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Autor Tópico: Andamento do comercio externo portugues...  (Lida 43610 vezes)

Lark

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #20 em: 2012-12-10 22:48:19 »
aconselho toda agente a ler este paper que anexo, para compreenderem o tamanho da mentida proferida.
nem um pescador produz uma mentira desta ordem de magnitude,
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Zel

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #21 em: 2012-12-10 22:54:29 »
ja nao ha tempo para inverter o rumo antes de algo estalar 
Concordo, mas a coisa ainda parece-me pior do que isso (uma simples questão de falta de tempo) por vários motivos.

Um deles é que não me parece que no rumo actual se esteja de facto a conseguir anular o desequilíbrio comercial.
(Por exemplo, nessa tabela porque é que o 3 trimestre de 2012 já está a piorar em relação ao segundo?)
Mas é claro que mais tarde ou mais cedo, e de uma forma ou de outra, esse equilíbrio será conseguido, porque as entradas liquidas de dinheiro não irão durar para sempre.

Mas há muitos outros motivos, e muito mais importantes, para achar que Portugal não vai resolver os problemas se continuar no rumo actual.
Desses, o mais importante é que não estamos dispostos a abandonar o welfare state a hiper-regulação pública, etc., pelo contrário - mesmo se é bastante óbvio que é ele a causa dos actuais problemas. (Por exemplo, a tanga do Seguro está a "passar bem", e actualmente o PS já deveria ganhar as eleições, apesar de terem sido eles os coveiros quase assumidos do pais, e do contraponto ser um par de partidos apenas marginalmente menos socialistas que o PS.)
Outro motivo é que as dividas portuguesas excedem imenso o problema estrito da divida publica (que aliás continua em crescimento - e não há perspectivas realistas de deixar de crescer). Em termos de dividas empresariais e privadas, Portugal tem dos piores numeros de todo o mundo (penso que agregados são mesmo os piores de todos!). Isso garante que um aperto publico que será inevitável (e que ainda quase não começou, porque para já continuamos com deficits publicos reais proximos dos 7% !!! ) vai espremer quem não tem qualquer capacidade de encaixe: Os particulares e as empresas.
Parece-me garantido que em Portugal vai rebentar o estado (pelo menos no sentido económico/financeiro - e esperemos que só nesse), e vão rebentar muitissimas famílias (no mesmo sentido), e vão rebentar a maioria das empresas (e nestas é "rebentar" num sentido mais final e definitivo do que no caso do estado e das familias).

A juntar a isto, há que realçar que a conjuntura externa deverá ficar incomparavelmente pior do que a actual, porque na Europa poucos paises se devem safar da enorme crise que aí vem, e para outros grandes (USA, Japão, etc.) não já hipotese nenhuma de escapar a um rebentamento tambem muitissimo doloroso (embora previsivelmente menos grave do que o nosso).

E depois, claro, alem destes problemas que foram directamente gerados por estados keynesianos, socialistas, amolecidos, mergulhados num politicamente correcto totalmente louco, hiper-gastadores e desmotivadores do esforço individual e até do esforço colectivo* (o que corresponde a uma crise civilizacional terminal), há ainda as limitações naturais com que o conjunto da humanidade se está a deparar pela primeira vez na história:
Esgotamento dos combustiveis fósseis, limites agricolas para fazer face ao conjunto da (gigantesca e crescente) população mundial, destruição de ecossistemas e de espécies animais (devida a uma pressão sem precedentes por parte da humanidade, devido aos números e ao actual poderio tecnológico), etc..

* Quem é que actualmente defende que se gastem recursos sérios na exploração espacial, por exemplo? Como é que isso compara com a vontade colectiva da nossa civilização de há uns 50 ou 60 anos?

Enfim, o mais proximo da situação actual é o rebentamento do Império Romano.
Só que o mundo agora é uma aldeia, e o rebentamento da nossa civilização não vai ser um fenómeno meramente local (quando visto à escala planetária) como foi o problema do Império Romano...

na minha opiniao estamos numa fase de inicio de decadencia mas ate o imperio romano do ocidente demorou centenas de anos a cair com altos e baixos e hoje em dia as coisas sao um pouco mais estaveis pois tens a tecnologia a ajudar a producao de coisas essenciais e com a saude

ou seja nao estou muito pessimista em termos absolutos, apenas em termos relativos com a asia 

Zel

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #22 em: 2012-12-10 22:58:49 »
afinal quanto pagam os tais 25% ?

Lark

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #23 em: 2012-12-10 23:02:40 »
afinal quanto pagam os tais 25% ?

não é quanto pagam, é quanto recebem. diz o artista que os top 25% pagam 90% dos impostos.
eu perguntei-lhe qual a precentagem de income que os mesmos 25% recebem.
ainda estou para ler a resposta.
há coisas que é melhor nem reponder para não nos expormos mais ainda ao ridículo.

continuo à espera...
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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #24 em: 2012-12-10 23:04:32 »
afinal quanto pagam os tais 25% ?

 
Segundo o IRS, e em gross income, seriam 67.5% ( http://taxfoundation.org/article/summary-latest-federal-income-tax-data-2012#table5 )
 
Segundo o Census, 50%. Imagino que o Census deva ser líquido já que o IRS é bruto.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #25 em: 2012-12-10 23:06:11 »
afinal quanto pagam os tais 25% ?

 
Segundo o IRS, e em gross income, seriam 67.5% ( http://taxfoundation.org/article/summary-latest-federal-income-tax-data-2012#table5 )
 
Segundo o Census, 50%. Imagino que o Census deva ser líquido já que o IRS é bruto.


isso é impostos ou income?
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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #26 em: 2012-12-10 23:06:53 »
O top 1% recebe 18.87% do rendimento e paga 37.38% da income tax.
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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #27 em: 2012-12-10 23:07:14 »
afinal quanto pagam os tais 25% ?

 
Segundo o IRS, e em gross income, seriam 67.5% ( http://taxfoundation.org/article/summary-latest-federal-income-tax-data-2012#table5 )
 
Segundo o Census, 50%. Imagino que o Census deva ser líquido já que o IRS é bruto.


 
isso é impostos ou income?

 
Income, nos impostos as fatias são maiores.
« Última modificação: 2012-12-10 23:07:41 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #28 em: 2012-12-10 23:10:47 »
afinal quanto pagam os tais 25% ?

 
Segundo o IRS, e em gross income, seriam 67.5% ( http://taxfoundation.org/article/summary-latest-federal-income-tax-data-2012#table5 )
 
Segundo o Census, 50%. Imagino que o Census deva ser líquido já que o IRS é bruto.


 
isso é impostos ou income?

 
Income, nos impostos as fatias são maiores.


income do estado queres tu dizer
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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #29 em: 2012-12-10 23:15:41 »
Não, a seguir a essas estatisticas estão as do income tax. Ou seja,
 
Gross Income
 
Top 1%: 18.87%
Top 25%: 67.55%
 
Share das income taxes
 
Top 1%: 37.38%
Top 25%: 87.11%
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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #30 em: 2012-12-10 23:22:22 »
Não, a seguir a essas estatisticas estão as do income tax. Ou seja,
 
Gross Income
 
Top 1%: 18.87%
Top 25%: 67.55%
 
Share das income taxes
 
Top 1%: 37.38%
Top 25%: 87.11%

como dizia o zenith

Citar
Essa afirmação sem quaisquer dados adicionais não significa abolutamente nada. Se os top 25% receberem 90% dos rendimentos e pagarem 90% dos impostos significa que não progressividade nenhuma. Se os top 25% receberem 75% e pagarem 90% significa que há uma  progressividade benigna  nos impostos. Se receberem 30-35% e pagarem 90% aí é que realmente se  pode dizer que estamos na terra do robin dos bosques

progressividade benigna

o que torna a atoarda do pimba! uma dose de banha da cobra libertária para enganar incautos

pimba!
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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #31 em: 2012-12-10 23:34:18 »
Existem várias razões para não ser possível dizer isso linearmente, Lark:
1) Porque estes impostos não são todos os impostos que incidem sobre estas pessoas (existem mais taxas sobre património detido, etc);
2) Porque os serviços do Estado não entram para os cálculos da desigualdade (e reduzem-na);
3) Porque os apoios do Estado podem, se mal estruturados (com means tests, etc) produzir uma situação em que as pessoas com menores rendimentos têm acesso a tantos ou mais serviços do que as com rendimentos a elas superiores. Isso além de altamente injusto, pode levar a que existam pessoas que optam por não produzir para os outros.
 
Enfim, não é óbvio. O sistema nem sequer tem uma salvaguarda para não cobrar taxas de imposto superiores a 100% do rendimento a alguém.
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tatanka

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #32 em: 2012-12-10 23:35:26 »
Não, a seguir a essas estatisticas estão as do income tax. Ou seja,
 
Gross Income
 
Top 1%: 18.87%
Top 25%: 67.55%
 
Share das income taxes
 
Top 1%: 37.38%
Top 25%: 87.11%

como dizia o zenith

Citar
Essa afirmação sem quaisquer dados adicionais não significa abolutamente nada. Se os top 25% receberem 90% dos rendimentos e pagarem 90% dos impostos significa que não progressividade nenhuma. Se os top 25% receberem 75% e pagarem 90% significa que há uma  progressividade benigna  nos impostos. Se receberem 30-35% e pagarem 90% aí é que realmente se  pode dizer que estamos na terra do robin dos bosques

progressividade benigna

o que torna a atoarda do pimba! uma dose de banha da cobra libertária para enganar incautos

pimba!

Correcto.
Quanto mais parcial, menos interessante se torna uma analise. O sr. Pimba demonstrou ser demasiado enviesado nas suas opiniões.
Aliás, este tipo de conclusão, não podia ser mais demonstrativa, da sua opinião "clubistica" :
Citar
Ou seja, cada vez mais existe uma ditadura da maioria, que cada vez mais vive à custa dos estupidos que ainda não desistiram, e que são cada vez mais chulados para igualizar cada vez mais uma proporção cada vez maior de assistidos que dominam em termos de eleições...
Em resumo: viva o Xuxialismo!
“I hate reality but it's still the best place to get a good steak.”
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Zel

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #33 em: 2012-12-10 23:35:40 »
diga-se que a medida que a sociedade fica mais rica deveria haver menos necessidade de transferencias pois a pobreza em termos absolutos diminui, mas o oposto esta a acontecer

se o objectivo for combater a miseria e e criar oportunidades para os pobres eu apoio as transferencias, se for criar mais igualdade so pela igualdade sou contra

parece-me que estamos a caminhar para o segundo objectivo as vezes ate em detrimento do primeiro 
« Última modificação: 2012-12-11 04:24:29 por Zel »

Zel

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #34 em: 2012-12-10 23:38:32 »
acho inadmissivel por ex pagar pensoes altas e criar uma classe media de pedintes e ao mesmo tempo ver pessoas na rua a dormir sem abrigo
« Última modificação: 2012-12-10 23:44:06 por Zel »

rnbc

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #35 em: 2012-12-11 00:09:53 »
na minha opiniao estamos numa fase de inicio de decadencia mas ate o imperio romano do ocidente demorou centenas de anos a cair com altos e baixos e hoje em dia as coisas sao um pouco mais estaveis pois tens a tecnologia a ajudar a producao de coisas essenciais e com a saude

Olha que isto agora anda um bocadito mais depressa :D

Aliás, se vamos por aí o império romano, sob a forma do império bizantino, aguentou-se cerca de 1500 anos. Com muitos dos mesmos problemas recorrentes, desunião interna, intriga palaciana... Acabaram por cair às mãos de bárbaros menos eficientes em termos militares (otomanos), mas com uma população muito maior.

Olhando para as coisas de forma mais fleumática não vejo grande futuro no modelo Chinês. A automação massiva é inevitável, quem a renegar é esmagado, e a única forma de conviver com ela sem provocar revoltas e fomes é um modelo do tipo europeu. E ela vem aí!

tatanka

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #36 em: 2012-12-11 00:19:56 »
O problema do nosso país, tem uma fortíssima componente cultural.
Levei com isso na cara, ao ler um recente estudo a que tive acesso (que vai ser publicado em livro), que analisou exaustivamente várias dezenas de países.
O estudo incidiu sobre 6 dimensões.  Deixo aqui apenas 3, descrevendo sucintamente o polo em que Portugal se situa (se tiverem interesse nas restantes avisem):


- Distância ao Poder (Elevada Distancia ao Poder vs Proximidade ao Poder)
- Individualismo (Individualismo vs Colectivismo)
- Afirmação da Pessoa (Afirmação Forte vs Afirmação Discreta)
- Controlo da Incerteza ( Elevada Necessidade de Controlo da Incerteza vs Baixa Necessidade de Controlo da Incerteza)
- Organização do Tempo (Monocronismo vs Policronismo)
- Organização da Informação (Contexto Forte vs Contexto Fraco)

Distância ao Poder:
Portugal destacou-se como um dos países com maior distância ao poder (a par de Malásia, China, Índia, Países Arabes,...).
Neste tipo de culturas, sas pessoas vêm a distância ao poder como um factor natural, porque todos têm á partida um lugar definido na hierarquia social.
As pessoas são educadas para obedecer á autoridade dos mais velhos e dos superiores. O poder está centralizado e os superiores, são frequentemente pessoas pouco acessíveis e tratadas com formalismo. Tendem a multiplicar-se os niveis hierárquicos e há uma distancia social acentuada.

Individualismo
Sem surpresa, Portugal destacou-se como um país onde impera o colectivismo (em oposição a EUA, Australia, Holanda, Alemanha ou Suiça, por exemplo)
Nas sociedades como a nossa,as pessoas identificam-se pelo grupo social de pertença e valem pelo seu estatuto social, origem familiar, étnica ou religiosa, relacionamentos sociais ou apoios que dispõem.
A aplicação dos princípios, valores e normas, é particularista, isto é, tende a ser ajustado caso a caso, dependendo das pessoas e dos contextos.
Há uma forte preocupação com o que os outros podem pensar dizer ou sentir. Os desacordos e conflitos são evitados, minimizados ou tratados de forma indirecta, para evitar o confronto.
A relação empregador-empregado é de natureza moral: envolve a ideia que o empregador é responsável pelo empregado; o empregado pelo seu lado espera espera que a organização lhe garanta estabilidade.

Afirmação da Pessoa
Os países com atitude de formação mais discreta, são mais uma vez Portugal, America Latina, Espanha, Países Escadinavos e Países Africanos, por exemplo.
Os país com afirmação discreta da pessoa, acreditam que os acontecimentos e o futuro das pessoas já estão em parte determinados por forças que transcendem o individuo. Acredita-se que as iniciativas individuais têm uma capacidade reduzida de modelar os acontecimentos. As pessoas têm ambições moderadas e o desejo de evidenciar o seu seucesso pode ser visto como falta de humildade.
Dá-se a prioridade á harmonia nos relacionamentos, aos consensos, á cooperação e á inter-ajuda.
Os conflitos são resolvidos por compromisso, negociação ou acomodação.
As pessoas com desempenhos excepcionais ou rapida ascensão, podem ser alvo de crítica ou desconfiança. Há uma tendencia para apreciar a mediania ou regularidade.
As empresas são organizações de espirito familiar onde prevalece a igualdade, a solidariedade e a qualidade da vida no trabalho

« Última modificação: 2012-12-11 00:20:32 por tatankov »
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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #37 em: 2012-12-11 00:29:29 »
Sim, é um país fortemente socialista onde as pessoas tentam acreditar com todas as suas forças no que quer que lhes agrade mais, mesmo que em total dissonância para com a realidade. E temos até políticos que sabem isso e o alimentam.
« Última modificação: 2012-12-11 00:29:49 por Incognitus »
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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #38 em: 2012-12-11 00:43:48 »
Qual é a vossa proposta de organização social quando a maioria da população for inútil à economia, e não puder sê-lo de todo? Sei que isto parece ficção científica, mas já esteve mais longe de acontecer.

Claro que até lá a realidade concreta com que nos defrontamos é que sai mais barato mandar fazer aos chineses do que aqui, e nós é que nos lixamos. Mas o estado atual de coisas é temporário.

Já há um movimento de retorno de algumas unidades de produção ao Japão, por exemplo, para fábricas quase totalmente automatizadas. Até na agricultura agora é possível trabalhar com 10x menos gente do que há 50 anos. E é possível melhorar a eficiência dos processos mecanizados.

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Re:Andamento do comercio externo portugues...
« Responder #39 em: 2012-12-11 01:16:19 »
Antes de tudo deveria, a nível mundial, estabelecer-se horários de trabalho progressivamente mais curtos.
 
Depois, se chegarmos a um nirvana qualquer em que não é necessário trabalhar-se de todo, pode ser necessária uma nova organização social.
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