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A curva de taxas de juro pode ser construída de duas formas diferentes: | A curva de taxas de juro pode ser construída de duas formas diferentes: | ||
− | #Com as taxas de juro observadas para diversos prazos, pressupondo um início de aplicação no presente e término no final de cada prazo; | + | #Com as [[Taxa de juro spot|taxas de juro ''spot'']] observadas para diversos prazos, pressupondo um início de aplicação no presente e término no final de cada prazo; |
− | #Com as taxas de juro forward implícitas nas taxas de juro observadas para diversos prazos, ou seja, por exemplo nas taxas de juro implícitas para uma aplicação a um ano, daqui a 3 meses, 6 meses, 1 ano, 5 anos, etc. | + | #Com as [[Taxa de juro forward|taxas de juro forward]] implícitas nas taxas de juro observadas para diversos prazos, ou seja, por exemplo nas taxas de juro implícitas para uma aplicação a um ano, daqui a 3 meses, 6 meses, 1 ano, 5 anos, etc. |
Existe uma arbitragem entre as taxas de juro observadas e as implícitas, pelo que é possível calcular as implícitas. | Existe uma arbitragem entre as taxas de juro observadas e as implícitas, pelo que é possível calcular as implícitas. | ||
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*[[Arbitragem|Arbitragens]]; | *[[Arbitragem|Arbitragens]]; | ||
*Preçar de derivados sobre taxas de juro; | *Preçar de derivados sobre taxas de juro; | ||
− | *Inferir sobre o que o mercado espera para a economia, inflação, etc. | + | *Inferir sobre o que o mercado espera para a economia, [[inflação]], etc. |
==Tipos de curva== | ==Tipos de curva== |
Edição atual desde as 07h28min de 12 de novembro de 2008
A curva de taxas de juro (em inglês, "yield curve") refere-se à representação gráfica das taxas de juro de um conjunto de maturidades diferentes, para um mesmo tipo de activo (usualmente, dívida pública ou swaps).
A curva de taxas de juro pode ser construída de duas formas diferentes:
- Com as taxas de juro spot observadas para diversos prazos, pressupondo um início de aplicação no presente e término no final de cada prazo;
- Com as taxas de juro forward implícitas nas taxas de juro observadas para diversos prazos, ou seja, por exemplo nas taxas de juro implícitas para uma aplicação a um ano, daqui a 3 meses, 6 meses, 1 ano, 5 anos, etc.
Existe uma arbitragem entre as taxas de juro observadas e as implícitas, pelo que é possível calcular as implícitas.
Aplicações
A curva de taxas de juro pode ser usada para várias aplicações, tais como:
- Arbitragens;
- Preçar de derivados sobre taxas de juro;
- Inferir sobre o que o mercado espera para a economia, inflação, etc.
Tipos de curva
- Curva normal, positivamente inclinada, representa o facto de que aplicações a prazos mais longos possuem maior risco, e de que aplicações a prazos mais curtos podem ser re-investidas vendo composto o seu juro;
- Curva fortemente inclinada positivamente, representa uma expectativa de subida das taxas de referência de curto prazo, e eventualmente, uma expectativa acrescida de aumento do crescimento económico e inflação no futuro;
- Curva flat a negativamente inclinada, representa incerteza a medo de que se aproxima um abrandamento económico significativo, eventualmente uma recessão. É usada como um indicador avançado de recessões. Também reflecte a expectativa do mercado de que as taxas de referência de curto prazo virão a ser reduzidas em breve.
Teorias
- Hipótese das expectativas puras - assume que as diversas maturidades são substitutos perfeitos umas das outras, e que o formato da curva depende somente das expectativas dos participantes no mercado quanto à evolução futura das taxas;
- Teoria da preferência pela liquidez - assume que as taxas nas maturidades mais longas incluem um prémio pelo risco acrescido de se deterem investimentos de prazos mais longos.
- Teoria da segmentação do mercado - assume, contrariamente à hipótese das expectativas puras, que os diversos segmentos da curva não são substitutos entre si, são antes dependentes da procura e oferta específica para cada segmento.
- Teoria do habitat preferido - assume que diferentes investidores têm diferentes preferências quanto ao segmento da curva onde investem.
Bibliografia
- Jessica James & Nick Webber (2001). Interest Rate Modelling. John Wiley & Sons. ISBN 0-471-97523-0.
- Riccardo Rebonato (1998). Interest-Rate Option Models. John Wiley & Sons. ISBN 0-471-97958-9.
- N. Anderson, F. Breedon, M. Deacon, A. Derry and M. Murphy (1996). Estimating and interpreting the yield curve. John Wiley & Sons. ISBN 0-471-96207-4.