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Autor Tópico: Imobiliário - Tópico principal  (Lida 727454 vezes)

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #540 em: 2015-04-27 21:55:27 »
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Rendas: seis dúvidas comuns sobre o recibo eletrónico
27/04/2015 | 16:43 |  Dinheiro Vivo

Os recibos de rendas eletrónicos passam a ser obrigatórios já a partir do final desta semana, mas o tema continua a gerar muitas dúvidas entre os senhorios, sobretudo quando estão em causa imóveis arrendados que têm mais de um proprietário. O Dinheiro Vivo procurou responder a algumas das questões que mais frequentemente têm sido colocadas. Veja as respostas, elaboradas pelos advogados Miguel Torres e Inês Guimarães, da sociedade Telles de Abreu.

As regras em vigor determinam que os titulares de rendimentos prediais têm de passar recibos eletrónicos, dispensando apenas deste requisito os senhorios que no final do ano passado tinham pelo menos 65 anos ou que recebam rendas de valor inferior a 70 euros por mês. A diferença de tratamento levou já a Associação Nacional de Proprietários a anunciar que vai avançar com um pedido de verificação da constitucionalidade da nova legislação.

Nas heranças indivisas em que o cabeça de casal tem mais de 65 anos e os restantes herdeiros são mais novos, a emissão de recibo eletrónico é ou não obrigatória?
Quando esteja em causa o arrendamento de imóveis que sejam propriedade de heranças indivisas, os recibos eletrónicos de rendas devem ser emitidos pelos co-herdeiros, nas respetivas quotas-partes ou pelo cabeça-de-casal, pelo que deverá ser esse o procedimento adotado. Ora, se os herdeiros optarem por apresentar cada um deles o recibo eletrónico, então o que tem idade superior a 65 anos estará dispensado de o fazer. Se, pelo contrário, optarem por apresentar um único recibo, pelo cabeça de casal, entendemos que é irrelevante a idade deste, já que está a exercer uma obrigação da herança.

E nas compropriedades como funciona? Cada um dos proprietários emite um recibo de valor equivalente à sua parcela?
Tendo em conta que estão em causa diferentes titulares de rendimentos, cada comproprietário deverá proceder à emissão do recibo de renda eletrónico, pela quota-parte que lhe diga respeito.

Nos prédios que têm a casa da porteira arrendada, a administração do condomínio fica obrigada a passar este recibo eletrónico?
A Portaria em agora em análise e que aprovou o modelo oficial de recibo de renda eletrónico, definiu, quanto âmbito de aplicação que "são obrigados à emissão do recibo de renda eletrónico os sujeitos passivos de IRS", sendo considerados sujeitos passivos de IRS, para efeitos do Código do IRS, as pessoas singulares que residam em território português e as que, nele não residindo, aqui obtenham rendimento. Desta forma e não sendo o condomínio uma pessoa singular para efeitos de IRS, entendemos que o mesmo não está obrigado à emissão deste formato de recibo.
Em todo o caso, deverá ser observado que, uma vez que, nos termos da Lei, os comproprietários exercem, em conjunto, todos os direitos que pertencem ao proprietário singular, sendo que participam, ainda e em separado, nas vantagens e encargos da coisa, em proporção das suas quotas e nos termos da Lei, tais rendimentos prediais deverão ser tidos em conta para efeitos de declaração de IRS no final do ano.

Com a reforma do IRS apenas são dedutíveis as despesas fundamentadas por fatura com NIF. Isto significa que os encargos com o condomínio (que podem ser abatidos às rendas) têm de passar a ser justificados por fatura?
Os condomínios não sendo sujeitos passivos de IRS ou IRC, não estão sujeitos à obrigação de emissão de fatura, nem, consequentemente, à comunicação dos respetivos elementos à Autoridade Tributária e Aduaneira.
Assim, desde que os recibos que agora são passados sejam claros e contenham elementos que possam facilmente comprovar a que despesas se referem, quem pagou, quem recebeu e a que período dizem respeito.

A ANP duvida da constitucionalidade de uma norma que divide os contribuintes em função da idade. Faz sentido isentar alguns senhorios da emissão deste recibo, apenas porque têm mais de 65 anos?
Num mundo cada vez mais tecnológico ou quase, na totalidade, abrangido pela tecnologia e pela dimensão virtual, a consagração de normas legais que impõem a adoção de modelos eletrónicos, parece e faz, de facto, sentido, nomeadamente por questões de celeridade e simplificação de procedimentos. No entanto, tendo em consideração que o desenvolvimento/progresso tecnológico é algo relativamente recente, parece-nos relevante e justa a diferenciação adoptada pela Portaria, sob pena desta obrigação se tornar numa imposição demasiado difícil e penosa para aqueles que não tem os meios ou a capacidade para proceder a tal emissão electrónica.
Mais se refira que, a extensão da obrigação de emissão de recibos de renda electrónicos a todos os contribuintes, poderá ser desproporcional, tendo em conta que se trata de rendimentos prediais que poderão, em muitos casos, não ter um impacto significativo nos rendimentos dos contribuintes.
http://www.dinheirovivo.pt/economia/fisco/interior.aspx?content_id=4535720&page=-1

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #541 em: 2015-04-28 12:18:40 »
Além da minha casa andei a tratar da reavaliação do VPT de outra pessoa. Os pedidos foram feitos no mesmo dia (16/11), um a seguir ao outro (só com outro login), preenchendo os mesmos formulário, mesmas informações, etc. As repartições de finanças são diferentes.

Como a minha foi reavaliada passado pouco tempo e nesta ainda não tinham dito nada, contactei as finanças da área por email. Resposta (passadas 2 semanas):

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Exmº Sr XXXX

Quando da submissão da declaração Modelo 1 do IMI, deveria ter comunicado a este Serviço, que tinha efectuado o pedido de avaliação via internet. Como provavelmente não o terá feito, a ficha encontrava-se até agora no sistema como “inserida”.
Uma vez que enviou o presente email, a ficha já se encontra validada, e o processo de avaliação vai decorrer normalmente, sendo que irá ser notificado da avaliação, cuja produção de efeitos será a 16/11/2014.

Com os melhores cumprimentos

XXXX

Então um tipo submete o pedido e depois tem de os avisar (coisa que não foi preciso no outro pedido) ? Cada repartição funciona à sua maneira ?
E quando enviar um email ? Convém enviar print por correio ou por fax para eles saberem ? Epá, que tristeza de país...

Kitano, isto pode ser a razão pela qual a tua casa ainda não foi reavaliada. Vê lá se o pedido está como validado.

Incognitus

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #542 em: 2015-04-28 12:42:43 »
É uma tanga, a coisa estava perdida.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #544 em: 2015-04-28 13:21:31 »
Existiu outra pessoa aqui no fórum a quem lhe disseram isso. Assim sendo acho que é de reclamar.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #545 em: 2015-04-28 13:24:01 »
http://zap.aeiou.pt/fisco-cobra-imi-a-mais-com-avaliacao-automatica-dos-imoveis-66583

reclamar da aplicação do coeficiente de desvalorização da moeda? Isso é basicamente deitar 250€ fora, pois não tem como reclamar dessa actualização.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

kitano

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #546 em: 2015-04-28 19:09:36 »
Além da minha casa andei a tratar da reavaliação do VPT de outra pessoa. Os pedidos foram feitos no mesmo dia (16/11), um a seguir ao outro (só com outro login), preenchendo os mesmos formulário, mesmas informações, etc. As repartições de finanças são diferentes.

Como a minha foi reavaliada passado pouco tempo e nesta ainda não tinham dito nada, contactei as finanças da área por email. Resposta (passadas 2 semanas):

Citar
Exmº Sr XXXX

Quando da submissão da declaração Modelo 1 do IMI, deveria ter comunicado a este Serviço, que tinha efectuado o pedido de avaliação via internet. Como provavelmente não o terá feito, a ficha encontrava-se até agora no sistema como “inserida”.
Uma vez que enviou o presente email, a ficha já se encontra validada, e o processo de avaliação vai decorrer normalmente, sendo que irá ser notificado da avaliação, cuja produção de efeitos será a 16/11/2014.

Com os melhores cumprimentos

XXXX

Então um tipo submete o pedido e depois tem de os avisar (coisa que não foi preciso no outro pedido) ? Cada repartição funciona à sua maneira ?
E quando enviar um email ? Convém enviar print por correio ou por fax para eles saberem ? Epá, que tristeza de país...

Kitano, isto pode ser a razão pela qual a tua casa ainda não foi reavaliada. Vê lá se o pedido está como validado.

Dass...queres ver...

Quando tiver tempo mando mail
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #548 em: 2015-05-01 00:16:22 »
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A minha casa é o teu hotel

Em Lisboa, existem ruas inteiras com apartamentos e quartos particulares para serem arrendados por turistas. No País, a oferta é cada vez maior. É a economia de partilha aplicada ao mercado imobiliário, que está a transformar milhares de portugueses em investidores e a mudar a forma de viajar mais barata e descontraída. VEJA AS FOTOS E A INFOGRAFIA

http://visao.sapo.pt/a-minha-casa-e-o-teu-hotel=f818196?utm_content=2015-04-30&utm_campaign=newsletter&utm_source=newsletter&utm_medium=mail

Em qualquer rua de Alfama ouve-se o som de um berbequim. O bairro está inundado de casas para acolherem turistas. Temo que Alfama se transforme num dormitório de visitantes ", desabafa Rita Cardoso, 36 anos e proprietária de quatro apartamentos e uma lavandaria neste bairro histórico da capital.

O crescimento do turismo em grandes cidades, como Lisboa, tem criado novas oportunidades de negócio e, por isso mesmo, nos últimos meses, o País assiste a uma corrida desenfreada à reconversão de casas para arrendar a turistas. Nos sites de reservas de alojamentos particulares, como o Airbnb (o maior do mundo, com um milhão de anúncios), existem já perto de 19 mil ofertas para Portugal. É uma forma diferente de gozar as férias mais descontraída, próxima da vida local. Arrendam casas como quem vai passar uns dias a casa de um amigo. E, quem tem casas disponíveis, está a remodelá-las, dando um ar moderno e atraente para competir neste mercado cada vez mais feroz.

Nos centros históricos da capital, repetem-se histórias de quem começou por alugar uma casa e já tem quatro ou cinco. Outros investidores criaram empresas especializadas e estão a comprar prédios e quarteirões inteiros, que recuperam e colocam no mercado do alojamento local para turistas. Os viajantes querem experimentar a vida de bairro. E até os portugueses se começam a render a este novo estilo de viajar.

Rita consegue ganhar, em média, dois mil euros por mês, já descontados os impostos e custos. Entrou no negócio há três anos, quando comprou um pequeno T0 na Calçadinha do Tijolo, no coração de Alfama. Antes, trabalhava numa multinacional, a gerir grandes projetos. No final de um deles, pediu um aumento, que foi recusado. Demitiu-se e começou a procurar casas no Chiado e no Bairro Alto. Os preços elevados fizeram-na desistir até encontrar o Rosa de Alfama, o seu primeiro apartamento, adquirido por 70 mil euros.

Criou uma imagem e um nome para a casa e estreou-se no mundo dos anúncios online do arrendamento para férias. "Comecei por anunciar em vários sites: Airbnb, Homelidays, Windu, Housetrip. Depressa se tornou dramático gerir as reservas. Os calendários têm de estar sempre atualizados e tenho de dar uma resposta rápida. No Airbnb, por exemplo, deixamos de estar em destaque se somos lentos a responder.

Fiquei apenas nesse, que me está a gerar mais reservas, e com o Booking, pela sua notoriedade. Poucos meses depois, Rita entusiasmou-se e avançou para mais um apartamento, uns quarteirões abaixo. Em 2014, já ia nos quatro. Nessa altura, decidiu parar com as compras e entrar num negócio complementar, o de uma lavandaria, que lhe vai permitir reduzir custos e captar clientes de outros apartamentos. A lavandaria e a limpeza representam a maior fatia dos custos com cada casa, entre 15% e 20%, a que se somam os impostos. Apesar do trabalho dez horas diárias mais fins de semana e férias, o investimento deverá estar recuperado em oito anos, em vez dos dez inicialmente previstos. "Quem acha que vai ganhar rios de dinheiro, desengane-se.

É um trabalho muito exigente, temos de estar sempre atentos aos pedidos das pessoas.

Mas, no final, ganho mais dinheiro e sou muito mais feliz!", conclui.

Corrida às legalizações

A simplificação do licenciamento e o aumento da fiscalização sobre os arrendamentos ilegais geraram uma procura sem precedentes à legalização destas casas.

E o resultado deixa o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, satisfeito: desde que foi publicada a nova lei do alojamento local, em novembro do ano passado, que o número de camas registadas subiu dos 3 000 para os 11 419, a uma média de 78 novos registos por dia. Só em Lisboa, a oferta no Airbnb cresceu 129% num ano, para 8300 casas e quartos. "Portugal, juntamente com o Reino Unido, Holanda e França, é um dos países líderes da Europa a regular a partilha de casas. Os impostos aplicados são agora claros e fáceis de pagar ", assegura Andreu Castellano, porta-voz do Airbnb para Portugal e Espanha.

"Mal terminámos as obras, começámos a tratar da legalização dos apartamentos como unidades de alojamento local. Sabemos de vários casos de pessoas que estão a ser apanhadas", conta Luís Fernandes, 26 anos. Juntamente com a irmã Ana, de 28, e a namorada, Mariana, de 26, gere os sete quartos de um apartamento na Calçada de Santana. Os três jovens têm sorte.

O pai tem vindo a comprar prédios na cidade para reabilitar. Eles só têm de os gerir e recuperar o investimento.

Do prédio entregue ao abandono, o apartamento do trio destaca-se: uma casa moderna, de soalhos encerados e uma cozinha a negro, contrastando com a famosa cor de bétula dos móveis do Ikea. Existe wi-fi gratuito em todo o apartamento e nas paredes da cozinha escrevem-se apelos para os hóspedes se lembrarem de deixar a cozinha arrumada. À entrada das duas únicas casa de banho, um vinil apela ao uso moderado do duche. "Não mais de 15 minutos." Luís e Mariana vivem no andar de baixo, o que facilita a logística. São eles que recebem os turistas, tratam da limpeza da casa, resolvem qualquer problema que surja e, muitas vezes, ainda acabam por levar os hóspedes a conhecer a cidade. "Quando são mais novos e nos pedem, levamo-los até ao Bairro Alto ou organizamos jantares multiculturais", conta Ana Fernandes.

É a irmã mais velha que gere as reservas e as contas. "Decidimos apostar no segmento dos quartos com preços entre os €20 e os 30 euros, onde existia pouca concorrência, e estamos quase sempre cheios", diz Ana.

Se o negócio continuar a crescer a este ritmo, contam ter o investimento de 60 mil euros nesta casa paga em dois anos e meio.

"À nossa frente está um prédio inteiro a ser recuperado para alojamento local de luxo", revela Luís. Da velhinha e degradada Calçada de Santana restam poucos sinais.

Apenas o comércio tradicional procura resistir, enquanto os prédios se enchem de cores e placas a brilhar para os turistas.

Com tanta procura, todos tentam a sua sorte. Nos grupos do Facebook de proprietários de casas, surgem cada vez mais anúncios de pessoas e empresas que se dedicam à gestão dos apartamentos. As ofertas são variadas: de um serviço pontual de limpeza ou acolhimento dos hóspedes até aos pacotes completos, como oferece o dono da Alex das Limpezas. Com uma equipa de 12 pessoas, Alex Floriano depressa se desloca às 53 casas que já tem a seu cargo, a qualquer dia e hora da noite.

No Airbnb.com, os proprietários só recebem o dinheiro do arrendamento ao fim de 48 horas, depois de os hóspedes confirmarem que a casa corresponde ao que procuram.

No site de reservas, cada casa tem um espaço para os comentários dos clientes (quantas mais recomendações, maior o prestígio na comunidade). As fotografias são tão importantes que alguns destes sites começaram a oferecer gratuitamente o serviço de um fotógrafo para ir a cada casa antes da inserção do anúncio. Em contrapartida, recebem entre 12% e 15% de comissão sobre o valor do arrendamento.

Os hóspedes são muitas vezes recebidos com pequenos mimos como uma garrafa de vinho e um doce ou compota. "Uma forma de os receber", conta Ana Rafael, dona de uma moradia no Bairro de Alvalade, em Lisboa. Com um dos filhos a estudar na capital e ela a viver em Castelo Branco, esta designer acabou por encontrar no alojamento local uma forma de rentabilizar a casa de família e amenizar os custos com a escola dos filhos. É o mais velho, Sebastião (que vive na cave da moradia), quem trata de os receber. A distância do centro turístico permite-lhe ganhar outro tipo de turistas, alguns até artistas, que procuram a casa remodelada pelo ex-marido arquiteto, para criar ou gozar umas semanas em família. Com o metro e o comboio à porta, mas longe da confusão. "Muitos também acabam por nos procurar por estarmos perto do aeroporto", conta. Apesar de a experiência ainda só ter seis meses e muito tempo de época baixa, a casa tem reservas confirmadas até agosto. Um bom indicador para quem se estreia.

Vá pelos seus dedos

Além de proporcionar um potencial rendimento, a massificação do arrendamento de casas particulares pela net, no paradigma da economia de partilha, está a mudar a forma de viajar. Não só ao baixar os preços do alojamento mas também ao diversificar a oferta e facilitar a busca, permitindo pesquisas mais pormenorizadas, à medida do pretendido. Foi o que fez Paulo Braz, habituado a esquiar na Serra Nevada, em Espanha, na Páscoa. Este ano, em vez de usar o Booking e o Sporski (especializado na Serra Nevada), estreou-se no Airbnb.

"É prático e intuitivo", esclarece o consultor informático, 42 anos. Sem dificuldade, reservou um estúdio com cinco camas, kitchenette, casa de banho e estacionamento.

Tiveram de levar lençóis e toalhas de banho, e deixar a louça lavada e o chão varrido.

Contas feitas, perfez 87 euros por cada uma das cinco noites. Além de pouparem no alojamento, também economizaram nas refeições. O pior foi quando quiseram pôr um tabuleiro de bacalhau a dourar e não havia forno. "Nas fotografias, confundi o frigorífico com o forno, mas remediámo-nos com o micro-ondas". Fora esse percalço, a família passou seis belos dias a esquiar e cinco agradáveis noites a jogar Party & Company.

Para muita gente, pesquisar casas de férias é um prazer em si mesmo. Para Cláudia Carvalho, 42 anos, esmiuçar os sites e criar listas de favoritos é quase um hobby. Há seis anos que vai de férias com a família (dois adultos e duas crianças) para a serra algarvia.

Começou por uma vivenda na Luz de Tavira, com três quartos, piscina, churrasco e limpeza diária, tal como a máquina de lavar loiça, wi-fi e televisão. "Gosto muito de cozinhar. Faço sempre grandes patuscadas nas férias.

Quando se tem filhos, as casas são a melhor opção. Um hotel implica quase sempre jantar fora, e às dez horas a noite acabou", conta Cláudia. "Vou sempre para casas maiores do que preciso. Como existem poucos T2 com churrasco e piscina no Algarve, só encontro T3, normalmente de alemães, holandeses e ingleses."

De turista a senhorio

Até há três semanas, Inês Guerreiro nunca tinha ficado hospedada numa casa em vez de num hotel. Mas, ao planear um reencontro familiar, a recomendação de uma amiga fez com que a comercial de Marketing Relacional, 44 anos, consultasse o City Marque, um site especializado em apartamentos em Londres, divididos pelos segmentos luxo, médio e económico.

Acompanhada pelos filhos adolescentes (Clara, 12 anos e Afonso, 15), Inês viajou de Lisboa até à capital britânica para se encontrar com o marido, vindo do Quénia, onde está a trabalhar. Os quatro ficaram num sexto andar, em Tottenham Street, com dois quartos, uma sala, duas casas de banho e kitchenette. "No apartamento, paguei metade do valor dos dois quartos duplos", concluiu Inês. "Como o nosso objetivo era reencontrarmo-nos, como se estivéssemos em casa, mantivemos as rotinas do pequeno-almoço e do jantar em família. A sala, ampla e luminosa, tinha um sofá onde cabíamos todos. A mesa grande e a televisão ajudaram a decalcar os serões em Lisboa", descreve. A última noite foi novamente num hotel, "um mimo extravagante para a despedida". Um romance que promete continar.

Pura diversão foi o que motivou Filipa, Maria João, Patrícia e Ana, entre os 34 e os 47 anos, numa viagem à capital francesa.

Uma semana antes, a proprietária da casa, escolhida no HomeAway, mudou as quatro irmãs Madeira para um apartamento melhor, pelo mesmo preço (370 euros no total).

Alojadas na Rue Saint-Charles, perto do metro, numa casa com um quarto, um sofá-cama na sala, cozinha, wi-fi e limpeza diária, tinham vista para a Torre Eiffel. da janela da casa de banho. Os serões animados em casa valeram-lhes, certo dia, às seis da manhã, um valente ralhete em francês do vizinho de baixo. Maria João ouviu, respondeu e voltou para a cama a rir.

Há quem se entusiasme tanto com a experiência dos alojamentos caseiros que decide arrendar a sua casa, mesmo sem motivações financeiras apenas para entrar no clube. Por exemplo: quem visitou Lisboa na primeira quinzena de janeiro, teve a oportunidade de alugar um apartamento na Graça, com três quartos, duas casas de banho (uma delas com jacuzzi) e um "jardim que remete para Bali", pelo preço simbólico de dez euros por noite.

A iniciativa foi de João Manzarra, 29 anos, que "depois de ter sido tão bem recebido por anfitriões pelo mundo fora" decidiu colocar a sua casa à disposição dos "bem-aventurados utilizadores do Airbnb", lia-se na página do Facebook do apresentador de televisão. Neste mundo do arrendamento de casas particulares, é difícil não chegar ao fim das férias sem uma mão-cheia de histórias por contar. Quebram-se barreiras, como se afinal estivéssemos em casa de um amigo. Mas à medida da nossa vontade.

Da ideia ao negócio

A nova legislação do alojamento local veio enquadrar e simplificar os processos. A legalização está hoje à distância de um clique

REGISTO

 •Acabaram as licenças. O proprietário tem apenas de comunicar à Câmara Municipal que vai passar a gerir uma unidade de alojamento local e indicar a respetiva morada
•O município atribui um número de alojamento local

OBRIGAÇÕES LEGAIS

 •É obrigatório o registo de atividade nas Finanças como prestação de serviços de alojamento, com regime simplificado ou contabilidade organizada
•É obrigatória a emissão de faturas. Até 10 mil euros por ano de rendimento, há lugar a isenção de IVA; acima desta valor é cobrado 6%
•Os dados dos hóspedes estrangeiros têm de ser enviados para o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, através de um boletim de alojamento específico
•As seguradoras não assumem danos relacionados com os hóspedes, uma vez que a casa tem atividade comercial.
•Convém confirmar os riscos cobertos e procurar alternativas, como os seguros de responsabilidade civil para apartamentos turísticos

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #549 em: 2015-05-11 11:23:30 »
Para quem emite rendas com diversos proprietários

18 - Em caso de compropriedade no prédio arrendado, cada um dos
comproprietários pode emitir recibo da sua quota-parte ou é possível que
apenas um dos comproprietários emita o recibo da totalidade?
Atendendo a que através do registo do contrato, com a submissão da declaração
Modelo 2 para efeitos do Imposto do Selo, ou através do registo dos Elementos
Mínimos do Contrato é efetuada a identificação de cada um dos comproprietários e
respetiva quota-parte, a obrigação de emissão do recibo de renda eletrónico pode ser
cumprida:
a) Apenas por um deles e declarando a totalidade do valor da renda, ou
b) Pode ser cumprida por qualquer um e nas respetivas quotas-partes.
http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR/rdonlyres/BDB5A3D4-0C7B-4CD6-8BF5-00502E8F5928/0/Of_circ_20177_2015.pdf
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Urmas Reinsalu

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #550 em: 2015-05-11 11:30:56 »
Para as heranças indivisas

21 - Nos contratos de arrendamento de prédios pertencentes a uma herança
indivisa, como é feito o registo do contrato e em nome de quem deve ser emitido
o recibo eletrónico?
Só existe registo do contrato desde que este tenha tido início a partir de 1 de abril de
2015, o que é feito através da declaração modelo 2 para efeitos do Imposto do Selo. A
responsabilidade pela submissão da declaração modelo 2 cabe ao cabeça-de-casal
em nome da herança indivisa.
8
Neste caso, o declarante pode emitir o recibo de renda electrónico ou quem tenha sido
por ele autorizado na modelo 2, constando no recibo como locadores aqueles que
foram identificados na modelo 2.
Caso o contrato seja anterior a 1 de abril de 2015, o registo dos Elementos Mínimos
do Contrato é efetuado aquando da emissão do primeiro recibo, sendo identificados
todos os herdeiros e as respetivas quotas-partes, podendo o recibo ser emitido pelo
cabeça-de-casal em nome da herança indivisa
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #552 em: 2015-05-26 14:46:54 »
Isto deve estar a acontecer em todos os bancos mas fica a história.
http://destrezadasduvidas.blogspot.pt/2015/05/honestidade-e-boa-fe.html

kitano

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #553 em: 2015-05-27 14:49:20 »
Para já só vejo relatos disto a acontecer no banco do estado.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

andre.p

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #554 em: 2015-05-27 22:22:38 »
Boa noite.

Alguém sabe os spreads que se estão a praticar neste momento? Consegui 1,50, mas há inferior?

Estou a pensar avançar na compra de um imóvel e tenho algumas duvidas.
Na caderneta do prédio no CIMI (Código de Imposto Municipal?) é de 62860€. (ano 2012) Alguem me sabe explicar o que significa isto?
O prédio vale no mínimo o dobro do preço. é normal?

Obrigado
« Última modificação: 2015-05-27 22:23:29 por andre.p »

Incognitus

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #555 em: 2015-05-27 22:34:01 »
Boa noite.

Alguém sabe os spreads que se estão a praticar neste momento? Consegui 1,50, mas há inferior?

Estou a pensar avançar na compra de um imóvel e tenho algumas duvidas.
Na caderneta do prédio no CIMI (Código de Imposto Municipal?) é de 62860€. (ano 2012) Alguem me sabe explicar o que significa isto?
O prédio vale no mínimo o dobro do preço. é normal?

Obrigado

É normal os prédios  estarem avaliados por menos, sim. Apesar de o IMI os ter aproximado bastante do valor comercial correcto. Por vezes até pode acontecer que estejam avaliados por excesso, caso em que as pessoas podem pedir uma reavaliação.

Esse valor em princípio vai ser a base de cálculo do IMI, usando a taxa da zona para estabelecer quando se paga por ano. O Local pode explicar isto melhor.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

andre.p

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #556 em: 2015-05-27 23:33:34 »
Obrigado incógnitus.

O vendedor disse me que o prédio tinha sido avaliado pelo banco a cerca de 5 anos por 190k. Mas não tenho informação nenhuma por escrito.

Parece me um bom negócio mas a situação do CIMI assustou me. (Tenho experiência 0 na ramo imobiliário)
Mas visto aparentemente ser normal estou mais descansado.

Se o prédio estiver cheio o ano todo consigo tirar 9,7%. Parece me um excelente negócio mesmo que tenha 50% de ocupação.

Fico a aguardar a opinião do Local e de mais foristas.  :P

Obrigado

Local

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #557 em: 2015-05-27 23:48:33 »
Parabéns andre.p

O Valor Patrimonial Tributário é o valor onde incide o Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI). Multiplica-se esse valor 62.860€ pela taxa de IMI do concelho.
Podes ver aqui qual é a taxa
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/impostos/imi/detalhe/saiba_qual_o_imi_que_o_seu_concelho_vai_cobrar_em_2015.html
O imposto poderá variar entre os 188,58€ e os 314,30€

O objectivo é que o Valor Patrimonial Tributário represente 70% do valor de mercado do imóvel, mas existem alguns casos em que isso não acontece. Penso que em vez que seguires o valor de avaliação do banco o melhor é ver quanto custam os imóveis "à volta" e assim ter uma ideia melhor do mercado.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #558 em: 2015-06-02 10:05:03 »
Ainda sobre os recibos electrónicos e registo de contratos de arrendamento no portal das finanças, finalmente fizeram um video a explicar.
http://www.noticiasaominuto.com/economia/399456/fisco-ensina-a-passar-recibos-e-a-registar-contratos-na-internet#/615/0

5555

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #559 em: 2015-06-02 11:48:08 »
....O Bpi fica com mais umas casitas....eh,.eh.... 8)

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=189184