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Autor Tópico: Krugman et al  (Lida 605851 vezes)

Kin2010

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Re: Krugman et al
« Responder #2420 em: 2015-09-19 00:58:03 »
Em relação aos outros artigos e ao Corbyn ainda queria escrever um bocado, mas não quero massacrar o fórum com intervenções.
Amanhã ou depois debito qq coisa.
Desculpem lá os testamentos  :)

O Corbyn já está a virar a casaca e a meter ideias radicais na gaveta a um ritmo mais rápido do que o Tsipras. Se continuar assim, talvez eu mesmo venha a apoiá-lo em algumas coisas.


Thunder

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Re: Krugman et al
« Responder #2421 em: 2015-09-19 09:17:56 »

No entanto, ele é coerente. Ele advoga um QE de um tipo que cause de facto inflacção e não o que foi feito até aqui. Se causar inflacção, isso erode o volume da dívida, sem se necessitar de austeridade. Não estou a dizer que é um plano sem defeitos. Apenas que constitui um plano coerente.

Esse tal QE que cause inflação, será o tal "QE do povo" que começa a aparecer nas colunas de opinião, blogs, etc?
Foi essa a posição desde o começo, ou é uma posição mais recente, já que o público (interessado na matéria) começa a ver muitos podres nos "QEs normais"?
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Deus Menor

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Re: Krugman et al
« Responder #2422 em: 2015-09-19 10:33:58 »

No entanto, ele é coerente. Ele advoga um QE de um tipo que cause de facto inflacção e não o que foi feito até aqui. Se causar inflacção, isso erode o volume da dívida, sem se necessitar de austeridade. Não estou a dizer que é um plano sem defeitos. Apenas que constitui um plano coerente.

Esse tal QE que cause inflação, será o tal "QE do povo" que começa a aparecer nas colunas de opinião, blogs, etc?
Foi essa a posição desde o começo, ou é uma posição mais recente, já que o público (interessado na matéria) começa a ver muitos podres nos "QEs normais"?

Exato, o Krugman é um incompreendido até a realidade o está sempre a contradizer :)

Reg

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Re: Krugman et al
« Responder #2423 em: 2015-09-19 10:54:10 »
de facto maioria povo gasta depressa

inflacao vai ser rapida


mas antes vir o QE do povo   devem ficar mais agressivos com QE dos estados..

o classico banco central comprar dividas dos governos com defices..
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Lark

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Re: Krugman et al
« Responder #2424 em: 2015-09-19 16:16:53 »

No entanto, ele é coerente. Ele advoga um QE de um tipo que cause de facto inflacção e não o que foi feito até aqui. Se causar inflacção, isso erode o volume da dívida, sem se necessitar de austeridade. Não estou a dizer que é um plano sem defeitos. Apenas que constitui um plano coerente.

Esse tal QE que cause inflação, será o tal "QE do povo" que começa a aparecer nas colunas de opinião, blogs, etc?
Foi essa a posição desde o começo, ou é uma posição mais recente, já que o público (interessado na matéria) começa a ver muitos podres nos "QEs normais"?

O que o Krugman tem vindo a defender é um QE mais comprometido e agressivo.

Os dois pontos significativos desse QE seriam:

. apontar para um nível de inflação mais elevado - 4/6%
. fazer passar a ideia, através não só de intenções, mas de actos, de que esse objectivo é mesmo para atingir, dê por onde der
. as expectativas do mercado têm que ficar ancoradas nos níveis acima definidos - 4/6% de inflação.

para isto acontecer, mais medidas não convencionais têm que ser tomadas. uma das que ele defendeu foi a criação de um banco de investimento - a melhor palavra seria  de 'fomento' - capitalizado pela FED, para, entre outras coisas, investir em infraestrutura.

O investimento em infraestrutura, não é só em betão e reparações - pontes, estradas, portos aeroportos etc. seria também na implementação da smart grid de distribuição de eletricidade, no upgrade dos backbones de comunicações (as digital super-highways), no solar (PV e térmico), no eólico, numa nova geração do nuclear e possivelmente na fusão, possívelmente na NASA num programa similar ao programa APOLLO, mas com as parcerias privadas já em marcha e outras que viessem a formar-se para dois ou três objectivos: uma nova space station - esta que existe já está a rebentar pelas costuras e tem um nível de utilização tão  grande, para uma capacidade tão pequena que não chega para as encomendas, numa possível base permanente na Lua e na ida a Marte com o estabelecimento de uma base semi permanente.

acho o que isto devia chegar para as corporações e bancos, sentadas em pilhas inimagináveis de cash, para levantarem os seus rabos gordos, borrifarem-se na recompra de acções próprias e começarem a expandir o CAPEX à séria.

L
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Castelbranco

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Re: Krugman et al
« Responder #2425 em: 2015-09-19 23:32:55 »

No entanto, ele é coerente. Ele advoga um QE de um tipo que cause de facto inflacção e não o que foi feito até aqui. Se causar inflacção, isso erode o volume da dívida, sem se necessitar de austeridade. Não estou a dizer que é um plano sem defeitos. Apenas que constitui um plano coerente.

Esse tal QE que cause inflação, será o tal "QE do povo" que começa a aparecer nas colunas de opinião, blogs, etc?
Foi essa a posição desde o começo, ou é uma posição mais recente, já que o público (interessado na matéria) começa a ver muitos podres nos "QEs normais"?

O que o Krugman tem vindo a defender é um QE mais comprometido e agressivo.

Os dois pontos significativos desse QE seriam:

. apontar para um nível de inflação mais elevado - 4/6%
. fazer passar a ideia, através não só de intenções, mas de actos, de que esse objectivo é mesmo para atingir, dê por onde der
. as expectativas do mercado têm que ficar ancoradas nos níveis acima definidos - 4/6% de inflação.

para isto acontecer, mais medidas não convencionais têm que ser tomadas. uma das que ele defendeu foi a criação de um banco de investimento - a melhor palavra seria  de 'fomento' - capitalizado pela FED, para, entre outras coisas, investir em infraestrutura.

O investimento em infraestrutura, não é só em betão e reparações - pontes, estradas, portos aeroportos etc. seria também na implementação da smart grid de distribuição de eletricidade, no upgrade dos backbones de comunicações (as digital super-highways), no solar (PV e térmico), no eólico, numa nova geração do nuclear e possivelmente na fusão, possívelmente na NASA num programa similar ao programa APOLLO, mas com as parcerias privadas já em marcha e outras que viessem a formar-se para dois ou três objectivos: uma nova space station - esta que existe já está a rebentar pelas costuras e tem um nível de utilização tão  grande, para uma capacidade tão pequena que não chega para as encomendas, numa possível base permanente na Lua e na ida a Marte com o estabelecimento de uma base semi permanente.

acho o que isto devia chegar para as corporações e bancos, sentadas em pilhas inimagináveis de cash, para levantarem os seus rabos gordos, borrifarem-se na recompra de acções próprias e começarem a expandir o CAPEX à séria.

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Lark

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Re: Krugman et al
« Responder #2426 em: 2015-09-20 00:08:38 »
Keynesianism Explained

Attacks on Keynesians in general, and on me in particular, rely heavily on an army of straw men — on knocking down claims about what people like me have predicted or asserted that have nothing to do with what we’ve actually said. But maybe we (or at least I) have been remiss, failing to offer a simple explanation of what it’s all about. I don’t mean the models; I mean the policy implications.

So here’s an attempt at a quick summary, followed by a sampling of typical bogus claims.

I would summarize the Keynesian view in terms of four points:

1. Economies sometimes produce much less than they could, and employ many fewer workers than they should, because there just isn’t enough spending. Such episodes can happen for a variety of reasons; the question is how to respond.

2. There are normally forces that tend to push the economy back toward full employment. But they work slowly; a hands-off policy toward depressed economies means accepting a long, unnecessary period of pain.

3. It is often possible to drastically shorten this period of pain and greatly reduce the human and financial losses by “printing money”, using the central bank’s power of currency creation to push interest rates down.

4. Sometimes, however, monetary policy loses its effectiveness, especially when rates are close to zero. In that case temporary deficit spending can provide a useful boost. And conversely, fiscal austerity in a depressed economy imposes large economic losses.

Is this a complicated, convoluted doctrine? It doesn’t sound that way to me, and the implications for the world we’ve been living in since 2008 seem very clear: aggressive monetary expansion, plus fiscal stimulus as long as the zero lower bound constrains monetary policy.

But strange things happen in the minds of critics. Again and again we see the following bogus claims about what Keynesians believe:

B1: Any economic recovery, no matter how slow and how delayed, proves Keynesian economics wrong. See [2] above for why that’s illiterate.

B2: Keynesians believe that printing money solves all problems. See [3]: printing money can solve one specific problem, an economy operating far below capacity. Nobody said that it can conjure up higher productivity, or cure the common cold.

B3: Keynesians always favor deficit spending, under all conditions. See [4]: The case for fiscal stimulus is quite restrictive, requiring both a depressed economy and severe limits to monetary policy. That just happens to be the world we’ve been living in lately.

I have no illusions that saying this obvious stuff will stop the usual suspects from engaging in the usual bogosity. But maybe this will help others respond when they do.

krugman
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Re: Krugman et al
« Responder #2427 em: 2015-09-20 00:11:43 »

No entanto, ele é coerente. Ele advoga um QE de um tipo que cause de facto inflacção e não o que foi feito até aqui. Se causar inflacção, isso erode o volume da dívida, sem se necessitar de austeridade. Não estou a dizer que é um plano sem defeitos. Apenas que constitui um plano coerente.

Esse tal QE que cause inflação, será o tal "QE do povo" que começa a aparecer nas colunas de opinião, blogs, etc?
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O que o Krugman tem vindo a defender é um QE mais comprometido e agressivo.

Os dois pontos significativos desse QE seriam:

. apontar para um nível de inflação mais elevado - 4/6%
. fazer passar a ideia, através não só de intenções, mas de actos, de que esse objectivo é mesmo para atingir, dê por onde der
. as expectativas do mercado têm que ficar ancoradas nos níveis acima definidos - 4/6% de inflação.

para isto acontecer, mais medidas não convencionais têm que ser tomadas. uma das que ele defendeu foi a criação de um banco de investimento - a melhor palavra seria  de 'fomento' - capitalizado pela FED, para, entre outras coisas, investir em infraestrutura.

O investimento em infraestrutura, não é só em betão e reparações - pontes, estradas, portos aeroportos etc. seria também na implementação da smart grid de distribuição de eletricidade, no upgrade dos backbones de comunicações (as digital super-highways), no solar (PV e térmico), no eólico, numa nova geração do nuclear e possivelmente na fusão, possívelmente na NASA num programa similar ao programa APOLLO, mas com as parcerias privadas já em marcha e outras que viessem a formar-se para dois ou três objectivos: uma nova space station - esta que existe já está a rebentar pelas costuras e tem um nível de utilização tão  grande, para uma capacidade tão pequena que não chega para as encomendas, numa possível base permanente na Lua e na ida a Marte com o estabelecimento de uma base semi permanente.

acho o que isto devia chegar para as corporações e bancos, sentadas em pilhas inimagináveis de cash, para levantarem os seus rabos gordos, borrifarem-se na recompra de acções próprias e começarem a expandir o CAPEX à séria.

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Bem das duas uma; ou o Krugman é idiota ou então sou eu....

não sei bem o que te dizer mas há que fazer uma clarificação do que escrevi acima.

isto é do krugman;

Citar
O que o Krugman tem vindo a defender é um QE mais comprometido e agressivo.

Os dois pontos significativos desse QE seriam:

. apontar para um nível de inflação mais elevado - 4/6%
. fazer passar a ideia, através não só de intenções, mas de actos, de que esse objectivo é mesmo para atingir, dê por onde der
. as expectativas do mercado têm que ficar ancoradas nos níveis acima definidos - 4/6% de inflação.

para isto acontecer, mais medidas não convencionais têm que ser tomadas. uma das que ele defendeu foi a criação de um banco de investimento - a melhor palavra seria  de 'fomento' - capitalizado pela FED, para, entre outras coisas, investir em infraestrutura.

isto é meu:

Citar
O investimento em infraestrutura, não é só em betão e reparações - pontes, estradas, portos aeroportos etc. seria também na implementação da smart grid de distribuição de eletricidade, no upgrade dos backbones de comunicações (as digital super-highways), no solar (PV e térmico), no eólico, numa nova geração do nuclear e possivelmente na fusão, possívelmente na NASA num programa similar ao programa APOLLO, mas com as parcerias privadas já em marcha e outras que viessem a formar-se para dois ou três objectivos: uma nova space station - esta que existe já está a rebentar pelas costuras e tem um nível de utilização tão  grande, para uma capacidade tão pequena que não chega para as encomendas, numa possível base permanente na Lua e na ida a Marte com o estabelecimento de uma base semi permanente.

acho o que isto devia chegar para as corporações e bancos, sentadas em pilhas inimagináveis de cash, para levantarem os seus rabos gordos, borrifarem-se na recompra de acções próprias e começarem a expandir o CAPEX à séria.

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Lark

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Re: Krugman et al
« Responder #2428 em: 2015-09-20 00:56:06 »
isto é o que o Krugman realmente diz:

Japan’s Economy, Crippled by Caution
SEPT. 11, 2015

TOKYO — Visitors to Japan are often surprised by how prosperous it seems. It doesn’t look like a deeply depressed economy. And that’s because it isn’t.

Unemployment is low; overall economic growth has been slow for decades, but that’s largely because it’s an aging country with ever fewer people in their prime working years. Measured relative to the number of working-age adults, Japanese growth over the past quarter century has been almost as fast as America’s, and better than Western Europe’s.

Yet Japan is still caught in an economic trap. Persistent deflation has created a society in which people hoard cash, making it hard for policy to respond when bad things happen, which is why the businesspeople I’ve been talking to here are terrified about the possible spillover from China’s troubles.

Deflation has also created worrisome “debt dynamics”: Japan, unlike, say, the United States after World War II, can’t count on growing incomes to make past borrowing irrelevant.

So Japan needs to make a decisive break with its deflationary past. You might think this would be easy. But it isn’t: Shinzo Abe, the prime minister, has been making a real effort, but he has yet to achieve decisive success. And the main reason, I’d argue, is the great difficulty policy makers have in breaking with conventional notions of responsibility.

Respectability, it turns out, can be an economy-killer, and Japan isn’t the only place where this happens.

As I said, you might think that ending deflation is easy. Can’t you just print money? But the question is what do you do with the newly printed money (or, more usually, the bank reserves you’ve just conjured into existence, but let’s call that money-printing for convenience). And that’s where respectability becomes such a problem.

When central banks like the Federal Reserve or the Bank of Japan print money, they generally use it to buy government debt. In normal times this starts a chain reaction in the financial system: The sellers of that government debt don’t want to sit on idle cash, so they lend it out, stimulating spending and boosting the real economy. And as the economy heats up, wages and prices should eventually start to rise, solving the problem of deflation.

These days, however, interest rates are very low in most major economies, reflecting the weakness of investment demand. What this means is that there’s no real penalty for sitting on cash, and that’s what people and institutions do. The Fed has bought more than $3 trillion in assets since 2008; most of the cash it has pumped out there has ended up just sitting in bank reserves.

How, then, can policy fight deflation?

Well, the answer currently being tried in much of the world is so-called quantitative easing. This involves printing a very large amount of money and using it to buy slightly risky assets, in the hope of doing two things: pushing up asset prices and persuading both investors and consumers that inflation is coming, so they’d better put idle cash to work.

But is this sufficient? Doubtful. America is recovering, but it has taken a long time to get there. Europe’s monetary efforts have fallen well short of expectations. And so far the same is true of “Abenomics,” the bold — but not bold enough — effort to turn Japan around.

What’s remarkable about this record of dubious achievement is that there actually is a surefire way to fight deflation: When you print money, don’t use it to buy assets; use it to buy stuff. That is, run budget deficits paid for with the printing press.

Deficit finance can be laundered, if you like, by issuing new debt while the central bank buys up old debt; in economic terms it makes no difference.

But nobody is doing the obvious thing. Instead, all around the advanced world governments are engaged in fiscal austerity, dragging their economies down, even as their central banks are trying to pump them up. Mr. Abe has been less conventional than most, but even he set his program back with an ill-advised tax increase.

Why? Part of the answer is that demands for austerity serve a political agenda, with panic over the alleged risks of deficits providing an excuse for cuts in social spending. But the biggest reason it’s so hard to fight deflation, I contend, is the curse of conventionality.

After all, printing money to pay for stuff sounds irresponsible, because in normal times it is. And no matter how many times some of us try to explain that these are not normal times, that in a depressed, deflationary economy conventional fiscal prudence is dangerous folly, very few policy makers are willing to stick their necks out and break with convention.

The result is that seven years after the financial crisis, policy is still crippled by caution. Respectability is killing the world economy.

krugman / nyt
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Zel

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Re: Krugman et al
« Responder #2429 em: 2015-09-20 05:27:16 »
o problema eh que depois fazem coisas tipo 3 auto-estradas lisboa-porto

Lark

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Re: Krugman et al
« Responder #2430 em: 2015-09-20 05:59:50 »
o problema eh que depois fazem coisas tipo 3 auto-estradas lisboa-porto

isso não é argumento.
aliás, as três auto-estradas foram feitas em tempo de vacas gordas.
estamos a falar de um remédio em tempo de vacas magras.
duvido que haja mamas dessas no horizonte político-económico português.

de qualquer forma, o remédio ser utilizado três vezes em vez de uma não diminui a capacidade regeneradora do mesmo.

não se pode usar a ausência de regulação ou a má regulação para deixar morrer o paciente à falta de remédio.
percebes porque não é argumento?

L
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Re: Krugman et al
« Responder #2431 em: 2015-09-20 07:19:24 »
o problema eh que depois fazem coisas tipo 3 auto-estradas lisboa-porto

isso não é argumento.
aliás, as três auto-estradas foram feitas em tempo de vacas gordas.
estamos a falar de um remédio em tempo de vacas magras.
duvido que haja mamas dessas no horizonte político-económico português.

de qualquer forma, o remédio ser utilizado três vezes em vez de uma não diminui a capacidade regeneradora do mesmo.

não se pode usar a ausência de regulação ou a má regulação para deixar morrer o paciente à falta de remédio.
percebes porque não é argumento?

L

mas eh um problema aumentar a divida dum pais para depois fazer investimento nao-produtivo ou entao criar despesas correntes desnecessarias como seria o caso com o TGV ou contratacao inutil de FPs
isso depois gera novos problemas para o futuro. ou seja, nao eh um caminho sem os seus contras e riscos.

Lark

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Re: Krugman et al
« Responder #2432 em: 2015-09-20 10:15:01 »
o problema eh que depois fazem coisas tipo 3 auto-estradas lisboa-porto

isso não é argumento.
aliás, as três auto-estradas foram feitas em tempo de vacas gordas.
estamos a falar de um remédio em tempo de vacas magras.
duvido que haja mamas dessas no horizonte político-económico português.

de qualquer forma, o remédio ser utilizado três vezes em vez de uma não diminui a capacidade regeneradora do mesmo.

não se pode usar a ausência de regulação ou a má regulação para deixar morrer o paciente à falta de remédio.
percebes porque não é argumento?

L

mas eh um problema aumentar a divida dum pais para depois fazer investimento nao-produtivo ou entao criar despesas correntes desnecessarias como seria o caso com o TGV ou contratacao inutil de FPs
isso depois gera novos problemas para o futuro. ou seja, nao eh um caminho sem os seus contras e riscos.

a ideia é fazer investimento produtivo e e isso é o mais fácil de encontrar. só a reformulação da grid eléctrica para uma smart-grid seria um investimento com proveitos incalculáveis. há imensos projectos consensuais a todos os partidos e sectores da população, que têm um retorno grande e breve.

os projectos não têm nada a ver com contratação de FPs. serão levados a cabo por entidades privadas, por concurso. apenas o financiamento e a supervisão viriam da parte estatal.

o pacote de investimento poderia inclusivamente ser referendado (diferentes propostas) e designada uma entidade autónoma para contratar, supervisar e regular, escrutinada por uma comissão especial formada por elementos de todos os partidos da assembleia da república.

mas isto é tudo um autopia porque não temos moeda própria.
teria que ser feito algo como isto à escala europeia.

L
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purehawk

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Re: Krugman et al
« Responder #2433 em: 2015-09-20 18:22:25 »
Então quando é que aparece ai a retoma segundo o Krugman?

     ::)

Lark

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Re: Krugman et al
« Responder #2434 em: 2015-09-20 18:30:56 »
Então quando é que aparece ai a retoma segundo o Krugman?

     ::)

vai aparecendo. a conta gotas. com muito sofrimento das pessoas durante muito tempo.
ao contrário da desvalorização da moeda em que se veria muito menos sofrimento em muito menos tempo.

L
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purehawk

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Re: Krugman et al
« Responder #2435 em: 2015-09-20 18:50:24 »
Então quando é que aparece ai a retoma segundo o Krugman?

     ::)


vai aparecendo. a conta gotas. com muito sofrimento das pessoas durante muito tempo.
ao contrário da desvalorização da moeda em que se veria muito menos sofrimento em muito menos tempo.

L



Talvez tenhamos alguma ajuda na moeda.
Segundo o Long Forecast nos próximos 5 anos o Euro vai desvalorizar em relação ao dólar.
Começa já em 2016, o dólar a valer mais que o Euro:

2015, 2016, 2017:
http://longforecast.com/fx/euro-exchange-rate-forecast-for-2015-2016-and-2017.html

2018, 2019, 2020:
http://longforecast.com/fx/euro-exchange-rate-forecast-for-2018-2019-and-2020.html


Será mesmo?

     ::)

tommy

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Re: Krugman et al
« Responder #2436 em: 2015-09-20 19:07:52 »
Aliás vê-se com a Venezuela como a desvalorização acentuada da moeda e em pouco tempo não traz sofrimento nenhum.

Ou como a Alemanha dos anos 20.

Como Roma há 2 milénios atrás.

Ou como o Zimbabwe.

Ou como a Argentina.

Ou como Cuba.


Repetir uma mentira, muitas vezes, não a torna numa verdade.

« Última modificação: 2015-09-20 19:16:04 por Incognitus »

Lark

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Re: Krugman et al
« Responder #2437 em: 2015-09-21 02:03:21 »
More On The Political Economy Of Permahawkery



To be honest, I’m feeling rather stupid about not understanding until now how to make sense of the ever-changing rationales for the ever-changing demand for higher interest rates. As someone who started in international trade, I more than anyone should have known that specific factors, not Stolper-Samuelson, is usually the way to go.

For the 99.9 percent of readers who have no idea what I’m talking about: One of the landmark papers in international trade theory was the demonstration by Wolfgang Stolper and Paul Samuelson, way back in 1941, that the income distribution effects of protectionism typically swamp any efficiency considerations.

If you said something judicious along the lines of “Well, protectionism might increase labor’s share, but workers will still end up losing because the economy will become less efficiency”, you were just wrong in terms of the standard model: if an economy imports labor-intensive goods, protectionism will raise real wages — end of story.

So trade policy should have big effects on the distribution of income between broad classes of players — labor versus capital, highly educated versus less-educated labor, and so on. But if you try to understand the political economy of trade policy, what you see is much narrower interests at play — not capital in general but the owners of textile factories or sugar plantations. Blessed are the cheesemakers, not any manufacturers of dairy products. And the right model to think about this is the specific factors model of trade, in which capital is temporarily stuck in a particular industry; in the long run it may be fungible, but lobbyists don’t worry about that.

So we’ve had a long discussion of the distributional effects of QE and all that, which are ambiguous but also, I now realize, irrelevant. Is QE good or bad for capital, for rentiers, whatever? No matter — it’s bad for bankers, because it leads to a compression of the net interest margin, the spread between deposit rates and lending rates. And that is why there’s so much agitation for rate hikes on the part of finance. Furthermore, while I don’t think institutions like the BIS are corrupt in any direct sense, they probably pick up by osmosis from all the bankers they meet the general prejudice against easy money, leading to increasingly baroque attempts to justify rate hikes despite low inflation.

Incidentally, this also means that the common claim that QE is a giveaway to bankers is the opposite of the truth; to the extent that journalists with close ties to bankers spread this story, it’s Orwellian. Remember, the Fed isn’t lending money at low interest to banks — banks, with their $2.5 trillion (!) of excess reserves, are lending vast sums at low interest to the Fed.

It’s all falling into place.

K
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
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If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
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So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

tommy

  • Visitante
Re: Krugman et al
« Responder #2438 em: 2015-09-21 12:25:34 »
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O kwanza angolano depreciou-se em mais de 37% no último ano, face ao dólar norte-americano, fruto da crise da queda da cotação internacional do barril de crude, que fez diminuir a entrada de divisas em Angola.

A informação resulta do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do Banco Nacional de Angola (BNA), ao qual a Lusa teve hoje acesso, sobre a venda de divisas aos bancos comerciais, entre 14 e 16 de setembro, a uma taxa interbancária média de 135,968 kwanzas (89 cêntimos de euro).

Há cerca de um ano, esta mesma taxa rondava os 99 kwanzas por cada dólar norte-americano, o que representa uma desvalorização de 37,3%, reflexo da falta de divisas que o país enfrenta, em função da quebra para metade da cotação do barril de petróleo, que representa mais de 98% das exportações angolanas.

Na última semana, que contou com apenas três dias úteis, devido ao feriado do 17 de setembro e à tolerância de ponto concedida pelo Governo para a sexta-feira, o BNA realizou vendas de divisas aos bancos comerciais no valor de 281,4 milhões de dólares, uma quebra de praticamente 40% face à anterior (de cinco dias úteis).

Angola enfrenta uma crise financeira e económica, face à redução de receitas fiscais com o petróleo, e por consequência cambial, devido à redução da entrada de divisas no país, necessárias para garantir as importações de máquinas, matéria-prima e alimentos.

Desde o final de maio que o BNA tem em curso um programa para enfrentar a atual crise cambial no país. Contudo, mantêm-se as dificuldades no acesso a moeda estrangeira nos bancos, com o mercado paralelo, de rua, a apresentar taxas de câmbio acima dos 200 kwanzas por cada dólar, para compra de moeda estrangeira.

A situação atual de falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.

O banco central anunciou no final de maio que aquela instituição passou a ter "elementos para flexibilizar" a gestão do mercado cambial, nomeadamente através do aumento de dois para três leilões de divisas (vendas aos bancos) semanais, para regularizar o fluxo de divisas.

"A procura [de divisas, na banca comercial] não diminuiu. O problema é que eu, pessoalmente, acredito que nem toda a procura de divisas é legítima. Portanto, quando nós pudermos ter uma procura legítima, de certeza que não vai haver falta de divisas", afirmou a 25 de julho o governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior.

http://www.dinheirovivo.pt/economia/interior.aspx?content_id=4789675&page=-1

Mais um a seguir a linha de krugman e da venezuela.

-37% de valor na moeda.

Já falam em procura legítima e ilegítima de divisas.

Impressionante como passam os milénios e a narrativa é sempre a mesma para os porcos que gostam de enganar o povo desvalorizando a moeda.

Breve estão a fazer filas para 1 rolo de papel higiénico. 
« Última modificação: 2015-09-21 12:26:09 por Anti-Ditador »

Zel

  • Visitante
Re: Krugman et al
« Responder #2439 em: 2015-09-21 14:52:15 »
teoricamente o kruman nao defende a venezuela, claro que a aplicacao das ideias dele na pratica eh mais complicada do que a teoria quer fazer crer e creio que eh por isso que a malta fala na venezuela