Há dois desenvolvimentos nesta frente.
Em Estocolmo parece que já há 25% da população com anticorpos.
E há novos modelos a prever que, mesmo com 15-20% de pessoas com eles, isso pode ser suficiente para a herd immunity. É muito menos do que os 50-70% que se dizia antes.
Uma equipa que chegou a esta conclusão é a da Dra Gabriela Gomes. No modelo dela tiveram em conta a heterogeneidade da susceptibilidade.
Isto faz sentido. Se a população tiver níveis muito variáveis de susceptibilidade ao vírus (ou por diferenças genéticas, ou por comportamentos, ou seja lá pelo que for), é lógico que os primeiros a apanhar o vírus e a ganhar anti-corpos não serão uma amostra representativa, em vez disso serão uma amostra de gente mais susceptível. Logo, se 25% tem anti-corpos, esses têm muita gente muito susceptível, e logo os restantes 75% são pouco susceptíveis.
Outra coisa que ela diz é que se houver segunda vaga será mais pequena que a primeira. Isto é diametralmente oposto ao modelo do Pedro Simas que prevê uma segunda vaga gigante.