Que o jornalismo em Portugal, além de medíocre é manipulado e manipulável sabe-se há muito, e nesse domínio o primeiro, desembaraçado, crítico foi sim o José Pacheco Pereira. Praticamente, não leio jornais nem revistas há muitos anos; sigo, realmente, alguns comentadores das televisões, leio livros, e pouco mais tenho de formação.
Sobre a educação e instrução pública é inegável que ela é má, os portugueses chegam aos vinte e aos trinta anos e sabem pouco de tudo, além de não primarem nem pela inteligência nem pela constância de bons princípios de vida em sociedade.
A minha curiosidade, caso o governo trate o congelamento pretérito das carreiras como algo que foi a brincar ou a fingir, é saber se o ministro das finanças se demite, e convoca uma conferência de imprensa para proclamar aos quatro ventos a razão que o leva a demitir-se; ou se se verga curvando-se ao primeiro-ministro no delírio reivindicativo e anárquico dos sindicatos dos professores.
Posso concordar com alguns professores numa coisa: eles deviam ser muito melhor pagos do que são; mas isso requereria, para ser justo, que a classe profissional que ensina e instrui os jovens tivesse a competência de alcançar esse resultado, nem que para tanto houvesse de tornar-se politicamente hábil em conseguir as mais recomendáveis alianças político-sociais que prezassem tais resultados, mesmo à custa de amputar os menos idóneos e mais incompetentes no seio da profissão docente.