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Autor Tópico: A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa  (Lida 5191 vezes)

Vanilla-Swap

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Cada vez este governo e o PS ligam pouco aos números do desemprego, cabe aos desempregados fazerem uma marcha sobre Lisboa.

Como vão atuar os governantes?

Fictional March of the Unemployed During Great Depression

Vanilla-Swap

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #1 em: 2013-03-23 18:15:09 »
The Great Depression- We Have a Plan

vbm

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #2 em: 2013-03-23 22:31:52 »
Cada vez este governo e o PS ligam pouco aos números do desemprego, cabe aos desempregados fazerem uma marcha sobre Lisboa.

Como vão atuar os governantes?
Em minha opinião, na Europa, como há 90 anos, com um "New Deal", um "Novo Entendimento", que promova o reingresso no mundo rural, industrial e de pequeno comércio de bens e serviços domésticos.
« Última modificação: 2013-03-23 22:32:39 por vbm »

pereira

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Re: New deal = Moeda local
« Responder #3 em: 2013-03-24 01:32:05 »
...
Ah! e por falar em escravos... haverá algum indómito Spartacus nessa marcha dos desalinhados, prontos a ser libertados?!
...
Pode-se dizer que no período depressivo que se falava atras o Hitler julgou-se esse Spartacus... e pode haver um qualquer numa esquina perto de si.

jeab

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #4 em: 2013-03-24 09:14:00 »
O mais caricato é um País ter 1 milhão de desempregados e só produzir 65% do que consome ... só demonstra que os Políticos não resolvem o problema ... fazem é parte do problema
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

vbm

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Re: New deal = Moeda local
« Responder #5 em: 2013-03-24 11:34:22 »
Assim sendo, se os desempregados querem mesmo trabalhar, e não apenas viver de subsídios pagos com o dinheiro alheio, a melhor manifestação que poderiam fazer é nas suas próprias vilas e cidades, exigindo a criação de moeda local livre de juros e servindo sobretudo a função mais básica de meio de troca.
Não seria desinteressante a experiência, a ver como 'funcionaria'. Não serás capaz de arranjar aí um autarca do Minho que a proponha nas próximas eleições? Eu gostava de ver
Citar
É de notar que a criação de moeda local indexada à "legal tender" não aumenta a massa monetária em circulação, mas permite que esta circule a uma velocidade muitíssimo maior, tal como num cenário inflacionista, sobretudo se existir um mecanismo de demurrage.
Precisava de uma pequena narrativa exemplar de como tal sucederia, isto é, de como a moeda local aumentaria a circulação da moeda legal, o euro!? Famalicão, ou Stº Tirso, ou Grijó emitiam a troco de trabalho prestado localmente "minheuros" que a Câmara se disporia a cambiar por euros a uma taxa dada ou a aceitá-los em pagamento nalgum pequeno sortido de lojas aderentes ao "minheuro". A troca directa de serviços e bens entre meros particulares dificilmente ultrapassaria o mero episódio de troca, não requerendo "minheuros" nenhuns ou só com muita dificuldade para uma ulterior e próxima troca directa... Não vejo o "filme", ou reduzo-o a um mero caso de prestação de trabalho em troca de alimentos, roupa e cuidados médicos. Arranja lá um "narrativa" sucinta de como é que a moeda local eleva a velocidade de circulação da moeda legal e como se dá que o sistema não se reduz a uma troca directa de trabalho por comida.
« Última modificação: 2013-03-24 11:37:37 por vbm »

Vanilla-Swap

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #6 em: 2013-03-24 12:49:55 »
Um New Deal, nos termos dos anos 30, e segundo o modelo keynesiano é impraticável, porque as circunstâncias do mundo atual e a globalização económica não se podem comparar a esse período que precedeu o 2º grande conflito mundial.

Porém, esse "reingresso no mundo rural, industrial e de pequeno comércio de bens e serviços domésticos" pode mais facilmente conseguir-se através da dinamização económica proporcionada por uma moeda local, que seja aceite tanto pelas empresas como pelas pessoas. Continuo à espera de ver alguma figura política local a propor uma medida desse tipo, mas antes ainda seria necessário que o tema fosse debatido e o cidadão normal tivesse acesso a esse tipo de informação.

De resto, mesmo os teóricos da economia não se têm dedicado a um estudo sério deste assunto, cujas bases são sobretudo empíricas porque se constata que a moeda local efetivamente funciona muito bem em conjunção com a "legal tender".

Assim sendo, se os desempregados querem mesmo trabalhar, e não apenas viver de subsídios pagos com o dinheiro alheio, a melhor manifestação que poderiam fazer é nas suas próprias vilas e cidades, exigindo a criação de moeda local livre de juros e servindo sobretudo a função mais básica de meio de troca.

É de notar que a criação de moeda local indexada à "legal tender" não aumenta a massa monetária em circulação, mas permite que esta circule a uma velocidade muitíssimo maior, tal como num cenário inflacionista, sobretudo se existir um mecanismo de demurrage. Isto também significa que não é obrigatório imprimir moeda (ou contrair dívida) para estimular a economia e criar emprego, mas apenas aumentar a velocidade de circulação do dinheiro, fazendo com que as pessoas prefiram bens - a verdadeira riqueza - ao papel-moeda que não tem nenhum valor intrínseca e é uma simples convenção que pode ser criada e extinta em qualquer altura.

Como sempre, tudo isto é de compreensão clara e ao alcance de qualquer adolescente dotado de um poder mediano de raciocínio. Aliás, o efeito negativo da monocultura monetária está bem patente na criação do euro, não tanto pela existência de uma moeda transnacional, mas sobretudo porque implicou o desaparecimento das moedas nacionais, que podiam perfeitamente continuar a existir só para as trocas internas. É interessante que ainda não vi ninguém fazer esta proposta, mas os países do sul da Europa, incluindo o Chipre, poderiam perfeitamente equacionar reintroduzirem a sua moeda própria sem abandonar o euro. De resto, TODOS os 27 membros da UE o poderiam fazer, resta saber se alguém já pensou nisso e quem é a favor e é contra.

No fundo, a ironia de tudo isto é o que o suposto "mercado livre" parece retirar mais a liberdade de escolha do que aumentá-la, sobretudo por potenciar uma maior desigualdade económica entre as pessoas e as nações. E liberdade sem igualdade é uma falácia, pois um escravo dependente não pode ser livre, exceto em espírito indomável.

Ah! e por falar em escravos... haverá algum indómito Spartacus nessa marcha dos desalinhados, prontos a ser libertados?!

Pelo supremo poder da informação... que dissipa a ignorância e ilusão! :)



Eu penso que isto se podia colocar em Espanha que é muito grande.

Em Portugal eu creio que os trabalhadores desempregados se podiam associar e criar pequenas cooperativas de desempregados estes fariam obras para grandes empresas de comércio isto é uma grande superfície precisa de uma nova estrada para melhorar a sua centralização ou precisa de que sejam feitas obras de reparação nas estradas, o município colocaria os meios os trabalhadores faziam a obra e eram pagos em descontos nos alimentos.
Podiam -se revitalizar escolas antigas e outros edifícios públicos degradados onde os desempregados trabalhariam e podiam ser pagos por rendas desses edifícios revitalizados a empresas ou ao próprio estado, podiam -se revitalizar antigas fábricas em centros úteis para a região, os encargos com materiais eram feitos pela autarquia o pagamento de rendas era feito aos trabalhadores, demolir edifícios abandonados e tornar espaços que podiam atrair outros investimentos ou ciar jardins, isso era um pouco mais difícil dado os donos não quererem ou não poderem pagar essas obras.
O problema da organização de trabalhadores desempregados está relacionado com partidos que só acham que chegando ao poder resolvem os problemas, por um lado é o mais habitual na nossa mentalidade, mas eles podem criar emprego sem estar no poder é algo difícil mas os dirigentes políticos da oposição podem fazer isso.

Vanilla-Swap

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #7 em: 2013-03-24 15:38:02 »
CONTINUAM OS VIDEOS

Unemployment in the 1930's & the lessons for 2012

Vanilla-Swap

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #8 em: 2013-03-24 16:03:23 »
continuam os vídeos


Friedrich Hayek on Inflation and Unemployment (NBC's "Meet the Press," June 22, 1975)

pereira

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Re: Spartacus coletivo... não um mero indivíduo!
« Responder #9 em: 2013-03-24 17:59:41 »
...
Por fim, há de facto um Spartacus coletivo, e talvez até exista ainda um Hitler em contraponto, ambos simbolizando as ideias de liberdade autónoma e responsável extensível à base da pirâmide social, por um lado, e o conceito de poder ilimitado de uma raça de eleitos que se querem perpetuar no vértice da pirâmide, por outro lado.
...

Terá sempre de haver uma catalisador que congregue à sua volta quem partilha dessa insatisfação, que se torne lider e dê as diretrizes para o coletivo/rebanho o seguir.

vbm

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #10 em: 2013-03-28 16:32:53 »
Ah! bom. Tinha estranhado e não via como: a moeda de uso local acelerar a circulação do papel-moeda legal!? Não estava a ver como!

Aquela outra ideia subsidiária de permitir o euro a par do escudo, do dracma, da libra irlandesa, da peseta e da lira, é gira, e por certo, desde que as antigas moedas nacionais possuam um efectivo poder de compra e de quitação de dívidas por certo que resolveriam muitas dificuldades de emprego e consumo entre a população.

A dificuldade manter-se-ia porém, na compra de géneros importados e não surpreenderia um surto «cigano-romeno» - desta vez com portugueses mesmo - a pedinchar entre os turistas dólares e euros em troca de escudos locais, uma mina para os visitantes dispostos a veranear nas praias e restaurantes menos turísticos...

Nós temos, leprechaun, de nos desenvolvermos economica e intelectualmente a sério e não só no plano dos afectos, onde não somos dos piores na Europa!

José Tavares

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #11 em: 2013-04-18 16:58:43 »
O mais caricato é um País ter 1 milhão de desempregados e só produzir 65% do que consome ... só demonstra que os Políticos não resolvem o problema ... fazem é parte do problema

Sem dúvida, é um facto, infelizmente para todos nós.

Incognitus

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #12 em: 2013-04-18 17:34:21 »
O mais caricato é um País ter 1 milhão de desempregados e só produzir 65% do que consome ... só demonstra que os Políticos não resolvem o problema ... fazem é parte do problema

Sem dúvida, é um facto, infelizmente para todos nós.

Os políticos também são uma função daquilo que as pessoas querem. As opções dos políticos provavelmente até são mais suaves que as que o público tomaria, o núimero de desempregados, se o povo tivesse o que quer, provavelmente seria ainda bastante maior.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: New deal = Moeda local
« Responder #13 em: 2013-04-19 03:34:14 »
Um New Deal, nos termos dos anos 30, e segundo o modelo keynesiano é impraticável, porque as circunstâncias do mundo atual e a globalização económica não se podem comparar a esse período que precedeu o 2º grande conflito mundial.

Porém, esse "reingresso no mundo rural, industrial e de pequeno comércio de bens e serviços domésticos" pode mais facilmente conseguir-se através da dinamização económica proporcionada por uma moeda local, que seja aceite tanto pelas empresas como pelas pessoas. Continuo à espera de ver alguma figura política local a propor uma medida desse tipo, mas antes ainda seria necessário que o tema fosse debatido e o cidadão normal tivesse acesso a esse tipo de informação.

De resto, mesmo os teóricos da economia não se têm dedicado a um estudo sério deste assunto, cujas bases são sobretudo empíricas porque se constata que a moeda local efetivamente funciona muito bem em conjunção com a "legal tender".

Assim sendo, se os desempregados querem mesmo trabalhar, e não apenas viver de subsídios pagos com o dinheiro alheio, a melhor manifestação que poderiam fazer é nas suas próprias vilas e cidades, exigindo a criação de moeda local livre de juros e servindo sobretudo a função mais básica de meio de troca.

É de notar que a criação de moeda local indexada à "legal tender" não aumenta a massa monetária em circulação, mas permite que esta circule a uma velocidade muitíssimo maior, tal como num cenário inflacionista, sobretudo se existir um mecanismo de demurrage. Isto também significa que não é obrigatório imprimir moeda (ou contrair dívida) para estimular a economia e criar emprego, mas apenas aumentar a velocidade de circulação do dinheiro, fazendo com que as pessoas prefiram bens - a verdadeira riqueza - ao papel-moeda que não tem nenhum valor intrínseca e é uma simples convenção que pode ser criada e extinta em qualquer altura.

Como sempre, tudo isto é de compreensão clara e ao alcance de qualquer adolescente dotado de um poder mediano de raciocínio. Aliás, o efeito negativo da monocultura monetária está bem patente na criação do euro, não tanto pela existência de uma moeda transnacional, mas sobretudo porque implicou o desaparecimento das moedas nacionais, que podiam perfeitamente continuar a existir só para as trocas internas. É interessante que ainda não vi ninguém fazer esta proposta, mas os países do sul da Europa, incluindo o Chipre, poderiam perfeitamente equacionar reintroduzirem a sua moeda própria sem abandonar o euro. De resto, TODOS os 27 membros da UE o poderiam fazer, resta saber se alguém já pensou nisso e quem é a favor e é contra.

No fundo, a ironia de tudo isto é o que o suposto "mercado livre" parece retirar mais a liberdade de escolha do que aumentá-la, sobretudo por potenciar uma maior desigualdade económica entre as pessoas e as nações. E liberdade sem igualdade é uma falácia, pois um escravo dependente não pode ser livre, exceto em espírito indomável.

Ah! e por falar em escravos... haverá algum indómito Spartacus nessa marcha dos desalinhados, prontos a ser libertados?!

Pelo supremo poder da informação... que dissipa a ignorância e ilusão! :)

Eu que não sou economista  nem percebo nada de finanças fiz essa proposta no forum.., meses atrás.
Depois disso vi a Manuela Ferreira Leite fazer essa mesma proposta .Criava-se uma moeda para circulação interna.

Com essa moeda podiam comprar-se alguns bens de primeira necessidade e comprar coisas que as pessoas estivessem dispostas a vender.

A quantidade dessa moeda teria de ser controlada por uma instituição tipo banco central.
Caso os  trabalhadores concordassem parte dos ordenados podiam ser pagos em moeda local, e parte em euros.


 

Incognitus

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #14 em: 2013-04-19 11:26:56 »
Bem, por um lado isso seria proibido no contexto do Euro, e por outro não faria grande diferença.

As pessoas fartam-se de procurar formas de evitar fazer a única coisa que realmente faz diferença - produzir para os outros. Sendo "os outros" não qualquer um mas tendencialmente aqueles que derivado de produzirem tb para os outros, possuem poder de compra.
 
No caso presente dos Portugueses, "os outros" seriam tendencialmente estrangeiros.
« Última modificação: 2013-04-19 11:28:27 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:A marcha de 1 milhão de desempregados sobre Lisboa
« Responder #15 em: 2013-04-19 18:14:29 »
O novo tipo de desempregados jovens com 17 a 21 anos com qualificações de ensino secundário, os pais não têm dinheiro para eles tirarem um curso vagueiam nos cafés, se até ali tínhamos desempregados qualificados que podiam trabalhar noutros países, esta nova geração de desempregados tem qualificações médias ou baixas, qual vai ser o futuro?