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Autor Tópico: Imobiliário - Tópico principal  (Lida 728034 vezes)

kitano

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3300 em: 2019-03-26 20:56:57 »
Claro, o que para este range de rendimentos, depois da creche, falamos de uns 600 eur.

Se for o St Julian’s já não é para quem compra os t3 de 500k
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Carminati

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3301 em: 2019-03-26 21:31:03 »
Dou a minha breve experiência no imobiliário. Em 2014 comprei um T2 na Damaia, com a perspectiva de reabilitar para arrendamento a média/longa duração. O apartamento está localizado a 500m da estação da CP da Damaia e da estação de metro da Reboleira (na altura ainda por inaugurar). Vim a descobrir posteriormente que o edifício tinha diversos problemas, nomeadamente infiltrações no telhado, um sótão (do condomínio) ocupado por um vizinho desocupado e de maus fígados e condóminos que não pagavam o condomínio, quer por dificuldades financeiras quer porque não lhes apetecia pagar. Todos estes processos estavam a ser tratados pelo advogado da empresa da administração de condomínio.

Dado o mercado na altura, decidi colocar a casa no mercado por 400€ (agora acho que estão a arrendar por 600€/700€ o que é claramente exagerado para ao segmento de famílias que arrenda naquela zona: é estar a pedir para que as famílias não paguem). Para o processo de arrendamento contratei, para tratar do processo de arrendamento, a mesma imobiliária que me vendeu a casa, tendo-me sido cobradas 2 rendas. Documentos solicitados:
-último IRS (se casal, de ambos)
-últimos recibos de vencimento (verificar efectividade)
-documentação do fiador (identificação consta no contrato)
-verificar, sempre, a taxa de esforço

Recebi imensas visitas, a maioria (se não de todos) de pessoas que tinham contratos de trabalho precários, salários muito baixos (salários brutos de 600€), etc...
Na assinatura do contrato foi cobrada ao arrendatário uma renda de caução, devolvida no último mês em caso de denuncia do contrato. Os contratos das utilidades ficaram em nome do arrendatário.
Acabei por selecionar como arrendatário um casal com um filho pequeno. Nos 2 primeiros meses correu bem, tendo depois começado as queixas e as derrapagens nos pagamentos das rendas. A dado momento, comecei a ver a coisas mal paradas porque:
-a geringonça chegava ao poder;
-a arrendatária, apesar de pagar a renda ainda que com atraso, apresentava sempre a ladainha da vida difícil e do filho asmático e que não suportava a humidade dos quartos;
-a perspectiva dos €€ a gastar nas obras do condomínio e de um potencial acidente com as aventuras do vizinho okupa no sótão;

No processo de compra: Evitar comprar últimos andares; falar com a vizinhança para averiguar de eventuais problemas e conflitos no prédio; visitar as redondezas fora de horas para despistar problemas de ruído, p ex;
No processo de arrendamento: não arrendar a casais com filhos porque, para além de ser uma despesa extra, no processo de eventual despejo o argumento da criança despejada é sensível;

Em 2016 vendi o T2 da Damaia (aproveitando o facto de a arrendatária ter-se mudado para a casa da sogra) e comprei um T3 na Parede (para remodelação), numa zona tranquila, sendo os condóminos uma paz de alma e cumpridores. Inicialmente seria para arrendamento de longa duração mas optei por arrendar os 3 quartos a estudantes da ESHTE (2x300€+250€ + utilidades) estando já no 2º ano lectivo. No período das férias elas pagam para ter os quartos reservados, mas não pagam as utilidades. As raparigas pagam sempre a horas, cuidam do apartamento e os vizinhos não têm queixas. Incluo no serviço a limpeza quinzenal. Em relação ao arrendamento de longa duração, diversifiquei o risco, tenho rendibilidade e tenho paz e sossego.

Obrigado pelas dicas, era mesmo este género de coisas que queria saber, só se descobrem pela experiência.
Pois era a ideia que tinha, quanto mais barata a casa, mais mal situada é, mais inquilinos/vizinhos problematicos terá.
Talvez vzlha a pena investir mais um pouco mas numa zona melhor.

Já agora alugar quartos ou alugar apartamento inteiro a um só inquilino. Vantagens/desvantagens? mais facil conseguir uma coisa ou outra?
 

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3302 em: 2019-03-26 22:03:02 »
No Moderno, se for do 7º ao 9º ano (para ser o "escalão" do meio) são 465,00€ mensais ou 575,00€ se incluir almoço e lanche, o que será mais natural (assumindo que não precisa de transporte).

É paga 10 meses por ano.

Citar
2. As anuidades correspondentes a cada um dos vários níveis de ensino são divididas em 10 prestações sempre que o ano letivo tenha início até ao dia 15 de setembro; em caso de início das aulas após esta data, a 1ª prestação corresponderá a 50% do valor da prestação respetiva. Excetua-se deste regime o INFANTÁRIO, cuja anuidade corresponde sempre a 12 prestações de 1 de setembro a 31 de agosto, inclusive.


Apesar de ser 10 meses há um valor anual de inscrição/matrícula de 280€

Anualizando e dividindo por 12 meses:

10 meses x 575€ + 280€ = 6.030€

6.030/12 meses=502.50€/mês

Não deve andar longe nos outros colégios de idêntico nível (Manuel Bernardes, S. Joao Brito, Imaculada Conceição, Doroteias, etc.).

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3303 em: 2019-03-28 19:54:52 »
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Arrendar casa em Lisboa é 65% mais caro que comprar

Comprar casa, tradicionalmente, traz mais encargos do que arrendar, mas, tendo em conta a evolução do mercado imobiliário nos últimos anos, tudo indica que a primeira opção fica hoje mais em conta que a segunda.

De acordo com o Jornal de Negócios esta quinta-feira, arrendar casa em Lisboa, neste momento, fica em média 65% mais caro do que o valor da prestação a entregar ao banco, caso tivessem adquirido a mesma habitação.

Para esta comparação, o Jornal de Negócios fez a simulação da aquisição de um imóvel com uma dimensão de 100 metros quadrados. Quanto ao financiamento, foi considerado um montante equivalente a 80% do valor do imóvel, Euribor a 12 meses, com um “spread” de 1,74% e um prazo de 33,3 anos.

No segundo semestre de 2018, o valor mediano dos novos contratos de arrendamento aumentou 9,3%, a nível nacional, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) na quarta-feira. A maior subida registou-se na área metropolitana de Lisboa, onde as novas rendas cresceram mais de 15% face ao ano anterior....

https://zap.aeiou.pt/arrendar-casa-lisboa-248567


Citar
Renda acessível em Lisboa será de 928 euros para uma casa de 100 metros quadrados

Uma renda acessível para uma casa média localizada em Lisboa deverá variar entre os 1.128 e os 665 euros, consoante a freguesia escolhida. Para aceder sem ultrapassar a taxa de esforço máximo, as famílias têm de ter rendimentos médios de, pelo menos, 2.600 euros.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/rendas/detalhe/renda-acessivel-em-lisboa-sera-de-292-euros-para-uma-casa-de-100-metros-quadrados?ref=HP_maislidas
« Última modificação: 2019-03-28 19:57:12 por Batman »

Kin2010

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3304 em: 2019-03-28 22:17:31 »
Dou a minha breve experiência no imobiliário. Em 2014 comprei um T2 na Damaia, com a perspectiva de reabilitar para arrendamento a média/longa duração. O apartamento está localizado a 500m da estação da CP da Damaia e da estação de metro da Reboleira (na altura ainda por inaugurar). Vim a descobrir posteriormente que o edifício tinha diversos problemas, nomeadamente infiltrações no telhado, um sótão (do condomínio) ocupado por um vizinho desocupado e de maus fígados e condóminos que não pagavam o condomínio, quer por dificuldades financeiras quer porque não lhes apetecia pagar. Todos estes processos estavam a ser tratados pelo advogado da empresa da administração de condomínio.

Dado o mercado na altura, decidi colocar a casa no mercado por 400€ (agora acho que estão a arrendar por 600€/700€ o que é claramente exagerado para ao segmento de famílias que arrenda naquela zona: é estar a pedir para que as famílias não paguem). Para o processo de arrendamento contratei, para tratar do processo de arrendamento, a mesma imobiliária que me vendeu a casa, tendo-me sido cobradas 2 rendas. Documentos solicitados:
-último IRS (se casal, de ambos)
-últimos recibos de vencimento (verificar efectividade)
-documentação do fiador (identificação consta no contrato)
-verificar, sempre, a taxa de esforço

Recebi imensas visitas, a maioria (se não de todos) de pessoas que tinham contratos de trabalho precários, salários muito baixos (salários brutos de 600€), etc...
Na assinatura do contrato foi cobrada ao arrendatário uma renda de caução, devolvida no último mês em caso de denuncia do contrato. Os contratos das utilidades ficaram em nome do arrendatário.
Acabei por selecionar como arrendatário um casal com um filho pequeno. Nos 2 primeiros meses correu bem, tendo depois começado as queixas e as derrapagens nos pagamentos das rendas. A dado momento, comecei a ver a coisas mal paradas porque:
-a geringonça chegava ao poder;
-a arrendatária, apesar de pagar a renda ainda que com atraso, apresentava sempre a ladainha da vida difícil e do filho asmático e que não suportava a humidade dos quartos;
-a perspectiva dos €€ a gastar nas obras do condomínio e de um potencial acidente com as aventuras do vizinho okupa no sótão;

No processo de compra: Evitar comprar últimos andares; falar com a vizinhança para averiguar de eventuais problemas e conflitos no prédio; visitar as redondezas fora de horas para despistar problemas de ruído, p ex;
No processo de arrendamento: não arrendar a casais com filhos porque, para além de ser uma despesa extra, no processo de eventual despejo o argumento da criança despejada é sensível;

Em 2016 vendi o T2 da Damaia (aproveitando o facto de a arrendatária ter-se mudado para a casa da sogra) e comprei um T3 na Parede (para remodelação), numa zona tranquila, sendo os condóminos uma paz de alma e cumpridores. Inicialmente seria para arrendamento de longa duração mas optei por arrendar os 3 quartos a estudantes da ESHTE (2x300€+250€ + utilidades) estando já no 2º ano lectivo. No período das férias elas pagam para ter os quartos reservados, mas não pagam as utilidades. As raparigas pagam sempre a horas, cuidam do apartamento e os vizinhos não têm queixas. Incluo no serviço a limpeza quinzenal. Em relação ao arrendamento de longa duração, diversifiquei o risco, tenho rendibilidade e tenho paz e sossego.

Muito obrigado por esta partilha de opinião e explicação detalhada. É um eye opener para estas coisas.


Kin2010

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3305 em: 2019-03-28 22:19:16 »
Da minha experiência, um casal tem mais facilidade a pagar uma renda que uma pessoa isoladamente.
Em caso de problema de ordenado a primeira coisa que deixam de pagar é a renda da casa.

E perante isto, como é que alguém ainda acha que o arrendamento de longa duração é bom negócio e seguro?



Artista Romeno

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3306 em: 2019-03-28 22:31:51 »
É porque o turismo é muito ciclico...e com a yield curve invertida talvez vejamos isso ao vivo e a cores sooner than later..diria 2 anos

Beruno

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3307 em: 2019-03-28 22:44:13 »
Nao sei. Com a europa a transformar-se num japao, com juros baixos, o imobiliário vai continuar a ter força. Espero é que o crescimento de alojamentos turísticos nao ultrapasse as necessidades.

Raposo Tavares

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3308 em: 2019-03-28 23:02:27 »
Tenho seguido este tópico muito interessante.
Partilho a minha opinião que talvez não apregoasse de graça se fosse realmente boa. Aí vai:

Premissas:
- Há quem acredite que se pode estar para assistir a um aumento dos salários no país.
- O horizonte da capital ainda está relativamente liberto de gruas.
- O presente ambiente turístico deve manter-se durante alguns anos.

Resultado prevísivel(?):
- As rendas e o preço do imobiliário ainda têm margem de crescimento.
'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche

"O ar quando não é poluído, é condicionado."
in: Jô Soares (conhecido humorista brasileiro)

gaia

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3309 em: 2019-03-28 23:40:13 »
Cuidado com o imobiliário , já avisei diversas vezes , o sector está abrandar desde Maio do ano anterior, e cada vez está mais parado , e já há negócios sinalizados a retrocederem .... 8)

Os Hotéis no Algarve já  estão a baixar preços , esta semana devido à queda da lira turca .... ::) 
« Última modificação: 2019-03-28 23:50:08 por gaia »

vbm

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3310 em: 2019-03-29 06:49:56 »
É claro que a pura dependência do turismo
e do assistencialismo residencial à terceira
idade imigrada do estrangeiro, apenas
fomenta o correspondente emprego
serventuário de restauração
e enfermagem.


Precisamos de nos apoiar
em mais valências
de actividade
produtiva.

Incognitus

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3311 em: 2019-03-29 11:31:56 »
Precisamos de nos apoiar no que quer alguém veja razão para investir em. Com intenções é que não se melhora de certeza.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Ugly bull

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3312 em: 2019-03-29 11:58:05 »
Carminati, em termos de procura,quer para arrendamento de longa duração quer para arrendamento a estudantes a procura foi muito grande. Em ambas as situações ainda tinha as casas em obras já tinha contrato assinado. No caso das estudantes, já tinha contrato fechado e ainda não tinha a cozinha completamente instalada. Foram 15 dias de sufoco a pressionar o instalador da pedra da bancada, sem a qual não se instalavam os móveis e os aparelhos a gás.

Como referi, o arrendamento dos quartos permite a diversificação do risco. Os paizinhos das 3 raparigas não vão falir em simultâneo, ao contrário do casal com o filho que já vivia com a corda na garganta para pagar renda de 400€. Um problema logístico com o qual felizmente ainda não me deparei foi uma das inquilinas falhar pagamentos. Para evitar que as amigas acolhessem a amiga incumpridora teria que ocupar o quarto rapidamente.

Concordo com o Raposo Tavares num aspecto: as famílias vão ter mais rendimento no bolso se optarem por andar de transporte público. O casal a quem arrendei a casa na Damaia tinha 2 carros e é muito difícil convencer quem se habituou a andar de carro a mudar de rotinas para passar a andar de transporte (escola do filho, fazer as compras no continente- o tuga ainda não interiorizou as compras online- ir ao ginásio, etc). Acredito que haja quem vá fazer as contas (eu próprio estou as estou a fazer mas terei que alterar rotinas) mas a disponibilidade de rendimento não será por via do aumento dos ordenados. Basta ver no sector que mais empregará portugueses, o turístico, em que os empresários choram-se por falta de mão de obra mas pagam salários de 600€ brutos (a minha irmã trabalha na restauração no UK com muitos anos como gerente e no ano passado andou por cá em entrevistas e os ordenados propostos andavam por esses valores). Por outro lado, a especulação nas rendas é tramada. Eu vendi a casa da Damaia por €67k (com mais valias) e, portanto, tinha uma yield bruta de ~7%. Se as casas com a mesma tipologia estiverem a ser vendidas por €100k, para ter a mesma yield (mais o risco de terem as manas sapatonas a invadir o meu apartamento e proclamá-lo como bem público) significa que terei que arrendá-lo a 600€. Será que o casal a quem arrendei, que tinha escolaridade básica (12º ano) que andava com dificuldades para chegar ao final do mês, teve um aumento proporcional do rendimento? Não me parece...

Um amigo meu utiliza como métrica o nº de gruas no skyline e lembro-me de, no pico da crise, estarmos no miradouro de S. Pedro de Alcantara a contar o nº de gruas e, salvo erro, teríamos contado umas 6 e ele ter comentado que o ciclo estava a inverter. No fim de semana passado contei 13 gruas no skyline lisboeta e é verdade que ainda se vêm muitos edifícios decrépitos, metade dos quais com placas de licenciamento de obras. Andando a pé por Lx, como faço muito frequentemente, vejo hotéis 5* e 4* porta sim porta sim (gostava de ter acesso à estatística do nº de camas deste sector) e edifícios remodelados com apartamentos que estarão com certeza muito fora do bolso do português da classe média alta, muitos dos quais estarão vazios porque são adquiridos por fundos imobiliários e por estrangeiros, não numa óptica de obtenção de yield através de arrendamento, mas de armazenamento de valor perspectivando valorizações a médio/longo prazo. Fora os apartamentos AL para os turistas low cost que serão às centenas/milhares e que são o suporte financeiro de muitas famílias de classe média e que emprega alguns dos tais 600€ brutos. Se este ciclo virar (concordo com o que já foi referido acerca da japonização da economia europeia: vamos viver com PIB's baixinhos, dívidas altas, população envelhecida e mais dada a investimento conservador) tenho curiosidade em saber o que irá acontecer a tanto imóvel de luxo existente em Lx, que está fora da capacidade do bolso do português financeiramente mais desafogado...

Vimeiro

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3313 em: 2019-03-29 13:54:14 »
É porque o turismo é muito ciclico...e com a yield curve invertida talvez vejamos isso ao vivo e a cores sooner than later..diria 2 anos

Não sei se alguma vez na história moderna a yield curve inverteu num contexto de tão baixos juros durante tanto tempo.

Por essa razão, poderá não ter o significado que teria noutras circunstância: uma possível recessão.

Veremos.

camisa

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3314 em: 2019-03-29 15:16:55 »
Citar
Projeto na Alta de Lisboa terá 500 apartamentos entre 250 e 900 mil euros
A Alta de Lisboa tem um novo projeto imobiliário no valor de 200 milhões de euros que será composto por mais de 500 apartamentos e zonas comerciais. O primeiro empreendimento já está disponível para venda. Os apartamentos custam entre 250 mil e 900 mil euros.

ontem em 2 horas voaram 1/3 das casas T2 desde 358.000€ com 117m2

kitano

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3315 em: 2019-03-29 15:40:21 »
Concretamente foram quantas casas? Presumo que sinalizadas...

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"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Raposo Tavares

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3316 em: 2019-03-29 15:55:11 »
É porque o turismo é muito ciclico...e com a yield curve invertida talvez vejamos isso ao vivo e a cores sooner than later..diria 2 anos

Não sei se alguma vez na história moderna a yield curve inverteu num contexto de tão baixos juros durante tanto tempo.

Por essa razão, poderá não ter o significado que teria noutras circunstância: uma possível recessão.

Veremos.

Os ciclos de um destino turístico são mais lentos do que um ciclo económico. Assentam mais nos estudos de Buttler, um geografo do que nos ciclos curtos da economia mundial.
Dito isto, a resposta à questão: o ciclo de vida do destino Lisboa vai entrar em decadência para o ano? Será um seco 'Não sei.'

'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche

"O ar quando não é poluído, é condicionado."
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camisa

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3317 em: 2019-03-29 15:59:48 »
Concretamente foram quantas casas? Presumo que sinalizadas...

358k por um t2 é fogo...

não sei mais detalhes, foi um amigo meu que trabalha na Alta de Lisboa que postou num grupo de Whatsapp da malta da faculdade a perguntar se alguém queria; ele nestas brincadeiras tira sempre um ou dois para ele já se encheu de dinheiro nestes últimos anos

camisa

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3318 em: 2019-03-29 16:05:04 »
Quanto ao turismo, penso que ainda tem gás para andar; só um exemplo: a italiana Fashion Illustrated vai fazer uma peça sobre o nosso sector e eles sugeriram para além do produto, complementar também com um pouco do lifestyle português pois "está tão trendy!"

Por isso a malta lá fora ainda anda doida com Portugal, ainda não saímos de moda nem pouco mais ou menos

Quem diria que a terra dos bigodaços e pançudos agora fosse vista como um refúgio hipster!
« Última modificação: 2019-03-29 16:07:36 por camisa »

Reg

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #3319 em: 2019-03-29 16:09:51 »
porque bigodes daqui não se andam matar

Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso