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Autor Tópico: A morte da moeda  (Lida 4424 vezes)

Kin2010

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A morte da moeda
« em: 2014-05-11 04:07:47 »
Entrevista a James Rickards.

Koos Jansen – Considera que haverá um colapso do sistema monetário global, acompanhado de caos social e problemas nos bancos face ao que os políticos não estão a fazer ou farão tarde demais?
James Rickards – O meu livro mais recente – The Death of Money – é, justamente, acerca da morte do dólar. Um colapso monetário global e o colapso do dólar são uma e a mesma coisa. O dólar é a chave do actual sistema, ora se o mundo deixar de ter confiança nessa chave, então, o sistema como o conhecemos entra em derrocada.
 Se ocorrerão distúrbios a acompanhar esse colapso? Bem, penso que eles já estão a acontecer. Veja-se a Ucrânia, a Crimeia. A China está a enviar navios para o largo das ilhas que disputa com o Japão. Podemos ver também tensões e conflitos associados à primavera árabe por causa disso. É inegável que há sinais preocupantes em diversas regiões. Considero que os políticos vão continuar a prosseguir políticas erradas, não julgo que façam as reformas e ajustes necessários: o desemprego continua alto, o crescimento continua anémico e o perigo de deflação está à espreita. Estes fenómenos potenciam a instabilidade social, as disparidades no rendimento e riqueza. Assistiremos ao agudizar destes problemas durante o definhar do sistema.
 Os bancos centrais e os governos já disseram que os maiores bancos e instituições finaceiras não podem cair. Isto impedirá, igualmente, que as correcções aconteçam. Quais são as consequências que conhecemos dessas decisões? Bom, isso convida a práticas irresponsáveis e a posturas parasitárias por parte dos banqueiros. Isso permite que eles cresçam e que destabilizem o sistema. Julgo que não veremos, para já, falências de grandes bancos, no entanto, quando o colapso acontecer alguns deles vão cair. É a própria política dos grandes demais para cair que conduz ao agravamento das disfunções no sistema e isso levará ao colapso.

KJ – Este colapso será mais severo que o anterior?
JR – O ponto que gostava de salientar, neste novo livro, é que o sistema monetário internacional já colapsou três vezes nos últimos cem anos. Em 1914, 1939 e 1971. E assim voltará a acontecer, não é nada de novo. E quando acontecer não será o fim do mundo. O que significa é que as grandes potências comerciais e financeiras se reúnem e procedem ao recomeço do sistema em novos moldes. Há, inclusive, um nome para isso: são as regras do jogo. Essa não é uma expressão cunhada por mim, ela já tem cem anos. Desse modo, as maiores potências vão reescrever as regras e o problema é o seguinte: na última crise, a FED inseriu liquidez no sistema. Dezenas de triliões de dólares em linhas de swaps foram estabelecidas entre a FED e o ECB, foram garantidos todos os depósitos, bem como os fundos nos EUA. Isso permitiu que as coisas não piorassem, mas a FED aumentou o seu balanço de 800 mil milhões para 4 triliões de dólares. Assistimos a uma crise de liquidez em 2008, mas não tivemos outra desde então. O que acontece se tivermos uma amanhã? A FED já não tem mais munições; eles não podem aumentar o balanço até aos 12 triliões de dólares.
 É por isso que considero que a próxima crise será maior do que a anterior e será maior do que a FED, pois eles já destruíram o seu balanço. A única hipótese que resta é o FMI.
KJ – Considera possível que os SDR´s venham a ser a nova moeda suportada pelo ouro, como é mencionado no livro de Willem Middelkoop “The Big Reset”? E será que as moedas nacionais vão flutuar em torno desses SDR´s?
JR – Sim, há essa possibilidade. O ouro e o petróleo terão preços em SDR´s. Estes serão utilizados para a balança de pagamentos entre países, a criação de reservas e, provavelmente, nas balanças financeiras das grandes empresas. Desse modo, a Siemens, a GM ou a IBM terão declarações financeiras denominadas em SDR´s, porque são empresas globais.
KJ – Mas os SDR´s serão suportados por uma paridade fixa?
JR – Pode ser e isso é que torna as coisas interessantes. Claro que os líderes globais não querem isso. O que eles querem é um SDR´s em papel para substituir o dólar em papel. A questão é esta: será que as pessoas vão alinhar nisso? Os nossos líderes poderão ter de voltar ao ouro, não por que o queiram, mas porque precisam de restabelecer a confiança. Das hipóteses que se seguem, uma acontecerá. O projecto dos SDR´s que vão substituir o dólar já está a ser desenvolvido. Se as elites tiverem tempo – e eles precisam de dez anos –, então, eles produzirão os SDR´s em papel. Se o colapso acontecer antes, então, eles terão de se virar para o ouro. Caso insistam nos SDR´s em papel é possível que tenham de recorrer à lei marcial ou a um neo-fascismo.
KJ – Está familiarizado com a tese “ouro livre” (freegold)?
JR – Conheço, mas não sou um especialista.
KJ – Aceita a interpretação dos fenómenos económicos elaborada pela Escola Austríaca?
JR – Na minha opinião, a Escola Austríaca tem muito a oferecer, mas não possui uma explicação completa das dinâmicas do mercado de capitais. Considero-me um teórico da Complexidade e é nesta perspectiva que compreendo o mercado de capitais. A teoria tem 55 anos como ciência e é complementar à teoria austríaca, porque concorda com Hayek de que o sistema económico possui demasiados agentes autónomos, com visões divergentes para poder ser gerido e planificado centralmente. Se Mises tivesse nascido 40 anos mais tarde, teria abraçado a teoria da Complexidade.
KJ – Se fosse presidente que sistema monetário implementaria?
JR – Sou favorável ao que chamo de “rei-dólar”. Sou um americano da velha escola. Não desejo necessariamente o padrão-ouro e não quero, seguramente, os SDR´s. O que quero é o dólar como moeda de referência. Julgo que a América tem o potencial de ser uma força para o bem no mundo e, por conseguinte, o dólar como moeda padrão seria uma coisa boa. O problema é que a administração americana não concorda com isto. Eles querem um dólar fraco, não um dólar forte.
Willem Middelkoop – É por isso que começou a escrever livros? Porque se cansou de ver o modo como o dólar é gerido?
JR – Absolutamente.
JK – Não acaba por ser insustentável que uma moeda nacional seja usada como moeda de reserva internacional?
JR – Não tem de ser, embora possa ser. É o dilema de Triffin. O que Triffin disse nos anos 60 era que, caso um país emita uma moeda internacional, então tem de ter um défice nas contas correntes, porque essa é a única forma de o resto do mundo obter moeda suficiente para financiar o comércio mundial. Mas se um país mantiver défices durante muito tempo, irá à falência. Ora, após cinquenta anos, os EUA estão falidos.
 Há, todavia, otro caminho: o do crescimento real sem impressão ou criação de moeda. O que há de mal com a estabilidade de preços? Porque temos de ter inflação? Deixem as pessoas ganhar os seus dólares, ou deixem os EUA manter o valor da sua moeda através de educação, inovação, crescimento, produtividade, boas políticas públicas, uma leve carga fiscal e um bom ambiente para os negócios. Estas são as maneiras de potenciar o verdadeiro crescimento, não a criação de moeda. E a resposta é crescimento verdadeiro.
KJ - Se o mundo deixar de ter confiança no dólar, será que Janet Yellen será forçada a aumentar as taxas de juro, como Paul Volcker fez nos anos 80?
JR – O problema é: como é que se aumentam taxas de juro quando estão 50 milhões de americanos nos programas sociais de senhas de comida (food stamps), 26 milhões de desempregados, 11 milhões de incapacitados permanentes. O meu ponto é o seguinte: dados os sinais graves de fraqueza económica, dados os impulsos deflacionários, dado o desemprego, como é que se podem aumentar taxas de juro? Seja como for, o mercado vai acabar por impulsionar esse aumento nos juros, de uma maneira que a FED não poderá controlar. Nesse momento, quem sabe, podemos assistir à reestruturação da dívida no mercado obrigacionista.
KJ – Mais programas de estímulos (QE)?
JR – Mais estímulos e a FED pode intensificar a repressão financeira. Porque é que os juros não subiram até aqui? Por causa dessa repressão fianceira. Se houver uma perda de confiança e o mercado fizer subir as taxas, a FED vai optar pela repressão, criando moeda. O que acentuará a erosão da confiança. Isso terá visibilidade no mercado de transacções internacional, terá visibilidade no preço do ouro e nas taxas de juro.
 Muitas destas coisas acontecerão rapidamente, não se desenvolvem num só dia, mas podemos antecipar que algo vai acontecer quando o preço do ouro tiver oscilações na ordem dos cem dólares por dia. Vamos ouvir as pessoas dizer que é uma bolha, mas não é, claramente, uma bolha. Antes, representa um sinal de pânico. De seguida, podemos assistir a subidas de 500 dólares por dia. Repare que me refiro ao preço do ouro. Para mim, o ouro é uma constante. O preço do ouro é apenas o inverso do valor do dólar. Se o ouro sobe, o que se passa é que o dólar está a definhar. Se assistirmos a um salto importante no preço do ouro, o que isso nos diz é que o dólar está em declínio. Mesmo que a FED esteja a reprimir as taxas de juro, o ouro dirá quando o dólar vai estourar.
WM – É por isso que o preço do ouro tem de ser controlado.
JR – Sim, mas importa dizer algumas coisas acerca disso. A FED, neste momento, até quer o preço do ouro mais elevado. Não esqueçamos que, presentemente, o problema é a deflação, não a inflação. A FED quer inflação, ainda que controlada, mas não a consegue ter. Como é que se obtém inflação? Têm de se mudar as expectativas. Assim, permitir a subida do preço do ouro pode ajudar a aumentar essas expectativas quanto à inflação: estimula-se o consumo e o crédito. É isso que a Fed quer. Onde eles se enganaram é que pensaram que podem controlar as coisas com precisão. Foi o que fizeram em 2011 quando o ouro subiu aos 1900 dólares/oz. A FED temeu que chegasse aos 2000 dólares, que é uma importante barreira psicológica, e tiveram de intervir. Neste momento estou em crer que a FED não está a fazer o que quer que seja para suprimir o preço do ouro. A China, por seu lado, pode estar.
KJ – Esteve a China por detrás do declínio orquestrado do ouro em Abril de 2013? Ou foi uma colaboração entre a China e os EUA? Terá sido possível o seguinte cenário: a China apoia o dólar e, em troca, pode comprar ouro físico a preços incrivelmente baixos?
JR – Deixe-me dizer-lhe o que eu sei e o que não sei. Quando se é detective e se procura um criminoso, procura-se o motivo. Por isso, quem beneficiou com a queda do preço? A China – eles são provavelmente a parte interessada.
 Tenho conhecimento seguro de que o SAFE – fundo de investimento que gere as reservas em nome do banco central chinês (PBOC) – comprou 600 toneladas de ouro físico entre Jubho e Julho de 2013. Sei disto através da Perth Mint (refinaria australiana – nt) e de alguns revendedores chineses. Neste momento o ouro está no balanço do SAFE, mas pode ser transferido para o balanço do banco central, como aconteceu em 2009.
 Não posso afirmar que tenha sido a China a causar a queda no preço, ainda que suspeite disso. Todavia, tenho a certeza de que beneficiou disso. E continua a beneficiar da continuação deste preço baixo, porque quer comprar mais. Eles sabem que haverá inflação nos EUA e querem protecção face a esse risco. Essa é uma das razões por que estão a comprar ouro físico. A ideia de um renminbi ser apoiado em ouro, na minha opinião, não faz sentido.
 A China tem 4 triliões de dólares em reservas, pelo que a sua preferência é um dólar estável. Se os EUA desvalorizarem o dólar em 10% isso representaria uma transferência de riqueza de 400 mil milhões de dólares da China para os EUA. A cobertura para esse risco é o ouro, se o dólar cair, o ouro vai subir.
KJ – A China sabe que os EUA precisam de desvalorizar o dólar?
JR – Correcto.
KJ – O SAFE compra o seu ouro através da plataforma de compras de Xangai?
JR – Eles têm vários meios.
KJ – Como será o poder distribuído na Ásia depois da reorganização monetária?
JR – Será baseado no ouro. Muitos analistas compreendem o ouro como uma parte importante das reservas, o que penso ser irrelevante. Nos EUA, o ouro representa 70% das reservas, mas os EUA podem imprimir moeda e não precisam de euros ou francos suíços. Uma outra forma de entender isto é comparar a quantidade de ouro face à dimensão da economia em termos de PIB. A Rússia está a par com os EUA. A China precisa de, pelo menos, 4500 toneladas para alcançar a paridade com os EUA.
 No sexto capítulo do meu novo livro, escrevo acerca da Organização de Cooperação de Xangai. Não é bem um tratado, mas um conjunto de procedimentos para a cooperação entre países em toda a Ásia. Este é o primeiro lugar para se estabelecer a cooperação entre a Rússia e a China e a determinação da sua oposição conjunta face a Washington. Eventualmente, teremos dois impérios na Ásia. Por um lado, teremos a Rússia, a Europa de Leste e a Ásia Central. A China terá outro império que se estenderá pelo continente e a sua periferia.
KJ – Todas as exportações de ouro para a China são em barras de 1 quilo e pureza 9999. Os estados do Golfo estão a refinar as suas barras de 400 onças LGD (London Good Delivery) para as transformar em barras de 1 quilo e pureza 9999, igualmente. O que pensa disto?
JR – Do meu ponto de vista, essas especificações serão o novo padrão para entregas internacionais. Vamos olhar para trás, daqui a uns anos, e vamos estranhar a escolha das barras de 400 onças (12, 440 gramas). A história dessa opção é interessante. Essas barras foram feitas propositadamente para que o indivíduo comum não as pudesse ter – foram feitas a pensar nos bancos centrais e em indivíduos muito ricos. Em 1910, as pessoas pagavam bens e serviços em moedas de ouro e os bancos centrais quiseram, a pouco e pouco, acabar com as moedas de ouro, levando as pessoas a favorecer os certificados em papel. O que deu aos bancos centrais muita flexibilidade.
KJ – Será que o banco central alemão conseguirá reaver o ouro que tem nos EUA?
JR – O que muitas pessoas parecem não entender é que o banco central alemão não quer o seu ouro de volta. A razão pela qual os alemães o querem em Nova Iorque é poderem participar na manipulação do preço. Não esqueçamos que Londres e Nova Iorque são os mercados para o empréstimo e hipoteca internacional do ouro, Francoforte não. Por cada tonelada que se retire de Nova Iorque, há 10 toneladas de oferta sintética (em papel, em contratos de futuros – nt) que é necessário saldar. É por isso que eles vão levar oito anos para efectuar esse repatriamento e estão a fazê-lo em tranches. Não há muito empréstimo desta natureza na China. Os bancos centrais são capazes de suprimir o preço do ouro através dessas operações hipotecárias em Nova Iorque. Por exemplo, o SAFE pode pedir à JPMorgan que hipoteque algum do seu ouro, que está parcialmente guardado em Nova Iorque.
KJ – Estará a NSA envolvida em guerrilha financeira?
JR – Que eu saiba, não.
WM – Conheço alguns americanos abastados que estão a tomar medidas – obtenção de segundo passaporte e a movimentar o dinheiro para o estrangeiro. Vê o mesmo fenómeno?
JR – Sim, muitas vezes. Há multimilionários que estão a construir cofres nas suas propriedades, porque não confiam noutros destinos para as suas fortunas.
WM – O que é que isso lhe diz?
JR – Diz-me que estão a ver o que eu vejo, mas não estão dispostos a falar sobre isso. Estão a preparar-se para o que aí vem. Mas, para já, tiram proveito da actual situação.
WM – Que parte das suas actividades mais aprecia?
JR – Escrever. Por isso, escrevi dois livros e estou a começar o terceiro. Será, talvez, uma série de quatro livros. Veremos.
KJ – Aguardemos pelos livros, então. Muito obrigado pela entrevista.

purehawk

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Re: "Stealth Viagroom"
« Responder #1 em: 2014-06-03 22:23:26 »
Obama pede que aliados europeus aumentem despesas militares
Terça-feira, 3 de Junho de 2014 - 14h59 - Atualizada hoje às 15h03

O presidente norte-americano, Barack Obama, pediu hoje (3) que os aliados europeus aumentem as despesas militares, após encontro com o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, na capital do país, Varsóvia.
“Vemos um decréscimo contínuo. Isso deve mudar”, disse o chefe de Estado norte-americano na capital polaca, lamentando os cortes aplicados na Europa na despesa militar devido à crise econômica.

Obama disse que, salvo algumas exceções, como a Polônia, os países europeus não têm feito a sua parte do trabalho no seio da aliança, o que ficou exposto na crise ucraniana.
“Querem ser membros plenos quando se trata da sua defesa, o que significa que também têm de ser [membros plenos] quando é preciso contribuir. É uma questão inseparável”, explicou Obama, em entrevista.
Ele lembrou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi a “pedra fundamental” da segurança dos Estados Unidos, mas que o país não pode fazer isso sozinho.
“Temos de assegurar que todos que são membros plenos da Otan têm uma associação de forma plena”, acrescentou.

Obama falou durante entrevista conjunta com o presidente Komorowski, que anunciou nesta terça-feira que, dada a nova situação em matéria de segurança após a anexação da República Autônoma da Crimeia pela Rússia, o governo de Varsóvia decidiu aumentar as despesas de defesa de 1,95% do Produto Interno Bruto para 2%.
O líder norte-americano iniciou hoje na Polônia uma visita pela Europa. Ele passará também pela Bélgica e pela França.

http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2014/06/03/obama-pede-que-aliados-europeus-aumentem-despesas-militares/




General chinês diz que EUA sofrem de «disfunção eréctil»
Publicado Terça-feira, 3 de Junho de 2014 - 12h20

O general chinês Zhu Chenghu afirmou que poderio militar americano sofre hoje em dia de «disfunção eréctil», citando a situação da Ucrânia.
Zhu Chenghu falava sobre o considerou a evidente «falta de capacidade» dos Estados Unidos para, no presentem, participar em operações militares.
E com o caso da Ucrânia bem presente, Zhu Chenghu considerou que a capacidade militar norte-americana sofre hoje em dia de «disfunção eréctil». 
Declarações feitas num Fórum sobre questões de segurança, realizado em Singapura, que ficou marcado pelas acesas trocas de palavras entre responsáveis americanos e chineses. 
O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, acusou Pequim de «ações desestabilizadoras e unilaterais» na região. 

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=3951082




Um dia destes os EUA anunciam uma nova arma em resposta às provocações do general chinês Zhu Chenghu: o "Stealth Viagroom"

     ;D

hermes

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Re:A morte da moeda
« Responder #2 em: 2014-06-04 09:46:47 »
Alguém ainda não avisou o Barraca Abana que quem não tem dinheiro não tem vícios? :D
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vbm

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Re:A morte da moeda
« Responder #3 em: 2014-06-04 12:22:41 »
Tenho de ler o artigo.

É importante que ele banalize
o colapso porque de facto
não será a primeira vez.

E quanto aos EUA não terem
dinheiro, convém não esquecer
que ainda têm armas e
a 'disfunção eréctil'
resolve-se bem!

:)

vbm

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Re:A morte da moeda
« Responder #4 em: 2014-06-04 21:22:10 »
Difícil ponderar e extrair um caminho por onde as coisas decorrerão. Será que a estratégia do ouro como sustentáculo das trocas, da reserva de valor e unidade de conta continuará tão determinante como no tempo histórico? E os direitos de saque especiais do FMI (SDR, Special Drawing Rigths) porque não hão-de ser tão aceites quanto o dólar foi até agora? Gostava de saber mais desta matéria e também do pensamento do von Mises, mas não sei, de facto. No entanto, o que me parece bem sadio é o sistema de economia passar a estimular-se sim na criatividade e produtividade dos agentes económicos da produção e distribuição de bens, só emprestarem dinheiro a quem for confiável de produzir valor real, e sanear com adequadas menos-valias todas as bolhas especulativas a que nada inovatório corresponde.

Luso11

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Re:A morte da moeda
« Responder #5 em: 2014-06-04 21:34:16 »

Papel moeda é coisa não falta ao Barraca Abana, eles printam com fartura e distribuem o cacau sem cerimónias ... tem lá a Amiga Lena e ela manda ligar as impressoras que é uma maravilha ( pode é faltar a tinta )

Um dia de cada vez ....
 

Mystery

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Re:A morte da moeda
« Responder #6 em: 2014-06-05 01:14:34 »
Penso que o onshoring da industria norte-americana e a redução do défice energético serão factores com mais influência no dólar que a "necessidade de desvalorizar o USD".
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hermes

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Re:A morte da moeda
« Responder #7 em: 2014-06-05 10:00:03 »
Mystery, pelo que tens andado a escrever, estou convencido que tens razão na primeira tese. A segunda, nem por isso, já que a alegada abundância energética americana afinal revelou-se um: vai ser tão bom, não foi? Já para não falar que a primeira tese atenta contra a segunda.
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JoaoAP

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Re:A morte da moeda
« Responder #8 em: 2014-06-05 11:06:43 »
Armstrong
Acho que este artigo responde e manda mais achas para a fogueira...
O Dólar, sem dúvida, não vai desaparecer assim "por dá a aquela palha". Há imensos factores envolvidos e nós (eu) só nos lembramos de alguns...

Aliás, noutro local, é interessante notar que o dólar tem sido a única moeda... em quantos anos... que não faz mudanças de vulto nas notas ... como nós a UK etc... a qq altura lá se muda a nota desta por esta etc...
Citar
Will The Petrodollar Die?

There has been a prevailing piece of propaganda used by the dollar-haters to support this idea that the dollar is really the Petrodollar and that the move in the Middle East to create a single currency like the Euro and the Russia-China energy deal will make the yuan soar and the dollar collapse are just not reality. These “theories” (if not prayers) focus everything upon fuel as if this were the lion-share of world trade and the ONLY reason the dollar survives. This maybe suitable for a James Bond movie plot, but the numbers just do not support it.


Even if we look at the fuel trade compared to manufactures goods, fuels are just 29% of that number – $3,374,854,000,000  for fuels and $11,489,647,000,000 for manufactured goods. (see trade by sector). Nonetheless, total world trade that includes services such as money flows (investment banking) is rising since 2007 as a percent of total World GDP because the global economy is shrinking. This is causing world capital flows for trade in energy, merchandise, and investment to rise in proportion of importance as domestic GDP declines in the ensuing world economy recession that began in 2007.15. This sets the stage for the next age of protectionism.

Our preliminary figures show total flows of capital for these three categories is about 60% of World GDP. Consequently, this theory of the Petrodollar is just another exaggeration of those who pray for the demise of the dollar every night without contemplating what that really means.


The strength of the dollar is NOT trade. The dollar is the only currency not to default or be cancelled regularly to prevent people from hiding cash – a favorite European trick. These 1861 Demand Notes, the first paper currency issued by the Federal government post-American Revolution, are still legal tender and you can spend them if you are crazy enough to do that. It is the capacity of the dollar to provide the parking spot for world capital that is its strength. It does not matter if the Middle East creates a single currency, they lack the capacity to absorb those funds and still will need to invest and park in dollars. The same is true for the Russia-China trade deal. Even if all of Asia used the yuan for trade, they still have to park their funds in dollars. China lacks a mature investment capital base at this time.

Those who pray at the foot of their bed every night for the demise of the dollar have no understanding of what they are praying for. The destruction of the dollar with no viable replacement at this time would be so catastrophic for all pensions would be void, civil unrest and civil war will ensure that blood flows down the streets, and not even gold would have any value for then you move to the final stage – a Dark Age where only food has value.



« Última modificação: 2014-06-05 11:07:41 por JoaoAP »

hermes

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Re:A morte da moeda
« Responder #9 em: 2014-06-05 11:40:00 »
O dólar não vai desaparecer, o que vai desaparecer é este dólar, que será substituído por outro com o mesmo nome após a amputação de uma série de zeros à direita, a fim de induzir a ilusão de perenidade da moeda aos papalvos. :D

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Incognitus

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Re:A morte da moeda
« Responder #10 em: 2014-06-05 12:01:56 »
Mystery, pelo que tens andado a escrever, estou convencido que tens razão na primeira tese. A segunda, nem por isso, já que a alegada abundância energética americana afinal revelou-se um: vai ser tão bom, não foi? Já para não falar que a primeira tese atenta contra a segunda.


O shale ainda pode ser um flop, mas para já não se pode dizer que o tenha sido ... a produção de petróleo nos EUA vai a caminho de DOBRAR dos mínimos (e já fez mais de 60% desse caminho, o gráfico é enganador quanto ao presente porque a linha está em 2012, neste momento já estamos nos 8.4 milhões de barris por dia) ...
« Última modificação: 2014-06-05 12:04:05 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Mystery

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Re:A morte da moeda
« Responder #11 em: 2014-06-05 23:34:24 »
Mystery, pelo que tens andado a escrever, estou convencido que tens razão na primeira tese. A segunda, nem por isso, já que a alegada abundância energética americana afinal revelou-se um: vai ser tão bom, não foi? Já para não falar que a primeira tese atenta contra a segunda.


ainda assim o diferencial de preço vs europa/ásia é muito favorável à industria norte-americana
A fool with a tool is still a fool.

hermes

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Re:A morte da moeda
« Responder #12 em: 2014-06-06 10:21:31 »
ainda assim o diferencial de preço vs europa/ásia é muito favorável à industria norte-americana

Sim, tens razão, isso é um bom ponto.
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vbm

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Re:A morte da moeda
« Responder #13 em: 2014-06-06 12:30:24 »
Todo o ramo de indústria?
A alemã não é superior em nenhum ramo?
E no alimentar? A praga de obesos n'América é uma catástrofe!

Mystery

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Re:A morte da moeda
« Responder #14 em: 2014-06-07 01:38:49 »
Todo o ramo de indústria?
A alemã não é superior em nenhum ramo?
E no alimentar? A praga de obesos n'América é uma catástrofe!

estamos a falar de custos de produção
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vbm

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Re:A morte da moeda
« Responder #15 em: 2014-06-07 03:28:58 »
Eu também. Custo/qualidade, bien entendu.
E os custos do alimentar n'América devem ser elevados
e os da química na Alemanha, dos mais económicos!
Mas claro, é o que suponho, não o que sei.

Kin2010

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Re:A morte da moeda
« Responder #16 em: 2014-06-07 23:21:53 »
Já li que o shale não é assim tão promissor como isso. As reservas em shale são limitadas e, além disso, os locais onde é mais barato extrair ficam depletos muito depressa, implicando custos crescentes para um mesmo depósito continuar com a mesma produção.

Incognitus

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Re:A morte da moeda
« Responder #17 em: 2014-06-07 23:53:54 »
Já li que o shale não é assim tão promissor como isso. As reservas em shale são limitadas e, além disso, os locais onde é mais barato extrair ficam depletos muito depressa, implicando custos crescentes para um mesmo depósito continuar com a mesma produção.

É possível que ainda venha a ser um flop, mas para já tem permitido aumentar a produção a uma velocidade incrível.
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Re:A morte da moeda
« Responder #18 em: 2014-06-08 23:45:07 »
Eu também. Custo/qualidade, bien entendu.
E os custos do alimentar n'América devem ser elevados
e os da química na Alemanha, dos mais económicos!
Mas claro, é o que suponho, não o que sei.

o que dizes nao faz qualquer sentido

custo de producao e quanto custa produzir o mesmo produto em dois locais diferentes
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Re:A morte da moeda
« Responder #19 em: 2014-06-08 23:50:13 »
E muitos químicos têm como matéria-prima o gás natural, nisso os EUA agora têm uma boa vantagem.
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