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Autor Tópico: Imobiliário - Tópico principal  (Lida 727999 vezes)

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #680 em: 2015-12-02 14:43:00 »
não há nada que bata isto




O que faz a Águia Vitória em cima da casa? Poisada na chaminé?

Parece-me que se está a preparar para lhe dar umas bicadas valentes  :D


Claramente!!  ;D ;D

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #681 em: 2015-12-06 18:37:18 »
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Seguro de vida: Uma bomba-relógio ?

05.12.2015 às 19h00 - Expresso.pt

Vem aí uma grande surpresa para todos os que compraram casa sem fazerem as contas a quanto vão pagar de seguro de vida, à medida que vão ficando mais velhos

Tenho 42 anos, comprei casa em 2007, na altura dos spreads quase grátis e em época de vacas gordas. Como milhares de outros portugueses, assinei de cruz tudo o que me puseram à frente. Só com a crise é que comecei a ler linha a linha o que tinha assinado. Para mim, o seguro de vida (associado ao crédito à habitação) era apenas uma condição necessária para ter acesso ao empréstimo. Eu era “novo”, o seguro de vida parecia um “mal menor” e, sendo obrigatório, até dava segurança à família.

De facto, ter um seguro de vida no valor do empréstimo é uma segurança familiar que todos devem ter. Pode evitar muitos dramas sociais e deixa-nos, nesse aspeto, um pouco mais descansados em relação à nossa família, caso ocorra uma fatalidade.

Do que eu não estava à espera - e creio que poucos sabem - é que o montante do seguro de vida, que quando somos novos é um valor relativamente baixo e comportável, à medida que o tempo passa vai começar a sufocar o seu orçamento. Tem a ver com a idade: como ficamos mais velhos, o risco de morte aumenta, e isso vai refletir-se no prémio a pagar.

Pedi uma simulação ao meu banco para saber quanto vou pagar de empréstimo e de seguro de vida, ano a ano, até ao fim do meu contrato. Como ainda me falta pagar durante 30 anos, apanhei um valente susto. Nos últimos 14 anos estarei a pagar de seguro de vida, progressivamente, mais do que de empréstimo ao banco. Nos últimos 10 anos poderei estar a pagar cerca de 400 euros de seguro de vida por mês, para duas pessoas.

Cada caso é um caso. Depende, obviamente, do seu spread, do prazo, do valor em dívida, se pagará uma última prestação avultada, se tem um seguro de vida ITP ou IAD, se é de 50% ou 100%, etc. Só há uma maneira de saber com o que deve contar: peça ao seu gestor de conta uma simulação de quanto vai pagar de prestação e de seguro de vida, ano a ano, até ao fim do seu contrato de empréstimo à habitação (veja o quadro ao lado, ou no separador “E ainda” se estiver a usar telemóvel).

Espero que não tenha uma surpresa desagradável, como eu. Estando a pagar neste momento menos de 400 euros de mensalidade e de seguro de vida (na soma dos dois), nos últimos anos do contrato estarei a pagar uma mensalidade de mais de 800 euros (crédito+seguro de vida). E isto, se a Euribor não subir entretanto. E claro que isso vai acontecer, está negativa neste momento...

Desculpem se lhes trago más notícias. Já ouvi amigos dizer que preferem não saber. Eu acho que é sempre melhor saber do que ser apanhado de surpresa. Mas admito outras opiniões. O seguro pode ter morrido de velho, mas que é muito caro, é.

Haroun Al Poussah

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #682 em: 2015-12-06 19:20:38 »
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Seguro de vida: Uma bomba-relógio ?

os bancos são uns gajos porreiros...

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #683 em: 2015-12-06 19:31:02 »
Não são os bancos, são as companhias de seguros. E é um problema, e o pior é que a actividade (seguradora) provavelmente nem faz sentido sem esse problema e mesmo sem serem malvados.

As pessoas podem certamente substituir o seguro de vida por outro, obtido competitivamente, mas o problema vai colocar-se na mesma ...
« Última modificação: 2015-12-06 19:31:23 por Incognitus »
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #684 em: 2015-12-06 19:39:58 »
Não são os bancos, são as companhias de seguros. E é um problema, e o pior é que a actividade (seguradora) provavelmente nem faz sentido sem esse problema e mesmo sem serem malvados.

As pessoas podem certamente substituir o seguro de vida por outro, obtido competitivamente, mas o problema vai colocar-se na mesma ...

o seguro é feito pelas seguradoras mas não me parece que os bancos aceitem o seguro de qualquer outra seguradora senão aquela com quem trabalham.
o seguro não é 'inocente'. o banco recebe, de certeza, parte do prémio.

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #685 em: 2015-12-06 19:50:10 »
Não são os bancos, são as companhias de seguros. E é um problema, e o pior é que a actividade (seguradora) provavelmente nem faz sentido sem esse problema e mesmo sem serem malvados.

As pessoas podem certamente substituir o seguro de vida por outro, obtido competitivamente, mas o problema vai colocar-se na mesma ...

o seguro é feito pelas seguradoras mas não me parece que os bancos aceitem o seguro de qualquer outra seguradora senão aquela com quem trabalham.
o seguro não é 'inocente'. o banco recebe, de certeza, parte do prémio.

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É possível que receba uma comissão, mas duvido que não seja possível mudar a seguradora (mesmo que levantem dificuldades). Para o banco, conceptualmente, só importa que a pessoa esteja segura.
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #686 em: 2015-12-06 20:07:00 »
Não são os bancos, são as companhias de seguros. E é um problema, e o pior é que a actividade (seguradora) provavelmente nem faz sentido sem esse problema e mesmo sem serem malvados.

As pessoas podem certamente substituir o seguro de vida por outro, obtido competitivamente, mas o problema vai colocar-se na mesma ...

o seguro é feito pelas seguradoras mas não me parece que os bancos aceitem o seguro de qualquer outra seguradora senão aquela com quem trabalham.
o seguro não é 'inocente'. o banco recebe, de certeza, parte do prémio.

H

É possível que receba uma comissão, mas duvido que não seja possível mudar a seguradora (mesmo que levantem dificuldades). Para o banco, conceptualmente, só importa que a pessoa esteja segura.

hmmm não me parece. ou é com a seguradora com que o banco tem um acordo ou não há empréstimo.
ou antes: se se usar outra seguradora que não a que o banco deseja, o spread não será o mesmo, a taxa não será a mesma etc etc
como se vê há muito dinheiro envolvido nisto. é uma fonte de receitas para o banco que não assim tão pequena.
ao banco interessa-lhe vender seguros e receber comissões por isso.
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #687 em: 2015-12-06 20:13:09 »
O seguro é uma imposição legal.

É portanto um problema imposto por uma obrigatoriedade legal.

É a forma que o estado encontrou para que as pessoas sejam "responsáveis" e não andarmos a assitir a casos de miséria quando um cônjuge morre ou fica inválido.

O seguro pode ser contratado em qualquer seguradora, geralmente contratar pela seguradora parceira do banco dá/dava direito a um spread mais baixo.
Sempre foi possível contratar em qualquer seguradora ou mudar em qualquer altura (com penalização do spread).

A única "vigarice" neste caso...é não informarem as pessoas no início do contrato que os prémios vão aumentar.

No entanto, se actualizarem o valor seguro para o valor em dívida, é provável que os prémios nem aumentem grande coisa...depende da curva de amortização do capital.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #688 em: 2015-12-06 22:06:50 »
O seguro é uma imposição legal.

É portanto um problema imposto por uma obrigatoriedade legal.

É a forma que o estado encontrou para que as pessoas sejam "responsáveis" e não andarmos a assitir a casos de miséria quando um cônjuge morre ou fica inválido.

O seguro pode ser contratado em qualquer seguradora, geralmente contratar pela seguradora parceira do banco dá/dava direito a um spread mais baixo.
Sempre foi possível contratar em qualquer seguradora ou mudar em qualquer altura (com penalização do spread).

A única "vigarice" neste caso...é não informarem as pessoas no início do contrato que os prémios vão aumentar.

No entanto, se actualizarem o valor seguro para o valor em dívida, é provável que os prémios nem aumentem grande coisa...depende da curva de amortização do capital.

Desconfio que isso vai estar enterrado algures naqueles longos documentos que ninguém lê ...  :D
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #689 em: 2015-12-06 22:26:11 »
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2 - Para ter um crédito à habitação é obrigatório ter conta na instituição credora e contratar seguro de vida?
Não é obrigatório. Contudo, a maioria das instituições assim o exige. As instituições devem informar o cliente, antes da celebração do contrato, da eventual obrigação de abertura de conta bancária nessa instituição e/ou da contratação de um seguro de vida. Se exigido um seguro de vida, o cliente pode livremente escolher a entidade junto da qual o pretende contratar.
As instituições devem também apresentar de forma clara, todas as condições que estejam associadas à contratação do crédito, nomeadamente as comissões e despesas associadas à eventual abertura de conta e/ou de contratação de seguro de vida. Refira-se que as instituições estão obrigadas a publicitar o valor das comissões e despesas nos preçários que devem manter afixados nos seus balcões e nos respetivos portais bancários na Internet.


Outras perguntas sobre crédito à habitação:
http://clientebancario.bportugal.pt/pt-PT/Credito/CreditoaHabitacao/Perguntasfrequentes/Paginas/Perguntasfrequentes.aspx

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Decreto-Lei nº 222/2009, de 11 de Setembro
Estabelece medidas de protecção do consumidor na celebração de contratos de seguro de vida associados ao crédito à habitação
https://www.bportugal.pt/pt-PT/Legislacaoenormas/Documents/DL222ano2009.pdf


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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #690 em: 2015-12-07 00:41:50 »
Estou a pensar investir agora em imobiliário, comprar para começar uma casa barata para alugar perto das maiores bases militares que temos cá em Portugal e começar a alugar a militares porque à muita malta deslocada a trabalhar como militar.
Compraria a casa a pronto naturalmente e julgo que alugaria com rendibilizardes de 8% brutos/ano

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #691 em: 2015-12-07 10:35:31 »
Eles não têm casernas para colocar os militares?
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #692 em: 2015-12-07 10:40:38 »
As condições são muito fraquinhas, é habitual eles alugarem um T2 e dividirem as despesas ou juntam-se 3  e alugam um T3

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #693 em: 2015-12-07 10:48:34 »
O pvg deu umas indicações engraçadas acerca do negócio do imobiliário.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #694 em: 2015-12-07 12:33:41 »
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Fornecedores de energia pedem dados de imóveis para dar ao Fisco

00:07  DE

Os clientes das empresas de água, luz e telecomunicações não estão obrigados a responder.

Bárbara (nome fictício) recebeu um questionário da Galp para que enviasse informações sobre o seu imóvel, que depois seriam enviados para o Fisco. Isto porque as empresas fornecedoras de electricidade, gás, água e telecomunicações estão, desde o início do ano, obrigadas por lei a enviar aqueles dados à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Além da Galp, a EDP também está a fazer os mesmos pedidos aos seus clientes. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pelo Económico, os clientes não estão obrigados a responder. Isto é, as empresas têm de enviar os dados para o Fisco, mas os clientes não são obrigados a dar as informações pedidas.

Este ano, aquelas empresas passaram a ter de comunicar à AT informação sobre os novos contratos celebrados com os seus clientes, bem como as alterações ou cancelamentos. As comunicações devem ser feitas até 15 de Abril, 15 de Julho, 15 de Outubro e 15 de Janeiro. Da comunicação devem constar a identificação fiscal do proprietário da casa, a par do usufrutuário (em caso de arrendamento, por exemplo), e dados mais concretos relativos ao imóvel. E foi este pedido que Carla recebeu.

O objectivo do Fisco tem a ver com o combate à fraude e evasão fiscais, já que esta é uma solução que lhe permite identificar arrendamentos que não foram comunicadas pelos contribuintes. Se uma casa tiver contratos em nome de um contribuinte diferente do proprietário ou do seu agregado familiar pode indicar a existência de arrendamentos que não foram declarados ao Fisco.

Contudo, os fiscalistas contactados pelo Económico afirmam que a lei apenas obriga as empresas a comunicarem os dados ao Fisco, mas não obriga os clientes a responderem aos pedidos das mesmas. De acordo com um fiscalista que preferiu não ser identificado, “o preenchimento dos referidos questionários não é obrigatório, estando as referidas entidades apenas a aproveitar para actualizar as suas bases de dados, antes de darem cumprimento à obrigação declarativa trimestral que lhes é imposta”. Pelo contrário, o fiscalista Nuno Oliveira Garcia ressalva que “as empresas estão num beco sem saída, passaram a ser intermediárias do Fisco e a estar obrigadas por lei a enviarem os dados”. Já quanto à obrigatoriedade dos contribuintes responderem a posição é comum: “Não vejo uma obrigação clara na lei fiscal de os clientes responderem”.

Outro operador que não quis ser identificado esclarece que, mesmo que o cliente se recuse a prestar a informação, isso não impede a celebração do contrato de prestação de serviço. No entanto, a empresa terá sempre de reportar à AT que não lhe foi facultada essa informação. Carla questionou a Galp, por várias vezes, sobre se estava legalmente obrigada a responder.

Depois de várias respostas, a empresa acabou por dizer que “na ausência de informação” relativamente ao contrato, irá “fornecer a identificação dos clientes e dos imóveis de todos os contratos celebrados a partir de 1 de Janeiro de 2015 com os dados que tivermos recebido de cada cliente”.

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #695 em: 2015-12-07 15:04:22 »
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Fornecedores de energia pedem dados de imóveis para dar ao Fisco

00:07  DE

Os clientes das empresas de água, luz e telecomunicações não estão obrigados a responder.

Bárbara (nome fictício) recebeu um questionário da Galp para que enviasse informações sobre o seu imóvel, que depois seriam enviados para o Fisco. Isto porque as empresas fornecedoras de electricidade, gás, água e telecomunicações estão, desde o início do ano, obrigadas por lei a enviar aqueles dados à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Além da Galp, a EDP também está a fazer os mesmos pedidos aos seus clientes. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pelo Económico, os clientes não estão obrigados a responder. Isto é, as empresas têm de enviar os dados para o Fisco, mas os clientes não são obrigados a dar as informações pedidas.

Este ano, aquelas empresas passaram a ter de comunicar à AT informação sobre os novos contratos celebrados com os seus clientes, bem como as alterações ou cancelamentos. As comunicações devem ser feitas até 15 de Abril, 15 de Julho, 15 de Outubro e 15 de Janeiro. Da comunicação devem constar a identificação fiscal do proprietário da casa, a par do usufrutuário (em caso de arrendamento, por exemplo), e dados mais concretos relativos ao imóvel. E foi este pedido que Carla recebeu.

O objectivo do Fisco tem a ver com o combate à fraude e evasão fiscais, já que esta é uma solução que lhe permite identificar arrendamentos que não foram comunicadas pelos contribuintes. Se uma casa tiver contratos em nome de um contribuinte diferente do proprietário ou do seu agregado familiar pode indicar a existência de arrendamentos que não foram declarados ao Fisco.

Contudo, os fiscalistas contactados pelo Económico afirmam que a lei apenas obriga as empresas a comunicarem os dados ao Fisco, mas não obriga os clientes a responderem aos pedidos das mesmas. De acordo com um fiscalista que preferiu não ser identificado, “o preenchimento dos referidos questionários não é obrigatório, estando as referidas entidades apenas a aproveitar para actualizar as suas bases de dados, antes de darem cumprimento à obrigação declarativa trimestral que lhes é imposta”. Pelo contrário, o fiscalista Nuno Oliveira Garcia ressalva que “as empresas estão num beco sem saída, passaram a ser intermediárias do Fisco e a estar obrigadas por lei a enviarem os dados”. Já quanto à obrigatoriedade dos contribuintes responderem a posição é comum: “Não vejo uma obrigação clara na lei fiscal de os clientes responderem”.

Outro operador que não quis ser identificado esclarece que, mesmo que o cliente se recuse a prestar a informação, isso não impede a celebração do contrato de prestação de serviço. No entanto, a empresa terá sempre de reportar à AT que não lhe foi facultada essa informação. Carla questionou a Galp, por várias vezes, sobre se estava legalmente obrigada a responder.

Depois de várias respostas, a empresa acabou por dizer que “na ausência de informação” relativamente ao contrato, irá “fornecer a identificação dos clientes e dos imóveis de todos os contratos celebrados a partir de 1 de Janeiro de 2015 com os dados que tivermos recebido de cada cliente”.

É fácil de perceber o que andam a pedir. O cruzamento automático de dados só pode ser feito com Código freguesia+Código Imóvel+Fracção. O objetivo da AT é ter uma lista entre código/proprietário/titular do contrato e apanhar divergências.

É obvio que quando se contrata água, luz ou gas, esse código nao é pedido quando o cliente preenche a documentação. Mas a AT deve ter esse campo como obrigatório no ficheiro que pede às empresas  :D

Agora, das duas uma, ou só se vai aplicar a novos contratos de utilities e esse código o cliente vai ter de preencher na adesão ou a AT mete 500 tarefadeiros a picar as listagens à mão!!!  ;D

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #696 em: 2015-12-07 15:07:41 »
acho que no caso do contrato da água é necessário entregar a caderneta predial. Nem aceitam o contrato se não for a caderneta.
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #697 em: 2015-12-07 15:22:35 »
acho que no caso do contrato da água é necessário entregar a caderneta predial. Nem aceitam o contrato se não for a caderneta.

Penso que isso é só para conferirem no momento do atendimento, essa informação não fica registada informaticamente em lado nenhum.

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #698 em: 2015-12-07 16:42:53 »
então guardam em formato papel e não colocam a indicação no programa? Duvido, mas vou saber.
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #699 em: 2015-12-07 16:51:48 »
Local, isso não será nas câmaras em que a taxa de esgotos (ou saneamento, não me lembro) é cobrada à parte da factura da água ?
« Última modificação: 2015-12-07 16:52:05 por Automek »