É realmente melhor que qq DP que se pratica agora, mas o problema é sempre o mesmo, durante os próximos 5 anos imagino que deverá haver um haircut/default na dívida do estado Português.
Se assim for os detentores particulares da dívida devem levar com esse haircut.
Os detentores particulares (pequenos investidores) de dívida sim, se adquirirem OTs no mercado secundário, actualmente recebem yields acima de 6%, estão a especular, por isso é justo que levem por tabela em caso de haircut.
Agora os certificados de aforro são um produto de POUPANÇA, não especulativo, tem taxa de juro e montante de investimento condicionado por isso a probabilidade de entrar num haircut é 10 sigma, quase nula. Aliás, nestes novos certificados que foram anunciados ontem até me parece que está previsto fazer expressamente a menção de PRODUTO DE CAPITAL GARANTIDO, para acabar de uma vez com as suspeições.
Há ainda por aí uns alarmistas a dizer para olhar para o exemplo grego, onde os pequenos investidores não foram poupados. Se eram pequenos investidores em dívida grega comprada no mercado e classificada como "lixo" foi justo. Desconheço que na Grécia tenha havido incumprimentos em produtos equivalentes aos certificados de aforro portugueses. Se alguém tiver conhecimento do contrário, faça o favor de me corrigir.