Portugal falido

[Tridion]

Estarem a referir-se a Corroios como um local menor parece-me ofensivo para quem, como eu, tem familiares jovens a lá viver e que optaram por fazerem daquela bela localidade o seu projecto de vida.

Contudo, se alguém quiser ajudá-los a financiar uma renda em Campo de Ourique, ficaremos todos agradecidos porque vamos ficar mais perto uns dos outros e os fins de tarde deixarão de ser no Sapal de Corroios, a comer sandes de rissol, e passarão a ser no Jardim da Parada a comer o melhor bolo de chocolate do mundo.

[karnuss]

Zero, mas alguém aqui defendeu isso? Estás aqui para contribuir para a discussão, ou apenas para dizer imbecilidades?

[karnuss]

Não me oponho a um apoio fixo. Embora defenda que deva estar indexado ao custo médio de mercado de cada cidade, já que o preço da habitação em Lisboa é diferente do de um local como Serpa. P. Ex. para um T1 o apoio poderia ser 400€ em Lisboa, 350€ no Porto, 300€ na Amadora etc.

[Incognitus]

Eu acho que tal como tem que existir um respeito extraordinário por idosos, crianças e afins, tem que existir também um respeito extraordinário por quem tem que se levantar todos os dias para perder 12 horas do seu dia em transportes e trabalho e afins.

[Zakk]

O zero continua a ser um zero.
Eu defendo que o senhorio deve receber o valor de mercado.
O problema é que os inquilinos não podem pagar esse valor, como resolver o problema?

O inc, o auto e o zero conhecem o problema (este em concreto) como acham que se deve resolver?

[Pip-Boy]

Se os inquilinos nao podem pagar o valor de mercado num sitio, mudam-se para outro.
Se nao querem estar sujeitos a isso, compram em vez de alugar.

Para resolver o problema de quem nao tem condições para nenhum dos casos é que serve a politica de habitação social do estado.

[Zakk]

Se os inquilinos nao podem pagar o valor de mercado num sitio, mudam-se para outro.
Se nao querem estar sujeitos a isso, compram em vez de alugar.

Para resolver o problema de quem nao tem condições para nenhum dos casos é que serve a politica de habitação social do estado.

Defendes que o estado deve fazer casas para essa gente? Mesmo sabendo que este problema tem os dias contados, é tudo gente com mais de 65 anos. Depois a casa fica para quê ou para quem?

Achas preferível fazer um investimento forte, para poucos anos, do que subsidiar os inquilinos por alguns anos.

[pedferre]

O proposito deste assunto aqui vai uma coluna de opinião do Camilo Lourenço de hoje.

Conheça a "nova" Segurança Social
PS, PCP e Bloco querem alargar de cinco para dez anos o período de atualização de rendas de habitação (ante-1990) no caso de inquilinos com dificuldades financeiras. Ou seja, com rendimentos anuais inferiores a 37.100 euros.
260       10 Guardar Imprimir
Como a proposta provocou veementes protestos dos proprietários, o PS decidiu limitar danos criando um subsídio para os proprietários em dificuldades. Tal como nos inquilinos, são aqueles cujos rendimentos não ultrapassam 37.100 euros.
A decisão de aumentar o período de atualização de rendas é uma das mais graves reversões das reformas impostas ao país pela troika e que, estranhamente, estão a escapar ao radar da Comissão e das agências de "rating". Mas a este ponto voltaremos noutro artigo. Por hoje, fiquemos pela medida…
Pergunta: não era mais simples, e mais justo, o Governo deixar as rendas ajustarem ao valor de mercado e conceder um subsídio às famílias em dificuldades? Pelo menos resolvia-se o problema do mercado de arrendamento, com reflexos na recuperação do parque imobiliário. Limitar rendas para proteger famílias carenciadas, para a seguir criar subsídios para apoiar os proprietários das casas onde elas vivem, é uma das piores, e mais estúpidas, medidas já tomadas por um Governo. Além de distorcer o mercado, estimula o desenvolvimento de uma complicada burocracia no Estado. No fundo, é a justificação para a existência de uma Administração Pública que serve… a própria Administração Pública. Se tudo isto não fosse pago com impostos de toda a espécie, não fazia grande diferença. Mas é.

[Pip-Boy]

Se os inquilinos nao podem pagar o valor de mercado num sitio, mudam-se para outro.
Se nao querem estar sujeitos a isso, compram em vez de alugar.

Para resolver o problema de quem nao tem condições para nenhum dos casos é que serve a politica de habitação social do estado.

Defendes que o estado deve fazer casas para essa gente? Mesmo sabendo que este problema tem os dias contados, é tudo gente com mais de 65 anos. Depois a casa fica para quê ou para quem?

Achas preferível fazer um investimento forte, para poucos anos, do que subsidiar os inquilinos por alguns anos.

Defendo que deve fazer parte da politica social do estado ter uma quantidade de habitação disponível para quem nao tem condições de obter habitação a preços de mercado. Isto tanto serve para idosos, como para jovens, como para meia-idade. Suponho que essa necessidade existirá sempre, enquanto existir sem-abrigo, pobreza extrema, etc. Nao limito o problema aos mais de 65 anos.

Subsidiar inquilinos é criar incentivo a que as pessoas nao poupem, nao comprem casa, nao façam nada e que esperem apenas pela ajuda do estado.
Se crias esse incentivo como esperas ter o problema com os dias contados?

[karnuss]

O proposito deste assunto aqui vai uma coluna de opinião do Camilo Lourenço de hoje.

Conheça a "nova" Segurança Social
PS, PCP e Bloco querem alargar de cinco para dez anos o período de atualização de rendas de habitação (ante-1990) no caso de inquilinos com dificuldades financeiras. Ou seja, com rendimentos anuais inferiores a 37.100 euros.
260       10 Guardar Imprimir
Como a proposta provocou veementes protestos dos proprietários, o PS decidiu limitar danos criando um subsídio para os proprietários em dificuldades. Tal como nos inquilinos, são aqueles cujos rendimentos não ultrapassam 37.100 euros.
A decisão de aumentar o período de atualização de rendas é uma das mais graves reversões das reformas impostas ao país pela troika e que, estranhamente, estão a escapar ao radar da Comissão e das agências de "rating". Mas a este ponto voltaremos noutro artigo. Por hoje, fiquemos pela medida…
Pergunta: não era mais simples, e mais justo, o Governo deixar as rendas ajustarem ao valor de mercado e conceder um subsídio às famílias em dificuldades? Pelo menos resolvia-se o problema do mercado de arrendamento, com reflexos na recuperação do parque imobiliário. Limitar rendas para proteger famílias carenciadas, para a seguir criar subsídios para apoiar os proprietários das casas onde elas vivem, é uma das piores, e mais estúpidas, medidas já tomadas por um Governo. Além de distorcer o mercado, estimula o desenvolvimento de uma complicada burocracia no Estado. No fundo, é a justificação para a existência de uma Administração Pública que serve… a própria Administração Pública. Se tudo isto não fosse pago com impostos de toda a espécie, não fazia grande diferença. Mas é.

Opinião com a qual concordo plenamente.

[Zakk]

Se os inquilinos nao podem pagar o valor de mercado num sitio, mudam-se para outro.
Se nao querem estar sujeitos a isso, compram em vez de alugar.

Para resolver o problema de quem nao tem condições para nenhum dos casos é que serve a politica de habitação social do estado.

Defendes que o estado deve fazer casas para essa gente? Mesmo sabendo que este problema tem os dias contados, é tudo gente com mais de 65 anos. Depois a casa fica para quê ou para quem?

Achas preferível fazer um investimento forte, para poucos anos, do que subsidiar os inquilinos por alguns anos.

Defendo que deve fazer parte da politica social do estado ter uma quantidade de habitação disponível para quem nao tem condições de obter habitação a preços de mercado. Isto tanto serve para idosos, como para jovens, como para meia-idade. Suponho que essa necessidade existirá sempre, enquanto existir sem-abrigo, pobreza extrema, etc. Nao limito o problema aos mais de 65 anos.

Subsidiar inquilinos é criar incentivo a que as pessoas nao poupem, nao comprem casa, nao façam nada e que esperem apenas pela ajuda do estado.
Se crias esse incentivo como esperas ter o problema com os dias contados?

Não é para todos os que têm mais de 65 anos. As rendas no NRAU, não têm este problema e quer tenha 20 ou 80 anos se não pagar a renda são despejados.

O problema é que há uma lei anterior ao NRAU (1990) que não permitiu a actualização das rendas anteriores a essa data. O que fez com que esse problema de actualização de rendas  continuasse até aos dias de hoje.

Claro que esses contratos anteriores a 1990 vão acabar quando os inquilinos morrem, mas enquanto não morrem, os senhorios estão a fazer o papel que cabe ao estado.

Tamos a falar de uma situação pontual, que já não existe para novos contratos.
É tipo os novos funcionários públicos não descontarem para a CGA e os antigos descontarem.

[Moppie85]

Se os inquilinos nao podem pagar o valor de mercado num sitio, mudam-se para outro.
Se nao querem estar sujeitos a isso, compram em vez de alugar.

Para resolver o problema de quem nao tem condições para nenhum dos casos é que serve a politica de habitação social do estado.

Defendes que o estado deve fazer casas para essa gente? Mesmo sabendo que este problema tem os dias contados, é tudo gente com mais de 65 anos. Depois a casa fica para quê ou para quem?

Achas preferível fazer um investimento forte, para poucos anos, do que subsidiar os inquilinos por alguns anos.

Defendo que deve fazer parte da politica social do estado ter uma quantidade de habitação disponível para quem nao tem condições de obter habitação a preços de mercado. Isto tanto serve para idosos, como para jovens, como para meia-idade. Suponho que essa necessidade existirá sempre, enquanto existir sem-abrigo, pobreza extrema, etc. Nao limito o problema aos mais de 65 anos.

Subsidiar inquilinos é criar incentivo a que as pessoas nao poupem, nao comprem casa, nao façam nada e que esperem apenas pela ajuda do estado.
Se crias esse incentivo como esperas ter o problema com os dias contados?

Não é para todos os que têm mais de 65 anos. As rendas no NRAU, não têm este problema e quer tenha 20 ou 80 anos se não pagar a renda são despejados.

O problema é que há uma lei anterior ao NRAU (1990) que não permitiu a actualização das rendas anteriores a essa data. O que fez com que esse problema de actualização de rendas  continuasse até aos dias de hoje.

Claro que esses contratos anteriores a 1990 vão acabar quando os inquilinos morrem, mas enquanto não morrem, os senhorios estão a fazer o papel que cabe ao estado.

Tamos a falar de uma situação pontual, que já não existe para novos contratos.
É tipo os novos funcionários públicos não descontarem para a CGA e os antigos descontarem.

Não, não é uma situação pontual.
Os meus familiares têm uma casa em sao domingos de benfica alugada a um homem com 69 anos de idade que já lá está há mais de 40 anos e q está a pagar 50€ por mês de renda.
40 anos mais os 10 ou 15 que ele durar não é uma situação pontual. Situação pontual é qd algo é "temporário" - chamar "pontual" ou "temporário" a um senhorio q não vê a renda aumentada decentemente a 50 ou 55 anos é um gozo.

[tommy]

Não, não é uma situação pontual.
Os meus familiares têm uma casa em sao domingos de benfica alugada a um homem com 69 anos de idade que já lá está há mais de 40 anos e q está a pagar 50€ por mês de renda.
40 anos mais os 10 ou 15 que ele durar não é uma situação pontual. Situação pontual é qd algo é "temporário" - chamar "pontual" ou "temporário" a um senhorio q não vê a renda aumentada decentemente a 50 ou 55 anos é um gozo.

ahah que estoiro no heras. hoje sai daqui com um andar novo. 

[karnuss]

Sim heras, tenho a impressão que há malta neste debate que fala como se TODOS os contratos de arrendamento tenham renda congelada, e não apenas uma pequena parte dos mesmos.

Relativamente às lojas históricas: são os municípios que definem quais são, logo deverá ficar a cargo destes o o pagamento da diferença entre a renda atual e a de mercado.

[Zakk]

Moppie85, quando disse pontual, quis dizer que mais ninguém, sem ser os que estão a beneficiar, pode beneficiar disso.

[karnuss]

Se os inquilinos nao podem pagar o valor de mercado num sitio, mudam-se para outro.
Se nao querem estar sujeitos a isso, compram em vez de alugar.

Para resolver o problema de quem nao tem condições para nenhum dos casos é que serve a politica de habitação social do estado.

Defendes que o estado deve fazer casas para essa gente? Mesmo sabendo que este problema tem os dias contados, é tudo gente com mais de 65 anos. Depois a casa fica para quê ou para quem?

Achas preferível fazer um investimento forte, para poucos anos, do que subsidiar os inquilinos por alguns anos.

Defendo que deve fazer parte da politica social do estado ter uma quantidade de habitação disponível para quem nao tem condições de obter habitação a preços de mercado. Isto tanto serve para idosos, como para jovens, como para meia-idade. Suponho que essa necessidade existirá sempre, enquanto existir sem-abrigo, pobreza extrema, etc. Nao limito o problema aos mais de 65 anos.

Subsidiar inquilinos é criar incentivo a que as pessoas nao poupem, nao comprem casa, nao façam nada e que esperem apenas pela ajuda do estado.
Se crias esse incentivo como esperas ter o problema com os dias contados?

Não é para todos os que têm mais de 65 anos. As rendas no NRAU, não têm este problema e quer tenha 20 ou 80 anos se não pagar a renda são despejados.

O problema é que há uma lei anterior ao NRAU (1990) que não permitiu a actualização das rendas anteriores a essa data. O que fez com que esse problema de actualização de rendas  continuasse até aos dias de hoje.

Claro que esses contratos anteriores a 1990 vão acabar quando os inquilinos morrem, mas enquanto não morrem, os senhorios estão a fazer o papel que cabe ao estado.

Tamos a falar de uma situação pontual, que já não existe para novos contratos.
É tipo os novos funcionários públicos não descontarem para a CGA e os antigos descontarem.

Não, não é uma situação pontual.
Os meus familiares têm uma casa em sao domingos de benfica alugada a um homem com 69 anos de idade que já lá está há mais de 40 anos e q está a pagar 50€ por mês de renda.
40 anos mais os 10 ou 15 que ele durar não é uma situação pontual. Situação pontual é qd algo é "temporário" - chamar "pontual" ou "temporário" a um senhorio q não vê a renda aumentada decentemente a 50 ou 55 anos é um gozo.

Se o inquilino continuar a pagar a renda de 50€, mas o Estado comparticipar com 300€ (p.ex.), a situação deixa de ser um problema para os teus familiares já que passam a receber uma renda "justa". É claro que esta solução não é perfeita e não é totalmente justa, já que não paga retroativamente. Mas aqui estamos a discutir soluções possíveis. Se o desejável não for realizável, nem vale a pena discutir.

[Zakk]

Sim heras, tenho a impressão que há malta neste debate que fala como se TODOS os contratos de arrendamento tenham renda congelada, e não apenas uma pequena parte dos mesmos.

Relativamente às lojas históricas: são os municípios que definem quais são, logo deverá ficar a cargo destes o o pagamento da diferença entre a renda atual e a de mercado.

A malta fala do que não sabe, mas pronto, eu explico.

Já o zero, continua a ser um zero

[Pip-Boy]

Sim heras, tenho a impressão que há malta neste debate que fala como se TODOS os contratos de arrendamento tenham renda congelada, e não apenas uma pequena parte dos mesmos.

Relativamente às lojas históricas: são os municípios que definem quais são, logo deverá ficar a cargo destes o o pagamento da diferença entre a renda atual e a de mercado.

A malta fala do que não sabe, mas pronto, eu explico.

Já o zero, continua a ser um zero

Da minha parte agradeço a explicação, no fundo é para isso que serve um forum, estando fora do país e nunca tendo ou tido casas alugadas nao estou certamente a par de todas as nuances legislativas.

Em todo o caso, para mim, na base continua o "problema" do estado interferir num contrato livre entre duas partes, senhorio e inquilino, via rendas congeladas. E continuar a insistir no erro da interferencia via subsidios. Sem a interferencia inicial nao existiria nenhum problema para corrigir.

[Zakk]

Sim heras, tenho a impressão que há malta neste debate que fala como se TODOS os contratos de arrendamento tenham renda congelada, e não apenas uma pequena parte dos mesmos.

Relativamente às lojas históricas: são os municípios que definem quais são, logo deverá ficar a cargo destes o o pagamento da diferença entre a renda atual e a de mercado.

A malta fala do que não sabe, mas pronto, eu explico.

Já o zero, continua a ser um zero

Da minha parte agradeço a explicação, no fundo é para isso que serve um forum, estando fora do país e nunca tendo ou tido casas alugadas nao estou certamente a par de todas as nuances legislativas.

Em todo o caso, para mim, na base continua o "problema" do estado interferir num contrato livre entre duas partes, senhorio e inquilino, via rendas congeladas. E continuar a insistir no erro da interferencia via subsidios. Sem a interferencia inicial nao existiria nenhum problema para corrigir.

Não tens nada que agradecer.
O problema é que houve interferência inicial, e agora como achas que se deve corrigir?

A resposta deve ser dada tendo em conta a existência do problema.

[karnuss]

Interferência essa que foi criada há cerca de 100 anos, e não apenas agora. E que nunca foi completamente resolvida por governo nenhum.