Vale a pena ouvir...Ernâni Lopes

[JoaoAP]

Enquanto fazem outra coisa, vale a pena ouvir ...

Algumas teses que ele defende e para as quais contribui...

Onde há economia... há jogo de poder ...
Em especial as camadas que ele refere no triângulo...
Pede... aos portugueses ... atenção à 4ª camada:

• Valores
• Atitudes
• Padrões de comportamento

Quer parecer que para muitos .portugueses.. estes aspectos não interessam...

Diz ele:
Aplicação prática... o que ensinamos aos filhos?? que o chico esperto é que interessa... dizemos aos filhos que quanto mais aldrabões... é melhor... faz-se é uma carreira de aldrabões.... ninguém nasce com eles... todos aprendemos ...temos de ensinar...

Faz-me lembrar o caro Menor_valia... q estamos a aldrabar a troika....
Trabalho sério....

No final deixa uma tabela interessante que reproduzo em anexo.

[secret]

Este programa foi na Sic Noticias com o prof Medina Carreira. O prof Ernâni Lopes foi duas semanas consecutivas ao programa e deu por lá uma grande aula. A sua morte calou uma voz que seria de grande utilidade para Portugal.

[Local]

Para aqueles que têm filhos... Quem de vocês ensinou-lhes a serem aldrabões, chicos espertos ou com mau carácter?

[secret]

Para aqueles que têm filhos... Quem de vocês ensinou-lhes a serem aldrabões, chicos espertos ou com mau carácter?

A questão pode colocar-se em ensinar a não ser. O que se passou nos últimos anos em Portugal não é um grande exemplo.

[Incognitus]

É o próprio sistema que ensina as pessoas a portarem-se de dada forma, com os incentivos nele presentes. Se crias um sistema em que o melhor caminho (o caminho mais fácil) para uma vida acima da média passa por determinado comportamento, esse comportamento irá ver um aumento exponencial de quem o adopta.
 
O sistema para funcionar bem para a sociedade em geral, tem que lhe apresentar poucos caminhos de sucesso que não passem por satisfazer os outros, por produzir bens e serviços para os outros.
 
No Ocidente têm sido criados muitos caminhos alternativos a esse (subsídios, trabalhos no Estado remunerados muito acima da média, possibilidades de corrupção com o Estado altamente vantajosas, muitos cargos bem remunerados de nomeação política para distribuir, etc).

[valves1]

 

próprio sistema que ensina as pessoas a portarem-se de dada forma, com os incentivos nele presentes. Se crias um sistema em que o melhor caminho (o caminho mais fácil) para uma vida acima da média passa por determinado comportamento, esse comportamento irá ver um aumento exponencial de quem o adopta.

A questão é ainda mais grave :

  nem sequer existem já  grandes  de incentivos/ esperança  provenientes  no mercado de trabalho para por exemplo  cursos nas áreas de educação;artes; direito    e as pessoas continuam a apostar predominantemente  nesses cursos.
  Na  hora da escolha as pessoas centram-se em si mesmas e não no mundo que as rodeia, o passo seguinte é uns anos mais para frente virem  para a Rua  com os respectivos  paizinhos   queixarem-se que não têm emprego e que têm que emigrar.

[vbm]

A questão é ainda mais grave :

  nem sequer existem já  grandes  de incentivos/ esperança  provenientes  no mercado de trabalho para por exemplo  cursos nas áreas de educação;artes; direito    e as pessoas continuam a apostar predominantemente  nesses cursos.
  Na  hora da escolha as pessoas centram-se em si mesmas e não no mundo que as rodeia, o passo seguinte é uns anos mais para frente virem  para a Rua  com os respectivos  paizinhos   queixarem-se que não têm emprego e que têm que emigrar.

Penso que a irrelevância dos quadros dirigentes no nosso país é ainda mais grave do que a tendência a ficarem desempregados! Mesmo empregados, os quadros são utilizados pelos empregadores como meras "peças de mobiliário" a exibir em reuniões com clientes, bancos ou fornecedores, decisores de quem depende o patrão que os emprega e os exibe em tais interlocuções. A importância intrínseca do quadro recrutado para o patrão é nula e perfeitamente substituível por qualquer sucedâneo apresentável a terceiros! De modo que, ou um quadro tem imensa competência, aptidão, personalidade ou remete-se mesmo para a posição em que é usado como 'peça de mobiliário'! Os patrões põem e dispõem sem ouvirem para nada os quadros que empregam, e dos quais, aliás,, nada esperam. Há toda uma aparência de as coisas não serem assim, mas são, realmente.

[Incognitus]

A questão é ainda mais grave :

  nem sequer existem já  grandes  de incentivos/ esperança  provenientes  no mercado de trabalho para por exemplo  cursos nas áreas de educação;artes; direito    e as pessoas continuam a apostar predominantemente  nesses cursos.
  Na  hora da escolha as pessoas centram-se em si mesmas e não no mundo que as rodeia, o passo seguinte é uns anos mais para frente virem  para a Rua  com os respectivos  paizinhos   queixarem-se que não têm emprego e que têm que emigrar.

Penso que a irrelevância dos quadros dirigentes no nosso país é ainda mais grave do que a tendência a ficarem desempregados! Mesmo empregados, os quadros são utilizados pelos empregadores como meras "peças de mobiliário" a exibir em reuniões com clientes, bancos ou fornecedores, decisores de quem depende o patrão que os emprega e os exibe em tais interlocuções. A importância intrínseca do quadro recrutado para o patrão é nula e perfeitamente substituível por qualquer sucedâneo apresentável a terceiros! De modo que, ou um quadro tem imensa competência, aptidão, personalidade ou remete-se mesmo para a posição em que é usado como 'peça de mobiliário'! Os patrões põem e dispõem sem ouvirem para nada os quadros que empregam, e dos quais, aliás,, nada esperam. Há toda uma aparência de as coisas não serem assim, mas são, realmente.

Mais uma opinião para a qual não tens factos que a corroborem ... nota que determinado tipo de opiniões é fácil de ter e muita a gente as partilha, mas não deixam de ser opiniões completamente desinformadas.

Para um país com o nível de desenvolvimento de Portugal, não tens ideia nenhuma - nem tens como a ter - se o que acabas de dizer é mais ou menos verdade do que noutro lugar qualquer.

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O difícil mesmo nas opiniões, é tentar ter apenas opiniões quando temos alguns factos para as sustentar, e dizer "não sei" nos casos restantes (ou pelo menos colocar a hipótese de existirem várias realidades possíveis, tendo em conta a falta de dados).

[vbm]

É verdade! Opiniões sustentadas em razões, e comprovadas, ainda que porventura fortuitamente, por factos notórios são altamente estimáveis e orientam a acção.

No entanto, nada impede a mente de especular sobre estados possíveis,
eventualmente verificáveis se à partida conformes a pontos de partida aceites.

Ora o nosso ensino é livresco e degradou-se em qualidade nos últimos anos,
pelo menos para o grande numero de licenciados, aliás saídos de cursos
generalizadamente pouco exigentes cientificamente - sociologia,
gestão, relações internacionais (lol), etc.

Por outro lado, os empresários pouco mais cursaram que a instrução
primária, eventualmente o 1ºciclo incompleto dos antigos liceus.

Logo, incapazes de dialogar com um mínimo de impacto
em qualquer reunião mais importante com bancos,
clientes ou novo sócio!

Daí a necessidade da 'peça de mobiliário' do licenciado
para o  acompanhar a esse tipo  de reuniões
sem outra serventia que essa mesma
presença, nada mais  dele
se esperando.


Pode ser que tenhas razão.
Talvez este 'filme' seja um exagero.

Mas a mim, parece-me verosímil.
E até me sinto confirmado por casos
como o do Henrique Granadeiro, o Zeinal Bava,
o António Mexia mais o Ricciardi, agora às ordens
                                               de patrões chineses.

[Incognitus]

Infelizmente, mesmo sendo liberal em algumas coisas, pareces partilhar de quase todos os pontos de vista que tornam Portugal um país desnecessariamente atrasado, vbm. Pareces a TSF ...

[vbm]

Não será o liberalismo grávido de efeitos nocentes?
David Ricardo não se regozijava com o que antevia no devir do sistema.
Por razões actuantes, o nome da disciplina evoluiu para o de economia política.

[Incognitus]

Não será o liberalismo grávido de efeitos nocentes?
David Ricardo não se regozijava com o que antevia no devir do sistema.
Por razões actuantes, o nome da disciplina evoluiu para o de economia política.

O liberalismo tem uma coisa interessante: quem ache que ele tem efeitos nocivos pode auto-organizar-se num sistema mais rígido que não os tenha, tendo como única limitação o facto de só ter nesse sistema pessoas que com ele concordam.

Isso basicamente elimina todas as críticas que lhe possam ser feitas. Estas passam apenas a ser desculpas para impor algo aos outros.

[vbm]

O liberalismo não só pressupõe estados independentes
como requer estadistas que os governem.

E governar não é ser governado,
embora seja obedecer a leis
e submeter-se a eleições
periódicas.