Diferenças entre edições de "Aprendendo mais sobre falências"

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Incognitus, em 5/5/2005
 
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Este comentário é um artigo de opinião e nunca uma recomendação de compra ou venda. Alerta-se ainda que a compra ou venda é da responsabilidade do investidor bem como o lucro ou perda daí existente. O Autor pode ter, e provavelmente tem, posições nos títulos referidos neste artigo. Em caso de dúvidas, deverá o investidor procurar um intermediário financeiro, a Euronext, ou a CMVM.
 
Este comentário é um artigo de opinião e nunca uma recomendação de compra ou venda. Alerta-se ainda que a compra ou venda é da responsabilidade do investidor bem como o lucro ou perda daí existente. O Autor pode ter, e provavelmente tem, posições nos títulos referidos neste artigo. Em caso de dúvidas, deverá o investidor procurar um intermediário financeiro, a Euronext, ou a CMVM.
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Edição atual desde as 16h52min de 17 de abril de 2009

Muitas vezes, quando se transacciona nos papéis mais complicados do mercado à procuda de deep value ou de situações de turnaround “in extremis” que possam produzir valorizações brutais, confonta-mo-nos com a possibilidade de falência do alvo que estamos a considerar.

Sobre o tema de como transaccionar empresas que acabaram de falir, já publicamos o artigo Trading - Acções falidas.

Mas existem mais particularidades que interessa conhecer. Tais como:

As falências dão-se quase sempre por falta de liquidez

Ou seja, as empresas não vão normalmente à falência por possuirem capitais próprios negativos (Passivo > Activo), mas sim porque num determinado momento não possuem liquidez para fazer face às suas responsabilidades de curto prazo.

Logo, quando estiver perante uma situação de risco, o primeiro local para o­nde tem que olhar é para o Cash + Equivalentes, e verificar se esse Cash mais o Cash Flow que espera dessa empresa conseguem satisfazer as responsabilidades de curto prazo da empresa em questão durante um período seguro (de pelo menos 1 ano, porque por vezes a empresa pode falir quando se der conta que não conseguirá satisfazer essas responsabilidades nos próximos meses, e não quando elas vencem).

Por outro lado, o facto de a empresa ter capitais próprios negativos, embora seja um problema grave, não deve ser impedimento de participar na especulação da dita (digo especulação, porque se uma empresa consegue “derreter” a totalidade dos capitais próprios, em princípio não deve ser um grande negócio).

Refinanciamentos elevados podem não ser um problema

Se o mercado estiver bastante negativo, e se uma empresa possuir maturidades muito elevadas de dívida a acontecer durante esse período – bastante superiores ao Cash que esta possui, muitas vezes acontece que o mercado especulará que essa empresa poderá falir numa crise de liquidez tal como descrito acima, por dificuldades em refinanciar a dívida.

Isto, porém, pode ser uma oportunidade de compra, SE a empresa gerar bastante dinheiro e portanto for claramente viável se refinanciada. É de lembrar que os Bancos estão no seu negócio para emprestar dinheiro, e se bem que possam aproveitar esta situação para exigir spreads mais elevados do que o normal, a probabilidade esmagadora será de que refinanciem a empresa nessa situação.

Se a empresa falir, as acções não caem para zero, mas ...

Tal como descrito no artigo Trading - Acções falidas, as acções de empresas falidas não perdem logo todo o seu valor no mercado. MAS, no final do processo de falência, quase todas valem zero (são canceladas), MESMO as que quando vão à falência possuem Capitais Próprios positivos (indicando a possibilidade de sobrar valor para o accionista), pelo que exceptuando os padrões de comportamento dos primeiros dias, que podem ser especuláveis do lado longo, daí para a frente a totalidade das acções de empresas que faliram devem ser vendidas enquanto ainda retêm algum valor.

Pode valer a pena comprar as Obrigações

As obrigações de uma empresa que seja reorganizada (Chapter 11) não perdem todo o seu valor. Normalmente no processo de reorgnização serão emitidas novas obrigações, e as acções da empresa serão canceladas, sendo emitidas novas acções para os credores.

Porém, o ambiente em redor de uma falência muitas vezes faz com que as obrigações transaccionem a 10-20-30% do seu valor nominal antes de a empresa falir. Assim, consoante o caso pode ser uma especulação mais inteligente comprar obrigações, do que especular na acção com risco de falência, principalmente se a empresa ainda possuir uma Capitalização Bolsista elevada (Biliões de Dólares) mesmo estando prestes a falir.

Autor

Incognitus, em 5/5/2005

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