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Autor Tópico: Este Governo  (Lida 599030 vezes)

Joao-D

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Re:Este Governo
« Responder #1960 em: 2014-03-11 14:22:11 »
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Eurodeputada do PSD desmaia em debate no Parlamento Europeu
Uma quebra de tensão provocou a Maria do Céu Patrão Neves um desmaio enquanto discursava no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/eurodeputada-do-psd-desmaia-em-debate-no-parlamento-europeu=f860267#ixzz2vfDigiUT

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1961 em: 2014-03-11 14:47:55 »
A consciência pesada tem dessas coisas...
« Última modificação: 2014-03-11 14:54:54 por Luisa Fernandes »
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Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1962 em: 2014-03-11 14:54:04 »
Notáveis da esquerda e da direita apelam à reestruturação da dívida portuguesa

De Adriano Moreira, Freitas do Amaral a Bagão Félix. Passando por Manuela Ferreira Leite e António Capucho. Continuando com Ferro Rodrigues, Manuela Arcanjo e João Cravinho. Até chegar a Carvalho da Silva ou a Francisco Louçã. São políticos, alguns ex-ministros, mas também há empresários, patrões, sindicalistas, académicos e constitucionalistas que defendem a chamada “reestruturação responsável da dívida”, condição sem a qual, dizem, continuará a imperar a política da austeridade pela austeridade e, sem a qual não será possível o crescimento e o emprego.

A dois meses do final do programa de resgate da troika, este grupo de personalidades, que têm visões bastaste diferentes sobre a forma como o país deve lidar com a crise, junta-se para fazer um apelo comum para que Portugal encete esforços junto dos seus parceiros europeus para preparar uma reestruturação da dívida pública que, com os valores actuais, dizem ser “insustentável”. No final do ano passado, o rácio da dívida pública rondava os 130% do PIB (120% líquida de depósitos).

São estes números que levam este grupo a dizer que “a dívida pública tornar-se-á insustentável na ausência de crescimento duradouro significativo”, e que para a combater seriam necessários “saldos orçamentais primários verdadeiramente excepcionais, insusceptíveis de imposição prolongada”. Ainda este fim-de-semana, no prefácio dos Roteiros, o Presidente da República calculava que mesmo que Portugal conseguisse todos os anos um excedente primário de 3% (e num cenário de crescimento anual do PIB nominal de 4% e com juros da dívida de 4%), só em 2035 é que o país conseguiria atingir um rácio da dívida pública de 60% do PIB, um limite imposto por Maastricht e com o qual Portugal se comprometeu ainda mais ao subscrever o Pacto Orçamental.

Sem reestruturação da dívida, este manifesto vaticina que “o Estado continuará enredado e tolhido na vã tentativa de resolver os problemas do défice orçamental e da dívida pública pela única via da austeridade”. E se assim for, o grupo dos 70 traça um cenário negro: degradação dos serviços e prestações fornecidos pelo Estado, queda da procura, economia a definhar, maior precariedade do trabalho, emigração de jovens qualificados, rarefacção do crédito da banca e inúmeras empresas ver-se-iam compelidas a reduzir efectivos.

Alemanha no pós-guerra
A reestruturação não é sinónimo de não pagar a dívida e, como tal, o manifesto fala numa “reestruturação responsável” que seja feita “no espaço institucional europeu, embora provavelmente a contragosto, designadamente dos responsáveis alemães”. Os 70 alertam que mesmo que o país “cumpra as boas práticas de rigor orçamental, de acordo com as normas constitucionais”, não vai conseguir contornar sozinho o problema do excesso de endividamento, já que perdeu a soberania monetária e cambial para intervir na economia.

Portugal deverá poder contar com a solidariedade dos parceiros europeus, tal como, dizem, a Alemanha beneficiou de um perdão e de uma restruturação da dívida no período pós-guerra. Recordam que pelo Acordo de Londres sobre a dívida externa alemã, de 27 de Fevereiro de 1953, a dívida externa alemã anterior à II Guerra Mundial foi perdoada em 46% e a posterior à II Guerra em 51,2%. Da remanescente, 17% ficaram a juro zero e 38% a juro de 2,5%. Os juros devidos desde 1934 foram igualmente perdoados. Foi também acordado um período de carência de cinco anos e limitadas as responsabilidades anuais futuras ao máximo de 5% das exportações no mesmo ano.

E se o alongamento da maturidade da dívida foi uma das causas que esteve na origem do chamado “milagre económico da Alemanha”, o manifesto sugere para Portugal uma “extensão das maturidades da dívida para 40 ou mais anos”, recordando que a nossa dívida “tem picos violentos”. De agora até 2017, calculam, “o reembolso da dívida de médio e longo prazo atingirá cerca de 48 mil milhões”. E qual a dívida a ser reestruturada? O grupo dos 70 sugere que incida sobre a dívida em excesso e que ultrapasse o limiar dos 60% do PIB. E como os juros da dívida pública directa absorvem 4,5% da riqueza nacional, o manifesto também sugere uma redução significativa da taxa média de juro do stock da dívida nacional.

Os subscritores
A ideia de apelar “ao debate e à preparação, em prazo útil, das melhores soluções para a reestruturação da dívida” partiu do João Cravinho, ex-ministro socialista das Obras Públicas, em articulação com Eduardo Paz Ferreira, Bagão Félix e José Reis da Universidade de Coimbra. Mais tarde juntou-se Louçã. Na lista dos subscritores, também fazem parte personalidades ligadas ao mundo empresarial, como António Saraiva da CIP, João Vieira Lopes da CCP, Esmeralda Dourado, Henrique Neto e o também ex-ministro Ricardo Bayão Horta. O manifesto também é subscrito por constitucionalistas como Joaquim Gomes Canotilho, Jorge Novais ou Pedro Bacelar de Vasconcelos. Alfredo Bruto da Costa, António Sampaio da Nóvoa, Boaventura Sousa Santos, José Silva Lopes, Adriano Pimpão, o ex-ministro da Economia Luís Braga da Cruz e Adalberto Campos Fernandes são outros nomes com peso no manifesto.
« Última modificação: 2014-03-11 14:56:25 por Luisa Fernandes »
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Zel

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Re:Este Governo
« Responder #1963 em: 2014-03-11 15:00:29 »
a luisa quer gastar mais e simultaneamente dar calote e nem se apercebe do conflito :D

Automek

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Re:Este Governo
« Responder #1964 em: 2014-03-11 15:09:05 »
Manifesto da brigada do reumático, muitos deles que governaram ao longo dos últimos 40 anos e que nos faliram 3 vezes. Deviam ter vergonha na cara.

Zel

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Re:Este Governo
« Responder #1965 em: 2014-03-11 15:15:44 »

o que eles na realidade propoem eh uma taxa de juro baixinha que nos permita manter o ponzi da divida portuguesa por mais uns 10 ou 15 anos, depois chamam o FMI pela quarta vez

itg00022289

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Re:Este Governo
« Responder #1966 em: 2014-03-11 15:19:34 »
só estranho ver ali o Silva Lopes...

o que eles pedem é bom mas ninguém lhes(nos) dá

Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #1967 em: 2014-03-11 15:20:19 »
O que propõem é realmente a bulímia da dívida. Vomitamos aquela dívida toda, que é para podemos continuar a comer um novo bolo de dívida ...  :D
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Joao-D

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Re:Este Governo
« Responder #1968 em: 2014-03-11 15:27:23 »
A consciência pesada tem dessas coisas...

Esse comentário é tão fácil... e com pouca imaginação. :-)

vbm

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Re:Este Governo
« Responder #1969 em: 2014-03-11 17:27:49 »
A dívida pública e privada portuguesa é impagável
sem profunda alteração da economia portuguesa;
e esta é impossível sem que investidores
estrangeiros encontrem interesse
substancial em sediarem-se
em Portugal.

De modo que, ceteris paribus,
- tudo sendo como está sendo -,
o apropriado é conseguir da União
Europeia a cooperação necessária
à possível solução do problema
que constituímos dentro da União,
ou apoio para sair dela e resolvê-lo.
« Última modificação: 2014-03-11 17:28:44 por vbm »

jeab

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Re:Este Governo
« Responder #1970 em: 2014-03-11 18:34:52 »
Proponho fazer uma repactuação com a UE com saída provisória do euro e emissão de moeda própria ( chamar-se-ía CALOTE e teria peg com o ZDW ). Pagaríamos a dívida, juros e quejandos que a Troika quisesse e aumentaríamos o ordenado da Luisa em 50% 
Fica à V/ consideração ...  :D
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1971 em: 2014-03-11 21:49:06 »
Já percebi que por aqui é tudo tipo Passos Coelho...
Enterrar a cabeça na areia e esperar que a economia do país fique como nunca nenhum país do mundo teve tipo, constante crescimento por largos anos, mais a mais com políticas de austeridade a serem aplicadas, realmente é mesmo uma atitude realista.

Mas espera lá ....por aqui abunda uma coisa chamada "interesse em especular á bruta"  , com a miséria dos outros ...claro :D

« Última modificação: 2014-03-11 21:51:05 por Luisa Fernandes »
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Re:Este Governo
« Responder #1972 em: 2014-03-11 22:19:44 »
Já percebi que por aqui é tudo tipo Passos Coelho...
Enterrar a cabeça na areia e esperar que a economia do país fique como nunca nenhum país do mundo teve tipo, constante crescimento por largos anos, mais a mais com políticas de austeridade a serem aplicadas, realmente é mesmo uma atitude realista.

Mas espera lá ....por aqui abunda uma coisa chamada "interesse em especular á bruta"  , com a miséria dos outros ...claro :D

Pareces ainda não ter compreendido que aquilo a que chamam "austeridade" é tão só equilibrar despesas com receitas.

Esperas outra coisa sustentadamente, é?
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Zel

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Re:Este Governo
« Responder #1973 em: 2014-03-11 22:22:46 »
Já percebi que por aqui é tudo tipo Passos Coelho...
Enterrar a cabeça na areia e esperar que a economia do país fique como nunca nenhum país do mundo teve tipo, constante crescimento por largos anos, mais a mais com políticas de austeridade a serem aplicadas, realmente é mesmo uma atitude realista.

Mas espera lá ....por aqui abunda uma coisa chamada "interesse em especular á bruta"  , com a miséria dos outros ...claro :D

nem um so argumento sai desse cabecinha, so frases emocionais que denotam uma pessoa invejosa e azeda

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1974 em: 2014-03-11 23:55:34 »

Pela enésima vez o Presidente da República pediu um consenso entre os PS e PSD para o pós-troika. No prefácio dos seus roteiros, foi mais explícito do que é costume e deixou claro o que o governo não gosta de dizer: que isto do pós-troika é apenas uma questão de semântica. O consenso pedido por Cavaco Silva é, na prática, para esta legislatura e para a próxima. Ou seja, tem como função garantir que tudo o que é fundamental é decidido com a troika a tutelar o País, Passos Coelho no governo, Seguro a liderar a oposição e ele próprio como Presidente.

Na realidade, não se percebe porque deve acabar esse consenso em 2019. Seguindo as exigências europeias, a política de austeridade para atingir os 60% do PIB em dívida pública (estamos acima dos 127%) determinados pelo Tratado Orçamental terá de se prolongar até 2035. E, como bem lembra Cavaco Silva, só nesse mesmo ano, se tudo correr bem, serão pagos os 75% da dívida à troikaque nos libertam da sua tutela direta. Leram bem: 21 anos sem soberania e com políticas de austeridade. Há quem ache que o atual sistema partidário suportará, sem implodir, um consenso largamente maioritário em torno de um ciclo de austeridade desta duração. Faltar-lhes-á algum conhecimento de história política. Muitos dizem que o Presidente atirou um balde água fria ao País. Pois eu acho que a sua proposta ou não é séria ou resulta de um otimismo irresponsável. Pelo menos no que toca ao cumprimento do Tratado Orçamental, a data aceite por Cavaco Silva é, para dizer o mínimo, muitíssimo improvável. A não ser, claro, que se martelem muito os números.

Há umas semanas a Deloitte e o Expresso convidaram-me para participar numa simulação , organizada pelo Projeto Farol. O Expresso e a SIC deram nota do exercício. Era eu, António Nogueira Leite, Daniel Proença de Carvalho (do Projeto Farol), João Duque, Jorge Marrão (da Deloitte), Miguel Beleza, Nicholas Racich (do banco BIG) e Vítor Bento. O simulador era simples (faltava-lhe, para ser mais realista, a taxa de inflação). Mas funciona como uma chamada à realidade. Basta dizer-vos que, apesar da composição do painel estar a léguas das minhas posições sobre esta crise, três dos oitos participantes acabaram por concluir que em vez de cumprirmos o Tratado Orçamental continuaremos a contrair dívida. E, que me lembre (a minha memória pode estar a trair-me), nenhum previu o seu cumprimento em 2035.

Foram pedidas apenas três previsões: qual seria o nosso crescimento anual médio nos próximos anos; qual seria o nosso saldo primário (a diferença entre a receita e a despesa pondo de fora os juros da dívida), e que taxas de juro iríamos suportar. Fui otimista. Previ um crescimento de 1,2. Está acima da maioria dos nossos crescimentos antes de 2008/2009, quando não havia crise e havia investimento público. Com os enormes constrangimentos económicos, financeiros, monetários e até orçamentais que são previsíveis, um crescimento médio desta ordem não seria mau. Previ um excedente orçamental de 1,1%, de que estamos muitíssimo longe. Não é possível, ao mesmo tempo, prever grandes crescimentos económicos e cortes na despesa pública arrasadores (ou aumentos de impostos destrutivos). Por fim, as taxas de juro. A minha previsão foi mais uma vez simpática. Ficou-se pelos 4,5%. Um pouco acima do que nos é cobrado pela troika. Abaixo das nossas recentes idas ao mercado, muito protegidos, como se sabe. É o número mágico apresentado por Machete. Claro que isto é apenas um jogo e estas previsões valem muito pouco. Mas as minhas até foram mais otimistas do que as de João Duque. Resultado da previsão? Continuaremos a contrair dívida. Em vez de descer, sobe.

Claro que se podem mexer neste ou naquele indicador. Com taxas de juro a 4%, cumprimos o Tratado Orçamental daqui a dois séculos. Se forem de 3,5% estaremos lá em 2086. Se conseguirmos um excedente orçamental de 2%, daqui a 87 anos poderemos respirar de alívio. E se rebentarmos com o país e tivermos excedentes de 3% (corresponde, por exemplo, a reduzir para menos de metade as despesas em saúde pública ou a aumentar os impostos até à revolta nas ruas), o objetivo será cumprido 2051. Claro que podemos crescer 2% e em 2113 o Tratado Orçamental será cumprido. Ou até ser varridos por um milagre económico, crescermos 3% ao ano (em média), regressando aos crescimentos anteriores ao euro, e daqui a 42 anos a coisa já se fez.

Não devemos delirar? Há quem delire por nós. O FMI previu, para garantir o cumprimento deste objetivo, que, daqui a cinco anos teremos um saldo primário que passará dos -1,6% em 2013, para 1,9% em 2015 e 3,2% em 2019. Sempre a abrir. Apesar do arraso que isso significa na economia, teremos um crescimento nominal de 3,6% (1,8% de crescimento real e 1,8% de inflação). Para este milagre económico, contribui o crescimento da procura interna em 1,3%. Perceberam bem: enquanto os serviços públicos são dizimados e os contribuintes são extorquidos a procura interna, mostrando que vive à margem do País, cresce alegremente. A taxa de juro média da dívida pública aumentará para os 4%.

Cito o economista Ricardo Paes Mamede : nos últimos 17 anos, apenas sete vezes se verificaram condições semelhantes às que o FMI prevê para Portugal até 2019. Duas vezes na Alemanha (em 2008 e 2012), uma na Áustria (2002), outra na Dinamarca (2003), outra na Suécia (1996), outra em Itália (2012) e outra no Luxemburgo (2008). Em 17 anos e 28 Estados membros (dá 476 casos), apenas sete vezes isto aconteceu. Se ficarmos apenas por duas condições (o saldo primário e o crescimento), então são 27 casos nos tais 476. O FMI prevê, para o cumprimento do Tratado Orçamental, que Portugal consiga condições financeiras e económicas semelhantes ou melhores do que os melhores anos das mais ricas economias europeias. Acho que estou dispensado de mais explicações.

Cavaco Silva pede aos partidos que negoceiem um consenso em torno de uma fantasia. Uma fantasia que alimentará por mais cinco anos esta farsa política em que vivemos. Como mostram todos os números e acabarão por ter de aceitar todas as pessoas que estejam de boa-fé e não queiram apenas aproveitar a crise para impor a sua agenda ideológica, não é possível salvar a economia, a democracia e o mínimo de bem-estar sem um enfrentamento com as imposições e metas irrealistas da União Europeia. Querem construir um consenso político em torno de uma estratégia que minore os riscos desse enfrentamento? Apesar de achar improvável que se chegue a acordo, podia-se tentar. Já este consenso, com base em previsões absurdas, é pura dissimulação política


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Re:Este Governo
« Responder #1975 em: 2014-03-12 00:14:52 »
toda a gente sabe que vai ser necessario o calote, mas ha 2 formas de o fazer

1-calote antes de cortar as despesas de modo a que os mamoes egoistas como a luisa continuem a viver acima do que o pais lhes consegue pagar e a divida volte a crescer com todos os problemas actuais a voltarem

2-calote depois de cortar as despesas, de modo a termos um pais viavel que nao anda a pedir dinheiro so para dar de mamar a luisa e outros mamoes

um calote demasiado cedo destroi a motivacao do nosso pais em reduzir a despesa do estado e os estrangeiros sabem isso
« Última modificação: 2014-03-12 00:17:21 por Neo-Liberal »

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1976 em: 2014-03-12 19:30:00 »
Quem quer escapar à cartilha dogmática vigente, ao pensamento único economês-liberalóide, leva!

O dever acima de tudo!

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Conselheiros de Cavaco que assinaram manifesto dos 70 foram exonerados
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Re:Este Governo
« Responder #1977 em: 2014-03-12 19:36:50 »
É razoavelmente evidente para toda a gente que não pagar é porreiro, Luísa.

Mas não faz um sentido incrível querer-se não pagar e simultaneamente querer-se gastar mais do que o que se tem em receitas. Como podes imaginar, não é um grande dogma achar que quem empresta dinheiro, facilmente o faz a quem não quer pagar.
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Re:Este Governo
« Responder #1978 em: 2014-03-12 19:47:49 »
A reestruturação não é sinónimo de não pagar a dívida e, como tal, o manifesto fala numa “reestruturação responsável” que seja feita “no espaço institucional europeu, embora provavelmente a contragosto, designadamente dos responsáveis alemães”. Os 70 alertam que mesmo que o país “cumpra as boas práticas de rigor orçamental, de acordo com as normas constitucionais”, não vai conseguir contornar sozinho o problema do excesso de endividamento, já que perdeu a soberania monetária e cambial para intervir na economia.

Portugal deverá poder contar com a solidariedade dos parceiros europeus, tal como, dizem, a Alemanha beneficiou de um perdão e de uma restruturação da dívida no período pós-guerra. Recordam que pelo Acordo de Londres sobre a dívida externa alemã, de 27 de Fevereiro de 1953, a dívida externa alemã anterior à II Guerra Mundial foi perdoada em 46% e a posterior à II Guerra em 51,2%. Da remanescente, 17% ficaram a juro zero e 38% a juro de 2,5%. Os juros devidos desde 1934 foram igualmente perdoados. Foi também acordado um período de carência de cinco anos e limitadas as responsabilidades anuais futuras ao máximo de 5% das exportações no mesmo ano.

E se o alongamento da maturidade da dívida foi uma das causas que esteve na origem do chamado “milagre económico da Alemanha”, o manifesto sugere para Portugal uma “extensão das maturidades da dívida para 40 ou mais anos”, recordando que a nossa dívida “tem picos violentos”. De agora até 2017, calculam, “o reembolso da dívida de médio e longo prazo atingirá cerca de 48 mil milhões”. E qual a dívida a ser reestruturada? O grupo dos 70 sugere que incida sobre a dívida em excesso e que ultrapasse o limiar dos 60% do PIB. E como os juros da dívida pública directa absorvem 4,5% da riqueza nacional, o manifesto também sugere uma redução significativa da taxa média de juro do stock da dívida nacional.
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Re:Este Governo
« Responder #1979 em: 2014-03-12 19:55:03 »
A maturidade da dívida presentemente não é um problema nem altera significativamente o que é necessário fazer ao nível da contenção de despesa ... só não pagar ou alterar significativamente os juros já de si baixos poderia por si só baixar alguma despesa.
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