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Autor Tópico: Redistribuição de rendimento  (Lida 80112 vezes)

hermes

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #80 em: 2014-04-16 09:54:37 »
Em abono da verdade, a maioria dos algoritmos surgiu na sequência da regulamentação que foi criada para fragmentar os mercados (e que tinha como objectivo “proteger os investidores”). Regra geral, quanto mais fragmentado é um mercado, maior é o peso dos algoritmos.

E o que dizes à manipulação da colocação de uma miríade de ordens de compra ou de venda para camuflar uma informação (assimétrica) de negócio?

É tal e qual a manipulação de pôr uma porta com fechadura na tua casa para que terceiros não se aproveitem. :D
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Thorn Gilts

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #81 em: 2014-04-16 09:56:24 »
Em abono da verdade, a maioria dos algoritmos surgiu na sequência da regulamentação que foi criada para fragmentar os mercados (e que tinha como objectivo “proteger os investidores”). Regra geral, quanto mais fragmentado é um mercado, maior é o peso dos algoritmos.

Exactamente
we all have a story we nevel tell

vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #82 em: 2014-04-16 15:31:49 »
Em abono da verdade, a maioria dos algoritmos surgiu na sequência da regulamentação que foi criada para fragmentar os mercados (e que tinha como objectivo “proteger os investidores”). Regra geral, quanto mais fragmentado é um mercado, maior é o peso dos algoritmos.

E o que dizes à manipulação da colocação de uma miríade de ordens de compra ou de venda para camuflar uma informação (assimétrica) de negócio?

É tal e qual a manipulação de pôr uma porta com fechadura na tua casa para que terceiros não se aproveitem. :D

Claro que é.

Excepto que
não há casa nem porta nenhuma.

E sim, uma soma de títulos,
pagos ou em dívida,
sobre os quais,

quem mais sabe,

vai ganhar apenas
o que os outros perdem
ou menos ganham.


Mas, o mais deplorável,
- afora eventualmente ficar-se arruinado -,

é empregar tanto tempo precioso de vida,

numa pura e escrava dependência
da observação e análise
de gráficos e cálculos!

...

Incognitus

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #83 em: 2014-05-05 13:35:48 »
É uma ideia interessante (para reduzir a burocracia e injustiça), mas é uma ideia que só teria hipóteses de funcionar se o montante atribuído fosse altamente, ALTAMENTE desconfortável. No fundo algo ao nível do RSI que já existe em Portugal (e mesmo esse está no limite, pois como se vê já existem pessoas a basearem-se nele para viverem por opção, que é o que se quer totalmente evitar, até porque os restantes que providenciam os produtos e serviços que esses vão comprar não têm que deles ser escravos).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #84 em: 2014-05-06 16:45:18 »
Julgo que a vantagem desse rendimento é que uma pessoa mesmo que trabalhasse teria direito a receber, certo?
Ou seja, recebia o salário mais o UBI.

A diferença que existe deste com o RSI é que para muita gente a diferença entre o salário que podem auferir e o RSI (pois as duas não são acumulativas) não justifica terem que trabalhar.

Por outro lado temo o mesmo que o INC, pois há o risco de se o valor for elevado e que dê para viver dele confortavelmente sem ter que contribuir para a sociedade, muita gente opte por nada fazer.

Mas mesmo assim será que ao mais gente ter dinheiro o consumo e os preços poderiam aumentar, com isso a necessidade de mão de obra aumentava juntamente com os salários o que para muitos justificaria o acumular dos dois rendimentos?

Incognitus

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #85 em: 2014-05-06 18:56:51 »
Julgo que a vantagem desse rendimento é que uma pessoa mesmo que trabalhasse teria direito a receber, certo?
Ou seja, recebia o salário mais o UBI.

A diferença que existe deste com o RSI é que para muita gente a diferença entre o salário que podem auferir e o RSI (pois as duas não são acumulativas) não justifica terem que trabalhar.

Por outro lado temo o mesmo que o INC, pois há o risco de se o valor for elevado e que dê para viver dele confortavelmente sem ter que contribuir para a sociedade, muita gente opte por nada fazer.

Mas mesmo assim será que ao mais gente ter dinheiro o consumo e os preços poderiam aumentar, com isso a necessidade de mão de obra aumentava juntamente com os salários o que para muitos justificaria o acumular dos dois rendimentos?

Embora a lógica seja essa, só os recipientes praticamente sem rendimentos receberiam líquido, os outros teriam que voltar a pagar tudo em impostos.
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vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #86 em: 2014-05-11 18:04:50 »
Antes de ir pedir dinheiro ao banco
ou emitir um empréstimo obrigacionista
:



LOL

bezanas

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #87 em: 2014-05-11 23:05:17 »
isso do rendimento minimo garantido por defeito  é um bocado complicado... depois deixava de haver gamanço o people achantrava-se  e tal e a bófia e os advogados e juizes e tal  sem movimento... misericordias e jonets etc etc  ;)  ná sei..  8)

vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #88 em: 2014-08-10 17:01:19 »
Um texto de há um ano,
suponho não editado.

Mantem-se actual.




A propósito de as populações
dos estados capitalistas ocidentais

andarem aflitas...

E os capitalistas-aforradores,
não andarão também?

Convém não perder de vista a condicionalidade
de todo o sistema capitalista

Aqui deixo um texto tacteante dessa realidade:

O clamor geral da aflição das populações faz-me divagar para uma "narrativa" de hecatombe a nível de rendimentos de capitais.
Não sei a pertinência deste eventual 'contra-texto', pouco reexaminado, que avanço sem me comprometer a não o apagar!


Ei-lo:

Bem, não vejo que um banco central tenha mais força do que o Governo (USA) ou Governos (UE), dado que políticos são os governantes, que o são de países com exércitos, e não os bancos centrais. O banco central compra, conserva e, ou, vende títulos em função da política monetária adequada à regulação económica.

Sei que “as pessoas” “bradam” imenso contra o lucro dos bancos centrais nacionais, que contraem empréstimos no Banco de Frankfurt (BCE) a 1%

e põem o dinheiro logo a render a 3 e 4 e a 5% ao comprarem obrigações do Estado que vendem – um pouco abaixo do nominal – mal precisem de dinheiro, engrossando assim a sua conta de lucros sem perdas!

Mas isto não tem nada de especial, nem é censurável no modo como as pessoas o imaginam e julgam, e pode circunstancialmente ser o meio de evitar que os bancos caiam na insolvência e no descalabro da bancarrota ao restituirem os depósitos do público.

O que pode censurar-se, sim, é a porventura escandalosa ou excessiva distribuição de lucros dos bancos comerciais aos seus accionistas e gestores,

isto é a indivíduos, a particulares, agravando a tolerável desigualdade social na distribuição de rendimento, e não propriamente

o facto de as instituições terem lucros e ganharem dinheiro, o que parece muito fácil, — pagar juros a 1% e cobrar a 4% —,

mas esquece o conjunto da actividade bancária: imparidades, incobráveis, falências, moratórias nos empréstimos à actividade económica e a responsabilidade de satisfazer os levantamentos de depósitos.

Embora os bancos “joguem” com algum dinheiro próprio — o dos accionistas — movimentam, sobretudo, capitais alheios, das famílias, dos cidadãos, das empresas, capitais que circulam nas inúmeras transacções intersectoriais e no pagamento de salários, além das poupanças globais de fundos de pensões, e fundos soberanos, em busca de um rendimento mínimo, ou apenas de algum rendimento, seja ele qual for e, se negativo, o menos negativo possível.

As “pessoas” não percebem estas questões dos lucros e dos juros, dos salários e dos impostos… E, contudo, as explicações têm mais de duzentos anos! :)

Examine-se o tema da chamada taxa média de lucro dos capitais.

O juro, não é simplesmente o que o mutuante cobra do mutuário pelo tempo de duração do mútuo. Isso é a descrição jurídica do contrato, que se cumpre ou incumpre, o que não depende do contrato em si. Não há juro nenhum se o devedor nada pagar. As coisas, portanto, passam-se segundo uma causalidade extra-jurídica.

Quem trabalha no sector produtivo de bens e serviços, — cuja utilidade garante o interesse da população em os possuir e consumir —, consegue uma fonte de receita que lhe dá não só para pagar os custos em que incorre para obter a produção como ainda lhe sobra dinheiro para o que bem entender: esbanjar, poupar, sustentar parentes e amigos, doar,  etc., tudo, claro, depois de pagar impostos que o Estado cobra.

Esta margem líquida de lucro, este excedente do valor da produção sobre os consumos produtivos (salários, materiais, equipamentos) requeridos à sua formação anual, é apropriada pelos diferentes agentes económicos e redistribuída socialmente.

Nesta redistribuição intervêm o juro e a taxa média de lucro.

O “filme” é assim: O empresário X ou o sector de actividade Y qualificável de altamente lucrativo seja porque explora alguma invenção, seja porque satisfaz a necessidade de algum bem ou recurso, de súbito, altamente procurado ou qualquer outra situação de vantagem comparativa;

Quem opera num sector de negócio assim próspero, depressa recebe propostas para trespassá-lo. O que facilmente conseguirá por um preço vantajoso que, ainda assim, proporcionará ao novo empresário beneficiar de um rendimento esperado acima da rendibilidade média do investimento noutras opções de actividade e bem acima da taxa de juro média do mercado de capitais.

E aqui se processa uma primeira redistribuição de capitais e cuja taxa de rendimento — a chamada eficiência marginal do capital —, tenderá a nivelar-se pela taxa média de juro de empréstimo de capitais, através da variação da cotação do capital-acções das sucessivas transacções do mesmo em bolsa.

A maior “anormalidade” bolsista, não apenas a queda geral de cotações, mas a perspectiva de depressão prolongada, leva os investidores ao ponto de aceitarem taxas de juro negativas para colocarem os seus capitais ao abrigo de maiores perdas ainda na bolsa, para supostos países com economias mais confiáveis de segurança. Bem entendido, uma remuneração negativa de capitais é ainda um rendimento positivo se comparado com uma perda receada de capital ainda mais gravosa!

Portanto, nem o próprio juro, seja de emissão de obrigações públicas ou de empresas privadas, tem mais certeza do que qualquer outro negócio, porque sempre o futuro é incerto e só o efectivo crescimento económico viabiliza e garante a normal remuneração de poupanças investidas.

Para concluir que,

embora em termos individuais, a nível de particulares, alguns possam ganhar muito dinheiro, — e a justiça redistributiva deve zelar para só tolerar as desigualdades de rendimento que correspondam a vantagens líquidas para o bem-estar colectivo —,

a pressão é a de baixa tendencial da taxa média de lucro,
estrito resultado da lei dos rendimentos decrescentes,

com o equilíbrio de longo prazo a consolidar-se
quando os investimentos se compatibilizam 
com níveis adequados de consumo 

em conformidade com

o grau de tecnologia, ciência e civilização alcançado,
o controlo demográfico apropriado e adequada
redistribuição do rendimento. 
« Última modificação: 2014-08-10 17:20:24 por vbm »

Zel

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #89 em: 2014-08-10 17:17:54 »
grande parte da pobreza dos paises ocidentais nao tem solucao, o problema eh que grande parte dos pobres ou nao querem trabalhar ou nao conseguem ja para nao falar dos reformados, cuja tendencia eh serem relativamente pobres dado o seu elevado numero

« Última modificação: 2014-08-10 17:24:52 por Neo-Liberal »

vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #90 em: 2014-08-10 17:25:52 »
Há gente a mais. No Ocidente e no Resto do Mundo.

3 500 milhões de habitantes,
a população em 1950;

poderia, deveria, ser a de 2050.


Ao invés, prevê-se 7 000 milhões!

Censuráveis: Índia, África, América Católica, Países Muçulmanos.
« Última modificação: 2014-08-10 17:26:49 por vbm »

Zel

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #91 em: 2014-08-10 17:26:54 »
acho que se preve 10 ou 11 mil milhoes

vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #92 em: 2014-08-10 17:29:57 »
Só "ouvi-vi" falar 7 000 milhões.
E neles, o tsunami bantu,
mais de 1 000 milhões!
« Última modificação: 2014-08-10 17:30:43 por vbm »

Zel

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #93 em: 2014-08-10 17:33:48 »
Só "ouvi-vi" falar 7 000 milhões.
E neles, o tsunami bantu,
mais de 1 000 milhões!

7MM eh a populacao presente

vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #94 em: 2014-08-10 17:38:59 »
7MM eh a populacao presente

Tens razão. Enganei-me.
Mas suponho que ainda seja a de 2050.

Só que 3 500 milhões de habitantes
seriam o ideal hoje e
depois de amanhã.
« Última modificação: 2014-08-10 17:41:04 por vbm »

Zenith

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #95 em: 2014-08-10 17:51:56 »
è fazer aqui um inquerito a ver se há candidatos ao suicídio para preservar equilibrio do planeta e bem estar das gerações futuras  ;D

vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #96 em: 2014-08-10 19:01:31 »
Mais de metade dos que estão,
já cá não estarão em 2050.

Não vale a pena suicidarem-se.
Morrem mesmo.

A questão põe-se
é aos que  ainda cá não estão!

Kin2010

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #97 em: 2014-08-10 21:19:40 »
Há uma solução que resolve estes problemas muito eficientemente:

O CANIBALISMO!  ;)

vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #98 em: 2014-08-10 21:59:02 »
Há uma solução que resolve estes problemas muito eficientemente:

O CANIBALISMO!  ;)

Seria só meia solução.

Porque metade dos que vão estar
a mais, ainda não nasceram!

A teoria é que não nasçam;
outra é que morram os
que já nasceram!



Mas, como dizia Goethe:

«Entre duas teorias não está
a solução do problema,
está o problema.»


:)

vbm

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Re:Redistribuição de rendimento
« Responder #99 em: 2014-10-22 22:22:24 »
Este é o gráfico de Piketty, que mostra ter a distribuição de rendimento dos 10% mais ricos ter sido limitada a 35% do total do produto nos EUA no período dos anos 40 aos anos 80. Antes e depois desse intervalo, aquela fracção dos mais ricos ultrapassou a arrecadação de 40%, e até 50%, do total do produto.

Ainda não li o livro de Piketty, e não sei exactamente o que ele infere deste facto. Mas tentando identificar o que terá causado essa limitação do enriquecimento no período de 40 a 80 do século 20, presumo que haja sido a guerra e os acordos de Bretton Woods que regularam o sistema bancário internacional, que antes não existiam como constrangimento e, depois dos anos 80, foram desmantelados com a desregulação e livre circulação de capitais.

O que imagino passou a acontecer foi a infinda concessão de crédito para transação de acções em bolsa, permitir agilizar a busca de oportunidades de rendabilidade diferencial a tal ponto que, pelo  jogo subsequente de animação da procura, acaba por inflacionar exagerada e ilusoriamente a cotação dos títulos, gerando com isso ulteriores revisões negativas de rendabilidade esperada dos negócios, o que torna instável e volátil o próprio equilíbrio entre a taxa de crescimento da produtividade, a correspondente taxa de lucro do capital produtivo e a taxa de juro do dinheiro, que passa a flutuar em torno de valores vizinhos do 0+ e 0-, posto que o potencial de cada negócio é logo apropriado (abocanhado) à partida em operações bolsistas especulativas e espoliativas da própria actividade produtiva!