Aqui não se trata de dizer que governar é fácil. Não é.
Nem de discutir que as medidas decididas politicamente devem ser implementadas por técnicos. Devem (embora muitas vezes não o sejam, por nomeações políticas).
Aqui é mais grave. É alguém que é ministro, responsável por decisões políticas, que não consegue ver que taxis e plataformas electrónicas são, de facto, concorrentes entre eles. Uma coisa elementar, básica. É um indivíduo que não pode estar onde está. Não tem visão correcta de uma área sobre a qual tem de decidir politicamente.
Não fui ver quem era esse ministro.
Que é idiota, afigura-se indubitável.
Que as duas formas de transporte pessoal,
táxis de rua e rádio-táxis ou serviço de transporte
automóvel prestado empresarialmente pelo próprio
ou em prestação de serviço por conta de terceiros,
agem concorrencialmente para atender a mesma clientela
não há dúvida. Que há diferenças de funcionamento, há
mas esbater-se-ão pelo facto mesmo da concorrência.
O cerne político e social do problema é o de a actividade
neste serviço ocorrer ou com insatisfação das necessidades
do público, seja pelo preço ou pela qualidade do serviço,
ou por o mesmo ser desempenhado com grande e inaceitável
exploração de quem no sector trabalha para viver.