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Autor Tópico: A mão invisível dos arquitectos do euro  (Lida 33178 vezes)

hermes

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #60 em: 2014-08-31 12:07:35 »
Hermes,

Continuas a achar que o Euro não vai desaparecer?
Achas que vai no futuro ser ainda mais forte?

Continuo.

As dores do euro são inevitáveis [quem vai à guerra e dá e leva], ou melhor, as dores de alguns governos, são as dores da prestes [no sentido histórico] a tornar-se velha ordem do dólar e da alavancagem sobre ele fundada.
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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #61 em: 2014-08-31 12:48:16 »
O valor de uma moeda assenta no valor da capacidade produtiva do pais que a emite (habitualmente associada a estabilidade e força da legislação).

Actualmente, o país mais produtivo do mundo é os USA por isso o dólar é a moeda mais forte.

Por exemplo, a Suiça com o seu franco tb podia desempenhar esse papel, mas ao contrario dos USA não tem dimensão.

hermes

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #62 em: 2014-08-31 12:49:23 »
Câmbio livre... quer dizer que flutua? Segundo a quantidade relativa de euros e ouro... detido onde? Por quem? O BCE? E o Banco tem assim tanto ouro que se permita quantitative easing de euros? A Zona Euro é excedentária em exportações, e acumula divisas?

Como é isso do câmbio livre euro-ouro?


É o preço de mercado do ouro como actualmente, mas com a diferença que será sem alavancagem e por isso terá de ter uma maior profundidade compativél com o que agora é feito na LBMA:

Esta subida é um pouco estranha , geopolitica ?


Sim, o Ocidente valoriza e compra "ouro" enquanto que o Oriente e o Médio Oriente valoriza e compra ouro. O sistema funciona muito bem até que o ouro no Ocidente não consegue suportar o peso do "ouro", devido à hemorragia do ouro para onde é mais valorizado. Dito por outras palavras, o problema é que é necessário ouro para criar "ouro" e o motor do sistema financeiro ocidental pára quando se lhe acaba o combustível:

Citar
Although the physical market for gold and silver is distributed globally, most wholesale OTC trades are cleared through London. The average daily volume of gold and silver cleared at the London Bullion Market Association (LBMA) in November 2008 was 18.3 million ounces (worth $13.9 billion) and 107.6 million ounces (worth $1.1 billion) respectively. This means that an amount equal to the annual gold mine production was cleared at the LBMA every 4.4 days, and to the annual silver production every 6.2 days.[1] The Gold Anti-Trust Action Committee claims that clearing data substantially understates the true amount of gold traded, due to the netting of trades in the calculation of Clearing Statistics.[2] They claim the LBMA market is $5.4 trillion a year.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/London_bullion_market

Ou seja, tais volumes não são volumes de commodities mas sim de divisas.


Quando a confiança no sistema actual se sumir [e isso é inevitável, pois a Europa e a China deixaram de pagar a corveia ao tio Sam (comprar mais dívida pública)], terás a metamorfose do euro em 6 tempos:

  • A revalorização do ouro pelo trauma da implosão do dólar;
  • A espansão das reservas do BCE, em que a revalorização das reservas de ouro mais que preenche o vácuo deixado pelas reservas em dólares;
  • O BIS a chegar a barriga ao balcão a criar um mercado apenas físico do ouro, a fim de reestabelecer o mais rápido possível a confiança na nova ordem monetária;
  • O euro usado como a nova moeda transaccional, mas sem a corveia da necessidade de comprar dívida pública do novo suberano, pois toda a gente tem bem presente o descalabro do tio Sam e por isso os excedentes serão usados para vender euros e comprar ouro;
  • O euro a moeda transacional de referência, pois a reservas de ouro do Eurogrupo são as maiores do planeta e por isso o BCE/Eurogrupo é quem tem a capacidade de criar o mercado mais líquido e com maior profundidade;
  • Ao mesmo tempo, a zona euro é a maior economia do planeta e a única com a balança comercial equilibrada [poucas razões para diluir o euro] e com um mercado líquido ao lado, gerido pelo BIS a por os políticos na linha.

Então todo mundo verá como foi resolvido o dilema de Triffin:

Citação de:  Wim Duisenberg
The euro, probably more than any other currency, represents the mutual confidence at the heart of our community. It is the first currency that has not only severed its link to gold, but also its link to the nation-state. It is not backed by the durability of the metal or by the authority of the state. Indeed, what Sir Thomas More said of gold five hundred years ago – that it was made for men and that it had its value by them – applies very well to the euro.

Source: http://www.ecb.eu/press/key/date/2002/html/sp020509.en.html
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vbm

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #63 em: 2014-08-31 15:27:07 »
Obrigado, Hermes.

Tenho de ler e reflectir no que aqui dizes. Só li ainda a 1ª parte do discurso do Presidente do BCE de 2002. E logo vi uma coisa incompleta: as "quatro" funções da moeda:i. meio de troca; ii. unidade de conta; iii. reserva de valor; iv. preenchimento das funções i, ii, iii, na comunidade onde a moeda circula, i.e., confiança nessa moeda. Aqui a primeira 'incompletude': abstrai do modo como as outras comunidades que não utilizam essa moeda, se comportam, confiam aceitam ou não, essa moeda nas suas relações inter-nações, de modo a regularizar o respectivo intercâmbio de comércio e garantia de validade das relações de crédito. E, até onde li - sóa 1ªpágina, aos "costumes disse nada".

Mas eu ainda estou intrigado com o teu enunciado: «câmbio livre euro-ouro»! Queres tu dizer que o Banco emissor de euros age assim: - se o ouro valoriza, o banco expande os euros, porque o ouro  que tem vale comercialmente mais; se o ouro diminui de preço, o banco recolhe euros (pede emprestado) para que as suas notas continuem valiosas e com bom poder de compra. É isto? E funciona? Desiste de contraciclo?

Hermes, descreve lá a cadeia repercutiva dos comportamentos racionais dos agentes económicos para eu perceber como é isso do «câmbio livre euro-ouro» - que se realmente for algo intermédio entre o automatismo violente do padrão-ouro e a liberdade política de dirigismo económico, eu acharei uma maravilha. E eu preciso que me ensinei, não me mandes ir ler, para isso é que fóruns são bestiais!
« Última modificação: 2014-09-02 19:10:15 por vbm »

bezanas

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #64 em: 2014-08-31 15:51:10 »
very nice stuff! tnx hermes hi5!

vbm

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #65 em: 2014-08-31 16:17:32 »
E ainda, Hermes, um outro aspecto da questão: o Victor Constâncio.

Não gosto do Victor Constâncio.

Não o conheço pessoalmente,
mas tenho razões para não gostar.

Sei que foi ele o primeiro a obrigar o escudo e o juro a correlacionarem-se com os as taxas vigentes no exterior, adequando a inflação, o câmbio e o juro nominal aos valores do mercado financeiro lá fora.
Antes dele, não havia essa disciplina.

Já na nacionalização do BPN sem arruinar a SLN (Galilei) e não 'empandeirar a banqueta em dois tempos', foi um desastre.

Quanto ao euro, foi um 'anjinho'! Enganado, a todo o comprimento. Porém, não foi o único. Outros, o foram. Imaginou que o endividamento excessivo seria fundamentalmente um problema do Banco Central Emissor do euro, porquanto lhe cumpre gerir a moeda e mantê-la como unidade de valor estável. De modo que, não seria prioritariamente o país quem tinha de se preocupar excessivamente com a dívida excessiva.

Nisto, o governo alemão, embora tenha alguma razão, enganou o próprio Banco Central, ao proibir-lhe de ir 'apagar fogos', o que era a sua obrigação como "bombeiro e motorista". Só agora Draghi está a exigir fazer o que lhe compete como "motorista e bombeiro". E o governo da Alemanha está a preparar as coisas com seriedade para que os accionistas, os credores, os grandes depositantes e os estados sejam os primeiros a serem prudentes. No entanto, parece-me, o sistema do euro, globalmente, vai ter de assumir a dívida excessiva dos estados-membros, acima de 50 ou 60% do respectivo PIB. e que todos arquem com o  respectivo ónus ao pro-rata do PIB de cada um.

O Constâncio, embora enganado, como os outros, vai acabar por ter alguma razão. Até me parece que ele está lá no Banco para não fazer muito barulho e executar as medidas que irão ser aprovadas.

Bom.
Mas a mim o que me interessava, era que explicasses isso do câmbio flutuante euro-ouro.

hermes

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #66 em: 2014-08-31 16:51:47 »
vbm, o câmbio flutuante euro - ouro é a "mesma" coisa que o câmbio flutuante euro - dólar ou qq outra moeda - dólar, excpeto que no lugar do dólar está o ouro -- a divisa do conservador e confiável Banco Central da Natureza. Cada Banco Central segue a política que lhe aprouver [dentro das competências que lhe foram incumbidas], no limite até que se lhe acabe o ouro [tal e qual agora, só que agora é até que se lhe acabe os dólares].

A metamorfose do euro é este ser o caminho mais líquido e com maior profundidade para efectuar tal câmbio e em certo sentido ser tão bom como o ouro, pois a taxa de inflação do ouro é 2%, tal como a taxa de inflação média imposta pelos estatutos do BCE a fim de tornar tão indiferente quanto possível a posse de euros ou de ouro.

O preço a pagar pelo resto do mundo é a senhoriagem de 2% de inflação ao ano no uso transaccional da moeda [euros], com a diferença que o resto do mundo não tem de pagar a corveia de comprar a dívida pública europeia para segurar o euro, tal como acontece agora com o dólar, vide questão "Víctor Constâncio".

Quanto ao "Víctor Constâncio", o BCE só tem de responder ao seu mandato de manter uma inflação média de 2% ao ano e velar para que o sistema monetário europeu continue minimamente funcional, pois só as democracias grandes é que sustentam burros a pão de ló [democracias pequenas, não, principalmente nesta em que é exigida unanimidade para alterar o quer que seja].
« Última modificação: 2014-08-31 16:59:08 por hermes »
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vbm

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #67 em: 2014-08-31 19:51:33 »
Citar
o câmbio flutuante euro - ouro é a "mesma" coisa que o câmbio flutuante euro - dólar ou qq outra moeda

Ora, então, o BCE comprará mais ouro quando ele for mais barato e menos, ou venderá mesmo, se ele estiver mais caro. Os países aforradores de ouro tendem a procura-lo quando temem convulsão ou insegurança política, e preferem rendimento quando a paz reina. Por este motivo, não me parece que a senhoriagem do  ouro se limite ao encarecimento de 2% ao ano, como o euro também (gostaria de) faz(er). É mais flutuante, e não vejo que o euro consiga ser âncora mais segura, até porque - tal como o dólar - endividou-se para lá do razoável, e será economicamente tentado a repercutir essa 'corveia' a países terceiros que a paguem... Além de vulnerabilidades internas: p.e., há enorme clamor de 2% de inflação ser verdadeira deflação que estagna e deprime toda a economia. Como vai resistir-se a tais protestos?

Contudo, ter uma moeda que pudesse ser uma unidade de cálculo estável seria ideal e permitiria grande seriedade na actividade produtiva, na riqueza e nos negócios.

hermes

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #68 em: 2014-08-31 20:09:48 »
O objectivo principal não é ser a âncora, isso seria um padrão ouro clássico e nos anos 70, mesmo havendo a possibilidade, ninguém o quiz... O objectivo é ser o melhor middle man para um mercado líquido e com profundidade, embora em média seja uma âncora, provavelmente para períodos superiores a 10 anos. O preço do ouro passa sim a ser mais uma alavanca para gerir a economia [um pouco como agora, quando o BCE acha o câmbio do dólar demasiado elevado ou baixo, toma a medida que lhe aprouver para solucionar esse problema].

O endividamento não é do euro, é dos estados, pois a zona euro tem e teve a balança comercial equilibrada com o resto do mundo. Quanto às dívidas dos estados, estas serão pagas a peso de ouro após a revalorização, pelo que este não se vai todo embora para o BCE.
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bezanas

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #69 em: 2014-08-31 20:15:54 »
Sr. hermes:  na sua opinião; who are the good guys?  ;)

hermes

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #70 em: 2014-08-31 20:26:30 »
Os países mencionados nesta thread foram a França e a Holanda e depois a Alemanha, pelo que os good guys deverão estar algures aí.
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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #71 em: 2014-08-31 21:00:58 »
 ;)  Espero que o plano deles esteja à altura da Old Europe.. :D

vbm

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #72 em: 2014-08-31 23:31:43 »
O objectivo principal não é ser a âncora, isso seria um padrão ouro clássico e nos anos 70, mesmo havendo a possibilidade, ninguém o quiz... O objectivo é ser o melhor middle man para um mercado líquido e com profundidade, embora em média seja uma âncora, provavelmente para períodos superiores a 10 anos. O preço do ouro passa sim a ser mais uma alavanca para gerir a economia [um pouco como agora, quando o BCE acha o câmbio do dólar demasiado elevado ou baixo, toma a medida que lhe aprouver para solucionar esse problema].

O endividamento não é do euro, é dos estados, pois a zona euro tem e teve a balança comercial equilibrada com o resto do mundo. Quanto às dívidas dos estados, estas serão pagas a peso de ouro após a revalorização, pelo que este não se vai todo embora para o BCE.

Se o Banco Central vai variar a cotação da moeda segundo a paridade que lhe pareça adequada à equivalência do ouro, comprando-o se barato demais, vendendo-o se excessivamente caro, sem dúvida fará desse modo a melhor gestão do stock do material precioso.

Ignoro é se essa gestão assim condicionada corresponderá bem ou mal às necessidades de comércio da zona do euro com o exterior e se agirá em política pró-cíclica ou anti-cíclica da economia.

Quanto às dívidas excessivas dos estados-membros discordo que os défices e os excedentes acumulados nos doze anos decorridos do euro não sejam mutualizados em grande medida e geridos centralmente pelo banco com o resto do mundo e suas divisas. Não foi claro para governo nenhum que a falha no PEC quanto ao rácio da dívida/PIB se revestiria da severidade de resolução que os excedentários pretendem agora exigir dos deficitários.

Se esse pré-aviso  ou advertência tivesse sido claro e transparente, a União deveria ter intervindo com máximo rigor na violação de tais rácios: o que não fez com membro nenhum. Que arque agora com as responsabilidades da política frouxa e de engano que usou contra os Estados, e suporte como encargo comum o excessivo  endividamento que permitiu.
« Última modificação: 2014-08-31 23:34:16 por vbm »

hermes

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #73 em: 2014-09-01 10:06:44 »
vbm, quem te ouve falar até fica a pensar que o BCE não tem nenhuma alavanca com que "brincar" e que ia passar a ter só uma.

Quanto ao resto, os países entraram de livre e expontânea vontade no euro, endividaram-se de livre e expontânea vontade e politicamente não era possível nem ninguém quereria estragar a festa. Obviamente que esse países iriam dizer para se irem f****, agora o c* ensina a c**** e o problema resolve-se por si mesmo.

Citação de: Baron Nathan Mayer Rothschild
Give me control over a nation's money supply and I care not who makes it's laws.

Depois há mais dois factores:

1. A China chegou a barriga ao balcão mal os Bancos Centrais da zona euro afastaram a barriga do balcão em 2001/2002...
2. Ninguém quer ser visto com o carrasco do padrão dólar, é mais simples deixar as contradições do sistema presente minar o dólar por dentro, i.e. deixar a FED fazer o trabalho do carrasco, imprimindo o dólar sem abandono.
« Última modificação: 2014-09-01 10:12:37 por hermes »
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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #74 em: 2014-09-01 16:29:19 »
Mas os Americanos querem formar um espaço comercial com a União Europeia~
e possivelmente formar uma nova moeda, o verdadeiro eurodólar...

Pode ser interessante, mas não basta ter armas para comerciar,
nem apenas gadgets, fluindo da conquista do Espaço,
par ser um exportador-credor.

O petróleo ajudaria muito:

- ou inventam o que o substitua,
ou aprendem de vez como lidar
com o médio oriente...

Mystery

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vbm

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #76 em: 2014-09-07 21:55:55 »
As ideias do Hermes,
no sistema euro/ouro.

«Germany’s best contribution to recovery in the euro zone would be to let wages rise. Whether they are already doing so will not become clear for months, because Germany reports the relevant statistics more slowly than most. But the willingness is there. In July Jens Weidmann, the president of the Bundesbank, Germany’s notoriously hawkish central bank, caused a sensation by calling for pay rises of 3% on average (comprising 2% inflation in the medium term plus 1% in productivity increases). A new minimum wage should also nudge wages up. It will take effect in 2015 at €8.50 ($11.22) an hour, more than 40% of the median wage.»




«Rising German wages would represent the “natural Hume mechanism at work,
but with euros instead of gold,” says Michael Burda,
an economist at Berlin’s Humboldt University. By this he means
the process first described by David Hume in the 18th century,
under which countries on the gold standard adjusted
to imbalances not by letting currencies appreciate or depreciate
but through rising or falling prices and wages.


In effect, Mr Burda says, the euro zone has imposed
a gold standard on its 18 members
.
Prices and wages are falling in
several crisis countries.

Germany could help by letting its wages rise
—if it is willing to accommodate this.

If not, there is a serious risk that deflation
could take hold across the euro zone as a whole


(Artigo no The Economist de Aug.30th-Sept.5th, 2014)

vbm

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #77 em: 2014-09-07 22:00:36 »
Mas para mim, não é intuitivo porquê a deflação haja de ser assim tão inconveniente...?

Dá-me a sensação que as pessoas passariam a preferir qualidade, destituindo
o interesse em bens e produtos que de facto não valem nada,
reorientando assim a produção para artigos de real valor.

hermes

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #78 em: 2014-09-18 18:14:27 »
Eis a política a seguir o caminho da menor resistência, quem sabe se com um empurrão gentil na direcção certa...

Citar
European Parliament Calls For Excluding Russia From SWIFT System

On 15:02 18/09/2014

http://en.ria.ru/business/20140918/193052405/European-Parliament-Calls-For-Excluding-Russia-From-SWIFT-System.html

MOSCOW, September 18 (RIA Novosti) – In a resolution adopted Thursday, the European Parliament called on the EU member states to consider excluding Russia from the Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (SWIFT) financial transaction system.

The European Parliament “calls for the EU to consider excluding Russia from… the Swift system,” the resolution reads.

The European Parliament does not develop projects and is not responsible for making decisions concerning sanctions. All the bills on restrictive measures are elaborated by the European Commission, the final decision rests with the individual EU countries.

The calls by the European Parliament come just a week after the United States and the European Union implemented new sanctions against Russia targeting the country's banking, energy and defense sectors. Moscow has repeatedly stated that Russia is not a party to Ukraine's internal conflict, and said that Western sanctions run counter to the principles of international law.

This spring, Russian authorities started searching for ways to decrease Russian financial markets" dependence on SWIFT, when a number of banks were hit by Western sanctions.

SWIFT binds together 10,000 financial organizations in 210 countries, providing the infrastructure for $6 billion in interbank operations every day. The vast majority of bank-to-bank transactions are conducted via SWIFT, which allows foreign banks to request information concerning clients and block operations if the obtained data does is unsatisfactory. Experts say that switching to an alternative transaction system may take at least a year.
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vbm

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Re:A mão invisível dos arquitectos do euro
« Responder #79 em: 2014-09-18 19:07:43 »
Como represália, se o euro incluir o ouro no pacote das divisas
a que indexará a cotação da moeda, poderemos ter
a Rússia a interferir no mercado do ouro,
forçando a zona euro a um 'baile'
de subidas e descidas
de preços e salários!
« Última modificação: 2014-09-18 19:09:21 por vbm »