

Post-scriptum: - A inclusão era um facto.
Os excluídos ou eram mortos ou escravizados.
Os escravos não tinham direitos, mesmo
que eventualmente fossem tratados
com humanidade.
« Última modificação: 2016-11-21 09:05:33 por vbm »

vbm

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Re: Livros
« Responder #119 em: 2016-11-21 09:08:53 »
hehe, nem sei de que país fala...

a falta de acessos que havia, a falta de redes mínimas de apoio social, falta de saneamento, fome, enfim...

Isso era comum a todos.

O miserabilismo era a regra.
Não havia excluídos; ou
todos o eram! Mesmo
os poderosos eram
umas bestas!