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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3458570 vezes)

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #13020 em: 2016-10-26 14:53:28 »
Automek, o congelamento das rendas não surgiu em 1974, veio do início do século XX (1a república e estado novo). E não foi uma política de esquerda, foi inicialmente de direita. A esquerda o que fez foi dar-lhe continuidade.

É (parcialmente) verdade. O Salazar permitiu alguns ajustamentos que no pós 25 de Abril foram completamente eliminados, nomeadamente os ajustamentos em função do valor das casas (tens de ignorar o tom provocatório do texto e ver apenas os factos).

Mas o ponto mais importante nesta história de 100 anos é que os actuais inquilinos beneficiados são essencialmente pessoas que alugaram antes do 25 de Abril (depois disso foram poucos os loucos que arrendaram casa com rendas congeladas).
Sendo pessoas que alugaram antes do 25 de Abril, terão 40/50 anos de arrendamento. O que nos remete para os anos 50/60/70.

Quem comprou nos anos 50/60/70 e alugou (serão a maioria dos proprietários prejudicados), assumiu na altura um risco de rendas mais ou menos congeladas com o Salazar. Mas, e isto é de extrema importância, com poder de compra estável porque era permitido a actualização da inflação.

Como exemplo prático, imaginemos que hoje havia rendas congeladas mas que alguém podia comprar uma casa por 100.000€ e alugar por 450€, fazendo aumentos anuais da inflação. São cerca de 5.4% de rendimento bruto que se manterá mais ou menos estável.
A renda congelada não é, portanto, um problema tão grave se se permitir o aumento da inflação.

O que a lei de 1974 veio fazer foi impedir essa actualização e posteriormente substituindo-a pelo aumento que o governo achava justo. Ora, com inflações de +20% e aumentos muito menor de rendas, é claro que foi uma total expropriação dos proprietários. E isto foi um problema criado maioritariamente em 1974. Não vale a pena estar a olhar para 1920 ou 1930.
----
Isso da esquerda e direita não sei o que é. Para mim é uma medida colectivista, que expropria discriccionariamente o património ou os rendimentos de um conjunto de pessoas para beneficiar outras. E o Salazar, como se sabe, foi um grande colectivista. Tal como são os chamados partidos de direita e esquerda.

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #13021 em: 2016-10-26 15:06:16 »
foi mais outro confisco usando inflaçao

inflaçao e boa  para roubar e  destraidos nem dao por isso
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

pedras11

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Re: Portugal falido
« Responder #13022 em: 2016-10-26 22:44:20 »
Congelar rendas é mau e tal, já congelar salários é bom e tal.

Quando é que esquerda e direita deixam de olhar apenas para o seu umbigo?

Nunca  :D

Beruno

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Re: Portugal falido
« Responder #13023 em: 2016-10-26 22:53:49 »
ja viste um ordenado a ser 10% do que deveria ser?

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #13024 em: 2016-10-26 23:14:50 »
congelar salarios  estao acima media com condiçao ter emprego para vida 35 horas  reformados mais cedo e mais regalias  recebem em EUROS moeda Forte com inflaçao baixa ....  e comparam isto com uma casa   teve ser paga e so recebeu  entre 5 a 15 euros mes  durante  40 anos...com inflaçao em escudos que teve picos de 30% ano

quem nao ve o roubo e cego pela ideologia
« Última modificação: 2016-10-26 23:52:50 por Reg »
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #13025 em: 2016-10-27 08:41:21 »
O Pedras não percebe que a equivalência às rendas era congelar o salário 30 ou 40 anos e forçar o trabalhador a continuar lá a trabalhar.  :D

Por acaso o Pedras teve uma boa tirada para se perceber a injustiça de que estamos a falar.

tommy

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Re: Portugal falido
« Responder #13026 em: 2016-10-27 08:49:56 »
ja viste um ordenado a ser 10% do que deveria ser?

seria o equivalente a um trabalhador médio, receber 50 euros por mês pelo seu trabalho.

bom exemplo pedras.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #13027 em: 2016-10-27 09:15:32 »
ganhar 50€ e não se poder despedir  :D

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #13028 em: 2016-10-27 11:23:47 »
Mistérios do Orçamento
J. César das Neves-DN

 
Para variar da sua série policial favorita, a leitura do Orçamento do Estado tem uma comparável dose de enigma e emoção. Para isso tem de desligar das lutas habituais, em defesa de interesses, e ler os documentos.

O primeiro mistério é o que lá não está. Ao contrário do que temia a generalidade dos analistas, neste ano não há Orçamento rectificativo. Afinal, o governo conseguiu mesmo cumprir o que apresentara nas contas de Fevereiro. Isto é um grande mistério porque os tais especialistas não estavam errados. O próprio documento admite que o crescimento deste ano não será os 1,8% previstos mas apenas 1,2% (o FMI diz 1%, a Universidade Católica 0,9%). Certamente por isso, uma grande quantidade de valores orçamentados falhou a meta. Ainda pelas contas do governo, a receita corrente ficará 1,9% abaixo do previsto e a receita total 1,7%. Do outro lado, as despesas com pessoal e prestações sociais, maiores fatias dos gastos, subiram ambas 0,5% face ao orçamentado. Por isso, o défice total acabou 10% maior, falhando a promessa de descer para 2,2% do PIB; mas por pouco, ficando nos respeitáveis 2,4%.

"Para ter o PCP e o Bloco do seu lado não é preciso acabar com a austeridade; basta ter o PCP e o Bloco do seu lado. Afinal, comprar a paz social é fácil. Veremos por quanto tempo"
Como foi isso possível? Esquadrinhando as 255 páginas do relatório do Orçamento fica-se sem resposta. Aqui, o mistério só se resolve com a perspicácia de um Holmes ou Poirot; a qual, depois de explicada, parece óbvia. Lendo o Effective Action Report, texto que o ministério tem de enviar para Bruxelas, nota-se que as suas singelas 11 páginas estão cheias de um assunto quase omisso nos textos em português: as cativações, despesa prevista mas não autorizada. O governo confidencia pressurosamente aos inspectores comunitários que 1572,5 milhões de euros do que prometeu gastar, metade da redução conseguida no défice, afinal era só a fingir, ficando congelados à partida. Este foi o passe de mágica que permitiu realizar a contradição de garantir a eliminação da austeridade e o cumprimento das metas: fazer despesas sem gastar dinheiro; cumprir promessas sem registar perdas.

Quanto às contas para 2017, alguns álibis são habituais. O projecto assegura que para o ano, finalmente, a dívida pública descerá em percentagem do PIB, promessa feita nos últimos quatro orçamentos, apesar de ter mais do que duplicado desde 2001, subindo todos os anos, excepto em 2007 e 2015. Mas o artifício mais importante está nas próprias medidas políticas. O Orçamento promete, simbólica e corajosamente, reduzir o défice total em exactamente um terço do seu valor, de 4538 para 3015 milhões de euros. Mas, como garantiu subir salários e pensões e cortar no IVA e IRS, o défice aumenta mais de 4%. Mesmo com medidas imaginativas, como a subida do esquecido imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas, que prejudica os restaurantes, aos quais desceu o IVA, o défice sobe 191 milhões. E então? Eis que surgem inesperadamente uns "outros efeitos" que valem 800 milhões e "cenário macroeconómico", que acrescenta mais 900 milhões, e lá se consegue o valor desejado. Que são estes estranhos elementos? A lupa do detective descobre a nota do Quadro III.1.1. do relatório, explicando que o primeiro inclui "os dividendos do Banco de Portugal, a recuperação da garantia do BPP e poupanças em juros e em PPP", enquanto o segundo "incorpora os impactos da evolução macroeconómica na receita fiscal e contributiva e na despesa". São rubricas conjecturais, com o mesmo propósito das cativações. A política do governo, inspirada por promessas eleitorais a favor de grupos de interesse, prejudica a situação financeira nacional. Depois, um inesperado golpe de teatro consegue aquilo que a audiência julgava impossível. No final, esta estratégia de truques só pode falhar e arruinar o país, mas é sem dúvidas emocionante.

O aspecto mais misterioso do Orçamento é também a vantagem incomparável deste governo: não se ouvem protestos, não há manifestações nem críticas dos que tanto barafustavam contra a austeridade. Os serviços sofrem uma cativação de 1,5 mil milhões de euros e ficam calados; a receita total sobe mais do que o produto interno, mas o povo aceita; a economia está exangue, com crescimento anémico e quase sem investimento, e tudo continua calmo. Desapareceram os urros de indignação de anteriores orçamentos por coisas semelhantes a estas. A resposta para o enigmático silêncio não surpreende: os manifestantes participam da maioria. Para ter o PCP e o Bloco do seu lado não é preciso acabar com a austeridade; basta ter o PCP e o Bloco do seu lado. Afinal, comprar a paz social é fácil. Veremos por quanto tempo
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

vbm

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Re: Portugal falido
« Responder #13029 em: 2016-10-27 12:59:29 »
João César das Neves é um must na nossa literatura económica.
Sempre admirei as suas análises, mesmo que possa fazer outras leituras,
outras concessões! Ele e o saudoso Ernâni Lopes
ensinaram-nos que «Não há almoços grátis».

Belo, o «mistério« do orçamento! :))

pedras11

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Re: Portugal falido
« Responder #13030 em: 2016-10-27 13:30:17 »
Meus caros,

O problema não está em mim.
Eu defendo o livre mercado.

O problema está na esquerda e direita em Portugal pela sua incoerência nestas questões

Beruno

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Re: Portugal falido
« Responder #13031 em: 2016-10-27 13:41:27 »
o que mais me faz confusao nesta "geringonça de esquerda social" é o porquê de terminarem com a sobretaxa do irs dos mais ricos, e com a CES dos pensionistas mais ricos. e porquê a reposiçao total dos fartos ordenados da funçao publica, acima dos 1500 Euros ?? nao podiam todos continuar a contribuir "mais um pouqinho"?

está bem que existem muitas situaçoes diferentes. um casal de reformados do Banco de Portugal, que conheço, recebem uma bela reforma mas os dois filhos e uma nora estao desempregados ja ha muito tempo, e ainda teem empregada em casa. Ora mesmo que levem para casa 6000/mes, sustentar filhos, netos, empregada, nao é muito

eu proprio ja tive uma "devoluçao" de uns 15€ no meu ordenado, e quando a sobretaxa acabar vao-me devolver mais uns 15. mas para quê? eu sou poupado, tenho so uma filha, tenho a casa e carros pagos, bem podia "ceder" estes valores para alimentar este "estado social"


Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #13032 em: 2016-10-27 13:46:18 »
porque e propaganda a esquerda gostar estado social so para pobres

cada partido tem uma agenda para agradar a certos eleitores igualmente ricos


eles e mais tirar uns para dar outros   tanto faz tirar rico para dar outro rico ...... no final dao esmola ao pobre
« Última modificação: 2016-10-27 13:50:44 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #13033 em: 2016-10-27 13:52:11 »
o que mais me faz confusao nesta "geringonça de esquerda social" é o porquê de terminarem com a sobretaxa do irs dos mais ricos, e com a CES dos pensionistas mais ricos. e porquê a reposiçao total dos fartos ordenados da funçao publica, acima dos 1500 Euros ?? nao podiam todos continuar a contribuir "mais um pouqinho"?

está bem que existem muitas situaçoes diferentes. um casal de reformados do Banco de Portugal, que conheço, recebem uma bela reforma mas os dois filhos e uma nora estao desempregados ja ha muito tempo, e ainda teem empregada em casa. Ora mesmo que levem para casa 6000/mes, sustentar filhos, netos, empregada, nao é muito

eu proprio ja tive uma "devoluçao" de uns 15€ no meu ordenado, e quando a sobretaxa acabar vao-me devolver mais uns 15. mas para quê? eu sou poupado, tenho so uma filha, tenho a casa e carros pagos, bem podia "ceder" estes valores para alimentar este "estado social"
É um argumento que se houve muito: "eu tenho de ter uma pensão alta e não posso ter cortes porque estou a ajudar um filho desempregado". Que caneco. É bem melhor ter pensões mais baixas, o que significa menos impostos e mais actividade económica a criar postos de trabalho.
Certamente que os filhos dos reformados preferem um emprego do que uma esmola a partir das pensões dos pais.

tommy

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Re: Portugal falido
« Responder #13034 em: 2016-10-27 13:52:53 »
o que mais me faz confusao nesta "geringonça de esquerda social" é o porquê de terminarem com a sobretaxa do irs dos mais ricos, e com a CES dos pensionistas mais ricos. e porquê a reposiçao total dos fartos ordenados da funçao publica, acima dos 1500 Euros ?? nao podiam todos continuar a contribuir "mais um pouqinho"?

está bem que existem muitas situaçoes diferentes. um casal de reformados do Banco de Portugal, que conheço, recebem uma bela reforma mas os dois filhos e uma nora estao desempregados ja ha muito tempo, e ainda teem empregada em casa. Ora mesmo que levem para casa 6000/mes, sustentar filhos, netos, empregada, nao é muito

eu proprio ja tive uma "devoluçao" de uns 15€ no meu ordenado, e quando a sobretaxa acabar vao-me devolver mais uns 15. mas para quê? eu sou poupado, tenho so uma filha, tenho a casa e carros pagos, bem podia "ceder" estes valores para alimentar este "estado social"

e o irónico, é que eles estão desempregados, porque os impostos e o estado são tão grandes que impossibilita grande contratação / início de novas empresas. ou seja estão desempregados entre outras coisas para o estado ter dinheiro para financiar essas reformas.

pedras11

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Re: Portugal falido
« Responder #13035 em: 2016-10-27 14:07:02 »
o que mais me faz confusao nesta "geringonça de esquerda social" é o porquê de terminarem com a sobretaxa do irs dos mais ricos, e com a CES dos pensionistas mais ricos. e porquê a reposiçao total dos fartos ordenados da funçao publica, acima dos 1500 Euros ?? nao podiam todos continuar a contribuir "mais um pouqinho"?

está bem que existem muitas situaçoes diferentes. um casal de reformados do Banco de Portugal, que conheço, recebem uma bela reforma mas os dois filhos e uma nora estao desempregados ja ha muito tempo, e ainda teem empregada em casa. Ora mesmo que levem para casa 6000/mes, sustentar filhos, netos, empregada, nao é muito

eu proprio ja tive uma "devoluçao" de uns 15€ no meu ordenado, e quando a sobretaxa acabar vao-me devolver mais uns 15. mas para quê? eu sou poupado, tenho so uma filha, tenho a casa e carros pagos, bem podia "ceder" estes valores para alimentar este "estado social"
É um argumento que se houve muito: "eu tenho de ter uma pensão alta e não posso ter cortes porque estou a ajudar um filho desempregado". Que caneco. É bem melhor ter pensões mais baixas, o que significa menos impostos e mais actividade económica a criar postos de trabalho.
Certamente que os filhos dos reformados preferem um emprego do que uma esmola a partir das pensões dos pais.

Pois é...

Mas país e avós preferem ter dinheiro ao dispor do que filhos e netos empregados...

Conflito de gerações em que os novos nem dão conta dos bonecos que são

Zakk

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Re: Portugal falido
« Responder #13036 em: 2016-10-27 14:28:36 »
o que mais me faz confusao nesta "geringonça de esquerda social" é o porquê de terminarem com a sobretaxa do irs dos mais ricos, e com a CES dos pensionistas mais ricos. e porquê a reposiçao total dos fartos ordenados da funçao publica, acima dos 1500 Euros ?? nao podiam todos continuar a contribuir "mais um pouqinho"?

está bem que existem muitas situaçoes diferentes. um casal de reformados do Banco de Portugal, que conheço, recebem uma bela reforma mas os dois filhos e uma nora estao desempregados ja ha muito tempo, e ainda teem empregada em casa. Ora mesmo que levem para casa 6000/mes, sustentar filhos, netos, empregada, nao é muito

eu proprio ja tive uma "devoluçao" de uns 15€ no meu ordenado, e quando a sobretaxa acabar vao-me devolver mais uns 15. mas para quê? eu sou poupado, tenho so uma filha, tenho a casa e carros pagos, bem podia "ceder" estes valores para alimentar este "estado social"
É um argumento que se houve muito: "eu tenho de ter uma pensão alta e não posso ter cortes porque estou a ajudar um filho desempregado". Que caneco. É bem melhor ter pensões mais baixas, o que significa menos impostos e mais actividade económica a criar postos de trabalho.
Certamente que os filhos dos reformados preferem um emprego do que uma esmola a partir das pensões dos pais.

Pois é...

Mas país e avós preferem ter dinheiro ao dispor do que filhos e netos empregados...

Conflito de gerações em que os novos nem dão conta dos bonecos que são

É uma politica que acaba com o abandono dos velhos.
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tommy

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Re: Portugal falido
« Responder #13037 em: 2016-10-27 14:47:07 »
a única coisa que tem feito a política é esmagar os jovens.

o resto até agora pouco ou nada sofreu.

D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #13038 em: 2016-10-27 21:51:25 »
o que mais me faz confusao nesta "geringonça de esquerda social" é o porquê de terminarem com a sobretaxa do irs dos mais ricos, e com a CES dos pensionistas mais ricos. e porquê a reposiçao total dos fartos ordenados da funçao publica, acima dos 1500 Euros ?? nao podiam todos continuar a contribuir "mais um pouqinho"?

está bem que existem muitas situaçoes diferentes. um casal de reformados do Banco de Portugal, que conheço, recebem uma bela reforma mas os dois filhos e uma nora estao desempregados ja ha muito tempo, e ainda teem empregada em casa. Ora mesmo que levem para casa 6000/mes, sustentar filhos, netos, empregada, nao é muito

eu proprio ja tive uma "devoluçao" de uns 15€ no meu ordenado, e quando a sobretaxa acabar vao-me devolver mais uns 15. mas para quê? eu sou poupado, tenho so uma filha, tenho a casa e carros pagos, bem podia "ceder" estes valores para alimentar este "estado social"
É um argumento que se houve muito: "eu tenho de ter uma pensão alta e não posso ter cortes porque estou a ajudar um filho desempregado". Que caneco. É bem melhor ter pensões mais baixas, o que significa menos impostos e mais actividade económica a criar postos de trabalho.
Certamente que os filhos dos reformados preferem um emprego do que uma esmola a partir das pensões dos pais.

É exactamente isso o que penso.
E evidentemente existem jovens com emprego e pais com boas reformas e por outro lado jovens desempregados com pais com pensões pequenas. É até o mais frequente.
« Última modificação: 2016-10-27 21:56:21 por D. Antunes »
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D. Antunes

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Re: Portugal falido
« Responder #13039 em: 2016-10-28 09:21:58 »
Vamos mais uma vez ao orçamento.
O Costa está a reduzir o défice público? Não é bem assim. Ele está a aumentar o défice da administração central! Quem está a poupar são as autarquisas, as administrações regionais e a segurança social.
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