Local, tu o que estás a dizer é que não há problema em alguém devassar a vida de um terceiro, por mera curiosidade (e não por trabalho), desde que não divulgue essa informação.
Em primeiro lugar, claro que é um problema, mas esse é um problema inerente a qualquer entidade que tenham dados de uma pessoa. Um funcionário de uma empresa de telecomunicações tem acesso a todos os contactos de um cliente, um funcionário de um banco tem acesso a todas as receitas e despesas de uma pessoa, um funcionário das finanças tem acesso à vida contributiva da pessoa, um funcionário de uma loja tem acesso às compras realizadas pelo cliente, etc.
Em segundo lugar, até posso aceitar que numa empresa privada haja diferenciação de tratamento entre clientes, mas num serviço público isso não pode acontecer. Se arranjarem uma forma de rastrearem esses acessos sem porem em causa essa regra por mim tudo bem.
No entanto, nota que uma pessoa pode ir a um qualquer balcão para pedir informações sobre a sua situação fiscal, o que quer dizer, que num extremo, uma pessoa poderia atender todos os contribuintes do país.
Choca-me muito mais que o atendimento presencial das pessoas não seja feito em gabinetes isolados, pois os outros contribuintes não têm nada que saber, por exemplo, que a pessoa tem execuções fiscais (quando se dirige às execuções).