Um sucesso (até podiam ter metido muito mais obrigações).
A dívida da TAP despertou o interesse de mais de mais 6 mil investidores de retalho. A procura pelas obrigações da transportadora aérea foi 1,55 vezes superior à oferta.
Mais de 50% da procura foi de investidores particulares e segundo a presidente da Euronext, Isabel Ucha, "foi a maior emissão de obrigações de uma empresa portuguesa nos últimos anos".
Esta oferta destinada aos investidores de retalho arrancou a 3 de junho, mas a procura elevada manifestada pelos investidores logo nestes dias levou a companhia aérea a elevar em quatro vezes o montante que pretende colocar. O valor da oferta pública de subscrição de obrigações passou de 50 milhões de euros para 200 milhões de euros.
O período de subscrição desta que é a primeira emissão da TAP no retalho terminou a 18 de junho e as obrigações serão admitidas na bolsa portuguesa a 24 de junho.
Como a TAP tinha explicado no prospeto, "as receitas decorrentes da oferta e da emissão das obrigações TAP 2019-2023 destinam-se a consolidar o passivo […]num prazo mais largado, através do refinanciamento de dívidas que se vencerão num futuro próximo, bem como à obtenção de fundos para […] financiar a sua atividade corrente]".
As obrigações, com um prazo de quatro anos, pagam uma taxa de juro bruta de 4,375%, sendo que no prospeto a TAP calcula que a taxa de rendibilidade ilíquida de impostos é de 4,42232% (pressupõe a capitalização dos juros recebidos) e a taxa líquida de impostos é de 3,17453%.
Cada título a emitir tem um preço de mil euros e paga juros semestrais ao longo dos quatro anos da emissão. As datas de pagamento estão previstas para 24 de junho e 24 de dezembro de cada ano, "exceto o último pagamento de juros, que está previsto ocorrer na data de reembolso das Obrigações TAP 2019-2023, ou seja, em 23 de junho de 2023".