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Autor Tópico: A Politica e o Salário Mínimo  (Lida 17080 vezes)

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #20 em: 2014-04-24 14:57:15 »
Não creio, pois se o povo já é mais instruído do que os empresários.

Não estás a ver a dinâmica. Em média são pessoas com piores perspectivas que vão para empresários. Se o fazem, isso significa que os incentivos transversalmente aos níveis de instrução não estão suficientemente equilibrados. Pendem para o lado do trabalhador, convencem as pessoas a querer ser trabalhadores, não empresários.

É como os investigadores a dizer que é necessário empregar mais investigadores. Mas afinal quem, que não os investigadores, estará em melhor posição para criar empresas que necessitem de investigadores? Compreendes o problema?

Os incentivos estão todos marados, a nível de impostos, burocracias, regras de contratação e despedimento, etc. É claro que muito do que parece marado parece simultaneamente conquistas dos trabalhadores que lhes melhoram a qualidade de vida - e melhoram mesmo, e é por isso que mais pessoas querem ser trabalhadores do que empresários, porque aquilo que é assegurado a uns não está presente nos outros ...
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vbm

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #21 em: 2014-04-24 15:43:26 »
Tem coerência, esse enredo.

No entanto, é culpa dos governantes
não controlarem suficientemente
o poder monopolista sindical.

Se instruíssem o povo,
o habilitassem a entender
a realidade objectiva,
social e económica,
transformariam
a sociedade
para bem
melhor
do
que
é.


De qualquer modo,
a 24-4-2014,
estou com

Fernando Tordo
e Guerra Junqueiro
« Última modificação: 2014-04-24 15:44:55 por vbm »

Luisa Fernandes

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #22 em: 2014-04-24 18:52:55 »
Para efeitos comparativos, em Portugal o salário mínimo é de 566 euros (485 que se multiplicam por 14 e se voltam a dividir por 12). Em 2011, sete países da União não tinham salário mínimo. A Alemanha aprovou-o este mês para todos os sectores , estabelecendo-se 8,5 euros à hora (um pouco menos do triplo do que se pratica em Portugal). Áustria, Chipre, Dinamarca, Finlândia, Itália e Suécia não têm salário mínimo na lei. Quase todos, porque os salários pagos e o nível de igualdade conseguido o dispensa. Dos restantes 21, nove têm salários mínimos abaixo dos nossos. São todos do leste europeu e todos entraram para UE depois de nós. Acima de nós estão os outros: Luxemburgo (1.874€), Bélgica (1.502 € ), Holanda (1.469 € ), Irlanda (1.462 € ), França (1.430 € ), Reino Unido (1.264 € ), Eslovénia (784 € ), Espanha (753 € ), Malta (697 € ) e Grécia (684 € ) . Não vale a pena dizer que em Portugal tudo é mais barato. Se tivermos em conta o poder de compra passamos, no total de 21 países, de 11º para 12º lugar. Também não é apenas por sermos pobres. O salário mínimo da Bélgica, da Holanda, da Irlanda e de França são quase o triplo do português. E estão todos abaixo do dobro do nosso PIB per capita . Apesar de sermos um dos países mais desiguais da Europa, somos o 9º em que o salário mínimo mais se aproxima da remuneração mensal média (42,6%). Não porque se aproxime dos salários decentes, mas porque é uma referência para os salários mais baixos.

Não é difícil olhar para estes números (outros, menos atualizados mas talvez mais completos, podem ser vistos aqui)  e perceber que não há qualquer relação entre a competitividade de um país e um salário mínimo muito baixo. O que o salário mínimo nos descreve é a estrutura produtiva de cada economia. Países que acrescentam pouco valor ao que produzem tendem a pagar salários mais baixos e a tentar competir por essa via. E um salário mínimo muito baixo tende a promover este tipo de economia e a atrair este tipo de empresas. Um salário mínimo baixo não é apenas consequência do atraso económico de um país. Também é causa.

Quando se promove este tipo de economia, não vinga o empresário que inova, que investe no conhecimento, que organiza bem a sua empresa. Tende a vingar o patrão que paga menos e que concorre apenas com esse argumento. Em regra, o empresário menos qualificado. Segundo o estudo "Emprego, contratação colectiva de trabalho e proteção de mobilidade profissional em Portugal", encomendado pelo Ministério do Trabalho em 2010, 61,3% dos trabalhadores por conta de outrem tinham até ao terceiro ciclo do ensino básico, 20,4% o ensino secundário e 18,3% o ensino superior. Nos patrões, 71,7% tinha até ao terceiro ciclo do ensino básico, 12,2% o ensino secundário e 16,1% o ensino superior. Ou seja, a qualificação dos trabalhadores era superior à do que empresários. Esta foi a classe empresarial que a política de salários baixos promoveu. O que afeta a produtividade geral do País porque, como lembrava o nosso Aníbal, a má moeda expulsa a boa moeda. Como se vê com os nossos emigrantes e nas grandes empresas que se instalam no País, a nossa baixa produtividade tem muito pouco a ver com os nossos trabalhadores. Terá a ver com alguns custos de contexto e atrasos estruturais, sim. Mas resulta, acima de tudo, de um tecido empresarial que se habituou a viver à sombra de mão de obra barata e que nem sequer consegue absorver os seus trabalhadores mais qualificados.

Mesmo os países que pagam menos do que nós estão a fazer o seu caminho. Entre 2006 e 2013, o salário mínimo português aumentou bastante. Cerca de 25%. Mas nos países de Leste, que estão abaixo de nós, a evolução está a ser muito mais rápida. Neste mesmo período, cinco deles duplicaram o salário mínimo, dois deles aumentaram em mais de cinquenta por cento e apenas um aumentou menos do que nós e outro mais ou menos o mesmo. Pior: o aumento do nosso salário mínimo parou em 2011, quando a troika chegou à Portela e Passos Coelho chegou a São Bento. E nisto só fomos acompanhados pela Grécia, que até o baixou em 22%, em 2012. Ou seja, desde de 2011 que Portugal está a apostar num caminho sem futuro. Que até os nossos principais concorrentes estão a abandonar.

O aumento do salário mínimo é um dos mais poderosos instrumentos de combate ao maior cancro social, económico e até político de Portugal: a desigualdade na distribuição do rendimento. Esta desigualdade tem efeitos no mercado interno (há uma parte razoável do país que pouco consome) e nas contas públicas (mais de 56% dos contribuintes não pagam IRS, por terem rendimentos demasiado baixos). Mas sobretudo tem efeitos sociais profundos. Como demonstram Richard Wilkinson e Kate Pickett, em "O Espírito da Igualdade", a desigualdade, em países do primeiro mundo, afecta de forma estrutural indicadores como a confiança entre cidadãos, doenças mentais, toxicodependência, alcoolismo, esperança de vida, mortalidade infantil, obesidade, desempenho escolar, gravidez na adolescência, homicídios, taxas de encarceramento e mobilidade social. Não apenas nos pobres, mas no conjunto da sociedade.

Por fim, tem efeitos políticos. Porque desigualdade económica é desigualdade de poder. Uma outra obra, "Desigualdade em Portugal" (Edições 70), dá-nos alguns exemplos. Duas pessoas: uma ganha mais de 2.500 euros mensais, outra menos de 800. A primeira tem seis vezes maior probabilidade de ser militante de um partido, sete vezes maior probabilidade de contactar pessoalmente com um político ou um alto funcionário público, oito vezes maior probabilidade de ter algum tipo de atividade voluntária. É por isto que apenas 17% dos portugueses alguma vez participaram numa ação cívica coletiva. A média europeia é de 41%. Na Escandinávia é de 70%. Não há democracia saudável com grandes níveis de desigualdade. E o aumento do salário mínimo é, com os impostos progressivos e os serviços públicos, o mais poderoso instrumento para reduzir uma desigualdade que envenena a nossa vida em comunidade. E que fique claro: lutar pela igualdade não é punir a classe média. Pelo contrário. É aproximar dela os que menos ganham e redistribuir melhor o que continua a ir para os muito poucos que concentram grande parte da riqueza em Portugal.

Como se sabe pelos últimos números apresentados pelo INE, temos 10,5% dos trabalhadores com emprego a viver abaixo do limiar de pobreza. E só no último ano a pobreza aumentou 3,3 pontos percentuais na população ativa. Ter trabalhadores pobres é ter maus trabalhadores. Que não se qualificam, que não estudam, que não aprendem, que vivem esmagados por outras preocupações. Ter trabalhadores pobres é repetir o modelo que nos deixou ficar para trás durante grande parte do século XX. E que formou uma classe empresarial sem arrojo e uma economia pouco competitiva. E, mais importante, que forjou um país inculto, pouco democrático e desorganizado. Mas, para além de tudo isto, aumentar o salário mínimo é, para quem faça o esforço de imaginar o que é viver com menos de 500 euros por mês, uma questão de direitos humanos.

Passos Coelho mostrou disponibilidade para, depois de dois anos de congelamento, aumentar finalmente o salário mínimo. PSD e CDS, que tiveram o o primeiro-ministro a berrar, durante meses, que o aumento do salário mínimo seria "uma barreira ao emprego" e até a defender a sua redução, responsabilizam, em vésperas de eleições, o memorando da troika por não o terem feito antes. Mas Passos Coelho apresentou a coisa de uma forma um pouco estranha: disse que "está disponível para fazer concessões". Concessões porquê? Se o aumento do salário mínimo é uma concessão de alguém será, quanto muito, dos patrões. E só por piada a CIP e o próprio Passos Coelho podem exigir mudanças na lei laboral em troca de um aumento para 500 euros, inferior ao salário mínimo real em 2011. Ou seja, usam o descongelamento do salário mínimo como chantagem para conseguir mais mudanças nas leis do trabalho.

O aumento do salário mínimo para níveis pelo menos superiores a 510 euros deve ser uma posição do governo, porque tem efeitos positivos na economia, no tecido empresarial, na competitividade do País, na nossa vida social e na democracia. Não é uma cedência aos trabalhadores. E muito menos pode ser uma moeda de troca para seja o que for.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/aumentar-o-salario-minimo-para-tornar-portugal-competitivo=f864568#ixzz2zpM2sWXk
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Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #23 em: 2014-04-24 18:57:48 »
Não, as contas correctas são 485 * 14 * 1.2375 / 11, porque há também que pagar a contribuição para a segurança social, e só se trabalha 11 meses, pelo que é necessário que o valor criado nesses 11 meses exceda o que se paga. Isso dá, sem seguro de trabalho e afins, 763 EUR/mês.

O que se paga noutros países é "relativamente" irrelevante. A nossa população é menos instruída e menos capaz de produzir valor. Aliás, temos o problema de que vários países com mais instrução que nós ganham (por enquanto), menos que nós - uma realidade que não se vai manter.

Não há aqui milagres, não se pode apostar numa economia que paga mais e que não aposta em baixos salários, quando toda a estrutura produtiva, burocrática, fiscal, regulatória, instrutiva, etc, não é competitiva com quem paga mais que nós, e em alguns casos, nem com quem paga menos ...
« Última modificação: 2014-04-24 18:58:29 por Incognitus »
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Luisa Fernandes

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #24 em: 2014-04-24 19:45:48 »
Portugal é o País da Europa em que se verificam os salários mais altos a nível de Gestores/Administradores.  :-X
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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #25 em: 2014-04-24 20:15:31 »
Portugal é o País da Europa em que se verificam os salários mais altos a nível de Gestores/Administradores.  :-X

Duvido, só se for em termos relativos.

Mas em termos relativos não espantaria, porque Portugal tem uma fatia da população que é competitiva a nível mundial com os melhores, e depois tem também uma fatia da população que só é competitiva com os piores - esta é uma receita pura para gerar desigualdades enormes do género por ti identificado.

Isto não obstante na corporate governance parecerem existir avarias que exageram AINDA mais esse fenómeno - tanto em Portugal como fora dele.

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jeab

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #26 em: 2014-04-24 20:24:37 »
Portugal é o País da Europa em que se verificam os salários mais altos a nível de Gestores/Administradores.  :-X

Acho bem para aqueles que estão nesse lugar de Gestor/Administrador por mérito próprio ... e infelizmente até são muito poucos. Muitos estão lá fora ...

Agora aqueles Gestores/Administradores nomeados pelos políticos, o ordenado mínimo já é muito para eles ...  >:(
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #27 em: 2014-04-24 20:34:21 »
Engraçado... o salario equivalente ao mérito é so para alguns  :D
Compreendo-te Jeada...
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jeab

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #28 em: 2014-04-24 20:55:27 »
Engraçado... o salario equivalente ao mérito é so para alguns 
Compreendo-te Jeada...

Eu sou um defensor ferranho da meritocracia e contra o partidarismo . Por mim, os politicos estariam desempregados e teríamos era gestores a endireitar isto ... :D

Por isso tenho pegas com a minha amiga professora do secundário, que como está em topo de carreira, por tempo e não por mérito, trabalha meia dúzia de horas por semana, reuniões da treta, relatórios da treta e venha de lá os meus 2 mil e tal euros e o desgraçado do  tarefeiro é explorado pelos colegas na mesma escola até dizer chega, com uma carga horária de burro.

Mas, claro, camaradas, os direitos adquiridos foi uma luta consegui-los e tem que se manter, nem que a vaca tussa ... :D
« Última modificação: 2014-04-24 20:59:47 por jeab »
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Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #29 em: 2014-04-24 21:17:34 »
Agora é que não percebi nada :-\
Afinal queres aproximar salários ou queres mante-los com a discrepância que existe actualmente?
Ou será que queres baixar o salario mínimo pq quem o recebe não tem mérito?
Camarada, decide-te.
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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #30 em: 2014-04-24 21:49:11 »
Agora é que não percebi nada :-\
Afinal queres aproximar salários ou queres mante-los com a discrepância que existe actualmente?
Ou será que queres baixar o salario mínimo pq quem o recebe não tem mérito?
Camarada, decide-te.

Aproximá-los só mesmo com muito maior educação de toda a população. Mas no mundo moderno até isso pode não chegar, pois existem uma série de actividades altamente lucrativas que só estarão ao alcance de pessoas com competências brutais. Nisso o mundo está intrinsecamente mais desigual. Antes não era possível começar negócios que satisfaziam directamente a quase totalidade da população mundial a partir de infraestruturas tecnológicas e com um número limitado de trabalhadores. Por exemplo, só a Google fez centenas de milionários.
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valves1

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #31 em: 2014-04-24 22:15:48 »
Se os problemas de Portugal se resumissem a um salario minimo inviavel era muitissimo bom, As pessoas podiam simplesmente olhar para os mercados externos assim como fazem as empresas e olhando para o mapa podiam podiam por exemplo posicionar -se as regioes da Europa/mundo em que se cruzassem mais salario minimo e maior taxa de emprego e assim ter muito mais chances de resolver o seu problema;
a mobilidade se financeiramente possivel e a chave para a solucao de muitos destes problemas as pessoas numa prespectiva passiva a espera que os governos aumentem os salarios minimos e arriscado, sobretudo porque nem sempre as empresas  estao em condicao de faze-lo ...

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Luisa Fernandes

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #32 em: 2014-04-24 23:19:22 »
Os problemas de Portugal não se resumem a nada nem a tudo.
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jeab

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #33 em: 2014-04-25 09:35:39 »
Agora é que não percebi nada :-\
Afinal queres aproximar salários ou queres mante-los com a discrepância que existe actualmente?
Ou será que queres baixar o salario mínimo pq quem o recebe não tem mérito?
Camarada, decide-te.

Eu não quero subir nem baixar nada ... só quero que as pessoas recebam a sua justa remuneração pelo seu trabalho efectivamente desenvolvido. Sou contra pelo que está instituido - salário igual pela profissão igual.  Sou a favor de trabalho igual remuneração igual   :)
Qual a ética e justiça de pagar a uma profª 4 X mais, a "trabalhar" o horário minimo no conselho executivo de uma escola, e de um profº tarefeiro com uma carga horária máxima ? 

Ainda não vi nenhum sindicato a pugnar por flagrante injustiça ... nem nenhum profº efectivo  :D
« Última modificação: 2014-04-25 13:43:38 por jeab »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #34 em: 2014-09-17 12:11:13 »
Até este concorda...

Sobre a possibilidade de um acordo para a subida do salário mínimo, Alexandre Soares dos Santos diz que os trabalhadores têm de ser mais bem pagos e que ninguém vai trabalhar com gosto para ganhar pouco mais de 500 euros.

Deve ser mais um sindicalista comunista  :D , regra colocada na lapela de todos aqueles que falam assim neste fórum.
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Zel

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #35 em: 2014-09-17 13:15:39 »
Até este concorda...

Sobre a possibilidade de um acordo para a subida do salário mínimo, Alexandre Soares dos Santos diz que os trabalhadores têm de ser mais bem pagos e que ninguém vai trabalhar com gosto para ganhar pouco mais de 500 euros.

Deve ser mais um sindicalista comunista  :D , regra colocada na lapela de todos aqueles que falam assim neste fórum.

essa cabecinha insiste em nao funcionar, o que o alexandre esta a dizer toda a gente aqui poderia dizer o mesmo



Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #36 em: 2014-09-17 13:16:32 »
Subir o salário mínimo é uma opção politica perfeitamente legítima. Mas não tem apenas benefícios como possas pensar. O salário mínimo a 500 EUR implica um custo para mês de trabalho efectivo de uns 800 EUR. Todas as actividades que não gerem uma margem líquida de todos os outros custos para aquele posto de trabalho de mais de 800 EUR desaparecem, não contratam ou têm que recorrer a esquemas mais baratos para conseguirem contratar. 800 EUR/mês não é assim tão fácil de gerar quanto possa parecer.
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Zel

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #37 em: 2014-09-17 13:21:56 »
Subir o salário mínimo é uma opção politica perfeitamente legítima. Mas não tem apenas benefícios como possas pensar. O salário mínimo a 500 EUR implica um custo para mês de trabalho efectivo de uns 800 EUR. Todas as actividades que não gerem uma margem líquida de todos os outros custos para aquele posto de trabalho de mais de 800 EUR desaparecem, não contratam ou têm que recorrer a esquemas mais baratos para conseguirem contratar. 800 EUR/mês não é assim tão fácil de gerar quanto possa parecer.

mas tb acontece que alguns empregos mal pagos sao fundamentais e que simplesmente da-se uma redistribuicao da riqueza entre assalariados, consumidores etc

claro que como dizes bem nao eh o unico efeito. o problema aqui eh que a esquerda da luisa so quer mamar por decreto de lei e na altura de tornar o pais mais produtivo ja nao querem fazer nada, antes pelo contrario. alias o soares dos santos disse aquilo no contexto duma CRITICA AOS SINDICATOS, foi para criticar a visao da luisa e nao para a apoiar
« Última modificação: 2014-09-17 13:22:42 por Neo-Liberal »

Incognitus

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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #38 em: 2014-09-17 14:01:21 »
Sim, algumas actividades ficam melhor remuneradas, isso faz parte do efeito bom da medida.
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Re:A Politica e o Salário Mínimo
« Responder #39 em: 2014-09-17 14:08:31 »
No SMN estamos a falar de 13% dos trabalhadores (e alguns são falsos porque recebem mais por fora)