O general da NATO Raul Cunha deu uma entrevista ao jornal 74 onde diz que o que se passa em Mariupol na sua opinião é que as tropas do batalhão neonazi Azov se concentraram aí e usam os civis como escudos humanos, porque, cito, sabem que serão dizimados sem os civis. São milícias, que o Estado russo avisou que seriam mortos e não sujeitos à lei da guerra - a estas milícias fascistas na Ucrânia foi juntar-se o líder neonazi português, o que um tribunal português considerou missão "humanitária". Os civis dessa cidade eram na sua maioria populações pró russas (há dez anos o candidato pró russo teve aí 90% de votos). São estes civis, que segundo um general da NATO, não podem sair porque as milícias "humanitárias" (tratadas como resistência heroica nos media que gritam contra a "desinformação") não deixam. A única informação que chega é da parte de uma milícia, não há lá jornalistas neste momento, muito menos informação com qualquer contraditório, há uma guerra de propaganda de ambas as partes. E o que está um general da NATO a dizer? Que a "resistência" neonazi está a usar civis, escolas, maternidades como escudos humanos. Isto é tão grave, que devia no mínimo exigir a um jornal cuidado, decoro e muitas dúvidas nas palavras. Dizer pelo menos não sei, há duas versões, não há informação sólida. Eu não sei o que se passa em Mariupol. Sei o que está publicado e confirmado por todas as partes: quem está lá é o Batalhão Azov, confirmam todas as partes, sublinho, o Batalhão Azov são neonazis, assumidos e orgulhosos. Ora, em Guernica foram os nazis que mataram a população.
Não tenho dúvidas sobre o facto de que todos os envolvidos numa guerra cometem atrocidades - por isso sou contra a militarização. Sou contra esta guerra e contra esta invasão. Agora chamar Guernica, dizimada pelos nazis, a um batalhão que pode estar a fazer dos seus civis reféns e escudos humanos é ignominioso.