Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Crise da Eurozona vai voltar  (Lida 5987 vezes)

Zel

  • Visitante
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #20 em: 2018-03-11 01:47:26 »
esse e o krugman sao fraudes

meopeace

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 745
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #21 em: 2018-03-11 05:52:45 »
Trump vs Friedman - Trade Policy Debate

! No longer available

meopeace

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 745
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #22 em: 2018-03-11 08:40:07 »
Opinion: Here’s what happened the last time the U.S. imposed tariffs on steel
https://www.marketwatch.com/story/heres-what-happened-the-last-time-the-us-imposed-tariffs-on-steel-2018-03-08

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #23 em: 2018-03-11 20:13:31 »
Mas com a angústia e a impotência do BCE podemos nós todos bem...

  :P

:-(

Estava brincando, claro. Mas admito que haja coisas que nem a brincar.
Esta pode ser uma delas!

  ;)

Eu percebi que era ironia. Uma ironia bem amarga para quem já sofreu uma vez e não tarda vai repetir a dose.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #24 em: 2018-03-11 20:17:35 »
A China e a Rússia, acredito, possam estar mais felizes do que menos felizes com Donald Trump no poder.
Senão vejamos:


1) Em perspectiva, possível solução das tensões politico/militares na península coreana. Agrado da China e da Rússia.

2) Possível guerra comercial principalmente entre os EUA e a UE. A China parece muito menos atingida. Agrado da China e da Rússia.

3) Criticas e clima de hostilidade de Donald Trump (EUA) à Europa da NATO: que paga pouco e vive às custas da protecção dos EUA (segundo Donald Trump). Agrado da China e da Rússia que desejariam que a NATO não existisse.

4) Criticas e clima de hostilidade de Donald Trump (EUA) à Europa das principais potências (Alemanha, França, talvez mais outros...) que andam à décadas (sim, à décadas, segundo Donald Trump) a enganar os EUA com comércio injusto. Agrado da China e da Rússia que vêem sinais de que as boas relações entre os EUA e a UE já não são o que eram.

5) Donald Trump concorda com o divisionismo da UE: louvou o Brexit e até entende que mais países deviam seguir o exemplo do UK. Agrado da China e da Rússia que preferiam ver uma Europa fragmentada, ao sabor 'cada um por si'.

6) Donald Trump concorda com 'governantes vitalícios' que é o que parece que iremos ter na China e parece que já o temos na Rússia. Claramente do agrado da China e da Rússia.


A cereja em cima do bolo seria mesmo:

A) A NATO acabar.
B) A UE extinguir-se.
C) Donald Trump ser um governante vitalício alinhado com a China e a Rússia.


O ponto 4 é interessante do ponto de vista jornalístico, porque:

Se Donald Trump declara que - a UE anda à décadas a enganar os EUA com comércio injusto - e por isso têm superavit na balança comercial então os EUA pela mesma lógica - andam à décadas a enganar a Austrália com comércio injusto - porque têm igualmente superavit na balança comercial.

   :)

Acho que é muito assim. A China então por enquanto tem gerido muito bem a situação.
No caso da Rússia, o ponto 3 é mais duvidoso. Existe sempre a hipótese de a Europa começar sempre a gastar mais em defesa mantendo-se a coesão da NATA e isso não lhe interessará.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13531
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #25 em: 2018-03-11 20:41:32 »
a europa ja gasta tanto como russia e china   agora

quando aumentar para 2% passa ser 2 maior  gasto do mundo  as portas da russia!

e os americanos do outro lado   sao  1 gastador mundial


da para fazer cerco a russia!



« Última modificação: 2018-03-11 23:13:42 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Raposo Tavares

  • Sr. Member
  • ****
  • Mensagens: 320
    • Ver Perfil
    • Raposo Tavares
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #26 em: 2018-03-14 00:15:49 »
Publiquei isto lá pela casa há uns momentos atrás:

No passado dia 5 apareceu no Cinco Dias um artigo tão oportuno quanto interessante sobre os riscos que a indústria automóvel da Europa corre face à ameaça de guerra de taxas que o Presidente Trump veio bramir perante os incrédulos actores económicos mundiais.

Ainda há poucos dias a Chanceler alemã argumentava que a maior parte dos carros alemães vendidos nos 'States' eram aí fabricados. Não será esta afirmação uma 'mentira de truz', mas é certamente uma meia verdade. Na verdade só a China importa mais carros alemães do que os Estados Unidos.

É que é preciso ter presente que a produção automóvel não assenta só no fabrico de veículos acabados e prontos a fazerem-se à estrada. A indústria de peças é um dos pilares com mais peso na indústria automóvel e, nesta medida, a Alemanha é uma das maiores exportadoras deste sector à escala global e à escala europeia.

Nota importante: a América é a principal importadora de peças automóveis alemãs...

Dizia o referido artigo que «a ameaça de aumentar as tarifas de alumínio e do aço para o setor automóvel levantou ontem todos os alarmes entre os grandes fabricantes na Alemanha. <strong>As ações da Daimler e da BMW caíram acentuadamente</strong> [...]. Os EUA são o maior comprador mundial de carros desportivos e sedans feitos pela Daimler e BMW, como a Mercedes S-Class ou o BMW 7, dois dos modelos mais vendidos nos EUA.»

Ainda no mesmo artigo, a propósito do facto de se produzirem nos Estados Unidos da  América Mercedes e BMWs, era referido que a América, «[...] também é uma grande fábrica de veículos (especialmente os maiores, como <strong>o Mercedes GLE ou o BMW X5</strong> ) para posterior venda na Ásia. Os EUA são o segundo destino das exportações de veículos da Alemanha, apenas atrás da China, enquanto é o maior comprador de peças.»

Desta forma, a Alemanha para pugnar pela contenção na guerra comercial em perspetiva, punha em evidência o facto de a América produzir carros alemães e ignorava que a América importava em quantidades massivas peças para os carros já em circulação. Compreensível? Claro que é compreensível...


Se olharmos para os 18 componentes do Stoxx Europe 600 Automobiles & Parts<span class="large-12 left">  como ele era descrito ainda no dia de hoje, podemos aperceber-nos de duas situações. A primeira situação assinalável é que só as empresas alemãs exportam para os 'States' em quantidades importantes e a segunda é que é significativa a importância das empresas de peças neste sector. </span>


 (No gráfico abaixo são visíveis as duas quebras  que espelham os calafrios sentidos pelo sector automóvel europeu na última semana: a quebra de hoje e a quebra ocorrida no dia cinco.)



Não foi portanto de admirar a reação da diplomacia alemã aos acontecimento políticos escutados a partir do outro lado do Atlântico. E, tristemente, também não foi surpreendente o acordar tardio da França. Mais uma vez a Europa, no seu todo, é um elemento neutro na política internacional.

Todos os estados europeus fazem contas... Depois do despertar da França, eis a Espanha que desperta para a necessidade de contra-atacar as ameaças americanas. Obviamente, fica no ar a ideia de que é a Alemanha quem arrasta toda a Europa atrás de si no combate às ameaças de Trump. Seja verdade, ou não, o que é verdade é que se aceita o dito de que 'em política, o que parece é'. E parece que a Europa não está a agir a uma só voz.

De facto, as razões para que os interesses alemães não coincidam com os interesses europeus têm uma óbvia razão de ser se olharmos para o gráfico abaixo:



Como se constata os alemães e os japoneses têm melhores razões para se afligirem com as tarifas no sector automóvel do que muitos outros países europeus... Assim se pode explicar que as grandes empresas alemãs obtivessem prontamente o apoio do executivo alemão, isto, enquanto o porta voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas falava numa reação<strong> ''</strong>decisiva, mas proporcional e estritamente compatível com a Organização Mundial do Comércio. Isto é sobre a Europa fazendo o que tem a fazer para defender seus interesses. Não se trata de nenhuma batalha. A UE é um projeto de paz ". Com efeito, dia 5 até hoje muita coisa parece ter mudado...

Ora, os mercados é que são previdentes e os gráficos é que não se enganam... Duvida do que eu digo, o amigo leitor?



 

Como se vê são as empresas alemãs que estão a arrastar o índice do sector automóvel europeu para baixo e é a Alemanha que poderá provocar a queda de grande parte da indústria automóvel da Europa ou, e pior ainda, afundar numa crise sem fim à vista a indústria da Europa.

Isto porque se a ameaça americana de fazer subir as tarifas aduaneiras se concretizar finalmente, a UE planeia aplicar uma tarifa de 25% para uma lista de produtos siderúrgicos e agrícolas americanos. Os responsáveis europeus pretendem assim "reequilibrar" a situação criando um nível de dano"equivalente" na economia  americana àquele  que as taxas americanas tiverem causado  na indústria europeia.

Cinicamente, fala-se em ativar "salvaguardas" para preservar a estabilidade no mercado europeu se as importações aumentarem.

Vamos ver como pararão as modas...
« Última modificação: 2018-03-14 00:18:06 por Raposo Tavares »
'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche

"O ar quando não é poluído, é condicionado."
in: Jô Soares (conhecido humorista brasileiro)

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #27 em: 2018-03-15 00:39:23 »
Europe's crisis deepens as intellectual opinion turns, and Italy is where it all ends

Ambrose Evans-Pritchard, 14-3-2018

Europe’s political uprising is shifting to a second front. Once-silent intellectuals are starting to challenge the core assumption of EU ideology, indicting the project for moral vandalism and a reckless attack on the democratic nation state.

It is almost as if a counter "doxa" is emerging in the cultural capitals of the Continent. Theorists and professors are proclaiming the virtues of the nation – the precious liberal nation, inspired by the universal and redemptive values of the French and American revolutions – in a way we have hardly heard in recent times.

They defend it as the only real vehicle of democracy known to man. At its best, it has been an agent of moral progress, an upholder of social solidarity and the rule of law, and a supple manager of ethnic and religious difference. It has been a bulwark against the unforgiving clash of communitarian identities, and should not be discarded lightly.
 
In the past it has been all too easy for the EU power structure to ridicule eurosceptic dissent as nostalgia, or to blacken it as populist tribalism with ugly undertones – whether the Front National in France, or Geert Wilders’ Freedom Party in the Netherlands. British protest could be quarantined as an Anglo-Saxon peculiarity.

These anti-EU movements have tapped into deep cultural feelings but there has been no unifying ideology, no "respectable" doctrine able to draw in moderate opinion. Europe’s intellectual ground has been dominated by a generation of thinkers who dismiss the nation as an tainted relic with no future in a globalised world.

Suddenly it now feels like a European Spring. The latest book making waves in France is “La Nation contre le Nationalisme” by Gil Delannoi, a professor at the elite Science Po institute in Paris. His verdict is blistering. The EU is acquiring the form and character of an empire, albeit a soft variant akin to the Heiliges Römisches Reich.

But there is an implacable difficulty: no empire in history has ever been democratic. And the problem with soft empires is that they remain soft only until they meet resistance. At that point they must persist with a despotic logic – and we saw flashes of that in the eurozone crisis – or recoil and release their grip.

Prof Delannoi is not a eurosceptic pamphleteer. He writes forensically as a social scientist, though he mocks the deracinated “nationphobes”, with their “superficial exultation of abstract diversity” as they move from one planetary golden ghetto to another, conflating self-interest with morality.

Just weeks earlier, Belgian historian David Van Reybrouck issued a withering broadside on similar lines, comparing EU’s high-handed treatment of member states to the “colonial administrations” of the Belgian, Dutch, British, or French overseas empires in the inter-war era. These regimes had their show-piece "councils of the people" but real power resided in a remote imperial executive, while repressed anger seethed below.

There is an implacable difficulty: no empire in history has ever been democratic
We are perhaps reaching a moment in European affairs where EU evangelists may have to start to defending their moral claims. Mere assertion is no longer enough. This shift in intellectual opinion matters, and it is coming at a time when the existential crisis of the Project is already quickening and spreading.

Alternative fur Deutschland is now the official opposition in the German Bundestag, with all the prerogatives that this entails. It chairs the budget committee. Sovereignty parties are likely to dwarf the establishment Left in the European Parliament in the next election. Once-great socialist movements are crumbling in all the major states of the eurozone, either because they became enforcers of the EU’s Right-wing creditor austerity policies, or because they could no longer hear the higher octaves of national sentiment.

The drive for ever closer union already seems an anachronism, yet monetary union cannot function without such union.

It is in Italy where this confused imperial misadventure must finally end.  Let us for a moment ignore the extraordinary fact that the leader of the biggest coalition bloc in Rome is openly calling the euro a disaster and openly vowing to launch a parallel currency to subvert the European Central Bank.

What remains unavoidable is that Matteo Salvini’s Lega and the neo-anarchist Five Star Movement now dominate Italy’s parliament, and both propose a fiscal blitz in flagrant violation of the EU budget rules and the Fiscal Compact. Five Star may now be courting Brussels but it cannot easily renege of pledges for a universal basic income costing up to 2pc of GDP annually, or disavow its campaign pledge to overthrow labour and pension reforms imposed by Berlin.

A recalcitrant Italian government of whatever stripe is the death knell for Emmanuel Macron’s grand plan to buttress monetary union with an EU budget, an EU finance minister, a European Monetary Fund, and joint bank deposit insurance. Germany is even less likely to underwrite fiscal union – beyond window dressing – if Italy refuses to bring its debt trajectory under control.

The Dutch-led "Hanseatic League” of eight northern and Baltic states has in any case issued its own protest against Mr Macron’s attempt to impose his EU religion on everybody else, insisting that all countries should first put their own fiscal house in order and abide by existing treaty law. Each state must build its own “fiscal buffer” before the cycle turns.

It is as if Europe is back to square one. The euro remains an orphan currency. There is still no fiscal machinery to combat the next crisis. Any rescue under the bail-out fund (ESM) is likely to require sovereign debt restructuring and de facto occupation by EU officials, which no Italian government could accept.

The ECB is nearing the technical and political limits of QE. It is therefore highly likely that Italy will relapse into an insolvency spiral once the next global recession hits. If so, Rome will not submit a second time to German austerity demands. It will take matters into its own hands.

Prof Delannoi notes acidly that it was German intellectuals from the Fifties onwards – Karl Jaspers and Jurgen Habermas – who led the intellectual onslaught against the nation state, successfully capturing Europe’s elite opinion. 

Yet when the Berlin Wall came down the country’s reunification was spontaneously justified on the grounds that Germans of East and West were a single nation artificially divided by occupation – “Wir Sind Ein Volk”. The mask fell.

Prof Delannoi accepts that it is theoretically possible for the EU to become a super-nation in the long run with the attributes of a state but why would you embark on such a risky political venture when a tried and tested model of liberal democratic government already exists. “Utopian or not, this goal is not desired by the crushing majority of Europe,” he said. Let me go further. It is completely deranged.


Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #28 em: 2018-03-15 00:42:21 »
Já agora, aqui fica uma resposta que eu próprio dei no DT ao Evans-Pritchard. Basicamente ele está a dizer que a Itália vai lançar uma moeda paralela, sem deixar o euro, mas que isso acabará por destruir o euro (previsão do E-P desde há 20 anos!).

AEP: If so, Rome will not submit a second time to German austerity demands. It will take matters into its own hands.

So your thesis is that they will launch a parallel currency to kill the euro from within.

You could add something about the morality of that. A parallel currency would mean many Italians, typically the unfavoured classes, the retired, the poor, being paid with such weak currency. Meanwhile, the upper classes would still have their belongings in strong euros (or in real estate, which would be safe as well). The new "parallel lira" would devalue with time. People payed in liras constantly losing with inflation (strong inflation expressed in lira, no inflation expressed in euros).

Retirement pensions being wiped out. Bank deposits in lira being slowly wiped out. Wages being suppressed by inflation. This would be THE SAME AUSTERITY with different techniques. And far more dishonest.

With the additional moral problem that the elites would still have their massive assets all in euros! The Italian people would march against Rome, not against Brussels!

If you doubt this, look to Brazil in the last 3-4 decades. The local currency constantly depreciating, sometimes a default, change of currency, bank accounts frozen. And the rich and powerful don't care, they own everything, and when they sell assets is to receive dollars. In the upper class, Brazil is a dollarized economy. The Cruzeiro/Real is for the small defenceless people.

Under your scenario for Italy, the rich Italian elites would continue as Euroized as the Brazilian ones are now Dollarized. The weak currency is for the stupid monkeys below.

Is this 3rd world scenario that you envisage for Italy. I hope Italians have the wisdom to reject that path.

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil

JoaoAP

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4778
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #30 em: 2018-05-19 01:07:39 »
Os problemas são vários na EU.
isto vai ser uma bola de neve até o euro estoirar.
O BCE vai arrebentar.
Não vai ser já, mas devagarinho para lá se caminha, infelizmente.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13838
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #31 em: 2018-05-19 06:25:23 »
E qual a nova moeda-refúgio?

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13531
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #32 em: 2018-05-19 11:10:09 »
Euro rebentar ganha o Reino unido  ficou sempre com pe fora
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #33 em: 2018-05-29 23:06:12 »
Hoje BCP -8%, Santander -6%. É a crise europeia de volta.

Apesar da frase "whatever it takes", desta vez tudo é pior. A Itália não é a Grécia, não há $$ para a salvar. A Alemanha tem menos vontade de bailouts. A Merkel tem o seu poder mais enfraquecido do que em 2011-2012. E as dívidas públicas dos países estão maiores.

Preparemo-nos para um "rough ride".

Compremos pipocas! 8)

JoaoAP

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4778
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #34 em: 2018-05-29 23:31:55 »
Hoje BCP -8%, Santander -6%. É a crise europeia de volta.

Apesar da frase "whatever it takes", desta vez tudo é pior. A Itália não é a Grécia, não há $$ para a salvar. A Alemanha tem menos vontade de bailouts. A Merkel tem o seu poder mais enfraquecido do que em 2011-2012. E as dívidas públicas dos países estão maiores.

Preparemo-nos para um "rough ride".

Compremos pipocas! 8)
Para quem está em PT, se ainda não está a poupar a sério tem rapidamente em pensar fazê-lo... e se possível em dólares e arranjar um espaço para cultivar algo.
Penso que a aposta em asset ligadas à agricultura pode ir fazendo pequenas entradas faseadas sempre que se romper alguma resistência (isto para quem tem um portefólio de alocação passiva) - parece-me.

Contudo, ainda há hipóteses quando o euro estiver cá para baixo, poder dar um salto de recuperação - mas é ínfima a probabilidade.

pedferre

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2599
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #35 em: 2018-05-30 10:09:57 »
Hoje BCP -8%, Santander -6%. É a crise europeia de volta.

Apesar da frase "whatever it takes", desta vez tudo é pior. A Itália não é a Grécia, não há $$ para a salvar. A Alemanha tem menos vontade de bailouts. A Merkel tem o seu poder mais enfraquecido do que em 2011-2012. E as dívidas públicas dos países estão maiores.

Preparemo-nos para um "rough ride".

Compremos pipocas! 8)
Para quem está em PT, se ainda não está a poupar a sério tem rapidamente em pensar fazê-lo... e se possível em dólares e arranjar um espaço para cultivar algo.
Penso que a aposta em asset ligadas à agricultura pode ir fazendo pequenas entradas faseadas sempre que se romper alguma resistência (isto para quem tem um portefólio de alocação passiva) - parece-me.

Contudo, ainda há hipóteses quando o euro estiver cá para baixo, poder dar um salto de recuperação - mas é ínfima a probabilidade.
A Grécia também ia sair da zona euro, estes politicos (italianos) populistas vão na onda do discurso anti-euro que dá votos, mas quando chegar a altura mesmo que formem governo não tem coragem de sair porque iam destruir a economia (que já não está grande coisa), e iam acabar linchados.

P.S: Já o Reino Unido também vai sair da UE, agora já se fala que só daqui a 5 anos, eu diria no dia de são nunca à tarde (nem o governo britanico acredita no plano pós-brexit), depois fazem um referendo sobre o acordo da treta que conseguiram com a UE e o povinho rejeita o brexit. :)
« Última modificação: 2018-05-30 10:12:56 por pedferre »

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13531
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #36 em: 2018-05-30 10:27:20 »
nos italianos e mais menos isso

porque os privados ate  nem se individam muito e facto da italia ja ter  entrado no euro com  divida puiblica enorme
« Última modificação: 2018-05-30 10:30:54 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

pedferre

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2599
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #37 em: 2018-05-30 10:32:16 »
O que irá fazer um novo governo em Italia não é sair do Euro, é por os migrantes a andar, e mandar a UE pastar quando começar a criticar a Itália por em vez de andar a recolher migrantes no mar, fazer como a Austrália e mete-los em botes ao largo da costa da Libia, para voltarem para onde vieram.
E que argumentos a UE terá para os criticar quando não quer receber nenhum dos migrantes que estão a lotar a Itália?

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13531
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #38 em: 2018-05-30 11:10:10 »
http://expresso.sapo.pt/economia/os-mais-endividados-na-uniao-europeia-irlanda-e-reino-unido=f701253#gs.ABejyOk

Finalmente, no campo do endividamento das famílias, a pior situação é, uma vez mais, a irlandesa, com 124% do PIB, logo seguida do Reino Unido, com 98%, e de Portugal, com 94%. As melhores situações são as de Itália (apenas 45% do PIB) e de França (48%), com uma riqueza líquida das famílias sólida a nível europeu.

eles tem vontade sair euro mas eram linchados mesmo  literalmente ...
« Última modificação: 2018-05-30 11:13:29 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Crise da Eurozona vai voltar
« Responder #39 em: 2018-06-05 02:37:56 »
Este comentário, de um tal Samuel Knopf (alemão) parece-me equilibrado e põe os pontos nos ii sobre estas questões.


There's too many people here who watched too many WW2 movies and therefore love nothing more than to blame Germany for all of Europe's ills, including Italy's.

Italy's problem is not Germany, not the Euro, not the EU. Italy's problem is Italy and Italy alone.

And the problems they need to fix are:

- Catastrophic labour market laws making it expensive and unattractive to hire anyone.

- Widespread tax evasion and authorities who don't do anything about it.

- The probably slowest judiciary of the OECD. When you want to sue for an outstanding payment in Italy you wait years. That leads to widespread cheating and lack of trust and deters investment. I mean who would want to invest in such a snake's pit where you can't rely on contracts being respected.

- Organised crime and corruption in the South and widespread abuse of public money.

- Lack of vocational training for the working classes.

Unless they fix these problems, they can do what they want, they will not prosper, no way. They can be inside the Euro, outside the Euro, go around the Euro in circles, eject themselves from the EU, heck they could even float Italy off into the South Pacific - it won't work! Basta!

Italy's old strategy of devaluing and being the cheap workshop of Europe doesn't work anymore because there's cheaper places in Eastern Europe and Asia. So exiting the Euro and having a weaker Lira again wouldn't help them because the times they could compete on cost are over. Rich countries like Italy don't compete on price, they compete on quality and knowledge. One can see this with Britain with its low Brexit pound that barely changed anything on the trade deficit. You can see that with Switzerland which goes from export surplus to exports surplus even though its currency is dramatically overvalued.

And spending themselves out of recession. They already used up the credit card for that in the past. And that doesn't work longterm. When you already have 130% of GDP in debt, then you shouldn't spend even more. Apart from the fact that the markets probably won't give you anymore money. Even if they got out of the Euro and rid of the budgetary restrictions imposed from it, what are they going to do? Keep taking up debt and spend it on goodies until they are bankrupt? To all Brexiteers and Eurosceptics, do you seriously think this will work? Just spend on a credit card and keep increasing the credit line?

And this talk of "Italian culture" is absolute nonsense. Of course Italy could fix itself if it wanted. That culture argument is simply an excuse. Singapore went from a corrupt muddy backwater to one of the richest and most advanced economies in the world in a few decades. The Scandis turned themselves from agrarian societies into high tech exporting nations. And as recently as the 90ies, Germany was the sick man of Europe. Thanks to its labour reforms under Gerhard Schroeder, it is the competitive industrial engine of Europe of today. Ireland fixed itself from the financial crisis back to a stellar performance. Culture is nothing, political will is everything.

The Italians can do it. The average Italian has more wealth than the average German. It's just matter of political will and competent politicians who don't find it more glamorous to get into a fight over the Euro than doing the hard work of putting their bloody house in order.

And all you Germany bashers better go back to your bomber Harris documentaries.