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Autor Tópico: Educação - Tópico principal  (Lida 377490 vezes)

Zel

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #560 em: 2013-12-29 01:14:46 »
a luisa nao quer oligopolios, quer sim monopolios  :D

muze

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #561 em: 2013-12-29 17:56:29 »
Quando uma das maiores empresas privadas de educação da Suécia faliu, alguns meses atrás, deixou 11 mil alunos desamparados e fez com que o governo repensasse a reforma neoliberal da educação, feita nos moldes da privataria com o Estado financiando a entrega dos serviços públicos aos oligopólios capitalistas e assim causando graves prejuízos para os trabalhadores e a população.

Correio do Brasil

não percebi bem as consequências de ter falido, o que quer dizer "deixar os alunos desamparados" para os suecos? na volta é ter meter mais 30 alunos na mesma turma, como nós fazemos por norma...

Luisa Fernandes

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #562 em: 2014-01-04 14:25:54 »
O ano de 2013 começou, em matéria de Educação, com a sombra de um “relatório do FMI” que truncava informação, apresentava séries incompletas de dados para justificar um conjunto de propostas destinadas a fazer cortes e mais cortes no sector. Nessa altura escrevi que o ano de 2013 era fulcral na luta contra a encenação e a mistificação que estavam em curso no sentido de promover uma “mudança” e uma “refundação” com base numa despudorada manipulação da informação disponível para a opinião pública.

O ano de 2013 termina com essa luta ainda a ser travada, em situação muito desfavorável, apesar de todos os elementos disponíveis que confirmam, para além de qualquer dúvida razoável, que muitas das opções de política educativa deste MEC e deste Governo estão profundamente erradas e são prejudiciais para o interesse público, em geral, e para o desempenho dos alunos, em particular, não passando de uma tentativa para forçar a implementação de medidas cuja única justificação é de carácter ideológico.

Comecemos quase pelo final do ano com os resultados dos alunos portugueses no PISA 2012 e que revelam uma evolução, em termos comparativos, muito mais favorável do que os resultados dos alunos de países que nos têm sido apresentados como mais desenvolvidos e com soluções que deveríamos adoptar, nomeadamente na área da privatização do ensino e do alargamento de uma alegada “liberdade de escolha”, apresentada como (falsa) panaceia para uma série de males que o nosso sistema educativo sofrerá. O problema é que os dados de que dispomos, em linha com o que já acontecera com os resultados nos testes internacionais PIRLS e TIMMS 2011, contrariem com particular clareza a “narrativa” que nos tem sido apresentada como inquestionável. Ou seja, Portugal tem apresentado uma trajectória ascendente (mesmo que questionemos os ritmos de cada ciclo) nos seus resultados, enquanto países como a Suécia, a Austrália, a própria Alemanha, nos surgem colocados em posições muito piores em termos de evolução, com a existência de uma evidente regressão.

O desempenho dos alunos portugueses melhorou de forma consistente nos últimos 10-15 anos, não podendo essa melhoria ser reclamada, de forma abusiva, pelos autores de qualquer reforma específica e de curto prazo, pois são ganhos conseguidos no tempo próprio da Educação, em que as reformas só produzem efeitos verdadeiramente mensuráveis a médio ou longo prazo. Os ganhos são o resultado acumulado de diversas alterações que podemos nem sempre considerar as melhores, mas que globalmente dotaram o sistema educativo português de melhores condições para que alunos e professores trabalhassem com uma melhor qualidade, desde a formação destes aos meios disponibilizados àqueles.

O ano de 2013 é especialmente triste em matéria de Educação porque se inscreve numa conjuntura que coloca fortemente em risco tais ganhos e o faz em diversos planos.

No caso dos alunos, porque as condições de apoio aos que se encontram situação mais desfavorecida se degradaram de forma muito sensível, seja no caso dos alunos com necessidade educativas especiais com a colocação tardia de muitos professores de Educação Especial e o corte nas verbas para os apoios específicos, seja no caso dos alunos de agregados com carências económicas, através de um modelo de apoio que conduziu a que uma grande parte deles dispusesse de boa parte dos manuais escolares apenas no fim do 1º período de aulas. E nem sequer vou aqui relembrar o constante ziguezaguear em matérias como o ensino do Português e da Matemática, a que acresceria o fait-divers dos exames made in Cambridge.

Mas não só… porque as condições em sala de aula pioraram, com o aumento da dimensão das turmas e, não o neguemos, a sobrecarga de trabalho colocada sobre os seus professores com o aumento do seu horário lectivo efectivo. No rescaldo da greve às avaliações do mês de Junho, o acordo (parcial ou total) alcançado com os sindicatos não teve a devida tradução nas alterações introduzidas na organização dos horários com o despacho normativo 7-A/2013 e a verdade é que os professores passaram a ter mais horas directamente relacionadas com o trabalho em sala de aula ou com os alunos.

E não devemos esquecer que a pressão sobre os professores, exercida de forma injusta ao longo de anos, mais tarde ou mais cedo se reflecte no trabalho em sala de aula, devido a um desgaste psicológico permanente causado por sucessivas declarações acerca do seu número excessivo, da necessidade de se reduzirem as suas remunerações e, pior, acerca do seu alegado mau desempenho profissional, o que culminou na exigência da prestação de uma prova de capacidades e competências a profissionais formados de forma certificada e com anos de exercício da função docente devidamente avaliada por um modelo aprovado por este ministro. Sendo que, nas actuais condições, a prova acabou por ser imposta apenas aos que menos hipóteses têm de ingressar na carreira num horizonte próximo.

O culminar da tristeza que marcou este ano de 2013 deu-se no dia 18 de Dezembro, quando se viu pela primeira vez em décadas, num espectáculo deprimente, polícias dentro das escolas para imporem a realização de uma prova injusta a professor@s, quant@s del@s em lágrimas por sentirem que continuam a ter na 5 de Outubro um inimigo e alguém incapaz ou mesmo desinteressado em  mobilizá-los para o essencial: melhorar o seu trabalho com os alunos através de reformas baseadas em dados empíricos transparentes e não em construções ideológicas truncadas.

O ano de 2013 decorreu e termina de forma triste porque, apesar de todos os estudos de opinião demonstrarem o inverso sobre a confiança nos professores, este Governo e este MEC optaram por uma política de continuidade em relação a outros governos recentes em relação à aberta hostilização da classe docente, em especial do ensino público, que gostam de apresentar como responsável por todos os males da Educação e por nenhum dos seus sucessos. Mesmo quando tudo indica o contrário, pois os professores constituem a única variável do sistema educativo que não mudou nestes últimos 10-15 anos em que os resultados dos alunos portugueses melhoraram.

É este um argumento corporativo? Claro que sim, porque é tempo de alguém afirmar sem vergonha o orgulho em ser professor.

Público - Paulo Guinote
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Luisa Fernandes

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #563 em: 2014-01-08 21:15:41 »
« Última modificação: 2014-01-08 21:16:42 por Luisa Fernandes »
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Luisa Fernandes

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #564 em: 2014-01-13 17:05:13 »
Saiu por aí um relatório sobre Educação, Juventude e Trabalho na Europa feito por uma daquelas consultoras internacionais que por vezes são tomadas como especialistas no tema. Já há variado noticiário a propósito, mas ler o relatório, apesar de ser daquelas coisas que estão longe de ser escrituras sagradas, permite-nos encontrar coisas bastante interessantes.

Por exemplo:



Isto significa, por exemplo, que há por aí um mito sobre a falta de competências profissionais dos jovens portugueses, pelo menos do ponto de vista dos empregadores, pois o valor dos que assim pensam é de apenas 31% em Portugal, valor igual ao da Suécia e apenas 5 pontos acima do que se passa na Alemanha. Neste aspecto, estamos bem melhor que o resto dos países do sul da Europa, incluindo a França.

Já quanto às vantagens da Educação, os jovens portugueses acompanham de perto suecos e alemãs na crença de que estudos pós-secundários são importantes para a sua empregabilidade, com 47% contra, respectivamente 51% e 53%, destacando-se dos restantes países analisados.

Qual o problema?

É que os encargos com os estudos em Portugal são dos que mais afastam os jovens dos estudos “terviários”:



Porque é o factor económico determinante?

Porque em Portugal, ao contrário de outros países (e aqui é que reside a maior diferença para a Suécia ou o próprio Reino Unido), são as famílias a suportar a maior parte dos encargos com os estudos superiores. Em Portugal esse valor é de 78%, enquanto na Suécia é de 38% e no Reino Unido de 40%. a contribuição do Estado ou de eventuais empregadores é, entre nós, de apenas 12%, enquanto na Suécia é de 80% e no Reino Unido de 60%.



Portanto, quando ouvirem ou lerem alguém por aí a falar em gastos excessivos com a Educação (neste caso a Superior), com a impossibilidade do Estado providenciar mais dinheiro, que somos uns gastadores socialistas, não liguem muito. É mentira, pura e simples.

E quando vos falarem em exemplos da Inglaterra ou Suécia, vejam bem se não andarão a usar dados ou teorias aldrabad@s.

E fazem isso para esconder o verdadeiro fracasso, o qual reside na tal Economia em que temos tantos especialistas, seja os teóricos puros, seja os que se afirmam empreendedores de sucesso.

Mesmo se há países com desemprego altamente qualificado equivalente ao do nosso (caso da Espanha), Portugal é, com a Grécia, um daqueles países em que as possibilidades de desemprego são iguais com estudos básicos ou superiores. E que são maiores com estudos secundários.



Autor : Paulo Guinote
« Última modificação: 2014-01-13 17:06:32 por Luisa Fernandes »
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Incognitus

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #565 em: 2014-01-13 17:29:55 »
Em certa medida é verdade que o fracasso está na economia, mas:
1) O que quer que se queira fazer com o Estado, depende da economia disponível para o financiar;
2) Os custos (taxas, impostos, regulação, etc) impostos pelo Estado podem ainda dificultar ter-se mais economia do que a débil que já temos.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Jérôme

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #566 em: 2014-01-16 00:38:03 »
.

Zel

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #567 em: 2014-01-16 01:42:17 »
nao ha dinheiro ? ou atingimos os objectivos percentuais desejados?

karnuss

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #568 em: 2014-01-16 11:26:50 »
nao ha dinheiro ? ou atingimos os objectivos percentuais desejados?

Falta de dinheiro e falta de visão. O MEC pretende que os investigadores se candidatem mais a bolsas estrangeiras (tais como as do European Research Council), secando o financiamento nacional, na esperança ingénua de que os nossos investigadores mais tarde queiram voltar para cá... Honestamente, não me parece. Depois de estar estabelecido lá fora (com família, carreira, etc.) o que levará alguém a querer voltar para cá?

hermes

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #569 em: 2014-01-16 13:58:34 »
nao ha dinheiro ? ou atingimos os objectivos percentuais desejados?

Falta de dinheiro e falta de visão. O MEC pretende que os investigadores se candidatem mais a bolsas estrangeiras (tais como as do European Research Council), secando o financiamento nacional, na esperança ingénua de que os nossos investigadores mais tarde queiram voltar para cá... Honestamente, não me parece. Depois de estar estabelecido lá fora (com família, carreira, etc.) o que levará alguém a querer voltar para cá?

Em contrapartida, se eles ficarem cá, gastam o dinheiro cá e aumentam a produtividade científica das universidades portuguesas.
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

Zel

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #570 em: 2014-01-16 14:51:48 »

sei de gente  em pt a chegar aos 40 anos e q nunca teve um emprego, andam de bolsa em bolsa (primeiro bolsas de doutoramente, depois de investigacao)

mibusiness

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #571 em: 2014-01-16 15:09:09 »
mas também existem bolsas de doutoramento que só servem para encher chouriços

karnuss

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #572 em: 2014-01-16 15:49:27 »
mas também existem bolsas de doutoramento que só servem para encher chouriços

Não duvido, sobretudo em ciências sociais (que são menos aplicadas). Mas a maioria dos doutoramentos e pós-doutoramentos não se enquadra nessa categoria, felizmente. Aqui critico sobretudo a cobardia da FCT: se não há dinheiro e se pretendem apenas financiar certas áreas de investigação á partida, só têm que o dizer com todas as letras. As pessoas iriam reclamar, mas acabariam por aceitar. Agora adiar o concurso, depois inventar novos procedimentos para deixar candidaturas de fora logo à partida, depois a confusão com os critérios de avaliação e a pouca transparência do processo... Cheira a cobardia e fica mal na fotografia.

mibusiness

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #573 em: 2014-01-16 16:01:56 »
também acho

Luisa Fernandes

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #574 em: 2014-01-16 16:49:08 »


O MEC pretende que os investigadores se candidatem mais a bolsas estrangeiras (tais como as do European Research Council), secando o financiamento nacional, na esperança ingénua de que os nossos investigadores mais tarde queiram voltar para cá...

Isso é mais uma falácia deste governo. Só tens hipóteses de te candidatares a essas bolsas estrangeiras se tiveres um curriculum forte, curriculum esse quase impossível de o teres em Portugal nas nossas instituições.
As instituições de ensino e investigação estão simplesmente a SECAR com a ideologia deste governo.
Daqui a 4, 5 anos verás a consequência destas inteligentes opções.
Este governo seca tudo o que é Ciência e Educação pública.
Alias este governo seca o país.Tem de ser travado.
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Zenith

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #575 em: 2014-01-16 17:08:20 »
nao ha dinheiro ? ou atingimos os objectivos percentuais desejados?

Imagino que deve ter acabado, mas nos anos de 2007-08, Portugal era o campeão das bolsas de doutoramento. Parece que Iranianos, Paquistaneses etc que em mais nenhum sitio teriam bolsa vinham para e arranjavam logo bolsa.
Claro que depois não ficavam cá (tb não eram necessarios já que facilmente se arranjavam dezenas de Licenciados muito mais competentes que esses PHds), mas eramos um pais tão rico que finaciavamos o ensino superior desses paises formando-lhes os quadros :-)

A mania dos doutorados devia ser a mesma que a dos barões no sec XIX que fez Garret dizer
Foge cao que te fazem barao

agora seria

Foge cão que te fazem doutor  ;D

Era preciso rimar, o R. vaz é que tem jeito para isso
« Última modificação: 2014-01-16 17:12:33 por Zenith »

Luisa Fernandes

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #576 em: 2014-01-16 20:13:25 »
As coisas quando estão mal regulamentadas EXTREMINAM-SE, certo?

Deus dai-me paciência....
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Incognitus

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #577 em: 2014-01-16 20:20:13 »
Uma bolsa para um doutoramento é à partida altamente discutível. Que sentido faz ter as pessoas com rendimentos médios a subsidiar um investimento que proporcionará rendimentos mais elevados ao detentor? A forma correcta de financiar esse investimento é um empréstimo, eventualmente garantido pelo Estado de forma a que ninguém fique sem o seu doutoramento devido à impossibilidade financeira.
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Luisa Fernandes

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #578 em: 2014-01-16 21:03:50 »
Tens a certeza que sabes do que falas , certo?

Sabes por exemplo que sem bolsa uma investigadora vai para o desemprego sem subsidio certo?
Também ja ouviste falar em ETERNIZAR BOLSEIROS , certo?
Claro que o despedimento e emigração de milhares de cientistas formados ao longo das últimas duas décadas, também é coisa de somenos...certo?

Para ti a vida era feita de empréstimos, certo?
Valha-me Deus.

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Zel

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #579 em: 2014-01-16 21:10:34 »
eu concordo com o inc apesar de ter sido beneficiado pelo esquema dos doutoramentos de forma indirecta

alias ja escrevi sobre o esquema que eh fazer um doutoramento a pala de portugal para depois ir ganhar muito bem