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Autor Tópico: O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira  (Lida 996020 vezes)

Papillon

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1880 em: 2014-04-03 17:23:42 »
Para não cair no esquecimento !!!!



Boa tarde, 

Dei me ao trabalho de ler aqui algumas das paginas recentes do tópico e para além de toda a propaganda e contra informação do Thorn , tentando como é óbvio escamotear a verdade e  fazer de todos nós parvos, vejo também que o pessoal ainda não percebeu bem algumas questões relativas aos CFDs e que por sinal estão a criar aqui uma grande confusão na maioria dos participantes.
È claro que o Thorn está a aproveitar com todo o deleite essa confusão para  lançar mais desinformação.


Peço desculpa pela seca que vos vou dar mas parece-me a forma mais sistemática de organizar as ideias acerca do que se aqui vem escrevendo.

Vamos lá tentar clarificar as coisas, já que também  reconheço que as minhas intervenções anteriores foram demasiado condensadas  e como tal também não ajudaram muito a dissipar as  confusões. 

Vamos por partes:

1-   Afinal o que é um CFD e o que o distingue do activo subjacente ( normalmente acções)
2-   O que é o dito spread de 0,2% na cotação dos CFDs que tanto se tem aqui falado?
3-   A questão da  internalização de ordens de CFDs


O CFD é um mero contrato que  no caso é vendido pelo Saxo, onde este e o cliente tomam posições opostas.
O cliente que compra um CFD compromete-se no acto da liquidação do contrato a pagar a diferença entre o preço de compra e preço de venda ao Saxo Bank  caso o preço de venda seja inferior ao preço de compra e o contrario, o Saxo compromete-se no acto da liquidação do contrato a pagar a diferença ao cliente entre o preço de venda e preço de compra caso o preço de venda seja superior ao preço de compra. 
As partes comprometem-se assim a pagar uma á outra as diferenças de preço no acto do encerramento da posição, dai o nome CFD .
No fundo estamos perante uma aposta entre 2 entidades que   apostam em sentidos opostos tendo em conta que nenhuma das partes entra no contrato com o objectivo de perder.

 Desde logo se percebe que comprar um CFD sobre uma acção não é o mesmo que comprar a respectiva acçao.
O primeiro caso é apenas um contrato de aposta que não é negociado num mercado regulamentado como uma bolsa e que apenas vincula 2 partes, adicionando desta forma aos riscos de mercado do subjacente todos os riscos de contraparte( caso algo corra mal com o Saxo o cliente pode não receber nada  e o CFD que comprou passa a ser apenas lixo).
Quando compro acções a situação é completamente distinta.
Neste caso estou a comprar um activo num mercado regulamentado sem riscos de contraparte e representativo do capital social duma empresa com todos os direitos  associados a este facto.

Vejamos agora como em regra o Saxo forma o preço do CFD.
 Peguemos no caso do CFD sobre acções:

A acção a cada momento cota no mercado regulamento com um preço Bid e um preço Ask
Preços estes que tem um spread natural entre si que é definido a cada momento pelo preço oferecido pelo melhor comprador e o melhor vendedor que se encontrem no livro de ordens da respectiva bolsa. 
O preço da esmagadora maioria dos  CFDs disponibilizado pelo Saxo será construído com base na cotação do subjacente em bolsa da seguinte forma:

Bid (CFD) = Bid Acção  - 0,2% Bid Acção       
Ask (CFD) = Ask Acção +  0,2% Bid Acção  ( na pratica é o mesmo que Ask Acção +  0,2% Ask Acção)


* ( No caso do mercado americano em vez de aplicar um spread percentual aplica um spread fixo em cêntimos o que na prática acaba por dar spreads percentuais ainda mais elevados)

Ou seja os ditos 0,2% , que tanto se tem falado por aqui, adicionam ao spread natural da cotação da acção alargando este spread natural em 0,2% do Bid para os dois lados da cotação , ou seja um total de 2 x 0,2 % = 0,4%.

É deste spread adicional que se tem estado a falar e não como é obvio do spread natural  da cotação em bolsa do activo subjacente. Esse como é obvio está sempre presente e é incontornável.

Na pratica o que acontece é o seguinte:
Quando dou uma ordem de compra limite em CFDs o que eu estou sempre a indicar é o preço da acção a que eu quero que a ordem se execute.
Quando houver vendedor no mercado do subjacente para o preço que eu indicar  o Saxo vende-me o CFD a um preço que corresponde ao preço indicado na ordem limite + 0,2 %.  Ou seja comprei a um preço mais elevado do que se tivesse comprado a acção.
Quando vendo é o contrario. É me pago pelo Saxo o preço indicado na ordem limite  menos  0,2%.
Ou seja vendo mais barato do que se tivesse a vender a acção.

Na pratica o que temos é uma comissão adicional de 0,2% embutida no preço a que me é comprado ou vendido o CFD.
O Saxo se não quiser correr o risco de jogar contra o cliente, quando este compra os CFDs o Saxo compra as respectivas acções ao preço indicado pelo cliente e encaixa os 0,2% adicionais que cobrou em excesso ao cliente.
 Quando o cliente vende os CFDs, o Saxo vende as acções ao preço indicado e encaixa os 0,2% pagos a menos ao cliente

Nada disto é grave já que se comprar acções também pagarei o preço de execução da ordem mais as comissões de corretagem.

O que acontece no entanto numa carteira de acções é que, se eu tiver 100.000€ para investir só poderei comprar no máximo este valor em acções mas com CFD´s poderei por exemplo comprar um montante de 800.000€, devido ao efeito de alavancagem que este derivado permite,  sendo que os 0,2 % vão incidir não sobre os 100.000€ mas sim sobre o montante alavancado, alavacando também em 8 vezes o nível de comissões desta transação.

É este efeito de alavancagem ,que se reflecte de forma proporcional nas comissões geradas, que a DIF Broker vai explorar em seu proveito quando faz a gestão de carteiras.

O cliente de facto entrega 100.000€ em gestão mas para Dif é como se estivesse a negociar sobre uma carteira de quase 1.000.000 €.
O problema disto é que o risco é multiplicado pelo mesmo factor de alavancagem .
 Mas isso não preocupa a Dif porque o risco de perda de capital é totalmente  transferido para o cliente.

Pensemos apenas nisto:
Se 100.000€ totalmente investidos em acções já é  um investimento de alto risco o que será então 100.000€ a exporem se no mercado a 800.000€ ou  mais? 

Mas os custos não ficam por aqui.
Todo o montante a que se está exposto em CFD´s resulta de  um empréstimo automático feito pelo Saxo sobre o qual o cliente paga uma taxa de juro de  Index +3%.
Os 3% de spread constituem mais uma receita para o Saxo que naturalmente também é repartida com o seu parceiro ( Dif Broker ).

Nos negócios com CFD´s o dinheiro do cliente serve apenas de colateral de garantia ao dito empréstimo automático.
Em caso algum o dinheiro do cliente serve  para pagar a operação. O que significa que independentemente  da quantidade de CFD´s que comprar, o cliente está sempre a incorrer num empréstimo sujeito a juros.
No fundo numa carteira investida unicamente em CFD´s o seu saldo é 100% liquidez, só que esta liquidez está totalmente ou em parte cativa como colateral ao valor das posições em CFDs.   

Não é preciso imaginar muito para conceber um cenário de trading em que desta forma os custos de transacção suportados pela carteira num ano podem largamente ultrapassar os 100% do valor do saldo médio da carteira nesse período.
Se entretanto o gestor conseguir algumas mais valias  estas irão ainda potenciar mais o nivel de comissionamento o que claramente constitui um forte incentivo na busca de mais valias para a carteira.

È claro que neste cenário as comissões de gestão indicadas no contrato de gestão de carteiras como sendo os verdadeiros custos em que o cliente incorre pelo serviço de gestão prestado, nomeadamente :

-   Comissão fixa de 1 ou 2% anuais sobre o saldo medio
-   Success Fee de 20% sobre as mais valias anuais

São apenas trocados comparados com as comissões de transacção !!!


Por exemplo para gerar num ano um Sucess fee de 100% do valor investido pelo cliente, o gestor teria de gerar uma mais valia de 500%.
Um absurdo completo .
 Só que, se por acaso gerasse essas mais valias sustentadas num ano, o nivel de comissionamento já teria disparado para  400% ou mais do valor inicialmente investido.

Enfim as comissões de transacção numa carteira constantemente investida em CFDs, fortemente alavancada e com varios  trades semanais tomam sempre a dianteira a uma escala incomensuravelmente superior a qualquer comissão de gestão.

Alias se a Dif vivesse apenas das comissões de gestão ou mesmo das comissões geradas pelos clientes de corretagem não duvido que já teria falido há muito.
Pelo menos a concluir pela sua estrutura de custos
Consultem por exemplo a apresentação de contas da DIF.
Escalpelizem as diversas rubricas das  demonstrações de resultados e verão que tudo ficará muito claro.

Só uma pergunta retórica:
Alguem conhece carteiras geridas pela DIF que invistam sem CFD´s ??
Porque será?


A titulo comparativo, os FII disponibilizados no mercado por muito agressivos que sejam não geram comissionamento  nem riscos para o cliente que se comparem minimamente ao que acontece numa carteira gerida com base em CFD´s da forma aqui descrita.
Desde já porque o feito de alavancagem não existe .
Nem mesmo os Hedge  Funds chegam tão longe, apesar de que estes só estão acessíveis a investidores com manifesta capacidade financeira.

 Já agora e em nota de rodapé:
O spread que a Dif aplica em regra é de 0,15%.
Se os clientes  do Ulisses estavam sujeitos a um spread de 0,2% então garantidamente que os 0,05% a mais revertiam para ele. O que não impede que como angariador de clientes não fosse também partilhar do restante spread.
O angariador que me levou para a DIF comia 50% dos Kickbacks ( comissões de retrocessaõ)  que a Dif recebia do Saxo pela minha conta.
Basicamente O Saxo fica com um spread de 0,05% o restante que é cobrado aos clientes serve  para alimentar a cadeia a jusante



Finalmente falemos então da internalização de ordens com CFD´s.
Aqui claramente a Dif nem toca na xixa.
Todos os passos da transacção são levados a cabo pelo Saxo.
Tratando se o CFD dum contrato fornecido pelo Saxo , sendo este a unica contraparte dos clientes, é claro que ele fará toda a internalização que bem entender e não tem que dar cavaco a ninguem. Pode mesmo jogar contra o cliente se  bem entender fazendo apenas o hedging no mercado do subjacente quando lhe apetecer. È tudo uma questão de gestão de riscos

Da experiência que tenho , em regra a uma ordem de compra de CFDs de acções  o Saxo lança automaticamente  uma compra
de acções na bolsa respectiva (Os exemplos que analisei foram  apenas do PSI).
 Nestes casos de facto o Saxo não joga contra o cliente e não está a fazer internalização.
Mas se formos para as transacções em Forex a conversa já é outra.


Para finalizar quero apenas dizer o seguinte:
Não se foquem demasiado no Ulisses.
È apenas uma peça deste Xadrez bem mais complexo onde todos tentam ganhar o maximo com o mínimo de esforço.
Se há alguém verdadeiramente responsável por estas delapidações de carteiras é claramente quem dita as regras na DIF.
Paulo Pinto e Pedro Lino

Espero ter esclarecido um pouco mais os interessados neste tema de forma a não se deixarem enredar na escandalosa propaganda do Goebels cá do burgo.
Já vi indivíduos com agenda descarada e fiéis ao dono mas como este propagandista.....


Abraço a todos

Sem distinção  :D

Incognitus

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1881 em: 2014-04-03 17:36:09 »
Thorn, eu usei $0.02 nas acções abaixo de $10. $0.02 na compra, $0.02 na venda = $0.04, ou 0.40%... nem usei $0.025, que isso já faria 0.5%.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1882 em: 2014-04-03 17:40:11 »
Thorn, eu usei $0.02 nas acções abaixo de $10. $0.02 na compra, $0.02 na venda = $0.04, ou 0.40%... nem usei $0.025, que isso já faria 0.5%.
Inc, enganaste-te nas contas: o pressário refere 0,02 e 0,035 cêntimos. Tu Utilizaste USD. Podes dividir os teus resultados por 100.
O cérebro é uma coisa tão maravilhosa que toda a gente devia ter um

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1883 em: 2014-04-03 17:41:24 »
Thorn, eu usei $0.02 nas acções abaixo de $10. $0.02 na compra, $0.02 na venda = $0.04, ou 0.40%... nem usei $0.025, que isso já faria 0.5%.
Inc, enganaste-te nas contas: o pressário refere 0,02 e 0,035 cêntimos. Tu Utilizaste USD. Podes dividir os teus resultados por 100.

Não, isso está errado de certeza. tratam-se de 2 e 3.5 cêntimos.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Papillon

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1884 em: 2014-04-03 17:42:06 »


NouGud,

Os spreads que a dif aplicava na cotação dos CFDs era de 0,15%

Bid CFD = Bid acção - 0,15% Bid acção

Ask CFD = Ask acção +0,15% Bid acção

Ou seja ao spreda natural do activo subjacente em mercado regulamentado acrescia um spread total entre Bid e Ask de 0,3%

É claro que este spread e costumizado pelo Saxo a pedido do parceiros ( Dif). è possivel ter grupos de clientes onde o spread aplicado é diferente.

Por ex. os clientes sobre a alçada do Ulissses podiam ter um spread maior. Os tais 0,2%
Nesse cas garantidamente que os 0,05% adicionais revertiam directamente para o Ulisses.
A conversa aplica-se da mesma forma para o mercado americano onde o spread adicional aplicado é  em centimos e não percentagens do Bid

Não sabia o spread que era usado, mas lembro-me que, em 2008, comparei os spreads apresentado nas plataformas da GB e da Dif e havia uma grande diferença. Se os valores utilizados eram os apresentados não sei, pois, por contrato não podia utilizar a plataforma da dif de  forma activa.

No meu contrato, os pread não vêm descriminados, apenas refere um valor médio de 0,2%.

A DIF broker até há bem pouco tempo nem sequer apresentava no preçario o spread que incidia na formação da cotação do CFD.

De qualquer forma se tiveres os históricos da plataforma com a execução das ordens podes ver o seguinte.
Quando é dado a ordem limite para compra de CFDs de acções o preço indicado é o preço da acção.
Se o mercado for ao preço indicado a ordem é executada mas o valor que te é cobrado pelos CFDs  = Valor acções + 0,2%.

Eu por ex. saquei esse tipo de informação. E claramente o spread era sempre de 0,15%, tanto na compra como na venda.
O simples extracto ou o histórico de negócios não permite aferir isso.

Ou seja esta comissão não aparece descriminada.
È preciso ir ao detalhe da execução das ordens.
Os logs da plataforma.

A cena é bem montada de facto
Tenho que tirar o chapéu  à forma ardilosa como tudo isto é feito.


Zel

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1885 em: 2014-04-03 17:44:35 »
Foi nos ultimos dias que meteram la o precario de CFDs. Mas claro que para o que interessa aqui o que importa eh o preco que vinha no contrato dos clientes de gestao de carteira, que era bem diferente. Meteram os precos tao a pressa que me parecem errados. Nao sera +/-3.5 centimos de spread em vez de 0.035 centimos ?
« Última modificação: 2014-04-03 17:56:03 por Neo-Liberal »

NouGud

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1886 em: 2014-04-03 17:54:14 »
Thorn, eu usei $0.02 nas acções abaixo de $10. $0.02 na compra, $0.02 na venda = $0.04, ou 0.40%... nem usei $0.025, que isso já faria 0.5%.

Inc, enganaste-te nas contas: o pressário refere 0,02 e 0,035 cêntimos. Tu Utilizaste USD. Podes dividir os teus resultados por 100.


Não, isso está errado de certeza. tratam-se de 2 e 3.5 cêntimos.


Errado ou não é o que está no pressário!
http://www.dif.pt/web/pt_pt/pricing#subheading04

O que aconteceria se um cliente exigisse esses spreads enquanto esles estiverem na página?
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Papillon

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1887 em: 2014-04-03 18:01:41 »
Neo ,

O contrato de gestão não referia qual o spread dos CFD´s.

E mais chegava ao ponto escandaloso  de afirmar que a DIF não recebia comissões de retrocessão.
Os tais Kickbacks do Saxo.

Quando as comissões de retrocessão são a receita primordial da corretora e toda a gestão de carteiras é no sentido de maximizar esse fluxo de comissões.

O pior é que já tudo isto foi denunciado à CMVM e pelos vistos " Em Abrantes tudo como dantes"

Zel

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1888 em: 2014-04-03 18:02:58 »
Neo ,

O contrato de gestão não referia qual o spread dos CFD´s.

E mais chegava ao ponto escandaloso  de afirmar que a DIF não recebia comissões de retrocessão.
Os tais Kickbacks do Saxo.

Quando as comissões de retrocessão são a receita primordial da corretora e toda a gestão de carteiras é no sentido de maximizar esse fluxo de comissões.

O pior é que já tudo isto foi denunciado à CMVM e pelos vistos " Em Abrantes tudo como dantes"

mas o nougud tem um documento em que a Dif declara um spread medio de 0.2% a ser usado
« Última modificação: 2014-04-03 18:03:31 por Neo-Liberal »

Thorn Gilts

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1889 em: 2014-04-03 18:03:36 »
Thorn, eu usei $0.02 nas acções abaixo de $10. $0.02 na compra, $0.02 na venda = $0.04, ou 0.40%... nem usei $0.025, que isso já faria 0.5%.


Ah, ok... consideraste a COMPRA e a VENDA... mas a DECO falava apenas PARA A COMPRA 0.2% e PARA A VENDA 0.2%.
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1890 em: 2014-04-03 18:06:26 »
85% do negocio da dif vem do estrangeiro porque vem da dinamarca?   :-\   :)
Em memória do grande DeMelo: "PQP... gajo chato fdx."

Thorn Gilts

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1891 em: 2014-04-03 18:09:35 »
85% do negocio da dif vem do estrangeiro porque vem da dinamarca?   :-\   :)

Da Dinamarca deve vir 0% ou 0.1%.

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1892 em: 2014-04-03 18:16:55 »
Neo ,

O contrato de gestão não referia qual o spread dos CFD´s.

E mais chegava ao ponto escandaloso  de afirmar que a DIF não recebia comissões de retrocessão.
Os tais Kickbacks do Saxo.

Quando as comissões de retrocessão são a receita primordial da corretora e toda a gestão de carteiras é no sentido de maximizar esse fluxo de comissões.

O pior é que já tudo isto foi denunciado à CMVM e pelos vistos " Em Abrantes tudo como dantes"

A Dif vende uma prestação de serviços e é paga por esses serviços de acordo com o preçário.

Os tais kickbacks (e não é esse o termo) é as comissões que as corretoras (Golden, Dif, Go Bullling/LJ Carregossa, Orey, Best Pro) cobram aos clientes. Desses $0.02 de comissão, parte (apenas parte) é que é a comissão das corretoras (já que o Saxo também se faz pagar por esse serviço).

Alias, isto ainda vem mostrar mais que as corretoras ainda ganham bem menos do que para aqui se fala.

Papiplon, nunca tives envolvido numa cena de uma OPV da Galp? Ou terás sido despedido da Dif +- 1998/99?
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1893 em: 2014-04-03 18:21:27 »
NouGud,

Os spreads que a dif aplicava na cotação dos CFDs era de 0,15%

Bid CFD = Bid acção - 0,15% Bid acção

Ask CFD = Ask acção +0,15% Bid acção

Ou seja ao spreda natural do activo subjacente em mercado regulamentado acrescia um spread total entre Bid e Ask de 0,3%

É claro que este spread e costumizado pelo Saxo a pedido do parceiros ( Dif). è possivel ter grupos de clientes onde o spread aplicado é diferente.

Por ex. os clientes sobre a alçada do Ulissses podiam ter um spread maior. Os tais 0,2%
Nesse cas garantidamente que os 0,05% adicionais revertiam directamente para o Ulisses.
A conversa aplica-se da mesma forma para o mercado americano onde o spread adicional aplicado é  em centimos e não percentagens do Bid

Enfim... ignorância ou má-fé?

No caso das acções americanas o spread apresentado pelo Thorn equivale ao seguinte, percentualmente e para ordens de mais de 5000 EUR:

Acções abaixo de $10 USD
>0.40% (0.40% é no caso mais favorável, com a acção a $9.99)

Acções acima de $10 USD, acção a $50

0.14%

Acções acima de $10 USD, acção a $100
0.07%

Acções acima de $10 USD, acção a $200
0.035%

Isto não inclui o spread de mercado, pelo que o custo de negociação é superior. O mix de preço das acções negociadas dita a comissão efectiva.

Também importante: estas são as comissões actuais, teria que se ver as que existiam quando ocorreram os factos relatados.

Inc, nas acções abaixo de $10 o spread é 25 centimos e não os 35 centimos...

O spread de mercado não é comissão da corretora, é algo a que ninguém pode escapar se negociar o bid e o ask (seja em CFD ou em acções) - conforme simulações que fiz. A unica forma de escapar ao spread de mercado é negociar preços de abertura e fecho... Se lançares uma compra e uma venda ao mesmo tempo num fecho ou abertura, não pagas spread de mercado, mas sim apenas o spread(comissão).

Pelo menos em 2011 é garantido que era este o preçário e diria que em 2008 já era este também (algo que carece de melhor confirmação).

Queria dizer 0.02 cêntimos e não 25 centimos (ehhh)  e 0.035 centimos e não 35 centimos.

No extracto apresentado pelo Nogud, a maioria das acções eram na ordem dos $50 ou mais - assim de cabeça - o que dá uma comissão quase 10x inferior aquela que a DECO (e o Nogud) dizia que era a comissão de trading da corretora (a implicita no spread)... nota que a DECO atacava as comissões de trading e não (poque era estupido) o spread de mercado.

Alias, este é um dos preçários mais baratos da praça, nomeadamente mais barato do que aqueles que a DECO tem (ou teve) protocolos. :-) O que torna isto ainda mais irónico.

Já agora de explicar (PARA O CASO DE APARECER DESINFORMAÇÃO) que a Dif não pode aplicar uma comissão de trading mais desfavorável do que apresentada no preçário. Pelo que nenhum cliente, seja de gestão de carteiras ou de corretagem tem comissões superiores às apresentadas.

NOTA: qualquer preçário antes de ser disponibilizado ao publico, é sempre (por obrigação legal) depositado/enviado ao regulador (CMVM).

Convem dizer que os calculos do inc incluem $0.02 na venda e $0.02 na compra abaixo de 10USD e 0.035 na compra e mais 0.035 na venda acima de 10USD...

O que da em acções perto dos 100USD 0.035% na compra e 0.035% na venda... Convem dizer isto porque o comunicado da DECO referia 0.2% de comissão (o que aplica 0.2% a compra e mais 0.2% à venda). Ou seja, um diferença em alguns casos de 10x.
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Zel

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1894 em: 2014-04-03 18:32:44 »
Mais uma vez estas a aproximar-te da negacao de documentos da propria Dif. O nougud tem provas dos 0,2%, esta em documentos da Dif que ele possui. As comissoes de que falas agora sao as presentes, nada dizem sobre os spreads cobrados ao nougud ha 6 anos atras. Alem de que eh perfeitamente possivel a Dif cobrar comissoes diferentes conforme seja gestao de carteira ou nao. E conforme quem fez a angariacao de clientes. A deco fez as contas para apenas 0.2% por roundturn e nao 0.4% como dizes... o que neste momento ate me parece poder estar bem errado. Talvez devesse ter feito para 0.4%.
« Última modificação: 2014-04-03 19:07:11 por Neo-Liberal »

NouGud

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1895 em: 2014-04-03 19:07:39 »

Convem dizer que os calculos do inc incluem $0.02 na venda e $0.02 na compra abaixo de 10USD e 0.035 na compra e mais 0.035 na venda acima de 10USD...

O que da em acções perto dos 100USD 0.035% na compra e 0.035% na venda... Convem dizer isto porque o comunicado da DECO referia 0.2% de comissão (o que aplica 0.2% a compra e mais 0.2% à venda). Ou seja, um diferença em alguns casos de 10x.

Tal como é $0,035 (afinal já não são cêntimos???) para ações de 10USD, o que perfaz 0,35%.

A DECO fala em 0,2% por trade (abertura e fecho). Se o valor médio das ações do trade for 50 USD, a DECO peca por defeito!
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1896 em: 2014-04-03 19:10:00 »

A Dif vende uma prestação de serviços e é paga por esses serviços de acordo com o preçário.

Os tais kickbacks (e não é esse o termo) é as comissões que as corretoras (Golden, Dif, Go Bullling/LJ Carregossa, Orey, Best Pro) cobram aos clientes. Desses $0.02 de comissão, parte (apenas parte) é que é a comissão das corretoras (já que o Saxo também se faz pagar por esse serviço).

Alias, isto ainda vem mostrar mais que as corretoras ainda ganham bem menos do que para aqui se fala.

Papiplon, nunca tives envolvido numa cena de uma OPV da Galp? Ou terás sido despedido da Dif +- 1998/99?

Nas primeiras páginas do tópico perguntei-te o que eram os "Kickbacks", mas não soubeste responder. Agoar já sabes? gostaria de saber o que são.
O cérebro é uma coisa tão maravilhosa que toda a gente devia ter um

Incognitus

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1897 em: 2014-04-03 19:11:04 »
Não, a $50 não pecaria por defeito, a $50 a comissão num trade seria de 0.14%. Se bem que incluindo o spread de mercado, o custo de negociação deveria ser próximo dos tais 0.20%.

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1898 em: 2014-04-03 19:15:27 »
Não, a $50 não pecaria por defeito, a $50 a comissão num trade seria de 0.14%. Se bem que incluindo o spread de mercado, o custo de negociação deveria ser próximo dos tais 0.20%.

nao sera "0.14% * 2 + spread de mercado" por roundturn ? nesse caso a DECO peca por defeito. nao sao 7 centimos por roundturn ? isso daria 0.28% + spread de mercado vs os 0.2% da DECO.
« Última modificação: 2014-04-03 19:16:35 por Neo-Liberal »

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1899 em: 2014-04-03 19:16:42 »
Na minha opinião os profissionais a sério investem atraves dos futuros quem investe através de cfd's são os tesos como eu, quando tinha capacidade de investir e de viver do trading apenas negociava futuros tanto pela transparência, como ser o verdadeiro mercado, sem sub-refúgios, com stop aquele valor  o que facilitava na implementação dos planos de trading  e comissões simples e claras o que nos cfd's é bem diferente e bem mais caro.
Posto isto tudo não percebo (tirando proveito próprio)  como profissionais, que pelos vistos são tudo menos isso, investem quantias enormes num mercado pouco transparente ....mostra bem que o mundo financeiro é tudo menos profissional mas cada vez mais ladroes amadores e com mania que sabem