Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Krugman et al  (Lida 605854 vezes)

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2100 em: 2015-05-27 13:51:56 »
Zark, tu não pareces consciente de como o sistema financeiro funciona de base.

ah, e estou muito consciente.
pedia-te que abdicasses da presunção de ter conhecimento dos meus estados de espírioto.

isso é recorrente em ti. não compreendes, pareces não compreender, não pareces consciente.
isso não é forma de conversar.

dás a tua opinião e pronto. não te refiras pessoalmente a mim, aos meus estados de espírito, à capacidade que tenho ou não de compreender determinada coisa, etc
sabes do que falo...

Z

Lark, quando eu digo algo do género é porque ternho a certeza do que estou a dizer. Eu sei mesmo bastante bem como todo o sistema funciona (excepção feita a alguns pormenores do funcionamento do BCE, diga-se).

Tu tens a capacidade para compreender. Não significa que já compreendas. E, por vezes, que queiras sequer compreender.

Eu estou neste debate de boa fé. Se leres aquilo que escrevo, isto nada tem de ideológico, é apenas uma descrição de como o sistema está estruturado.


Tu podes ter a certea do que estás a dizer.
Agora, o que estás a dizer pode estar completamente errado. nãoi estou a dizer que está ou não.

Agora é que eu percebi de onde vêm estes problemas todos.

Tu dizes que algo é X.
Acreditas piamente que estás certo.
Logo quando alguém te contradiz, só pode estar errado. Não compreende, ou não está consciente. ou....
Não te passa pela cabeças estares errado. que algo não é X mas sim Y.

Se funcionares na base da opinião, tipo 'eu penso que isto é X, mas posso estar errado' a coisa vai tornar-se muito mais fácil.

Isso é inaceitável, o que estás a fazer.

Eu digo que isto é assim!
Como tenho a certeza de que é assim, é porque é assim!
Quem achar que não é assim está errado ou não compreende!

Já percebi onde está o problema destas desconversas.

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13789
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2101 em: 2015-05-27 13:52:34 »

Os bancos não necessitam de depósitos porque podem obter empréstimos junto de outros bancos que os tenham (mercado interbancário). A coisa não deixa de ser consistente por isso. Mas esse passo introduz risco porque o mercado interbancário é de grandes montantes e prazos curtos. Ou seja, são empréstimos muito grandes e que vencem muito frequentemente. Uma quebra de confiança rapidamente reduz esses empréstimos e portanto a base de financiamento de um banco.

É potenciamente hot money, é como um bank run mais eficiente. Eventualmente, as regras deveriam prever isso e incluir um limite para o recurso a esse tipo de financiamento. Diversificação não adiantaria porque é provável que o sistema bancário perca todo a confiança ao mesmo tempo.

O que ajuda é compreender como tudo isto está ligado.


Obtinham. Agora, faliram.
Segue-se serão nacionalizados.
E então virá a estória do  costume:
- greves abusivas dos sindicatos de serviço público!

Abaixo os monopólios!

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2102 em: 2015-05-27 13:53:52 »
Eu funciono segundo o princípio que dizes (isto pode estar errado), nas coisas onde existe incerteza.

Aqui existe complexidade, o sistema é cada vez mais complexo desde a existência inicial de moeda, porque esta vai gerando mais e mais hipóteses.

Mas não existe incerteza. O que te estou a transmitir está correcto. E onde não é claro, eu abstenho-me de o transmitir ou digo que existe incerteza.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2103 em: 2015-05-27 16:39:15 »
Paul Krugman - New York Times Blog
Preliminary Notes on Inequality and Urbanism

Tim Wu has an interesting piece about the phenomenon of vacant storefronts in booming New York neighborhoods, which by coincidence dovetails with a number of conversations I’ve been having here at the Said Business School in Oxford, where several people are interested in the changing economic geography of London and its links to globalization.

The empty-store phenomenon is interesting, and cries out for a bit of modeling, which I won’t do right now. But it’s part of a broader story of big money moving in to desirable neighborhoods, and in the process destroying what makes them desirable. And this in turn has me thinking, blurrily — this is just a start — about the relationship between inequality and urbanism. Not as a diatribe — I think it’s a fairly complex issue — but just as an interesting thing, especially if you’re in the process of moving into a big city.

Some thoughts:

First, when it comes to things that make urban life better or worse, there is absolutely no reason to have faith in the invisible hand of the market. External economies are everywhere in an urban environment. After all, external economies — the perceived payoff to being near other people engaged in activities that generate positive spillovers — is the reason cities exist in the first place. And this in turn means that market values can very easily produce destructive incentives. When, say, a bank branch takes over the space formerly occupied by a beloved neighborhood shop, everyone may be maximizing returns, yet the disappearance of that shop may lead to a decline in foot traffic, contribute to the exodus of a few families and their replacement by young bankers who are never home, and so on in a way that reduces the whole neighborhood’s attractiveness.

On the other hand, however, an influx of well-paid yuppies can help support the essential infrastructure of hipster coffee shops (you can never have too many hipster coffee shops), ethnic restaurants, and dry cleaners, and help make the neighborhood better for everyone.

What does history tell us? Politically, I’d like to say that inequality is bad for urbanism. That’s far from obvious, however. Jane Jacobs wrote The Death and Life of Great American Cities right in the middle of the great postwar expansion, an era of widely shared economic growth, relatively equal income distribution, empowered labor — and collapsing urban life, as white families fled the cities and a combination of highway building and urban renewal destroyed many neighborhoods.

And when a partial urban revival began, it was arguably associated with forces driven by or associated with rising inequality. Affluent types in search of a bit of cool — probably 5 percenters rather than 1 percenters, and more or less David Brooks’s Bobos (bourgeois bohemians) drove gentrification and revival in urban cores; in New York, at least, large number of poorly paid but striving immigrants drove the revival of outer borough neighborhoods like Jackson Heights or Brighton Beach.

Still, we’re now arguably looking at something new, as the really wealthy — domestic malefactors of great wealth, but also oligarchs, princelings, and sheiks — buy up prime real estate and leave it vacant, creating luxury-shopping wastelands at best (I know, snobbish Upper West Side bias), expensive ghost districts at worst.

Anyway, interesting to think about, and for me a welcome diversion from dark thoughts about Greece.

krugman
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2104 em: 2015-05-29 19:01:42 »
The Insecure American
MAY 29, 2015

America remains, despite the damage inflicted by the Great Recession and its aftermath, a very rich country. But many Americans are economically insecure, with little protection from life’s risks. They frequently experience financial hardship; many don’t expect to be able to retire, and if they do retire have little to live on besides Social Security.

Many readers will, I hope, find nothing surprising in what I just said. But all too many affluent Americans — and, in particular, members of our political elite — seem to have no sense of how the other half lives. Which is why a new study on the financial well-being of U.S. households, conducted by the Federal Reserve, should be required reading inside the Beltway.

Before I get to that study, a few words about the callous obliviousness so prevalent in our political life.

I am not, or not only, talking about right-wing contempt for the poor, although the dominance of compassionless conservatism is a sight to behold. According to the Pew Research Center, more than three-quarters of conservatives believe that the poor “have it easy” thanks to government benefits; only 1 in 7 believe that the poor “have hard lives.” And this attitude translates into policy. What we learn from the refusal of Republican-controlled states to expand Medicaid, even though the federal government would foot the bill, is that punishing the poor has become a goal in itself, one worth pursuing even if it hurts rather than helps state budgets.

But leave self-declared conservatives and their contempt for the poor on one side. What’s really striking is the disconnect between centrist conventional wisdom and the reality of life — and death — for much of the nation.

Take, as a prime example, positioning on Social Security. For decades, a declared willingness to cut Social Security benefits, especially by raising the retirement age, has been almost a required position — a badge of seriousness — for politicians and pundits who want to sound wise and responsible. After all, people are living longer, so shouldn’t they work longer, too? And isn’t Social Security an old-fashioned system, out of touch with modern economic realities?

Meanwhile, the reality is that living longer in our ever-more-unequal society is very much a class thing: life expectancy at age 65 has risen a lot among the affluent, but hardly at all in the bottom half of the wage distribution, that is, among those who need Social Security most. And while the retirement system F.D.R. introduced may look old-fashioned to affluent professionals, it is quite literally a lifeline for many of our fellow citizens. A majority of Americans over 65 get more than half their income from Social Security, and more than a quarter are almost completely reliant on those monthly checks.

These realities may finally be penetrating political debate, to some extent. We seem to be hearing less these days about cutting Social Security, and we’re even seeing some attention paid to proposals for benefit increases given the erosion of private pensions. But my sense is that Washington still has no clue about the realities of life for those not yet elderly. Which is where that Federal Reserve study comes in.

This is the study’s second year, and the current edition actually portrays a nation in recovery: in 2014, unlike 2013, a substantial plurality of respondents said that they were better off than they had been five years ago. Yet it’s startling how little room for error there is in many American lives.

We learn, for example, that 3 in 10 nonelderly Americans said they had no retirement savings or pension, and that the same fraction reported going without some kind of medical care in the past year because they couldn’t afford it. Almost a quarter reported that they or a family member had experienced financial hardship in the past year.

And something that even startled me: 47 percent said that they would not have the resources to meet an unexpected expense of $400 — $400! They would have to sell something or borrow to meet that need, if they could meet it at all.

Of course, it could be much worse. Social Security is there, and we should be very glad that it is. Meanwhile, unemployment insurance and food stamps did a lot to cushion unlucky families from the worst during the Great Recession. And Obamacare, imperfect as it is, has immensely reduced insecurity, especially in states whose governments haven’t tried to sabotage the program.

But while things could be worse, they could also be better. There is no such thing as perfect security, but American families could easily have much more security than they have. All it would take is for politicians and pundits to stop talking blithely about the need to cut “entitlements” and start looking at the way their less-fortunate fellow citizens actually live.

nyt
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2105 em: 2015-05-29 19:06:10 »
More than three quarters of conservatives say the poor “have it easy”

So much for compassionate conservatism.

The Pew Research Center is out with part two of its huge survey of American politics. The first part, released a couple weeks ago, focused on political polarization. For this round, Pew's researchers have created a political typology which "sorts voters into cohesive groups based on their attitudes and values." There's plenty to say about this - and you can see where you fall in Pew's typology quiz here! - but for now I want to focus on the chart above, particularly the left half.

More than three quarters of conservative Americans - those in the steadfast conservative, business conservative, and young outsider typology groups - agree that "poor people have it easy because they can get government benefits without doing anything." Only seven percent of steadfast conservatives say that the poor "have hard lives."

Even a not-insignificant share of left-leaning groups say that the poor have it easy. But overall the widespread agreements among conservatives on this point is what's really striking here. There are reasonable, well-intentioned arguments on either side of many poverty-related issues - about the causes of poverty (see the right half of the chart), or whether government benefits provide a leg up or simply perpetuate poverty, for instance.

But I have a hard time understanding how you could read about the experience of families relying on food stamps to eat, or those trying to manage chronic conditions with Medicaid, and conclude that these people somehow have it easy. For context, here is a brief and wildly incomplete list of the ways life is "easy" when you're poor:

Compared to middle and upper-income Americans, the poor are three times less likely to have health insurance coverage, and more likely to put off or skip necessary medical treatment as a result;

They are three times more likely to be victimized by crime;

The daily stresses of living under poverty impose a cognitive burden equivalent to losing 13 IQ points;

Poor children are three times more likely to be affected by food scarcity and obesity;
Poor children receive a lower quality education in public school, and the ones who make it to college are more likely to drop out;
Poorer Americans breathe dirtier air, they sleep less, and the even have less sex;

And in the end all this "easy living" literally shaves decades off their lives.



wapo
« Última modificação: 2015-05-29 19:09:22 por Zark »
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2106 em: 2015-05-29 19:08:38 »
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2107 em: 2015-05-29 19:52:47 »
Esse gráfico não mostra as razões mais prováveis para as respostas em questão. Por exemplo:


* Para um conservador, um pobre pode "have it easy" porque tem um nível de vida material muito em excesso daquele que teria com o nível de valor que produz para terceiros. Isto é um facto.
* Para um liberal, um pobre não "have it easy" porque não obstante ter um nível de vida material mais elevado do que o que teria sem os apoios (um facto), continua a ter uma vida inferior a quem não seja pobre (outro facto).


------


* Para um conservador, o "who's to blame" pode passar pela falta de esforço, na medida em que se a pessoa produzisse maior valor para os outros seria menos pobre. Um facto.
* Para um liberal, o "who's to blame" podem ser as circunstâncias, porque em muitos casos a pessoa não produz para os outros devido a factores externos incluindo os atributos que a natureza ou sociedade (cultura) lhe deu (que estranhamente um liberal poderá também negar -- só aqui existe inconsistência). De notar que também é um facto que não produzir para os outros é uma circunstância eliminável voluntariamente, ou não existiram tantos imigrantes nos EUA.




Resumindo, a mesma realidade pode levar àquelas respostas sem que nada seja inconsistente (excepto a posição liberal de atribuir a circunstâncias externas os problemas de uma pessoa, mas depois rejeitar que a natureza possa ser uma das fontes dessas circunstâncias, excepto em doenças e afins).
« Última modificação: 2015-05-29 19:55:03 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2108 em: 2015-05-29 20:13:53 »
Esse gráfico não mostra as razões mais prováveis para as respostas em questão.

pois não. não mostra.
apresenta apenas as respostas. foi esse o objectivo do research.

a interpretação dos dados é outra coisa.

factos são factos. dados são dados.
interpretação é outra coisa.

já no outro post sobre o crescimento do emprego debaixo de carter/reagan/bush sr/clinton, em que era mostrado que houve maior crescimento do emprego debaixo da admin carter que da admin bush sr e que tinha havido um muito maior crescimento do emprego debaixo da admin clinton que da admin reagan,  tu ficaste muito escandalizado.

Não percebi bem porquê: ofereceste uma interpretação para os dados. estava ocupado, não a comentei.

mas a interpretação não modifica os dados. os dados são dados. os factos são os factos.
interpretações são interpretações.

neste caso, os dados estão apresentados.
cada um fará a sua interpretação deles.
não se podem pôr em causa os dados porque não nos agradam segundo a nossa interpretação.

mais isto é básico. na ciência, no jornalismo, em qualquer campo do conhecimento.
não percebo porque persistes em criticar os dados.

Z
« Última modificação: 2015-05-29 20:16:59 por Zark »
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2109 em: 2015-05-29 20:36:02 »
Não era uma interpretação. O timing, as recessões, o efeito no emprego, a base da qual parte cada um dos níveis de emprego, etc, tudo eram factos.


Por exemplo, a menos que tu penses que usar o número de bebés que nascem em Portugal para dizer que Portugal promove menos a natalidade que a China, pois nascem mais bebés na China, é algum tipo de argumento válido.


Isto é algo extremo, mas da mesma natureza do que estava ali a ser feito (isto mesmo sem falar das recessões, etc).


Reagan, entrou em 1981
População (1980): 227.2 milhões




Clinton, entrou em 1993
População (1992): 256.5 milhões (+12.9%)




-------------


Nessa sondagem os factos APOIAM ambas as posições.
« Última modificação: 2015-05-29 20:37:29 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13789
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2110 em: 2015-05-29 20:39:33 »
* Para um conservador, um pobre pode "have it easy" porque tem um nível de vida material muito em excesso daquele que teria com o nível de valor que produz para terceiros. Isto é um facto.
* Para um liberal, um pobre não "have it easy" porque não obstante ter um nível de vida material mais elevado do que o que teria sem os apoios (um facto), continua a ter uma vida inferior a quem não seja pobre (outro facto).

________________________________________________________________________

Concordo com o conservador e com o liberal, pelo que tudo depende da situação empírica da integração dos pobres na sociedade e verificando com cuidado se não há pobres que produzem valor para os outros bem acima do apoio material que a sociedade lhes dá.

------ // ------

* Para um conservador, o "who's to blame" pode passar pela falta de esforço, na medida em que se a pessoa produzisse maior valor para os outros seria menos pobre. Um facto.
* Para um liberal, o "who's to blame" podem ser as circunstâncias, porque em muitos casos a pessoa não produz para os outros devido a factores externos incluindo os atributos que a natureza ou sociedade (cultura) lhe deu (que estranhamente um liberal poderá também negar -- só aqui existe inconsistência). De notar que também é um facto que não produzir para os outros é uma circunstância eliminável voluntariamente, ou não existiram tantos imigrantes nos EUA.

___________________________________________________________________________

Sem dúvida que podem ser as circunstâncias a impedir que a pessoa produza mais para os outros do que o faz. Quanto à imigração provar que não há vontade nacional de trabalhar é controverso porque os empreendedores que precisam de mão-d'obra preferem-na imigrante por mais barata e precária, e menos reivindicativa - e o governo aceita abrir a fronteira.


Nestas observações, parece concluir-se
que os dados empíricos, o como as coisas se passam,
não provam nem reprovam razão nenhuma
nem do liberal nem do conservador.


Pelo que, a meu ver, o questionamento
em causa não tem utilidade para provar certa
ou errada qualquer das duas doutrinas políticas!
« Última modificação: 2015-05-29 20:41:06 por vbm »

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2111 em: 2015-05-29 20:41:13 »
Não era uma interpretação. O timing, as recessões, o efeito no emprego, a base da qual parte cada um dos níveis de emprego, etc, tudo eram factos.


Por exemplo, a menos que tu penses que usar o número de bebés que nascem em Portugal para dizer que Portugal promove menos a natalidade que a China, pois nascem mais bebés na China, é algum tipo de argumento válido.


Isto é algo extremo, mas da mesma natureza do que estava ali a ser feito (isto mesmo sem falar das recessões, etc).


Reagan, entrou em 1981
População (1980): 227.2 milhões




Clinton, entrou em 1993
População (1992): 256.5 milhões (+12.9%)


desculpa, estás a interpretar e até pode a tua interpretação estar correcta.
mas os factos são aqueles que apontei e mais nada.
são números absolutos de emprego sim senhor, não são relativos. poderão induzir em erro? talvez, teria que ver.

mas os factos são aqules. tanto para  a questão do emprego como para a questão do research sobre a pobreza.

não podes negar os factos alegando uma qualquer interpretação.

tens que aceitar os dados e podes apresentar a tua interpretação deles.
não podes usar a interpretação para os negar.

e não vou avançar mais sobre este assunto.

todo o prazer em debater a interpretação.
nem pensar em negar factos.

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2112 em: 2015-05-29 20:44:05 »
Por exemplo, a menos que tu penses que usar o número de bebés que nascem em Portugal para dizer que Portugal promove menos a natalidade que a China, pois nascem mais bebés na China, é algum tipo de argumento válido.

'tu penses usar'. eu não penso usar coisa nenhuma.
no exemplo que estás a dar os factos serão nro de nascimentos na china / nro de nascimentos em portugal. ponto.
não apontaste mais dados nenhuns.

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2113 em: 2015-05-29 20:47:07 »
A população é um facto, a recessão é um facto, a perda de emprego durante a recessão é um facto, a base populacional mais baixa do Reagan é um facto.


Lark, isto é um debate absurdo. Acredita lá no que quiseres.
« Última modificação: 2015-05-29 20:47:19 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2114 em: 2015-05-29 20:48:47 »
Por exemplo, a menos que tu penses que usar o número de bebés que nascem em Portugal para dizer que Portugal promove menos a natalidade que a China, pois nascem mais bebés na China, é algum tipo de argumento válido.

'tu penses usar'. eu não penso usar coisa nenhuma.
no exemplo que estás a dar os factos serão nro de nascimentos na china / nro de nascimentos em portugal. ponto.
não apontaste mais dados nenhuns.

Z


É igual ao que o Krugman está ali a fazer: Emprego criado pelo Reagan < Emprego criado pelo Clinton.


E é igualmente absurdo.


Há mais bebés na China. Mesmo que existisse uma política de matar 9/10 de todos os bebés, existiriam mais bebés na China.


Mas pelos vistos pela lógica do Krugman poderíamos dizer que "A China tem muito maior sucesso que Portugal a promover a natalidade!"


Que absurdidade.
« Última modificação: 2015-05-29 20:49:10 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2115 em: 2015-05-29 20:55:39 »
Por exemplo, a menos que tu penses que usar o número de bebés que nascem em Portugal para dizer que Portugal promove menos a natalidade que a China, pois nascem mais bebés na China, é algum tipo de argumento válido.

'tu penses usar'. eu não penso usar coisa nenhuma.
no exemplo que estás a dar os factos serão nro de nascimentos na china / nro de nascimentos em portugal. ponto.
não apontaste mais dados nenhuns.

Z


É igual ao que o Krugman está ali a fazer: Emprego criado pelo Reagan < Emprego criado pelo Clinton.


E é igualmente absurdo.


Há mais bebés na China. Mesmo que existisse uma política de matar 9/10 de todos os bebés, existiriam mais bebés na China.


Mas pelos vistos pela lógica do Krugman poderíamos dizer que "A China tem muito maior sucesso que Portugal a promover a natalidade!"


Que absurdidade.

tu é que estás a ser absurdo.
se achas que podes acrescentar dados, acrescenta.
com os novos dados apresenta uma interpretação.

agora que é verdade o que o krugman afirmou, é.
não há volta a dar-lhe.

apresenta dados que aches em falta e apresenta uma interpretação tua, que será sujeita a crítica, evidentemente.

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2116 em: 2015-05-29 21:00:01 »
Há tanta verdade naquilo como na teoria dos bebés da China. É absurdo.


Eu já apresentei tudo, desde as datas em que entraram, às populações, à recessão para dentro da qual o Reagan entrou, ao crescimento de emprego que existiu.


Se ponderares tudo, a conclusão é que o Reagan criou mais emprego. Mas nem é preciso isso, basta compreender que a comparação directa dos números não faz sentido (no exemplo da China também não seria necessário ir fazer contas com quantos bebés por mulher nasciam num lado e no outro - bastaria dizer "não faz sentido a comparação, as populações são absurdamente diferentes").


Nota, estes factos são extraordinariamente claros, pelo que o enviezamento para os ignorar é consequentemente muito elevado.




--------------


Para ficar mais claro, o meu ponto central não é defender que o Reagan criou mais ou menos emprego. É sim dizer que a comparação está inquinada e o Krugman deveria saber que a comparação estava inquinada.
« Última modificação: 2015-05-29 21:01:55 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13789
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2117 em: 2015-05-29 21:07:19 »
Dados são dados. Como  tal, em si,
nada aportam ao pensamento.

Pensar é relacionar conceitos uns com os outros,
explicar eventos pretéritos e prever vindouros.


Para lá de afirmar ou negar isto  ou aquilo,
«que explicação de quê» está em causa?

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2118 em: 2015-05-29 21:09:13 »
Lark, vamos lá ver se resolvemos isto então de outra forma para ver se compreendes:


Pega num democrata para trás do Reagan no tempo. Por exemplo no Lyndon Johnson, que foi presidente numa das alturas de maior prosperidade dos EUA.


Criou menos emprego que o Reagan! Como é possível! Que nódoa! MESMO sem uma recessão!


É uma absurdidade, compreendes? As populações são muito diferentes, pelo que a comparação perde o sentido.


E depois ainda tens a recessão, que pareces não ter compreendido, que significou que nos dois primeiros anos o Reagan teve PERDA de emprego onde em circunstâncias idênticas ao Clinton teria ganho -- logo perde 2x (perda e não ganho).


--------

É fantástico como consegues ignorar este tipo de coisas.

"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2119 em: 2015-05-29 21:40:01 »
irra!

os dados apresentados são falsos ou não?
sem interpretação de espécie nenhuma?

chama-se a isso em ciência, nomeadamente em estatística raw data.



Citação de: wikipedia
Raw data

Raw data (also known as primary data) is a term for data collected from a source. Raw data has not been subjected to processing or any other manipulation, and are also referred to as primary data. Raw data is a relative term (see data). Raw data can be input to a computer program or used in manual procedures such as analyzing statistics from a survey. The term can refer to the binary data on electronic storage devices such as hard disk drives (also referred to as low-level data).

In computing, raw data may have the following attributes: possibly containing errors, not validated; in different (colloquial) formats; uncoded or unformatted; and suspect, requiring confirmation or citation. For example, a data input sheet might contain dates as raw data in many forms: "31st January 1999", "31/01/1999", "31/1/99", "31 Jan", or "today". Once captured, these raw data may be processed stored as a normalized format, perhaps a Julian date, so as to be easier for computers and humans to interpret during later processing.

Raw data (sometimes called "sourcey" data or "eggy" data) are the data input to processing. A distinction is sometimes made between data and information to the effect that information is the end product of data processing. Raw data that has undergone processing are sometimes referred to as "cooked" data.

Although raw data has the potential to become "information," extraction, organization, and sometimes analysis and formatting for presentation are required for that to occur.

For example, a point-of-sale terminal (POS terminal) in a busy supermarket collects huge volumes of raw data each day, but that data doesn't yield much information until it is processed. Once processed, the data may indicate the particular items that each customer buys, when they buy them, and at what price. Such information could then become data for processing predictive marketing campaigns. As a result of processing, raw data sometimes ends up in a database, which enables the raw data to become accessible for further processing and analysis in any number of different ways.

Tim Berners-Lee (inventor of the World Wide Web) proposes that sharing raw data is important. Inspired by a post by Rufus Pollock of the Open Knowledge Foundation his call to action is "Raw Data Now", meaning that everyone should demand that governments and businesses share their information as raw data. He points out that "data drives a huge amount of what happens in our lives… because somebody takes the data and does something with it." To Berners-Lee, it is essentially from this sharing of raw data, that advances in science will emerge.


Z

e ainda vamos ver se o que o krugman apresentou não foi já um racio vs a população activa.
vê lá se te enganas à grande e depois é uma chatice.

If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau