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Autor Tópico: Krugman et al  (Lida 605885 vezes)

Lark

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Re: Krugman et al
« Responder #1900 em: 2015-05-07 18:35:53 »
Sim, essa aproximação é sensível. Desde que da mesma forma que defendem políticas contra-cíclicas nas recessões, defendam políticas restritivas nas expansões. É esta última parte que parece rara, mas talvez seja da minha memória. Dá a ideia que durante a expansão a única política restritiva vem, um pouco, de bancos centrais.

já agora o último superavit da história recente dois estados unidos foi com o clinton, em 1995 se não estou em erro.
não foi com o reagan nem com os bushs pai e filho.

mas estou mais que certo que se o zenith não tivesse ido buscar aquilo, só Deus sabe onde, a mentira seria dada por verdade.
os keynesianos só queriam medidas contracíclicas em tempos de vacas magras, dir-se-ia!
o sr incognitus tem as mesmas ferramentas que o sr zenith para fazer pesquisa. não fez porque não lhe dava jeito.

como estas são mais que muitas.
basicamente é toda uma ideologia baseada em mentiras crassas, preguiça intelectual e mais alguma coisa que eu não consigo definir...
ódio e desprezo pelos pobres?
não sei, mas é algo mais do foro psicológico do que económico ou político.

L
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Re: Krugman et al
« Responder #1901 em: 2015-05-07 18:53:47 »
Que os Keynesianos (e Krugman) defendem deficit públicos em alturas de crise e superavits públicos em momentos de crescimento económico é o que nos ensinavam nas aulas de economia.

Mas infelizmente a "teoria" é desmentida pela realidade. Ao ponto de ter levado o Keynes a afirmar que se chamava Keynes e não era Keynesiano.  Porque acreditava que o mundo mudava e o mesmo devia acontecer com as políticas económicas e as expectativas das pessoas. No final da vida ele tinha consciência que a "sua teoria" estava a dar lugar a algumas interpretações incorrectas. Ele defendia défices de curto prazo e em situações de crise. Não "permanentes" como se tornou prática. Os anos de 1999-2002 nos USA foram a excepção a realidade. Déficits não são um exclusivo de esquerda ou de direita. De republicanos ou de democratas. Ao longo das décadas todos os governantes de habituaram a viver com défices. Nos Estados Unidos e na Europa.

A realidade foi que os anos que em que as economias se expandiram foram muito mais do que aqueles em que se contrairam. Mas a maioria dos países apresentou deficits públicos todos os anos (com raras excepções). Quer em crise quer em expansão económica.

E é compreensível. Afinal em tempo de festa quem quer ser responsável por desligar a música e pedir aos convivas para guardar parte do espirito festivo para tempos menos felizes? Os governos não o fazem. E a grande maioria dos keynesianos nessas alturas não vê necessidade de fazer de "mau da fita" e relembrar ao mundo/governos que é necessário criar almofadas para tempos difíceis. Afinal ninguém fica popular a pedir aumentos de impostos ou redução de gastos públicos. Mesmo em alturas de vacas gordas. Este é o dilema quer dos políticos, quer dos Keynesianos. Ou seja, não se pode ser Keynesiano durante as crises e esquecer-se o Keynesianismo durante as fases de expansão económica. Era isto que deixava Keynes desconfortável.

De uma das últimas biografias de Keynes:
"6. Keynes was turned into an epithet – “Keynesian” – which has identified him with deficit finance. Keynesian is one of the words used to describe the running of a budget deficit in order to pay for government activities – running schools, hospitals, the armed forces. It is true that in the 1930s, during a period of economic depression and high regional unemployment, he advocated a public works programme of housebuilding and roadbuilding in order to stimulate the national economy by pumping more money round. But he saw such measures as interim devices to meet particular crises and affirmed that budgets should be balanced in ordinary times. As a treasury official in the 1940s, he warned that deficit finance seemed a “rather desperate expedient”. He opposed governments going into debt in order to maintain personal levels of consumption. He thought prodigal spending was habit-forming, and destructive of nations as well as of companies and individuals."
http://www.theguardian.com/books/2015/mar/05/seven-things-john-maynard-keynes

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Re: Krugman et al
« Responder #1902 em: 2015-05-07 18:57:36 »
Que os Keynesianos (e Krugman) defendem deficit públicos em alturas de crise e superavits públicos em momentos de crescimento económico é o que nos ensinavam nas aulas de economia.

Mas infelizmente a "teoria" é desmentida pela realidade. Ao ponto de ter levado o Keynes a afirmar que se chamava Keynes e não era Keynesiano.  Porque acreditava que o mundo mudava e o mesmo devia acontecer com as políticas económicas e as expectativas das pessoas. No final da vida ele tinha consciência que a "sua teoria" estava a dar lugar a algumas interpretações incorrectas. Ele defendia défices de curto prazo e em situações de crise. Não "permanentes" como se tornou prática. Os anos de 1999-2002 nos USA foram a excepção a realidade. Déficits não são um exclusivo de esquerda ou de direita. De republicanos ou de democratas. Ao longo das décadas todos os governantes de habituaram a viver com défices. Nos Estados Unidos e na Europa.

A realidade foi que os anos que em que as economias se expandiram foram muito mais do que aqueles em que se contrairam. Mas a maioria dos países apresentou deficits públicos todos os anos (com raras excepções). Quer em crise quer em expansão económica.

E é compreensível. Afinal em tempo de festa quem quer ser responsável por desligar a música e pedir aos convivas para guardar parte do espirito festivo para tempos menos felizes? Os governos não o fazem. E a grande maioria dos keynesianos nessas alturas não vê necessidade de fazer de "mau da fita" e relembrar ao mundo/governos que é necessário criar almofadas para tempos difíceis. Afinal ninguém fica popular a pedir aumentos de impostos ou redução de gastos públicos. Mesmo em alturas de vacas gordas. Este é o dilema quer dos políticos, quer dos Keynesianos. Ou seja, não se pode ser Keynesiano durante as crises e esquecer-se o Keynesianismo durante as fases de expansão económica. Era isto que deixava Keynes desconfortável.

De uma das últimas biografias de Keynes:
"6. Keynes was turned into an epithet – “Keynesian” – which has identified him with deficit finance. Keynesian is one of the words used to describe the running of a budget deficit in order to pay for government activities – running schools, hospitals, the armed forces. It is true that in the 1930s, during a period of economic depression and high regional unemployment, he advocated a public works programme of housebuilding and roadbuilding in order to stimulate the national economy by pumping more money round. But he saw such measures as interim devices to meet particular crises and affirmed that budgets should be balanced in ordinary times. As a treasury official in the 1940s, he warned that deficit finance seemed a “rather desperate expedient”. He opposed governments going into debt in order to maintain personal levels of consumption. He thought prodigal spending was habit-forming, and destructive of nations as well as of companies and individuals."
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Re: Krugman et al
« Responder #1903 em: 2015-05-07 19:23:06 »
É o mesmo que eu estava a dizer... não me lembro de ver uma resposta agressiva dos Keynesianos ao não cumprimento da outra metade necessária -- os superávits em tempo de vacas gordas. Não é que não o possam defender teoricamente, mas claramente existe agora 1000x mais crítica à "austeridade" do que existiu na altura crítica aos déficits por parte das pessoas que agora criticam a austeridade ...
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Re: Krugman et al
« Responder #1904 em: 2015-05-07 19:39:34 »
É o mesmo que eu estava a dizer... não me lembro de ver uma resposta agressiva dos Keynesianos ao não cumprimento da outra metade necessária -- os superávits em tempo de vacas gordas. Não é que não o possam defender teoricamente, mas claramente existe agora 1000x mais crítica à "austeridade" do que existiu na altura crítica aos déficits por parte das pessoas que agora criticam a austeridade ...

já tens a dúvida esclarecida ou não?
olha que deu trabalho tanto ao zenith como ao pecunia.
não te vi agradecer.
agradeci eu por ti.

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Re: Krugman et al
« Responder #1905 em: 2015-05-07 20:02:16 »
Lark, penso que não compreendeste. O Krugman tem umas dezenas ou centenas de artigos contra a austeridade.

Será que há 10 contra os déficits, também?

Que a teoria de base exige superávits em tempo de vacas gordas e déficits em tempo de vacas magras ninguém coloca em dúvida. O que se coloca em dúvida é se os defensores da "não austeridade" agora (incluindo o Krugman) terão sido defensores da austeridade no tempo das vacas gordas...

Compreendes?

O que o Pecunia e o Zenith colocaram só confirma a base da teoria, com o acrescento já do Pecunia de que os políticos E os Keynesianos não tendem a colocar água na fervura durante o tempo de vacas gordas. Isso já é uma indicação daquilo que eu estava a falar ... (a favor, não contra, o que eu estava a dizer)
« Última modificação: 2015-05-07 20:03:14 por Incognitus »
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Re: Krugman et al
« Responder #1906 em: 2015-05-07 20:03:37 »
Lark, penso que não compreendeste. O Krugman tem umas dezenas ou centenas de artigos contra a austeridade.

Será que há 10 contra os déficits, também?

Que a teoria de base exige superávits em tempo de vacas gordas e déficits em tempo de vacas magras ninguém coloca em dúvida. O que se coloca em dúvida é se os defensores da "não austeridade" agora (incluindo o Krugman) terão sido defensores da austeridade no tempo das vacas gordas...

Compreendes?

não. tenho um deficit cognitivo estrutural...

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Re: Krugman et al
« Responder #1907 em: 2015-05-07 20:05:05 »
Lark, penso que não compreendeste. O Krugman tem umas dezenas ou centenas de artigos contra a austeridade.

Será que há 10 contra os déficits, também?

Que a teoria de base exige superávits em tempo de vacas gordas e déficits em tempo de vacas magras ninguém coloca em dúvida. O que se coloca em dúvida é se os defensores da "não austeridade" agora (incluindo o Krugman) terão sido defensores da austeridade no tempo das vacas gordas...

Compreendes?

não. tenho um deficit cognitivo estrutural...

L

É uma resposta vazia em que evitas ter que responder à lógica subjacente.

Eu até admito que o Krugman possa ter sido um activista pela austeridade no passado. Não o sigo o suficiente. Daí ter-me virado para ti. Mas a verdade é que ainda não vimos tal activismo a favor da austeridade provado.
« Última modificação: 2015-05-07 20:05:24 por Incognitus »
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Re: Krugman et al
« Responder #1908 em: 2015-05-07 20:06:38 »
Lark, penso que não compreendeste. O Krugman tem umas dezenas ou centenas de artigos contra a austeridade.

Será que há 10 contra os déficits, também?

Que a teoria de base exige superávits em tempo de vacas gordas e déficits em tempo de vacas magras ninguém coloca em dúvida. O que se coloca em dúvida é se os defensores da "não austeridade" agora (incluindo o Krugman) terão sido defensores da austeridade no tempo das vacas gordas...

Compreendes?

não. tenho um deficit cognitivo estrutural...

L

mas é que tenho mesmo. leio-te e não percebo onde queres chegar.
e como não estou com pachorra para desmontar a tua escrita conceito por conceito, palavra por palavra de forma a ficar esclarecido, fico-me preguiçosamente pelo deficit cognitivo estrutural.
não te esqueças que a responsabilidade da boa recepção da mensagem é sempre do emissor.

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Re: Krugman et al
« Responder #1909 em: 2015-05-07 20:10:43 »
porventura quererias que eu fosse fazer uma contabilidade dos escritos do krugman e do keynes de forma a pesar os artigos pró balanced budget em tempos de prosperidade vs pró-deficit em tempos de dificuldade?

faz tu isso ora essa. não faço a mínima ideia do peso de um e do outro. e até pode ser interessante, mas estou demasiado preguiçoso para isso.

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Re: Krugman et al
« Responder #1910 em: 2015-05-07 20:19:14 »
porventura quererias que eu fosse fazer uma contabilidade dos escritos do krugman e do keynes de forma a pesar os artigos pró balanced budget em tempos de prosperidade vs pró-deficit em tempos de dificuldade?

faz tu isso ora essa. não faço a mínima ideia do peso de um e do outro. e até pode ser interessante, mas estou demasiado preguiçoso para isso.

L

Não se trata de peso, e sim e somente confirmar a existência de vários nesse sentido, já que depreenderia que saberias se existissem.

Obviamente eu não faria essa investigação.
« Última modificação: 2015-05-07 20:19:25 por Incognitus »
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Re: Krugman et al
« Responder #1911 em: 2015-05-07 20:21:10 »
Lark, penso que não compreendeste. O Krugman tem umas dezenas ou centenas de artigos contra a austeridade.

Será que há 10 contra os déficits, também?

Que a teoria de base exige superávits em tempo de vacas gordas e déficits em tempo de vacas magras ninguém coloca em dúvida. O que se coloca em dúvida é se os defensores da "não austeridade" agora (incluindo o Krugman) terão sido defensores da austeridade no tempo das vacas gordas...

Compreendes?

não. tenho um deficit cognitivo estrutural...

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mas é que tenho mesmo. leio-te e não percebo onde queres chegar.
e como não estou com pachorra para desmontar a tua escrita conceito por conceito, palavra por palavra de forma a ficar esclarecido, fico-me preguiçosamente pelo deficit cognitivo estrutural.
não te esqueças que a responsabilidade da boa recepção da mensagem é sempre do emissor.

L

A mensagem é simples. O Krugman, para ser consistente:
* Tendo tantos artigos contra a austeridade agora;
* Terá também que ter alguns A FAVOR da austeridade em períodos de vacas gordas.

De outra forma, só defende uma coisa sem sentido.

Agora SE tiver feito como digo acima, defende uma teoria perfeitamente viável, que tenta atenuar os ciclos nos dois sentidos (o que evita ter que aplicar austeridade quando ela menos é recomendável).
« Última modificação: 2015-05-07 20:21:26 por Incognitus »
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Re: Krugman et al
« Responder #1912 em: 2015-05-07 20:24:35 »
porventura quererias que eu fosse fazer uma contabilidade dos escritos do krugman e do keynes de forma a pesar os artigos pró balanced budget em tempos de prosperidade vs pró-deficit em tempos de dificuldade?

faz tu isso ora essa. não faço a mínima ideia do peso de um e do outro. e até pode ser interessante, mas estou demasiado preguiçoso para isso.

L

Não se trata de peso, e sim e somente confirmar a existência de vários nesse sentido, já que depreenderia que saberias se existissem.

Obviamente eu não faria essa investigação.

e porque a deveria fazer eu?
a existência de textos nesse sentido já está provada.
a quantidade poderia ser objeto de um artigo académico ou de uma tese qualquer de um economista.
não me estás a pedir isso pois não?

se quiseres procurar artigos em que krugman requeira maior controlo sobre o crédito, numa altura de expansão económica é consultares os textos dele por volta de 2005 e adiante.
foi exactamente esse o tema do post sobre o greenspan que eu coloquei.

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Re: Krugman et al
« Responder #1913 em: 2015-05-07 20:27:57 »
Porque assumo que deves ser quem mais sabe sobre o Krugman, aqui ...
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Re: Krugman et al
« Responder #1914 em: 2015-05-07 20:28:57 »
so um economista aldrabao ou uma fraude diz que o fed nao criou a bolha do subprime com as suas taxas de juro baixas...

ele proprio escreveu variadas vezes de como essas taxas de juro baixas estimulariam o sector imobiliario e recomendou ao fed a baixa das taxas para aquecer o sector imobiliario
« Última modificação: 2015-05-07 20:31:27 por Neo-Liberal »

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Re: Krugman et al
« Responder #1915 em: 2015-05-07 20:32:50 »
as previsoes falhadas do krugman sobre o euro:

1. April 29, 2010: "Is the euro itself in danger? In a word, yes. If European leaders don't start acting much more forcefully, providing Greece with enough help to avoid the worst, a chain reaction that starts with a Greek default and ends up wreaking much wider havoc looks all too possible."

2. May 6, 2010: "Many observers now expect the Greek tragedy to end in default; I'm increasingly convinced that they're too optimistic, that default will be accompanied or followed by departure from the euro."

3. September 11, 2011: "the euro is now at risk of collapse. ... the common European currency itself is under existential threat."

4. October 23, 2011: "[the] monetary system ... has turned into a deadly trap. ... it's looking more and more as if the euro system is doomed."

5. November 10, 2011: "This is the way the euro ends ... Not long ago, European leaders were insisting that Greece could and should stay on the euro while paying its debts in full. Now, with Italy falling off a cliff, it's hard to see how the euro can survive at all."

6. March 11, 2012: "Greece and Ireland ... had and have no good alternatives short of leaving the euro, an extreme step that, realistically, their leaders cannot take until all other options have failed - a state of affairs that, if you ask me, Greece is rapidly approaching."

7. April 15, 2012: "What is the alternative? ... Exit from the euro, and restoration of national currencies. You may say that this is inconceivable, and it would indeed be a hugely disruptive event both economically and politically. But continuing on the present course, imposing ever-harsher austerity on countries that are already suffering Depression-era unemployment, is what's truly inconceivable."

8. May 6, 2012: "One answer - an answer that makes more sense than almost anyone in Europe is willing to admit - would be to break up the euro, Europe's common currency. Europe wouldn't be in this fix if Greece still had its drachma, Spain its peseta, Ireland its punt, and so on, because Greece and Spain would have what they now lack: a quick way to restore cost-competitiveness and boost exports, namely devaluation."

9. May 17, 2012: "Apocalypse Fairly Soon ... Suddenly, it has become easy to see how the euro - that grand, flawed experiment in monetary union without political union - could come apart at the seams. We're not talking about a distant prospect, either. Things could fall apart with stunning speed, in a matter of months."

10. June 10, 2012: "utter catastrophe may be just around the corner."

11. July 29, 2012: "Will the euro really be saved? That remains very much in doubt."
« Última modificação: 2015-05-07 20:34:37 por Neo-Liberal »

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Re: Krugman et al
« Responder #1916 em: 2015-05-07 20:34:13 »
se o krugman  tivesse acertado sobre o euro era um visionario, tendo falhado estrondosamente ignora-se o registo das previsoes falhadas

os astrologos funcionam com o mesmo truque

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Re: Krugman et al
« Responder #1917 em: 2015-05-07 20:34:29 »
Porque assumo que deves ser quem mais sabe sobre o Krugman, aqui ...


fico muito honrado, sinceramente, por dizeres isso.
mas não vale a pena o esforço.
para estar constantemente a ser trollado e insultado, não vale a pena.
o neo já deve ter escrito qualquer coisa incrivelmente imbecil acima (não sei porque está na lista de ignorados  - já agora consulta isto neozinho).
é para veres, não vale a pena o esforço.

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Re: Krugman et al
« Responder #1918 em: 2015-05-07 20:41:18 »
este lark zanga-se com pouco
« Última modificação: 2015-05-07 20:42:53 por Neo-Liberal »

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Re: Krugman et al
« Responder #1919 em: 2015-05-07 20:43:23 »
so um economista aldrabao ou uma fraude diz que o fed nao criou a bolha do subprime com as suas taxas de juro baixas...

ele proprio escreveu variadas vezes de como essas taxas de juro baixas estimulariam o sector imobiliario e recomendou ao fed a baixa das taxas para aquecer o sector imobiliario

As taxas de juro podem ter contribuído, mas a maior falha na minha opinião foi a falta de regulação quando se tornou evidente a dinâmica fraudulenta da coisa, a forma como os CLOs obtinham os ratings, os NINJAs, etc.
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