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Autor Tópico: Imobiliário - Tópico principal  (Lida 726471 vezes)

Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1540 em: 2017-06-10 12:42:23 »
Já não encontrei a reportagem no site, mas ainda está disponível no cache do Google:

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Será mesmo necessário as ambulâncias em emergência fazerem assim tanto ruído?
POR O CORVO • 6 SETEMBRO, 2016 • REPORTAGEM, SLIDESHOW • COMENTÁRIOS (25) • 1225

Sem pensarmos muito sobre o assunto, todos as reconhecemos como indícios da moderna vida urbana. Mas as sirenes das ambulâncias e veículos de emergência médica, tal como dos bombeiros e da polícia, quando em excesso, perturbam. Embora em reduzido número, há gente a queixar-se. Certas zonas de Lisboa transformaram-se em trilhos de urgência estridente, como a Avenida Almirante Reis. O INEM diz que cumpre a legislação e que os condutores recebem formação para o uso consciencioso deste dispositivo sonoro. Desde janeiro de 2015, o instituto recebeu oito queixas devido ao ruído das suas ambulâncias.

Aquela noite de abril de 2012 ainda está bem presente na memória de Inês Noivo, 34 anos. Não é coisa que se esqueça, pois era a primeira vez que dormia no apartamento para onde se mudara, no cruzamento das avenidas de Roma e João XXI. E o choque foi grande. O ruído das sirenes das ambulâncias fazia-se ouvir de forma bem evidente dentro da sua casa, a cada vez que um dos veículos passava em marcha de emergência, apesar das janelas fechadas. O que ali, tal como noutras artérias centrais de Lisboa, é sinónimo de algo que acontece com uma cadência bastante regular. Ou seja, a intervalos de alguns minutos, e às vezes de apenas umas dezenas de segundos. Tanto que, em algumas zonas da cidade, se cria diariamente uma espécie de tapeçaria sonora de sirenes.

“Lembro-me de pensar ‘meu deus, o que estará a acontecer?’”, recorda Inês, explicando que, após o choque inicial, se resignou a um quotidiano de estridência irrompendo pelo sítio onde vive com a família. Isto apesar de, baseada na sua subjectiva percepção, afirmar que o número de ambulâncias a passar por ali até aumentou nos últimos dois anos. “Percebi logo que ia ter muito barulho. Mas acabei por me habituar”, admite. Uma situação que muita gente que vive na capital portuguesa, e noutras cidades do país, verá como familiar. Afinal, todos nos acostumámos, uns mais que outros, a conviver com, e a tolerar, as avalanches de histrionismo sobre rodas. A indiscutível utilidade social das ambulâncias, como de todos os veículos que utilizam sirenes de emergência, tende a diminuir qualquer ensaio de censura.

O que não significa que estejam longe de causar incómodo. Se é verdade que uma sirene visa chamar à atenção, permitindo assim facilitar a marcha dos veículos que circulam em situação de emergência, isso significa que recorre a níveis de ruído acima do considerado normal para o conseguir. Tanto que, ouvida de rompante, uma sirene assusta. Quando esse estado de excepção do nível de decibéis assume um regime de rotina, fácil é adivinhar as consequências físicas e psicológicas daí resultantes. O stress provocado pela exposição regular ao ruído das sirenes poderá ser o suficiente para deixar muita gente irritada com a vida na cidade – embora a sua presença até possa ser vista como uma das marca identitárias da vida urbana moderna, tal a sua omnipresença. O que levanta a questão: Será mesmo necessário as ambulâncias em emergência fazerem tanto ruído?

Apesar do tradicional alheamento dos portugueses em relação a alguns aspectos relacionados com a qualidade de vida na cidade – basta atentar à tolerância para com os automóveis em cima do passeio ou em segunda fila -, há cada vez mais gente a sentir-se incomodada. Certas zonas de Lisboa, como a Avenida Almirante Reis, tornaram-se um calvário para muitos dos que lá vivem, tal a constância do barulho das ambulâncias. É o caso de Mário Ferreira, 36 anos, que mora num rés-do-chão de um prédio situado naquela artéria, entre a Alameda Dom Afonso Henriques e a Praça do Chile. “Nos últimos anos, a avenida transformou-se num corredor hospitalar. Há sempre ambulâncias a passar, para além dos bombeiros”, queixa-se.

Mário não consegue precisar a frequência da passagem de ambulâncias em marcha de emergência, mas aponta para uma regularidade com intervalos nunca inferiores a dez minutos. É que a avenida fica a caminho dos hospitais de São José, Capuchos e Dona Estefânia. E o pior, diz, “são as dos INEM”. O morador refere que o toque dos veículos do Instituto Nacional de Emergência Médica é muito mais agressivo que os das outras ambulâncias. “Trespassa”, descreve. “Como está quase sempre muito trânsito, a ambulância ou carro com o médico chega ao cruzamento e, de repente, começa a tocar. Isto acontece durante todo o dia e, às vezes, de noite”, nota, confessando que este regime sonoro lhe está a causar um significativo decréscimo na qualidade de vida e da sua companheira.

O residente naquela extremidade da freguesia de Arroios vai ser pai, e está preocupado com as implicações da exposição permanente da sua família a tais níveis de ruído. Por mais que o tempo passe, Mário não se acostuma à chinfrineira junto à cabeceira. “Chego a casa e nunca descanso. Quando vou passear ao campo, é que percebo o barulho a que estou sempre exposto”, diz este urbanita convicto. “Sempre gostei de cidade”, reforça, lembrando que, há alguns anos, até se mudou da cidade de Setúbal para Lisboa, para estar mais próximo do coração da vida urbana. Mas o confronto com a frequência e, sobretudo, o volume das sirenes está a causar mossa. Mário trabalha no sector do turismo, na zona do Castelo de São Jorge, onde, mesmo lá em cima, chega o estridor das ambulâncias. “Há turistas que, admirados, me perguntam ‘mas, passa-se alguma coisa na cidade?”.

Um grande aglomerado urbano contemporâneo, queira-se ou não, tem as sirenes como parte da sua banda sonora – tanto que tal sonoridade se encontra perfeitamente assimilada pela cultura audiovisual, há décadas que filmes e séries norte-americanas e europeias nos devolvem esse eco da cidade. Mas é legítimo perguntar se os níveis de volume sonoro de tais dispositivos estarão ajustados à realidade da vida comunitária. O INEM, questionado pelo Corvo, diz que sim, lembrando que as características da sinalização sonora e luminosa das ambulâncias está definida pelo Regulamento de Transporte de Doentes.

“As ambulâncias do INEM são do tipo B e estão equipadas com uma sirene de 100W, com três tons, dando cumprimento ao estipulado”, explica, por escrito, um responsável pela comunicação do instituto, acrescentando: “Também os fornecedores das ambulâncias têm certificado/declaração referente às sirenes, que obedecem Normas internacionais, o que permite constatar a conformidade das mesmas”. As ambulâncias de tipo B são as únicas que podem ser utilizadas no transporte de doentes “urgentes e emergentes”. As outras, de tipo A e C, destinam-se ao transporte de doentes noutras situações. O mesmo responsável assinala que “para que se considere que uma ambulância circula em marcha de emergência é necessário o uso de sinais luminosos e sonoros em simultâneo”. Ou seja, é mesmo necessário fazer barulho.

O porta-voz informa que, em 2015, num total de 325 reclamações recebidas pelo INEM, “cinco diziam respeito ao ruído causado pelas sirenes”. “Já no ano corrente, e até ao presente, o INEM contabiliza três reclamações relativas ao uso excessivo de sirenes. Se se tiver em conta a ubiquidade das ambulâncias amarelas, podemos considerar que até há poucas reclamações em relação ao volume sonoro. “Circulam em Lisboa centenas de ambulâncias – do INEM, de Corporações de Bombeiros, da Cruz Vermelha Portuguesa e de entidades privadas de transporte de doentes. O INEM conta atualmente 15 ambulâncias de emergência médica operadas diretamente pelo Instituto, com base na capital”, esclarece.

Questionado sobre o que pode ser feito para reduzir o nível de ruído produzido pelos veículos em marcha de emergência, a mesma fonte explica que “os colaboradores do INEM têm formação específica em condução de emergência, sendo uma das temáticas abordadas a da utilização consciente e responsável das sirenes, sem nunca descurar o Código da Estrada”. “Esta formação é revalidada por um período de 5 em 5 anos, ou sempre que o Instituto entender necessário”, refere.

Em diversos países, como Espanha, há cidades onde os veículos em marcha de emergência têm dispositivos de modulação do volume. Em Barcelona, por exemplo, os carros da polícia municipal apenas elevam o som da sirene ao aproximarem-se de um cruzamento ou de um ponto de congestionamento viário. No resto do percurso da marcha de emergência, o efeito sonoro é utilizado num nível moderado, a fim de não causar incómodo aos residentes dos locais por onde o referido veículo passa.

Também interrogado pelo Corvo sobre esta matéria, o responsável pelo grupo de ruído do grupo ambientalista Quercus admite não conhecer estudos feitos sobre o assunto no nosso país. Mas Paulo Carmo admite que “nem todos os veículos de emergência utilizam os sinais sonoros em situações de emergência”. “Será uma questão de educação e formação dos próprios condutores das ambulâncias”, diz. O ambientalista salienta que, na recente elaboração do Plano de Ruído de Lisboa, “a regulamentação foi desenhada de forma a que se criassem excepções para o aeroporto e para os veículos de emergência”. Existe, por isso, nesse campo, um regime liberal.
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:JbakhaJb94gJ:ocorvo.pt/2016/09/06/sera-mesmo-necessario-as-ambulancias-em-emergencia-fazerem-assim-tanto-ruido/+&cd=1&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt


Para não falar dos aviões...

Tridion

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1541 em: 2017-06-10 12:55:53 »
Mas isso é para quem compre o prédio inteiro. E quem compra o prédio inteiro para remodelar e vender dificilmente tem essa preocupação.
A maioria serão coisas compradas adhoc, recuperadas e pouco melhor fica do que o original. Além de que a pessoa compra o 2ºDto e se a fracção do lado, de cima e de baixo continuarem na mesma fica tudo igual, apenas com uma casa mais bonita.

Isto para não falar em determinados eixos de Lisboa que são os pontos de passagem das ambulâncias. Lembro-me de ter lido uma reportagem de alguém que foi morar, salvo erro, para a esquina da João XII com a Av. de Roma e que ficou chocado nos primeiros dias quando abria a janela (provavelmente foi coisa de que não se apercebeu quando visitou e comprou).

Podes sempre isolar a tua fracção. Conforto acústicos e térmico em troca de área interior.

Julgo que a construção de topo tem essas preocupações. Também sei que as casas de milhões, o potencial comprador, pode pernoitar na casa para perceber a dinâmica do local.
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Automek

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1542 em: 2017-06-10 14:12:38 »
Um tipo que compra um apartamento de 3M é bom que não ouça os saltos altos da vizinha de cima... senão mais vale ir morar para uma casa com paredes de tabique, que sempre fica mais barato.  ;D

Tridion

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1543 em: 2017-06-10 18:40:07 »
Um tipo que compra um apartamento de 3M é bom que não ouça os saltos altos da vizinha de cima... senão mais vale ir morar para uma casa com paredes de tabique, que sempre fica mais barato.  ;D

Lembro-me de uma pessoa se queixar que ouvia o vizinho do lado a fazer a barba. Não resisti e perguntei se a fazia com um corta relva, ao que respondeu que era com uma gillette.  ::)

Mais tarde, apurou-se que o sistema de ventilação das casa de banhos era comum e estava mal construído. Não sei se teve solução.
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1544 em: 2017-06-10 21:32:13 »
Na minha casa ouve-se os saltos da vizinha de cima, o de baixo a gritar com os miúdos, a do lado a tocar piano...Tudo.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Europeu

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1545 em: 2017-06-11 00:13:44 »
Eu moro num predio, é todo meu, e ao lado fizeram um predio de apartamentos e venderam todos a turistas.
Comecei a ouvir o ruido da ventilação do predio do lado, meteram um interruptor para a extraçao da casa de banho, há turistas que deixam aquilo ligado e não desligam, vou ver como é que vou resolver a situação.
Para além de resolver a questão, estou a pensar em isolar acusticamente, que alternativas existem para alem da lã de rocha?
Há dois grupos de eleitores socialistas, um grupo é o dos funcionarios publicos, o outro grupo é o dos retardados.

Messiah

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1546 em: 2017-06-11 02:34:00 »
Eu moro num predio, é todo meu, e ao lado fizeram um predio de apartamentos e venderam todos a turistas.
Comecei a ouvir o ruido da ventilação do predio do lado, meteram um interruptor para a extraçao da casa de banho, há turistas que deixam aquilo ligado e não desligam, vou ver como é que vou resolver a situação.
Para além de resolver a questão, estou a pensar em isolar acusticamente, que alternativas existem para alem da lã de rocha?


Tens dois tipos de propagacao de acustica... a acustica sonora propagada pelo ar e a acustica de impacto.

A sonora la rocha ou um mterial especifico para o efeito, mas penso que tem base la rocha... depois tapar a cavidade da la rocha com pladur. O pladur vai ter que ficar em suspensao e ser instalado numas calhas que absorvem o som dos impactos. e' a melhor forma...

vv

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1547 em: 2017-06-11 03:24:39 »
Qual la de rocha. Mete esponja dos estudios de musica, tens varias espessuras e densidades. La de rocha e roofmate para acustica è uma bosta

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1548 em: 2017-06-11 11:21:11 »
Quem não se importar em perder uns 3 cm em cada parede pode colocar essa protecção acústica. Mas não me parece viável...
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1549 em: 2017-06-11 12:00:28 »
há zonas das casas onde é muito difícil fazer isso (WCs, dentro dos roupeiros, chão, caixas de persianas, etc).

no limite implicava rebentar com azulejos, levantar chão, desmontar tectos falsos, tirar rodapés, etc.

Tridion

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1550 em: 2017-06-11 13:42:17 »
há zonas das casas onde é muito difícil fazer isso (WCs, dentro dos roupeiros, chão, caixas de persianas, etc).

no limite implicava rebentar com azulejos, levantar chão, desmontar tectos falsos, tirar rodapés, etc.

Basta colocar por cima dos azulejos e do chão, não precisas de tirar o inicial. Poupa-se tempo e dinheiro. É chato mas tudo se faz.
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1551 em: 2017-06-11 13:53:35 »
mas depois tem de se voltar a aplicar o chão ou os azulejos de parede por cima do material isolante. armários de cozinha e de casa de banho para para fora, banheiras e polibans, rodapés e sancas, ...
parece um filme dantesco, pouco melhor do que partir a casa toda.  ;D

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1552 em: 2017-06-11 14:18:58 »
imaginem retirar 3 cm de cada lado e verão como fica horrível (na esmagadora maioria das casas).
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1553 em: 2017-06-11 14:59:20 »
Bem eu so referi o que resulta mesmo, mas que nao haja duvidas, fazer uma obra inteira para isolar uma casa acusticamente è o fim do mundo. Seja com espuma ou la de rocha ou ate com caixas de ovos. Mas eu percebo o europeu, a implicar com o ventilador, eu tambem sou bastante sensivel a ruidos, sejam eles quais forem.
Na fase de construcao està o segredo, è na raiz que se faz isso.  COmeçar logo nas lajes, por exemplo por alguma leca no betao. Quando se erguem as paredes, o fundo da parede e o topo tem de levar uma junta de espuma densa. Nas caixas de ar das paredes exteriores o roofmate ajuda mas o poliuretano expandido è melhor.
Vidros triplos, aluminios isolados com espuma interior. Mas que nao haja duvidas, so 3% dos promotores ligam a isto e sai caro para burro. Eu conheco um construtor que faz tudo o que referi acima, o tipo nao brinca, entras numa casa dele e parece um vacuo.
Agora fazer a obra depois, està mas è quieto.
Automek, nao vas pelo preco da casa, um amigo meu comprou um apartamento por dois milhoes num 5o andar. O 6o andar està inabitado, e o gajo ouve o vizinho do 7o piso a ressonar. Ouve o autoclismo. Mais um bocado e ouvia o gajo a mastigar uma cenoura crua. Pessoal, negocio è negocio. A construcao è como a restauracao. Carne de 2€ o kilo para vender um bifinho a 10€. Ja la vai o tempo que o promotor insistia em fazer caixas de ar com 50cm. Infelizmente hoje, a construcao è carne de 2€. Ha que maximizar o lucro, ate porque a terra está cara, logo, em alguma parte os gajos metem barato. Ate pode ser bonito, mas barato. Hoje quando vejo casas de 1 milhao novas com piso flutuante de 20€ o metro fico a pensar, mas quem è este pato bravo? Um piso flutuante de jeito sao 50€ m2 no minimo. Os promotores insistem em fazer construcao nova a 600€/m2. Isto ja nao existe.
600 è valor para remodelacao. Hoje construcao nova para ser bom è 1000-1200 o m2. Nao ha milagres. Ou o cliente dinal vai comprar gato por lebre. Hoje em dia acho piada, quando vou ver empreendimentos, vejo portas interiores que basta um pontape para a porta saltar do sitio. Armarios de cozinha de casquinha. Paredes fininhas, azulejos irregulares. Sabem como se ve a qualidade de um azulejo? È como ver um prato de porcelana. È irregular ou tem mossas? Se tem mossas è de segunda categoria. Tudo isto me leva a concluir que estou a falar com um promotor aldrabao e profit driven. Facam isso, vejam o peso e a densidade das coisas, das portas, o pisar do soalho, peçam a ficha tecnica e vao ver, tem ali uma casa a ser vendida a 5000 o m2 com carne do mcdonalds.

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1554 em: 2017-06-11 15:48:51 »
O Geres esta a ser bem promovido por eventos de trail running e provas semelhantes.... pelo que vi todos os participantes adoraram e ja se inscreveram para provas seguintes.....

Este tipo de turismo da dinheiro , pena nao haver um estudo que quantifique.

A nao ser que se tenha em conta os numeros de uma outra modalidade ....


Tridion

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1555 em: 2017-06-11 16:32:49 »
mas depois tem de se voltar a aplicar o chão ou os azulejos de parede por cima do material isolante. armários de cozinha e de casa de banho para para fora, banheiras e polibans, rodapés e sancas, ...
parece um filme dantesco, pouco melhor do que partir a casa toda.  ;D

Bem não é preciso ser tão drástico, à partida não tens que forrar atrás dos armários. Só os espaços que sobram entre eles. Até porque os próprios armários já protegem qualquer coisa da propagação do som. A mesma ideia se aplica às banheiras e polibans.

Mas cada caso é um caso. No meu caso, mais pelo aspecto térmico vou aplicar 6/8 cm de algum tipo de isolamento térmico (que ainda não decidi qual) em paredes interiores e exteriores, e para além de ter que puxar as tomadas e interruptores para fora não me vai dar muito mais trabalho.
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1556 em: 2017-06-11 16:42:24 »
O problema das ficha técnicas é que um tipo não sabe se aquilo que é descrito com estando dentro da parede corresponde à verdade, a não ser que a pessoa chegue lá e rebente uma parte da parede para comprovar ou tenha acompanhado a fase da construção. Daí os problemas que o vv descreve. Casas caríssimas, provavelmente com uma ficha técnica a dizer que é bom, mas depois na prática uma m*.

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1557 em: 2017-06-11 17:11:19 »
O problema das ficha técnicas é que um tipo não sabe se aquilo que é descrito com estando dentro da parede corresponde à verdade, a não ser que a pessoa chegue lá e rebente uma parte da parede para comprovar ou tenha acompanhado a fase da construção. Daí os problemas que o vv descreve. Casas caríssimas, provavelmente com uma ficha técnica a dizer que é bom, mas depois na prática uma m*.

E a falta de conhecimentos dos técnicos envolvidos na construção, mesmo nas licenciaturas de arquitectura e eng. civil? Nem tudo é aldrabice é mesmo desconhecimento.
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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1558 em: 2017-06-11 17:12:55 »
O problema das ficha técnicas é que um tipo não sabe se aquilo que é descrito com estando dentro da parede corresponde à verdade, a não ser que a pessoa chegue lá e rebente uma parte da parede para comprovar ou tenha acompanhado a fase da construção. Daí os problemas que o vv descreve. Casas caríssimas, provavelmente com uma ficha técnica a dizer que é bom, mas depois na prática uma m*.

E a falta de conhecimentos dos técnicos envolvidos na construção, mesmo nas licenciaturas de arquitectura e eng. civil? Nem tudo é aldrabice é mesmo desconhecimento.
E fiscalização deficiente (ou corrupta)...

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Re: Imobiliário - Tópico principal
« Responder #1559 em: 2017-06-11 19:16:58 »
A fiscalização durante a obra é da responsabilidade  de quem a faz. Por isso, a existir corrupção é entre os técnicos responsáveis e o construtor. Do tipo no projecto estar um material e optar por um pior.
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