Os imbecis que destruíram Portugal
A dívida do nosso país pode ter muitas causas. Endógenas e exógenas, micro e macroeconómicas, conjunturais ou estruturais. Há todavia um traço comum que, a meu ver, é a principal causa do estado a que chegámos, independentemente das dificuldades que todos os países enfrentam, da crise internacional e de tudo o resto que gostam de nos vender.
A causa de que falo é simples e nada tem de rebuscada: o nosso país tem sido governado por um grupo de pacóvios com tiques de parolo. Os novo-riquismo da política portuguesa é sem duvida o maior cancro da democracia partidária.
O dinheiro público, quando gasto de forma racional, não é contabilizável. A boa utilização destes recursos traduz-se em melhorias que, direta ou indiretamente, permitem à sociedade manter níveis de desenvolvimento elevado. E só com desenvolvimento o crescimento pode ser sustentável. E o pior é que isto nunca aconteceu neste país.
De que serve construir dezenas e dezenas de autoestradas se não temos dinheiro para nelas circular, nem tão pouco para as pagar ou sustentar? O maior centro comercial da europa? A maior ponte da europa? E ter alguma coisa à nossa medida, não pode ser? É coisa de pobre? De que serve gastarmos milhões em formação se não temos empregos? E aeroportos sem aviões? E dezenas de estádios de futebol às moscas? E escolas sem alunos? Submarinos ou cortes na saúde? Tanques ou reformas? E parcerias feitas para o Estado ser prejudicado? Privatizações em cima do joelho? E os dinheiro que jorrou da UE durante décadas, em que foi investido? Snack bares atrás do sol-posto? Jipes para passear nos montes alentejanos? Não querem gastar a próxima tranche da Troika em plasticina e paus de giz? Quem gastou o que não devia? Quem gastou o que não tinha? Quem gasta o que não tem? Que futuro pensavam estas alminhas iluminadas que iriamos ter? Imbecis.
A forma abusiva, parola, irresponsável, impune, pacóvia, descontrolada, despesista, acéfala e em muitos casos socialmente 'criminosa' como sucessivas gerações de governantes têm vindo a desbaratar o património de todos, os bens e o dinheiro que deveria ser alvo de uma gestão cuidada e rigorosa, é a principal causa do estado de falência em que estamos. O novo-riquismo, a falta de visão, a falta de formação, qualidade e competência dos políticos portugueses é a principal causa desta crise. A génese desta crise é política. Mas infelizmente a irresponsabilidade destas pessoas é directamente proporcional às responsabilidades exigidas pelos mesmos aos portugueses, com as quais são permanentemente confrontados, sem terem culpa alguma. Comemos e calamos.
Gastassem menos, parolos.
http://expresso.sapo.pt/os-imbecis-que-destruiram-portugal=f770230#ixzz2F8dIrpQ0
Câmara usa dinheiro do Estado no aluguer de autocarros para manifs
A câmara municipal do Seixal alugou, no ano passado, sete autocarros para transportar manifestantes para Lisboa, de modo a poderem participar na manifestação convocada pela CGTP, no dia 31 de outubro.
Ao blogue «Má Despesa Pública» chegaram documentos com detalhes do processo, que se terá repetido a 15 de dezembro, dia em que a CGTP realizou outra manifestação, também na capital portuguesa.
Pelo que é referido nesses documentos, saíram autocarros de Corroios, Amora, Fernão Ferro, dos Serviços Operacionais da Câmara Municipal do Seixal e dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal.
Em causa, está o uso de dinheiro do Estado para alugar autocarros para transporte de pessoal para manifestações.
Contactada pela tvi24.pt sobre se confirmava esta informação e, se sim, qual o motivo que levou a câmara a utilizar as verbas para esse fim e que investimento estaria em causa, a câmara municipal do Seixal disse, por escrito, que entende «que este apoio não é uma despesa, mas sim um investimento, na medida em que o benefício gerado junto da comunidade municipal será muito superior ao seu valor monetário.
Afirma ainda que tal constitui «uma boa prática na parceria com as instituições do Concelho do Seixal, na prestação do serviço público e melhoria das condições de vida das populações».
A autarquia explica, também, que, «no âmbito da sua política de apoios públicos a instituições, desenvolve uma linha relacionada com a necessidade de deslocações destas entidades, de que são exemplo as Associações de Reformados, as Escolas dos vários níveis de ensino, as Associações Desportivas e Culturais, as Associações Ambientais, Parceiros Sociais, Comunidade Religiosa, Associações Juvenis, as Associações de Bombeiros entre outras».
Daí que, argumenta, «o apoio prestado amplia a resposta social destas instituições e constitui-se num esforço significativo da Câmara Municipal do Seixal ao dar resposta a cerca de 1.500 solicitações anuais, sendo no essencial o apoio baseado na frota municipal, constituindo o aluguer externo um último recurso».
http://www.tvi24.iol.pt/economia---economia/seixal-autocarros-manifs-manifestacoes-cgtp-aluguer/1411340-6377.html