Uma empresa como a Mota-Engil não deve, nem irá, ser ajudada pelo Estado se algum dia estiver insolvente. Se é discutível que os bancos, cuja falência representa um risco sistémico, sejam, porque havia uma empresa de construção civil ser ajudada?
e um facto que o negocio da construcao e muito pouco liquido e que as falencias nao sao poucas, no entanto provindo uma parte do negocio em Portugal da Mota Engil ligado a obras publicas financiadas pela U.E o risco de recebimento das obras adjudicadas em Portugal parece ser diminuto, alem de que o estado na parte que lhe caiba custear pode atrasar o pagamento mas normalmente paga;
Pode haver necessidade de aumentos de financiamento para necessidades de fundo de maneio provocadas por atrasos de pagamentos, mas a probabilidade de as vendas se tornarem perdas nao acontece;
Ou seja e indo directamente ao problema das ajudas do estado, este ao inves de ajudar directamente concedendo-lhes subsidios pode simplesmente adjudicar-lhes obras publicas ( em quantidade ponderada ) cuja margem de negocio vai depois cobrir eventuais perdas em negocios em Africa cujas margens tambem sao 3 X maiores do que na Europa e na America latina e portanto + adequados face ao maior risco;
Por outro lado A Mota Engil tem ainda no seu portfolio negocios ]com receitas recorrentes como gestao do tratamento e reciclagem de reciclos SUMA que factura 200 milhoes e que gera 30 Meuros de EBITDA recorrente que pode crescer bastante mais com o ganho por parte desta da privatizacao da Empresa geral de fomento ( empresa do estado ligada tambem a gestão do residuos )
este tipo de negocios com receitas recorrentes acabam por fornecer a Mota Engil uma rede de seguranca contra a maior incerteza nos negocios da engenharia e construcao ...
o Risco de insolvencia e portanto de incumprimento no pagamento dos juros e reembolso de divida que agora esta a emitir a 5 anos nao parece muito grande ...