A carteira do pecado

[Elias]

Artigo interessante que destaca quatro sectores aparentemente imunes à crise, todos eles considerados por muitas pessoas como 'pecaminosos': álcool, jogo, armas e tabaco.

http://www.fool.co.uk/news/investing/2012/07/10/the-global-sin-portfolio.aspx?source=isesitlnk0000001&mrr=0.50

[pvg80713]

obrigado elias, excelente artigo .

[Fenicio]

Em época de crise grave e profunda, não há sector que mais cresça do que esses 4.

[Incognitus]

Mas o tabaco tem ameaças graves, os e-cigs são mesmo substancialmente melhores e convertem fumadores em dias.
 
E as armas, bem, é algo que vende capacidade, só poucas pessoas irão acumular um monte de armas, a maioria compra uma ou duas e depois não comprará mais durante muitos anos.
 
Já o jogo dá-se francamente mal em tempo de crise.

[Fenicio]

Sobre os cigarros electrónicos, ainda não tive a curiosidade de procurar algum estudo que mostre se estão de facto a afectar as vendas dos cigarros tradicionais, mas de facto nota-se uma certa diminuição no consumo do tabaco por conta da crise.

Quanto ao jogo, não tenho números recentes, mas de 2008 para 2009 (em plena crise) as receitas dos jogos da Santa Casa da Misericórdia subiram quase 7% e a betfair, a maior casa de apostas no estilo "exchange", viu as suas receitas subirem de 2011 para 2012.

http://corporate.betfair.com/media/press-releases/2012/29-06-2012.aspx

http://economia.publico.pt/Noticia/euromilhoes-sustenta-subida-de-67-por-cento-nas-receitas-dos-jogos-da-santa-casa-da-misericordia_1474609

Quanto às armas, este artigo mostra que o sector tem crescido muito nos últimos anos:

The economic impact of the firearms industry is up 66 percent since the beginning of the Great Recession, providing an unexpected shot in the arm for the economy, according to a new study.

The National Shooting Sports Foundation says the economic impact of firearm sales — a figure that includes jobs. taxes and sales — hit $31 billion in 2011, up from $19 billion in 2008.

Jobs in the firearms business jumped 30 percent from 2008 to 2011, when the industry employed 98,750.

The industry paid $2.5 billion in federal taxes in 2011, up 66 percent in three years.

"Ours is an industry with a rich history and heritage that remains vital and important to the American economy today," NSSF Senior Vice President Lawrence G. Keane said in a statement. "To millions of Americans our industry's products represent liberty, security and recreation."

Some in the industry attribute the jump in sales to fears the Obama administration will tighten gun control laws in a possible second term.

"There's a concern that in the second term the Obama administration would lead an attempt to restrict gun ownership," Mr. Keane said.

That concern, known in the industry as "the Obama factor," has led many gun owners to purchase now in hopes of avoiding more restrictions and regulations later.

"Some people jokingly refer to [President Obama] as the salesman of the year for the industry," Mr. Keane said.

Mr. Keane said the president doesn't deserve all the credit for the sales growth.

He said more young people and women are getting into gun ownership.

"You cannot attribute all the increase simply to the Obama factor," he said. "It's a factor, it's an important factor, but it's not the only reason."

Although there is no single indicator that tracks the number of firearms sold in the country, the FBI reported that a record 14.4 million criminal background checks were requested for gun purchases in 2010, and that preliminary numbers project the figure to be above 16 million for 2011.

According to the NSSF's numbers, requests for gun-related background checks was up some 17.3 percent for the month of January 2012 compared to the same period a year earlier — the 20th straight monthly increase in background check requests.

FBI officials say that just over 1 percent of such background checks result in denials, and not every background check results in a final gun purchase. But the numbers are widely considered a reliable proxy for gun sales trends generally.

© Copyright 2012 The Washington Times, LLC. Click here for reprint permission.

Fonte: http://www.washingtontimes.com/news/2012/apr/19/gun-sales-skyrocket-during-recession/print/

[Incognitus]

O "jogo" que eu digo que corre mal é o dos casinos, que são os grandes papéis na área. Corre mal porque geralmente envolve viagens, hotelaria, também congressos, etc, onde existem muitos cortes.

[Elias]

Sobre os cigarros electrónicos, ainda não tive a curiosidade de procurar algum estudo que mostre se estão de facto a afectar as vendas dos cigarros tradicionais, mas de facto nota-se uma certa diminuição no consumo do tabaco por conta da crise.

Fenicio,

O que escreves refere-se a Portugal, certo? Se for o caso, não tem expressão no contexto mundial, nomeadamente tendo em conta o crescimento do mercado nos emergentes.

[Castelbranco]

Artigo interessante que destaca quatro sectores aparentemente imunes à crise, todos eles considerados por muitas pessoas como 'pecaminosos': álcool, jogo, armas e tabaco.

http://www.fool.co.uk/news/investing/2012/07/10/the-global-sin-portfolio.aspx?source=isesitlnk0000001&mrr=0.50

não me canso de dizer, ter muita atenção a esses sectores, eles tambem caiem juntamente com o mercado, vejam em 2008!!! este movimento que estão a fazer é impressionante e muito tecnico, este tipo de movimentos é habitual em tempos de crise (caça ao dividendo)mas só até a um certo ponto, o dinheiro vai iniciar sua retirada tambem destes ectores quando o mercado cair a serio, vejam na grande queda 2000 a 2003, estes sectores embora não cairam com tanta força mas ficaram anemicos naquele periodo, depois seguiram-se as quedas de 2008/9 eles aí tambem tombaram, e agora estamos em maximos de sempre, estes movimentos estão muito sintonizados com os do comercio global!!! com o mercado accionista a andar de lado este tempo todo, os principais indices dow e sp500 nyse e o alemão dax e o ftse de londres.

[Elias]

não me canso de dizer, ter muita atenção a esses sectores, eles tambem caiem juntamente com o mercado, vejam em 2008!!!

Sim e não.

No curto prazo os sectores tendem a mover-se na mesma direcção, mas no longo prazo eles acabam por divergir.

[Castelbranco]

não me canso de dizer, ter muita atenção a esses sectores, eles tambem caiem juntamente com o mercado, vejam em 2008!!!

Sim e não.

No curto prazo os sectores tendem a mover-se na mesma direcção, mas no longo prazo eles acabam por divergir.

sim e não?

bom, em primeiro lugar o que significa longo prazo? qual o timing?
em segundo, eu afirmo o seguinte, eles estão a fazer maximos de sempre porque o mercado está quase em maximos de sempre, a divergencia existe sim, como tal é mais um motivo de preocupação e não um motivo de confiança, porque as empresas que destribuem dividendos fazem seus picos em estagios finais de um bull market tanto no curto,medio,longo prazo, ou num superciclo, que é aquele onde eu penso que estamos.